Atrás do balcão da Bamboletras (LX)

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Um muito jovem casal visivelmente apaixonado entra na Livraria Bamboletras. Havia música ao vivo, com a Elena e o Alexandre Constantino tocando Sonatas de Bach para Violino e Teclado. Cheio de risinhos, o casal cuidava mais um do outro do que de livros, literatura ou música.

Ela tinha certa luz, ou seja, parecia inteligente. O garoto era só bonitinho, e passava a toda hora a mão no fugidio bigode, talvez de duro cultivo. Eu o aconselharia a tirar logo aquilo.

Depois, a menina foi se aproximando dos músicos, enquanto o guri vinha falar comigo. Ele perguntou por um livro muito ruim, daqueles que destroem a poesia da coisa. Pediu um mangá ruim. Fiquei triste.

Na saída, ela disse que nunca tinha ouvido aquele tipo de música ao vivo e que estava encantada.

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Prognóstico do terapeuta de plantão da Bambo: não dura muito. É muita areia pro carrinho do menino. Nem com duas viagens. Ele e seu bigode ficarão magoadíssimos.

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