Atrás do balcão da Bamboletras (XXXVII)

A Todavia, sempre parceiríssima, está promovendo 15 livrarias de rua brasileiras em seu perfil do Instagram.

Para tanto, solicitaram a um artista que fizesse uma arte para cada uma das homenageadas.

Hoje foi o nosso dia! Nossa, ficou lindo!

Agradecemos à Todavia e à artista Aline Zouvi que captou com precisão algo de nós.

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O texto do Insta está copiado abaixo:

Até sexta-feira, este perfil será ocupado por livrarias de rua, homenageadas no traço de 15 jovens artistas convidados a representar um pouco do clima desses espaços.

@bamboletras, Porto Alegre (RS)
Ilustração de @alinezouvi

A Bamboletras está localizada no bairro boêmio de Porto Alegre, a Cidade Baixa. É o local das festas, dos bares e da confusão noturna. A livraria tem tudo a ver com o bairro e está bem no centro dele, numa galeria chamada Nova Olaria (…). Durante a pandemia, descobrimos que, mesmo com o cinema fechado e com as limitações dos bares, nosso público vinha nos visitar. Modestamente, achávamos que éramos complementares, mas somos fundamentais.

No período em que estivemos fechados à visitação, as pessoas nos ligavam e verificavam se os livros podiam ser enviados. A comunidade local de leitores e livros é a comunidade de que precisávamos antes, é a comunidade que esteve conosco nos tempos difíceis, e é a comunidade com quem queremos estar quando tudo isso acabar”, diz Milton Ribeiro, que assumiu a livraria em 2018.

No último ano, eles criaram serviços de telentrega por WhatsApp, redes sociais e até um desvio de chamadas para que os telefones tocassem na casa dos funcionários. “Funcionou. Essa resistência veio da necessidade de seguir vivo e do respeito que temos pelos clientes e trabalhadores da casa. Sou um cara teimoso e que gosta não somente dos livros, mas também das pessoas. Então, conseguimos ultrapassar a crise trabalhando muito e sem demitir ninguém. Isso me orgulha muito. Somos seis pessoas aqui.

A Bamboletras sustenta seis famílias. Uma delas é a do livreiro mais antigo, Gustavo Ventura Gomes, o Gus. Milton o descreve como aquele com “memória espantosa”, que trabalha há 30 anos com livros. “Ele gosta principalmente de ficção, psicologia e política, mas poderia ter também um divã aqui na loja, pois é daqueles para quem as pessoas contam suas histórias. No dia em que Bolsonaro foi eleito, havia gente literalmente chorando na Bamboletras, perguntando pro Gus: ‘O que será de nós agora?’. Os clientes amam o Gustavo.”

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