Quer dizer, hoje não é um bom dia, na verdade! Agora pela manhã, quando vinha aqui falar sobre a boa vitória do nosso time reserva na Copa do Brasil, recebi a notícia de que o grande Fábio André Koff nos deixou, aos 86 anos.
Koff era um homem de inteligência ímpar, uma personalidade marcante. Foi Juiz de Direito e uma importante figura no cenário social e político gaúcho. Mas será eternamente lembrado como o grande Presidente do Grêmio que foi, carregando as três cores na sua alma e levando nosso clube às suas maiores glórias. Um multicampeão: é assim que qualquer gremista sempre lembrará de Fábio Koff.
Ele presidiu o Imortal Tricolor em três oportunidades. Na primeira vez, em 1982/1983, a conquista que desbravou a América e que permitiu ao Grêmio atingir o topo do mundo – duas glórias que tu lembras muito bem, né, Renato?! Em sua segunda passagem, entre 1993 e 1997, dois mandatos consecutivos que nos remetem às glórias dos anos 90: o Bi da América e do Brasileirão e duas Copas do Brasil.
Koff voltaria à presidência do clube em 2013/2014. Integraria a gestão de seu sucessor, nosso atual Presidente, Romildo Bolzan Júnior, da qual se afastaria para cuidar da sua saúde. Ele também presidiu o Clube dos 13, que foi um importante movimento das grandes agremiações futebolísticas do país em oposição à mão-de-ferro com que a Confederação Brasileira de Futebol gerencia nosso amado esporte.
O mais importante a ser destacado, porém, é que Fábio Koff era um homem de caráter íntegro, uma pessoa correta. Nós gremistas lamentamos muito esta perda, porque sua história se confunde em boa parte com a do próprio Grêmio. Um homem que representou muito bem a Nação Tricolor e que agora repousará no panteão dos eternos campeões.
Para não dizerem que não falei nada do jogo de ontem, gostaria de parabenizar o teu trabalho, Renato, e do clube como um todo. Mesmo o Goiás de hoje não sendo sombra daquele time que fazia boas campanhas no Brasileirão e era sempre uma pedra no nosso sapato, a classificação para as quartas-de-final da Copa do Brasil com uma ótima vitória do time reserva simboliza bem o atual estágio do Grêmio.
Destaque para a grande atuação de Alisson (o melhor em campo e favorito a substituir Ramiro no clássico de sábado), com dois gols e uma assistência, e para Cícero, que jogou muito bem e fez dois lançamentos à lá Gerson no primeiro e no último gol. A equipe foi consistente o bastante para construir a vitória e permitir que tu desses oportunidade a jogadores jovens. Foi bonita também a comoção do Thaciano quando marcou o segundo gol do Grêmio.
Em verdade, eu poderia falar bem mais do jogo – ao qual só não assisti na Arena por causa do infeliz horário e da falta de mobilidade urbana que sacaneiam os trabalhadores. Mas hoje, mais do que qualquer coisa, é dia de luto pelo grande Koff, de modo que seria uma injustiça não dedicar esse texto a ele.
Deixo aqui minhas condolências a todos seus familiares e amigos. Meus pêsames a ti também, Renato, pois sei da amizade e admiração que vocês cultivavam um pelo outro, dessas relações que só são possíveis graças ao amor pelo Grêmio. E me permito aqui falar por toda a Nação Tricolor, deixando meu mais profundo agradecimento a Fábio Koff por ter sido a voz de todos nós e por todas alegrias que nos trouxe.
Koff, descansa em paz! Tua estrela seguirá brilhando, agora nos iluminando e nos abençoando do firmamento eterno. Como o grande Tricolor que és, sais da vida terrena para se tornar Imortal! Muito obrigado por tudo!
É chato ver o Inter jogar. É sempre a mesma coisa — um time lento, previsível, com dificuldades para atacar –, ingredientes que agora receberam também um mau preparo físico. O time treina pouco, sabemos. Os jovens Damião e Pottker cansam… Sem falar do velho Dale.
Sem ataque, não marcamos gols há três jogos e seguem faltando 41 pontos para não cairmos. A bagunça é deprimente. É claro que a desorganização da instituição invadiu o gramado, isso faz tempo.
Patrick na derrota do último domingo para o Flamengo. Ele é uma das raras boas contratações do clube | Foto: Ricardo Duarte
Os dirigentes dizem que precisam vender 2 ou 3 jogadores na janela de junho, mas talvez nem isso consigam. Hoje, nossos atletas são cavalos cansados e mal alimentados. Não valem nada. Precisaremos da indignação de um Michael Kohlhaas logo após o Gre-Nal que devemos perder no próximo sábado, pois a possibilidade de Série B é real novamente.
Odair Hellmann… Este vai receber uma boa rescisão.
O Inter é um time mal pensado e concebido. A confusão dos dirigentes é clara. Eles queimam técnicos que provavelmente sejam apenas marionetes deles. Vejamos.
Desde o início de 2016 foram escalados 12 laterais direitos: Winck, Alemão, Junio, Dudu, Ruan, Fabiano, Ceará, William, Fabinho (este e os próximos improvisados), Edenilson, Danilo Silva e Gabriel Dias.
Os atacantes foram 17: Damião, Pottker, Roberson, Carlos, Cirino, Nico Lopez, Marcinho, Brenner, Brenner (outro), Sasha, Wellington Silva, Rossi, Lucca, Diego, Joanderson, Roger e Ronald.
São números razoáveis? Pode dar certo? E quanto custou toda essa gente?
Mas o principal problema é o meio de campo. Este é praticamente ignorado. Anotem o número de armadores: D’Alessandro, Juan Alano, Camilo, Richard, Valdívia e Mossoró (apenas 6). E o setor nunca funcionou. Talvez possamos colocar Patrick nesta lista, mas ele é um volante improvisado.
Tudo isso com três treinadores.
Ou seja, Marcelo Medeiros, Roberto Melo e seus homens estão perdidos. Gastam e a coisa não anda. Gastam muito. Gastam mal. O descritério reflete-se em um deficit de 62 milhões só no ano de 2017.
Não sei para onde vamos. O Inter é hoje dominado por empresários que tentam colocar seus “produtos” numa vitrine que está bem feia. Só tal fato explica a loucura nas contratações. Além dos jogadores citados, houve levas de jovens contratados para as divisões inferiores. Nem conseguiria citá-los.
E assim vamos nós. Jogando no lixo ano após ano com o Conselho — cheio de famosos alguéns que desconhecem futebol — apenas observando.
Eu sei, fazia tempo que eu não aparecia por aqui, né?! Ocorre, Renato, que atletas de fim de semana também se lesionam às vezes. No meu caso, uma pelada com uns amigos há umas duas semanas me causou um edema ósseo no cotovelo direito (aquela TRINCADA básica). Como sou destro e fiquei bom o braço engessado por duas semanas, nem conseguia escrever e digitar. Felizmente, nada mais grave e já estamos de volta.
Foto: gremio.net
E que forma de voltar a conversar contigo por aqui, né?! Com uma goleada em casa que seguiu outra. O torcedor que foi à Arena nos dois jogos desta última semana comemorou dez gols (no meu caso, metade deles na arquibancada, ontem, graças à minha lesão). Um número impressionante, tal qual o futebol que o Grêmio vem jogando. 2018, que já começou muito bem, vem prometendo ser mais um ano memorável na história Tricolor.
Se na terça-feira a superioridade sobre o Cerro Porteño, adversário da Libertadores, foi muito evidente, no jogo de ontem não foi diferente. O que surpreende até mais no caso do Santos é que é um forte e tradicional rival nas competições nacionais e internacionais. Neste ano, o time paulista buscou um excelente e promissor técnico para comandar um elenco de qualidade e faz boa campanha na Libertadores. E não tomamos conhecimento de nada disso neste domingo.
Renato, uma goleada de 5 a 1 do Grêmio sobre o Peixe seria histórica em quaisquer circunstâncias. Mas, além de tudo aquilo que eu já disse, a forma com que ocorreu nos empolga inevitavelmente. Foi um baile durante os 90 minutos. Um Tricolor que colocou o adversário na roda, mantendo a posse de bola por dois terços da partida, quase sem errar passes, sempre no campo de ataque, criando oportunidades naturalmente e praticamente sem dar chances de ataque ao time santista. O famoso ARRODIÃO, na definição do dicionário ludopédico gaudério.
Com um pouco de paciência e muito trabalho, o Grêmio furou o bloqueio da defesa do Santos e abriu o placar com um chutaço do Maicon. Golaço do nosso Capita, que vem jogando o FINO da bola. Enquanto ainda comemorávamos, a equipe santista se aproveitou daquele momento de euforia e descuido para empatar o jogo logo em seguida. Um acidente de percurso, que em nada nos abalou.
E foi possível sentir isso forte nas arquibancadas, Renato. Aquele gol contra poderia ser um balde de água fria na torcida, mas a gente seguiu cantando, alentando e comemorando, como se não tivesse sido nada. Porque é isso que esse time fantástico do Grêmio causa na gente! O momento atual nos faz sentir essa vibração intensa, essa coisa que nos faz confiar incondicionalmente no time, acreditar que a vitória logo mais se desenhará.
Foi o que aconteceu, quando Everton nos colocou novamente em vantagem, no apagar das luzes do primeiro tempo. Veio o intervalo, e todos tínhamos expectativas boas para a segunda etapa. Naquele momento, o otimismo pelo futebol jogado trazia nas arquibancadas a certeza da vitória – e de que ali não é a melhor hora nem o lugar para abordar assuntos mais delicados, mas divago, que isso é história para outro dia…
O fato é que o Grêmio voltou com a mesma intensidade e, logo aos 10 minutos do segundo tempo, o Capita mostrou mais um recurso e fez outro golaço, agora de falta. E o ritmo de baile seguiu, em homenagem ao menino dançarino de valsa, que ontem o assistiu em lugar privilegiado – sim, Renato, o Luan tem razão sobre ele. Aliás, nosso Rei da América, em mais uma boa atuação, daria assistência para o gol de André logo mais. E o outro Rei, o magistral Arthur, fecharia a conta, para encher a mão do torcedor. Fim de jogo, goleada convincente e torcida para lá de feliz. Rumo à minha casa, fui travando uma longa reflexão comigo mesmo.
Sabe, Renato, havia um tempo em que eu acreditava que tudo daria certo para o Grêmio, assim como na vida (que são praticamente a mesma coisa, eu sei). Aquele guri que tinha recém saído da casa dos pais e descido a Serra rumo à Capital quebraria muito a cara no decorrer dos anos e também cometeria muitos erros. Felizmente, aprenderia alguma coisa com eles, talvez. Mas algo do qual jamais se arrependeu foi de carregar com orgulho esse sentimento pelo Imortal Tricolor.
Lá em 2016, quando saímos da seca e ganhamos a Copa do Brasil pela quinta vez, muito se falava nos tais “15 anos”. Eu só conseguia pensar na década. Nos 10 anos em que tinha vindo morar em Porto Alegre, justamente num ano que simbolizaria a virada da gangorra Grenal para o lado deles (não que isso me incomode… muito). Ontem, doze anos depois, gangorra de volta para o nosso lado, muito lembrei daquele maio de 2006. Do alto dos meus 18 anos, tinha certeza de que, mesmo perdendo, sendo eliminado e até rebaixado, no final, as coisas dariam certo para o Grêmio (e errado para o coirmão, porque era parte da aura do gremista criado nos anos 90).
Acreditava nisso, Renato, da mesma forma em que acreditava que as escolha de um recém saído da adolescência seriam todas acertadas. Ingenuidade típica do furor da juventude, regada a festas, dramas brevemente intermináveis e pouca responsabilidade. O que se preservou intacto, dentre as coisas daquele tempo, foi aquela palpitação no peito em cada ida às arquibancadas, do Velho Olímpico à nossa nova e atual morada.
Eu já não acho que todas as minhas escolhas serão acertadas, Renato. O que é muito bom, claro, assim como saber reconhecer as próprias falhas. Também já não sou um poço de romantismo e otimismo com a vida e com o mundo que, noutra época, eu queria mudar do meu quarto. Mas, de alguma forma, Renato, hoje, em maio de 2018, boa parte de mim, que vem aqui escrever sempre contra o sentimento de euforia, contraditoriamente voltou a acreditar que, no final, tudo vai dar certo para o Tricolor. Muito obrigado por isso, de coração! É nessas horas que eu relembro o real significado do Grêmio ser chamado de Imortal.
O Bola em Transe dessa semana já está disponível no SoundCloud. Em debate, a presença cada vez maior da tecnologia nas partidas de futebol. Confere o podcast abaixo. Com Débora Nunes, Francisco Éboli, Milton Ribeiro e Moysés Pinto Neto.
Odair, o Inter entrou em campo com o regulamento debaixo do braço e saiu com ele enfiado no c… Sim, este é o blog da tradicional família gaúcha, mas às vezes ultrapassamos a linha do bom gosto. Tu também, Odair.
Foto de abertura do grupo do Facebook @ComuDoInter
Vou ser curto e grosso, tenho que trabalhar. Nosso time tem péssimo toque de bola. Qualquer coisinha e a bola espirra ou passa tranquilamente sob os pés de nossos jogadores, ignorando nossa angústia. Somos nervosos e ruins, Odair. Então, sendo assim, como vamos controlar o adversário apenas tocando a bola e nos defendendo? Vamos é passar todo o tempo nos defendendo, correto? Isso é da mais pura lógica.
Quantos contra-ataques foram desperdiçados? Quantas bolas foram perdidas bobamente, devolvendo a bola para aquelas débeis tentativas do Vitória? Muitas. Até que eles criaram coragem e começaram a perder gols. Até que fizeram um.
Ou seja, nossa abordagem foi totalmente equivocada. Não nos conhecemos. A única forma de jogarmos é com esforço ou, como dizem, com a corda esticada. Retranca? Retenção de bola? Esqueça. Nosso estilo não pode ser o de apenas manter a bola conosco, pois sucumbimos a qualquer marcação. Mesmo a do Vitória.
Para piorar, tu estavas perdendo o jogo e com a quase certeza de ir para os pênaltis. Então, o que fizeste? Tiras D`Alessandro, um gol quase certo, para colocar Camilo. Camilo é bom chutador e fez o dele, mas porque ele não entrou no lugar de outro, de um menos dotado para a tarefa? É só pensar, coisa que se faz pouco no Beira-Rio.
Bem, agora só temos o Brasileiro até o fim do ano. Faltam 42 pontos para não voltarmos para a Segunda Divisão. Acho que é simples, só que nada é simples para quem não usa o cérebro.
Torcer para o Inter é complicado. Ninguém sabe porque Nico López saiu do time após o Gre-Nal para dar lugar a Roger. Então Roger foi para o Corinthians e Rossi entrou no ataque. OK, ele teve boa atuação contra o Vitória, mas e Nico? O uruguaio não é craque, perde gols às pencas, mas faz outros tantos. Num time tão deficiente como o nosso, deveria jogar sempre. É complicado de entender. Dizem que Nico não é muio “apegado” ao Inter. Acho que se trata apenas de um sujeito tímido. Corre e se esforça muito. Reclamam do quê? Dizem que ele é peladeiro e pouco inteligente. Só que é o melhor que temos para jogar ao lado de Pottker.
Nico López sai do banco para marcar. | Foto: Ricardo Duarte
Pois ontem Rossi saiu machucado aos 10 min de jogo. Entrou Nico López, fez dois gols e vencemos por 2 x 0. É claro que isso não soluciona nada. O time jogou mal. Apenas ganhou pela fraqueza do Bahia. Deste modo, cumprimos nosso papel de ganhar dos muito fracos. Creio que não podemos esperar muito mais deste ano. É ganhar dos — teoricamente — times mais fracos. É ganhar de Bahia, Vitória, Sport, Paraná, Ceará, Chape, América-MG, essas coisas. Ou seja, nosso campeonato é ficar na frente desta turma, a nossa.
O Inter não tem boa dinâmica de jogo, é lento e previsível. Além do mais, a teimosia reina há anos no Beira-Rio.
Tenho que retirar minhas criticas a Moledo. Ele esteve muito bem. Já Edenílson… Ah, Patrick foi a melhor contratação do ano.
O Inter volta a jogar na próxima quinta-feira, às 19h15, pela Copa do Brasil. É o jogo de volta contra o Vitória. Vencemos o de ida por 2 x 1 no Beira-Rio, lembram? No Brasileiro, voltamos domingo, às 16h, contra o Palmeiras em São Paulo. A vida vai ficar difícil no Brasileiro. Depois virão Cruzeiro, Flamengo, Grêmio, Corinthians…
É bom começar a semana (e o campeonato, obviamente) com uma baita vitória! Primeira rodada do Brasileirão, e voltamos de Belo Horizonte com três pontos, graças ao grande resultado do Grêmio contra o Cruzeiro, lá no Mineirão. Placar mínimo, mas fora de casa, contra um dos favoritos ao título.
O goleador André | Foto: gremio.net
Claro, preciso ser sincero contigo, Renato: eu não parei para ver o jogo no sábado. Meus pais estavam de aniversário na semana passada (sim, coincidentemente nasceram no mesmo dia, mas em anos diferentes), então juntamos a família lá em Serafina Corrêa, ao lado da tua terra natal, para passar o fim de semana comemorando.
Entretanto, os anseios de torcedor pseudo-cronista me permitiram analisar o jogo pelos melhores momentos. O time mineiro tem um dos melhores elencos do país, mantendo sua base e comissão técnica já pela terceira temporada. Partida longe da Arena, contra um velho algoz nos mata-matas. Somando a toda essa fórmula, uma péssima arbitragem. E ganhamos, Renato!
Por mais que enraiveça ver a falta de critério na expulsão do Kannemann, anima saber que seguramos um grande ataque com um a menos e com Bressan e Paulo Miranda na zaga. E nada melhor para um atacante do que fazer gol na sua estreia com o sagrado manto Tricolor. Torcemos para que André tenha vindo para reviver suas melhores fases de goleador.
Ao fim e ao cabo, largamos bem! Pelo menos até os jogos de hoje à noite, fomos a única equipe a vencer fora de casa. E, como já dito, contra um adversário muito difícil, ainda com as ausências de Geromel e Luan. Do jeito que tem que ser nos pragmáticos pontos corridos: placar suficiente, pontuação garantida, superação sobre os concorrentes. Baita resultado!
Foi um início alentador! Claro, o Brasileirão é longo, neste ano tem a parada da Copa do Mundo (que tende a quebrar o ritmo das equipes que vêm bem, como vimos nas últimas edições), muitas coisas acontecem no decorrer de uma temporada e ainda temos nossas pretensões focadas na Libertadores e na Copa do Brasil. Mas nos permitimos sonhar!
Renato, sejamos francos: a torcida gremista, como tu bem sabes, gostaria de ganhar tudo. O mesmo sentimento deve pairar no vestiário, não tenho dúvidas. Contudo, o campeonato nacional tem sido um assunto recorrente entre nós, nos últimos dias. Seja porque nossa última conquista foi em 96, seja porque foram diversas boas campanhas que nos permitiram almejar esse título nas últimas décadas. Com o futebol consolidado que o Grêmio vem jogando nos últimos dois anos, a expectativa aumenta, como não poderia ser diferente.
E ainda tem, como sempre, a boa e velha mística. O último Brasileirão veio justamente num ano em que também ganhamos a Recopa, posterior às conquistas em sequência da Copa do Brasil e da Libertadores. Curiosamente, naquela mesma temporada fomos campeões gaúchos em cima de um time do interior, com o placar agregado da final em 7×0 (naquela vez contra o Juventude, igualmente por 3×0 fora e 4×0 em casa).
Quando a gente vê que a racionalidade (traduzida nessa possibilidade de ver claramente um grupo forte, consistente e de futebol bem jogado há mais de ano) e a superstição andam juntas, aí a gente se sente imbatível! Tu, como gremista, sabes bem o que é isso, né, Renato?! Não é à toa que somos o Imortal Tricolor!
Que tenha sido o primeiro passo rumo ao Tri! Que possamos continuar buscando o hexa da Copa e o Tetra continental! E que venha o que vier! Seguimos no alento!
Programa esportivo para quem gosta de futebol e tem um parafuso a mais. Com Francisco Éboli, Débora Nunes e Milton Ribeiro debatendo o Brasileirão 2018 e os 15 anos da fórmula de pontos corridos. Complicado fazer uma sinopse, tal foi a multiplicidade dos assuntos tratados.
Acabou 2 x 1 para o Inter. Foi uma vitória horrorosa.
Os 21 dias de treinamento não fizeram o time evoluir, meu caro Hellmann, fizeram apenas com que alguns falsos medalhões voltassem ao time. Roger, por exemplo. Não produz nada, mas é velho e o treinador dá-lhe preferência em razão da idade. Roger parece um desses bonecos de posto de gasolina. Sempre de braços erguidos, só mexendo os braços pedindo a bola e mais nada. Quando é substituído, faz gestos que parecem ser de “puxa vida, que azar”, como se tivesse feito uma grande partida, só que… Puxa, que azar o nosso!
Partick e Rossi foram bem. Já Dourado… | Foto: Ricardo Duarte
Então entra o Nico, que não é nenhuma Brastemp mas que ao menos preocupa o adversário e a coisa dá uma melhoradinha. Mas no próximo jogo volta o Roger, mais velho e de maior status. O mesmo vale para Moledo. Ninguém entende porque Klaus saiu. Sabe-se que o alemão é melhor cabeceador. Bem, ao menos Moledo não tem comprometido.
Rodrigo Dourado tem. Aquela bola rasteira atravessando a frente da grande área já deixou vários volantes famosos, como Toninho Cerezzo na Copa de 1982 naquela célebre derrota para a Itália. Dourado quis imitá-lo e se deu bem — acabou dando o gol para o Vitória que poderia ter determinado o empate.
De resto, vimos um time lento, de mecânica previsível e pobre. Uma chatice de Inter, prontíssimo para a segunda página da tabela de classificação do Brasileiro. Falam em Abel, Odair, mas acho que não mudaria muito. O time jogaria um pouco melhor, só que Abel gosta ainda mais de medalhões e daí toda a base pode ir embora de vez.
Ao menos Rossi deu boa resposta e Pottker retornou após quase 60 dias — machucou-se em 15 de fevereiro. Qualquer jogador europeu fica fora entre 20 e 30 dias em caso de distensão. No Beira-Rio, a coisa é de chorar. O cara fica 60 dias em recuperação e ainda volta bem devagarinho… Não é só o nosso meio de campo que se arrasta em campo, a nossa medicina também é lenta.
Patrick também voltou a fazer boa partida. De resto, vamos mal. Que fase!
Espero que entre William Pottker e Roger, Pottker e Rossi ou Pottker e Nico López, nossa dupla de ataque não inclua Roger, por favor. Já seria um comecinho.
O próximo jogo do Inter é contra o Bahia, domingo, às 16h, no Beira-Rio, pela primeira rodada do Campeonato Brasileiro de 2018. Considerando a qualidade de nosso futebol, há perigo real de rebaixamento. Nosso Brasileiro é contra América-MG, Ceará, Sport, Vitória, Chape, Paraná, o mais fraco dos cariocas, essas coisas. (O Vitória está se salvando sempre na última rodada. No ano passado, por um dedo no cu, lembram?).
Já o jogo de volta contra o Vitória é na próxima quinta-feira, 19, às 19h15, em Salvador. Acho que será uma classificação tensa, para dizer o mínimo.
É um dia muito bom, porque tu ficas! Como eu tinha te dito no meio da semana passada, eu te entenderia se quisesses regressar à Zona Sul carioca, com polpudos vencimentos e um novo desafio em outro clube que fizeste história. Ficará para uma próxima, felizmente. Todo o trabalho de um ano e meio feito por aqui, com tudo que foi conquistado ao longo deste período, foi, sem dúvidas, fundamental para que tu ficasses. E porque tu sabes o que és para o Grêmio! Muito obrigado!
E o “Dia do Fico” veio após sermos campeões estaduais. Sei o quanto tu querias o Campeonato Gaúcho, algo que deixaste expresso nas últimas entrevistas. Era um título que faltava no teu currículo, e isso o fazia ser teu objeto de desejo. Além disso, fazia oito anos que o Grêmio não se sagrava campeão do Gauchão. Estou feliz, claro, por ti, por todo o grupo e por toda a Nação Tricolor.
Foto: gremio.net
Agora, posso pedir licença para falar um pouco sobre o Campeonato Gaúcho em si? Como eu disse na última vez, recusei-me a aparecer aqui para conversarmos sobre o estadual – tanto que só dei as caras após os jogos da Recopa e da Libertadores, em 2018. E a razão para isso é bem simples: faz anos que eu tenho uma relação de BOICOTE com o Gauchão. Eu mencionei isso na primeira oportunidade deste ano: “por mim, nem jogaria mais o estadual”.
A razão para isso é que já faz tempo que o Gauchão congratulou a máxima do saudoso mestre Claudio Cabral: a única coisa pior do que ganhá-lo é perdê-lo. Conquistá-lo pouca diferença faz, mas perdê-lo cria crises desnecessárias e, até então, inexistentes. Algo na linha da narrativa surrealista que os adeptos do coirmão conseguiram emplacar por estas bandas nessa toada: o Campeonato Gaúcho só vale quando eles ganham
Eles cansaram de bradar que o Inter “conquistou pelo menos um título por ano durante 15 anos” (sendo que em nove desses o único foi o estadual), ao passo que lembravam que o Grêmio “ficou 15 anos sem ganhar nada” (porque daí era conveniente esquecer as vezes em que vencemos o Gauchão nesse período). Sei que a provocação é inerente à rivalidade, mas a verdade é que é esse o tom que tem ditado nossa relação com o regional: quando ganhamos, de nada valeu, mas, quando perdemos, foi o início de uma crise. Uma beleza, hein?!
Contudo, Renato, a minha implicância com o Campeonato Gaúcho vai para muito além dessa cantilena corneteira. Num país que tem se inspirado há quinze anos no modelo europeu de organização do futebol, simplesmente não há mais espaço para que disputemos os estaduais. O Gauchão encurta absurdamente a pré-temporada e incha ainda mais um calendário bastante extenso num país cujas dimensões continentais jamais permitirão que possamos ter por base o sistema europeu.
E não é um campeonato fácil: depois de um período curto de férias, voltamos para enfrentar equipes que estão se preparando há meses para fazer o jogo de suas vidas contra nós e o coirmão. Poucos ali têm objetivos maiores do que enfrentar a nós ou o coirmão em suas casas, para que a renda desse jogo garanta parte significativa de seu orçamento anual – basicamente, o que dá sustentáculo ao poder da federação estadual. Seria muito bom ter outra forma de buscar a receita que os direitos de transmissão do Gauchão nos trazem, de preparar a equipe para a temporada. Mas estamos dentro de um sistema viciado, Renato!
Ainda poderia ser bem pior: quantas vezes vimos uma das principais contratações do ano se lesionar logo no início, numa partida do Estadual? Quantas vezes o Gauchão não nos atrapalhou em outros objetivos, por coincidir com a disputa da Copa do Brasil ou da Libertadores, de modo que deixamos a equipe ainda mais desgastada? Quantas vezes o bom clima que pairava sobre o Olímpico ou a Arena, com expectativa de um grande título, não foi quebrado por uma simples derrota no estadual?
E não fiquemos apenas no Grêmio, porque faz anos que digo que esse sistema prejudica a Dupla. Lembras da final do Gauchão de 2012? Para não perder o título em casa, para o Caxias, Dorival Júnior, então técnico deles, sacou D’Alessandro e Dagoberto do banco. Os dois voltavam de lesão, mas ajudaram a garantir o título para o rival. Todavia, aquela partida os prejudicou em sua recuperação, de modo que atrasaram ainda mais o seu retorno aos gramados em plena forma – o que foi ruim para o clube inteiro. Para só ficar neste exemplo.
O que eu quero dizer é que a conquista do campeonato estadual é pouco valorizada, porque temos objetivos muito maiores. A receita gerada para o clube em razão dele não é muito significativa – e, por mais que pareça essencial para fechar o orçamento anual, o Gauchão simplesmente nos impede de encontrar alternativas. E isso porque a pré-temporada é prejudicada (gostam de falar do calendário europeu, mas, salvo as Supercopas da vida, por lá todos têm cerca de três meses de intervalo na suas competições, enquanto aqui paramos de jogar em dezembro, para já voltar em janeiro).
Por outro lado, as perdas e prejuízos propiciados pelo estadual são potencializados. E aí vem minha questão: por que disputar o Gauchão? Minha resposta, há bastante tempo: não há motivo. Simplesmente precisamos virar essa página, como um dia viramos a do saudoso Campeonato Citadino. Porque o futebol cresce, porque nossas pretensões crescem, porque nossos objetivos se tornam infinitamente maiores do que o “Ruralito”. O Campeonato Gaúcho, hoje, é a alvorada das ilusões ludopédicas, sua taça é a miragem do oásis em meio à imensidão do deserto.
Para entender isso, basta olhar o início de 2018: o Grêmio era Tricampeão da América, a torcida em lua de mel por tudo que ocorreu nos últimos anos, mas queriam criar uma CRISE, por conta da ameaça de rebaixamento no estadual, em razão do pífio desempenho da gurizada do time de transição. Aí vieram os Grenais, e o que valeu para nós, no Gauchão, foram as boas vitórias nos clássicos.
E isso poderia ter ido água abaixo naquele terceiro jogo, tamanho foi o salto alto com que entramos no Beira-Rio, com o time troteando em campo como quem foi curtir a vida na zona boêmia da cidade na noite anterior. Já imaginaste o tamanho da CELEUMA se perdêssemos a vaga para o rival depois de abrir 3×0, Renato? Se chegasse a ocorrer (e mal eles acreditavam que isso aconteceria), mesmo assim não seria grande coisa. Não para os objetivos maiores, não porque o Grêmio até se esforçou para entregar a paçoca. Mas isso sou eu que penso. Tente lidar com a imprensa depois disso.
Felizmente, entramos a tempo de evitar o cenário pior que a gurizada tinha desenhado para nós, eliminamos o rival e conquistamos o campeonato com duas boas vitórias sobre o bravo Xavante, que vem bem para a Série B deste ano. Lembrando que, na última vez em que havíamos vencido a Recopa, lá em 1996, também conquistamos o Gauchão em cima de um time anterior, pelo placar agregado de 7×0 (igual: 4×0 em casa e 3×0 fora). Naquele ano veio o Brasileirão ainda. Que seja um bom presságio…
Enfim, foi bom o Gauchão de 2018 para testar o futebol de vários guris da base, valeu pelo chocolate no clássico e, tá bem, taça é taça e tu querias bastante essa, né?! Fico feliz por isso tudo! Mas agora deu de falar de campeonato estadual. O Campeonato Brasileiro começa semana que vem, e temos Libertadores e Copa do Brasil pela frente também. Como falamos toda vez que chega maio (ou abril, no caso de anos de Copa do Mundo): é agora que a coisa começa. Que bom neste ano sem uma crise artificial implantada (e sem ilusões também). E que bom que tu ficaste, Renato!
Que dia maluco ontem, hein?! A começar por esse horário em que a CONMEBOL marcou TODOS os nossos jogos em casa. Eu, assim como tantos gremistas, não me livrei dos compromissos para estar às 19h15 na Arena. Nem para ver o primeiro tempo, na verdade. Mas, pelo que ouvi e vi no VT, parece que o time inteiro demorou a entrar em campo. Acho que estavam preocupados com o voto da Ministra Rosa Weber.
O importante é que deu para chegar em casa e ver um belo segundo tempo. Mais uma goleada para a conta. Está certo que o outro time era fraquinho, Renato, mas não tira o nosso mérito. Jael abrindo o placar de cabeça mostra bem o papel que vem exercendo: centroavante de atitude, agita o ataque, bagunça a defesa adversária e cria chance de gols. Eventualmente, deixa o seu também, como hoje.
O show à parte ficou por conta de Everton Cebolinha. O guri está jogando muita bola, Renato! É muito bom ver esse crescimento dele, que já era um bom jogador e contribuía bastante com o time quando entrava, e agora vem se mostrando titular absoluto e uma peça fundamental da equipe. Se continuar nesse ritmo, esperamos que ele possa ficar para além de alguma famigerada janela de transferências.
Falando em peças fundamentais, coisa boa ver Arthur e Maicon se entrosando no meio campo. O Rei, que nos deixará ano que vem para conquistar o Velho Mundo com a camisa Blaugrana, deu uma belíssima assistência para o outro Rei, o da América. Luan, mesmo quando não é protagonista, mostra sua qualidade e sua importância. E até Cícero, que vinha devendo – principalmente pela tua aposta em escalá-lo como titular em alguns jogos –, deixou o seu gol hoje.
Quatro a zero e torcida feliz, apesar do horário ruim, da chuva, da Voz do Brasil, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal que levam mais tempo para proferir um voto do que o coirmão para sair da crise. Pelo menos até a tua entrevista na coletiva, né, Renato?! Esperávamos que tu fosses colocar um ponto final nessa boataria de que tu poderias ir para o Flamengo. E tu preferiste deixar no ar.
Olha só, eu sei que a orla do Guaíba não é Ipanema, que o Morro Santa Teresa pode não ser tão bonito quanto o Corcovado, que a Cidade Baixa fique devendo um pouco à Lapa, mas as coisas estão bem por aqui, não?! Não Porto Alegre em si, claro! Essa tem seus vários problemas (e eu não estou a fim de escrever um “Bom dia, Marchezan!” para conversar sobre todos eles). Eu falo do Grêmio! Tudo bem, não temos a Barra da Tijuca, mas Xangri-Lá é logo ali também. O que tem de bom por aqui é o nosso Imortal!
Sei o quanto tu amas o Rio (bom, e não és só tu que achas uma boa ideia morar na Zona Sul carioca, sejamos francos), mas tu vais ter que ajeitar a casa lá no Flamengo, né?! E tu sabes como é a torcida deles. É “Deixou chegar, fudeu! Entreguem as taças! Rumo a Tóquio!” na primeira vitória suada no Campeonato Carioca; e revolta, terra arrasada e “Muda tudo! Que rolem cabeças!” na primeira eliminação. Aqui nós estamos em lua de mel, Renato! Por que trocar?
Agora, se a tua ideia é só fazer um pouco de joguinho midiático, querer se valorizar um pouco mais, ouvir o torcedor clamar por ti, então deixa eu ser bem claro contigo: FICA, MEU QUERIDO! O GRÊMIO É TUA CASA, TEU CLUBE, TEU LAR! NÓS TE AMAMOS E TE REVERENCIAMOS! Está bem, também não vou ser hipócrita de dizer que, a depender do número preenchido no cheque que me apresentassem, eu não cogitaria em trabalhar até trabalhar até vestindo a camisa do coirmão – OK, exagerei , mas só quis dizer que também entendo o lado financeiro-profissional.
Salvo os mais altruístas (que nas redes sociais tem aos montes, mas nas ruas é difícil de encontrá-los), todo mundo gostaria de garantir uma rica aposentadoria. Eu apenas espero que a proposta do time carioca, se realmente existir, não seja boa a ponto de te convencer a se mudar com tudo que já foi conquistado e construído por aqui neste último ano e meio. Sim, sou metade coração de torcedor apaixonado, metade cérebro burocrático. Só a cerveja para unir isso tudo.
Que na segunda-feira, quando eu voltar a conversar contigo aqui (e falar um pouco sobre o Gauchão, o que eu não fiz DELIBERADAMENTE até agora), a decisão tenha sido por Porto Alegre. Que venha a taça que tu queres no teu currículo de técnico lá de Pelotas, junto com o nosso Dia do Fico. De qualquer forma, Renato, continue não te esquecendo: tu vais ser sempre o cara!
Discussão sobre a necessidade dos estaduais e uma solução para eles. Tudo pela melhor equipe amadora do hemisfério sul do globo terrestre. Também fizemos previsões erradas sobre a Champions… Com Francisco Éboli, José Antônio Gerzson Linck, Moysés Pinto Neto e este blogueiro.
O Bola em Transe é um programa de discussões esportivas que se propõe a debater o futebol para além das questões técnicas e táticas — sem descartá-las –, abordando também seus aspectos sociais e culturais. O time que entra em campo é formado por Débora Nunes, Francisco Éboli, Moysés Pinto Neto, e eu, Milton Ribeiro.
No programa dessa semana: Machismo no futebol / #DeixaElaTrabalhar.
Para fanáticos por futebol com um parafuso a mais.
Depende do que você chama “jogar bem”. Se criar chances e mais chances, sempre desperdiçando-as, é jogar bem, então o Inter massacrou. Porém, se as conclusões a gol entrarem no “jogar bem”, o Inter fracassou. Pois…
É incrível a dedicação, o amor, o cuidado, o esmero que o Inter tem em perder gols. Um atrás do outro, em fila. Eram 30 min do primeiro tempo e perdêramos três gols feitos, feitíssimos. O mesmo já ocorrera contra o Remo, pela mesma Copa do Brasil, no meio da semana passada. Então, o time tirou o pé do acelerador até o final do primeiro tempo. Afinal, criar inutilmente situações cansa. Cansa, começa-se a errar passes, a torcida passa e emitir sons estranhos, enerva.
Roger e a bola: uma relação difícil | Foto: Ricardo Duarte
É difícil até falar mal de nossa equipe. Há segurança defensiva, há armação, há Iago mandando ver na lateral esquerda, são criadas boas situações e… nada. Os dois gols perdidos por Roger, por exemplo, foram de gênero diversos ambos ridículos. No primeiro ele entrou livre, cara a cara, e se atrapalhou todo antes de chutar para fora. Depois, D`Alessandro cruzou e a coisa era ainda mais fácil — era só empurrar de cabeça para as redes a bola perfeita do gringo. Roger furou incrivelmente. Patrick também perdeu os dele, mas ao menos pareceu ter mais intimidade com esse negócio de bola.
Uma boa tentativa para a segunda etapa seria a retirada de Dudu para a entrada de Juan Alano, mas ousadia não é a tua praia, né, Odair? Mas algo mudou.
Iago é um personagem da peça Otelo, o Mouro de Veneza, escrita por William Shakespeare. É considerado um dos maiores vilões da literatura mundial e, com certeza, é o mais bem elaborado pelo dramaturgo. Na peça, Iago arma uma trama para que Otelo acredite que sua esposa o traiu, entre várias outras armadilhas. Já o Iago do Inter é a boa surpresa de 2018. Joga muito. É o melhor lateral esquerdo dos últimos anos e até acabou de fazendo um gol no início do segundo tempo, já que os atacantes não faziam.
O grande e shakespeareano lateral esquerdo do Inter | Foto: Ricardo Duarte
Eu sou contra os jogadores ingerirem álcool no intervalo. Digo isso porque Patrick retornou bêbado para o segundo tempo, errando passes que ninguém erra quando está sóbrio.
Depois o volante Edenílson fez o segundo, comprovando a inapetência de nossos atacantes. O jogo seguiu assim até seu final. Wellington Silva entrou para também mostrar que sabe perder gols.
Com o jogo ganho, já nos descontos, mostramos rara inteligência emociona, como bem lembrou um amigo: recebemos três cartões amarelos… Sim, nos descontos.
Marcinho, que nem jogou tanto, deu o passe para os dois gols e acabou como destaque.
Agora, folga até a próxima quarta-feira, quando enfrentaremos o Cruzeiro-RS fora de casa pelo Campeonato Gaúcho.
Ontem foi o dia de nossa estreia na Copa Libertadores da América de 2018. Sob as bênçãos do pôr-do-sol no Rio da Prata, adentramos o campo do simpático estádio Luis Franzini em busca pela glória continental – pela quarta vez. Mais do que um candidato, somos os defensores do título. E foi contra o Defensor o nosso primeiro desafio, Renato – com o perdão do trocadilho besta.
Como tu sabes melhor do que eu, Renato, na partida inicial da Copa sempre rola aquele misto de despretensão com a ansiedade da expectativa. Geralmente, o time chega em meio a um período de formação e testes, visto que o calendário da temporada recém começa a ser percorrido.
gremio.net
Confesso, Renato, que acabei dividindo a atenção do jogo com minha família. Como tinha um compromisso profissional em Caxias do Sul, aproveitei a viagem para visitar meu povo e jantar com eles, enquanto a bola rolava no atraente Parque Rodó, Montevideo, na imagem projetada na televisão da sala. Mas isso não impediu que meu PARCO conhecimento sobre o LUDOPÉDIO pudesse analisar (ou sentir) um pouco o time.
De pontos positivos, pudemos ver um Grêmio que busca manter o trabalho de bola conquistado nos últimos anos, que tanta alegria nos deu. Sem dúvidas o time entrou com muita vontade de vencer, não pensando em se contentar com um empate fora de casa. Claro que a aparente limitação dos uruguaios não é parâmetro para medir forças, mas ver Everton Cebolinha ENDIABRADO e ávido por penetrar a retranca adversária foi um belo símbolo da postura Tricolor.
Por outro lado, parece que ainda não encontramos o esquema ideal, denotando certa bagunça no time. Como eu não assisto os treinos (somente por falta de tempo, juro!), o futebol jogado nas partidas ainda não me permitiu entender a insistência de Ciro como titular – inicialmente como falso-nove, para depois ser recuado na armação. Edilson faz muita falta na lateral direita, porque Madson ainda não provou ser o jogador que precisamos e queremos para disputar títulos. Mas demos-lhe tempo para provar que estamos errados.
O fato é que não foi uma atuação ruim, embora também não tenha chegado a empolgar. O que é sempre bom, né, Renato?! Digo desde que pintei por essas bandas que a euforia não combina conosco. Mesmo assim, somos gremistas de corpo e alma, queremos vencer sempre. E parece que os bons ventos nos brindariam com uma boa vitória logo na estreia da Libertadores, construída do jeito que gostamos – na base da persistência, do bom e velho ABAFA, uma boa jogada construída lá pelo final da segunda etapa.
Luan e Maicon, de boas atuações, apareceram bem no lance que seria fundamental, coordenando a orquestrada troca de passes do Tricolor. No lançamento de nosso capitão para Jael, nosso centroavante com mais títulos do que gols meio que foi empurrado, meio que tentou cavar um pênalti. A bola sobrou para o faminto Cebolinha, que faria um belo e inteligente gol, não fosse a precisão do zagueiro para tirar quase em cima da linha. Foi quando o próprio Maicon, que havia começado a jogada, chegou para concluir bem, pelo alto, e marcar o tento que parecia definir o nosso triunfo. Parecia.
Eis que os uruguaios, que haviam passado aqueles 80 minutos amarrando o jogo, numa aula da boa e velha CATIMBA SUDACA, passaram a correr atrás do prejuízo. A pressão que tentaram nos impor até estava bem controlada. Mas, quatro minutos depois de abrirmos o placar, numa cobrança de escanteio pelo lado direito, os uruguaios chegaram ao empate.
A nossa marcação falhou, deixando Matías Maulella SOLITO para cabecear sem tirar os pés do chão, numa bola que pareceu ter tanto veneno que desviou em 18 jogadores antes de entrar. Renato, a bola aérea é algo que precisa ser corrigido, pois já apresentou falhas nesses primeiros jogos do ano. Um jogador não pode cabecear uma bola completamente sozinho aos 40 do segundo tempo e ponto.
O setor defensivo é justamente nosso ponto mais forte, o que tem dado solidez ao time, não podendo ter esse tipo de brecha. Ainda que nenhum dos dois zagueiros tenha falhado, claro, vale sempre esse registro – mesmo que o Grêmio venha a levar uns 9 gols nos próximos cinco jogos por culpa exclusiva de Kannemann e Geromel, ainda assim não teremos direito de reclamar deles, e a ovação é OBRIGATÓRIA.
De toda maneira, voltamos a buscar a vitória no pouco tempo que nos restava. Mesmo sendo visível a necessidade de ajustes, é muito ver uma equipe que quer vencer e se impor sempre, visto que um ponto trazido do Uruguai sempre seria visto como bom resultado (não que tenha sido ruim também). Infelizmente, não conseguimos furar novamente a meta montevideana, terminando a partida em 1 a 1.
A vitória era para ter sido azul, preta e branca. Dois dos três pontos escaparam entre os dedos exclusivamente por nossa culpa. Mesmo assim, também não é motivo para lamentos. É até bom para o time ficar ligado, para não entrar de salto-alto – como eu já disse, não combina conosco. Ao final, foi o primeiro de seis confrontos da fase de grupos. Agora voltaremos a campo pela Copa somente no início de abril, quando espero que o time já esteja num ritmo mais competitivo.
Enfim, caiu a noite sobre a hermosa Playa Ramirez. O pequeno toque de decepção que pairou sobre nós certamente não foi maior do que a motivação que bateu nos jogadores para encarar os próximos confrontos. E menos ainda do que os românticos ares da noite montevideana, onde as parrillas de Punta Carretas e o Casino Parque Hotel aguardam para que lá nossos jogadores degustem um suculento entrecot, acompanhado de um bom Tannat, umas fichas na roleta e algumas companhias agradáveis.
Tu sabes melhor do que ninguém, Renato, do que os nossos atletas precisam para seguir na trilha das glórias. Eles merecem! Como merecem um bom vinho. Porque é importante que, mesmo após um insólito empate copeiro, ergam algumas taças. Como bons campeões que são!
Esta é uma tese meio frouxa, mas como (aparentemente) acertei em cheio, lá vai.
Um dia, um amigo que trabalha na GloboNews me contou que não havia um Grande Irmão determinando que este ou aquele posicionamento devesse ser tomado, que as pessoas sabiam como se posicionar e o faziam automaticamente. Este meu amigo dizia mais, dizia que a postura tomada pelos jornalistas da emissora era certamente mais radical que o desejado pelos chefes. Revelou que, em algumas (poucas) reuniões com os deuses, eles pediam para os jornalistas não exagerarem.
Vejo isso em vários lugares. Há muitos empregados que interpretam as vontades e entram de sola tentando representar o patrão. O esporte da RBS, empresa cujos diretores são “imortais”, é assim. Lá, para o Grêmio tudo é festa, para o Inter, desconfiança. Basta uma simples análise de manchetes para comprovar. Como muitos já fizeram isto, nem vou perder tempo procurando.
Então, quando o presidente da Federação Gaúcha diz que o Grêmio não vai cair, é óbvio que vai aparecer alguém para deixá-lo feliz. Ele nem precisará mandar fazer. Acontecerá naturalmente.
Sim, o Gauchão é secundário, mas agora ficou secundário e desonesto. Ontem à tarde, houve o mais claro dos pênaltis. Foi algo constrangedor, mas o apitador — nem sei seu nome — simplesmente mandou seguir. A equipe de esportes da Guaíba, em atitude surpreendente, falou que nem precisava do revisar o replay, que fora um pênalti óbvio. Eu acho que não foi casual e, se não estava dando grande importância ao regional, agora larguei de mão mesmo.
Quando a gente chega a prever favorecimentos é muito mau sinal.
Não foi pênalti.
Posso ser viciado em futebol, mas ontem foi o primeiro jogo que não assisti. Faço apenas duas observações: (1) o Inter perdeu 100 % de aproveitamento em casa por causa da omissão da diretoria. Se este jogo fosse no Beira-Rio, provavelmente venceríamos. E (2), vendo os melhores lances, digo que Lomba está jogando muito mais do que Danilo Fernandes.
E bom dia a todos os Bicampeões da Recopa Sul-Americana!
Não foi nada fácil, né, Renato?! Como tu mesmo já tinhas anunciado lá naquela coletiva de imprensa de depois do jogo de ida. O Independiente é um grande clube, todos sabemos. Tínhamos certeza de que a partida de volta seria tão ou mais pegada do que a contenda em Avellaneda.
Rey de Copas lá, Rei de Copas cá, levamos a melhor neste duelo de clubes orgulhosos de seus feitos. Não sei se 1984 ainda te dói, Renato, mas 1996 e 2018 estão encravados na história, para, além de derrubar o mito do time Sudaca que não perde finais continentais, encravar na história do confronto a superioridade Tricolor (7 vitórias nossas, 3 derrotas e 4 empates), além de dois títulos em cima deles.
Quando entramos em campo ontem, Renato, a Arena estava mais uma vez numa linda festa. Como sou um bom brasileiro, deixei para depois a compra do ingresso, o que me conduziu a assistir a partida no meu boteco da sorte (mais do que nunca, precisamos dele ontem!). A Nação Tricolor esteve presente com a força habitual nas arquibancadas (apesar de alguns ARREGÕES, por conta da chuva) e em todos os cantos. No estádio, a hinchada roja também se fez presente, engrandecendo ainda mais a disputa.
Bola rolando, e, como eu tinha falado na última vez, ainda vejo o time do Grêmio de 2018 numa fase experimental, ajustando-se aos poucos. Afinal, foi apenas o quarto jogo da equipe titular no ano. Mas ontem começamos bem melhor do que no jogo de ida. Desde logo, conseguimos imprimir nosso jogo, ainda que sem o ritmo e a força do ano passado.
Logo cedo, Everton teve a chance de marcar, após receber grande passe de Alysson e driblar o goleiro, tendo a zaga argentina salvado em cima da linha. Esse lance simbolizaria o jogo: foram várias oportunidades criadas ao longo do Grêmio, sem que tivessem sido aproveitadas – melhorar a finalização já demonstra ser um dos pontos de reparo da equipe.
A metade inicial do primeiro tempo mostrou um Grêmio que inspirou confiança. Mas, na parte final, aconteceu alguma coisa no campo que não futebol. O Independiente soube amarrar o jogo, valer-se da velha catimba argentina e frear o ímpeto do Imortal. Entramos na cena deles, e daí a disputa passou a ser em qualquer canto, a cada oportunidade – e a bola, um mero detalhe.
Foi quando Amorebieta resolveu TATUAR as marcas das travas de suas chuteiras no peito de Luan que o jogo ganhou novos contornos. Tal qual no jogo passado, o recurso do vídeo foi utilizado para a expulsão de um jogador da equipe roja. Olha, Renato, fico com a impressão de que, se existisse o VAR há 50 anos, os uruguaios e os argentinos não teriam levantado tantos troféus nesse período. Mas divago.
Apesar da vantagem numérica em campo, o Independiente soube se fechar muito bem atrás. Duas linhas de quatro bem compactadas na frente da área (uma frase que os analistas contemporâneos gostam de usar), e a criação ficou ainda mais difícil para o Grêmio. Quando Jael entrou em cena, Cícero deixou de exercer a função do “Falso 9” e apareceu mais em campo, pela articulação.
E a partida seguiu tocando a mesma nota: Grêmio, mesmo com dificuldade de penetrar na defesa adversária, conseguindo criar chances boas, mas não aproveitando; Independiente procurando explorar os contra-ataques, pelos pés rápidos de Benítez. Ao final dos 90 minutos, nada de gols, e fomos para a prorrogação.
Tempo extra que é sempre de nervosismo e superação, né, Renato?! Se temos orgulho e apego à nossa tradição de futebol aguerrido, isso com certeza também não falta do lado do Independiente. Foi na prorrogação que chegamos mais perto do gol, com Jael cabeceando na trave, mas também foi o momento em que tomamos o maior susto. O placar seguiu zerado e fomos para os pênaltis.
Daí, Renato, que o coração palpitou a ponto de pensar em marcar o cardiologista. Porque tu sabes da nossa sina com as penalidades. Tuas duas únicas derrotas em mata-mata desde 2016 tinham sido justamente por meio delas. É um trauma Tricolor. Decisão em casa, Campaña inspirado pegando tudo do outro lado, penalidades. “Que cenário para uma tragédia!”, pensamos eu e certamente milhares de outros gremistas. Mas ontem não!
Pelo visto, tu pensaste bastante na possibilidade de a Recopa ser decidida nos pênaltis e mandou os jogadores treinarem bastante as cobranças. Foram cinco penalidades muito bem batidas. Inclusive o de Luan, nosso Rei da América outrora tão criticado por perder pênaltis decisivos, mas que ontem não fugiu da responsabilidade (como nunca foge, na verdade) de realizar a quinta cobrança.
Do outro lado, os argentinos também tiveram bom aproveitamento nas penalidades. Grêmio convertia, eles iam lá e igualavam. Uma típica disputa bastante tensa. Como eu detesto pênaltis quando é com meu time! Até que Benítez foi para a bola, titubeando na quinta cobrança.
Ave, Grohe! Soube esperar, cair para o lado certo e ainda contar com a sorte de bater na trave e sair. É um goleiro com marca de campeão, não adianta. Foi um dos grandes nomes dos títulos da Copa do Brasil e da Libertadores. Merecido que essa taça viesse com a decisão terminando justamente nas mãos deles. Antes muitas vezes criticado (inclusive por este que te escreve), agora um ídolo imortalizado.
Dois empates tensos, peleados e emocionantes, uma decisão por pênaltis. E não adianta: essa geração gremista é vencedora! Agora estamos entre os brasileiros que mais ganharam a Recopa, assim como dividimos o posto de tricampeões da Libertadores e de pentacampeões da Copa do Brasil. Mas só o Grêmio está lá no topo dentre os brasileiros em todos esses casos. Não adianta: é o REI DE COPAS!
E olha, Renato, em quase um ano e meio, já são três taças no armários, três grandes títulos. Mais uma copa erguida na Arena. Mais uma volta olímpica. Obrigado por tudo sempre, ídolo eterno! É Bi da Recopa! 2018 começou, e que venham as próximas taças!
É claro que é engraçado ver os gremistas c@gados a esta altura do campeonato com a perspectiva de uma segundona gaúcha, mas eles não caem nem que o Noveletto não ajude — conforme prometeu antecipadamente neste findi. É só o Grêmio tirar de campo este time podre de rebotalhos e colocar os titulares. O que se sabe agora é que eles têm somente uns 15 jogadores confiáveis. Mas não apenas vão se classificar para as quartas-de-final como entrarão como favoritos para levar o título gaúcho. Hoje quem se diverte somos nós, ouvindo um vestiário embasbacado… O Grêmio é o 12º entre 12, após 7 rodadas, num campeonato onde 2/3 dos times são muito ruins. O imortal é LANTERNA. O próximo jogo do tricolor é contra o Novo Hamburgo no sábado. Incrivelmente, são adversários diretos e o Grêmio pode sair da Zona com uma vitória simples. Cairia lá por 9º, então. Bem, não somos nenhum Lanús, mas os reservas do Inter fizeram 3 x 0 no Noia, dia desses. Se quiser, o Grêmio faz oito.
Para secar, mesmo que inutilmente, eles ainda tem quatro jogos nesta fase: NH (c), Juventude (f), São Paulo (c) e Inter (f).
P.S. — Além do mais, a Divisão de Acesso é jogada durante o Brasileiro. O Noveletto daria um canetaço e manteria o Grêmio na Primeira Divisão, acho. Seria lindo, mas eles vão se livrar deste vexame.
Muita gente ficou confusa ontem. O Sport empatou em 3 x 3 em casa e teve cobrança de pênaltis — os pernambucanos foram eliminados pelo Ferroviário (CE). Então, contra o Remo, vamos ter que ganhar no jogo ou nos pênaltis. Não tem essa de empate. E não haverá nunca o gol qualificado. Veja o que está em negrito abaixo.
Escher, Relatividade
DO SISTEMA DE DISPUTA
Art. 8º – Resumo do sistema: a Copa será disputada em 8 (oito) fases, no sistema de eliminatória simples (“mata-mata”), sendo que nas duas primeiras fases os confrontos serão disputados em jogo único, e nas fases restantes em partidas de ida e volta.
Art. 9º – Os clubes serão distribuídos em grupos de dois, em cada fase, sempre classificando-se um clube para a próxima fase, observada a seguinte sequência de fases:
I – Primeira Fase: 80 clubes distribuídos em 40 grupos de dois clubes cada;
II – Segunda Fase: 40 clubes distribuídos em 20 grupos de dois clubes cada;
III – Terceira Fase: 20 clubes distribuídos em 10 grupos de dois clubes cada;
IV – Quarta Fase: 10 clubes, distribuídos em cinco grupos de dois clubes cada;
V – Quinta Fase: 16 clubes (cinco oriundos da Quarta Fase, mais 11 clubes, conforme critério 1 do Art. 2º) distribuídos em oito grupos de dois clubes cada;
VI – Sexta Fase: oito clubes distribuídos em quatro grupos de dois clubes cada;
VII – Sétima Fase (Semifinal): quatro clubes distribuídos em dois grupos de dois clubes cada;
VIII – Oitava Fase (Final): dois clubes em um grupo.
§ 1º – Os confrontos da Primeira Fase envolverão necessariamente um clube do Bloco I (clubes de 1 a 40 no RNC) enfrentando um clube do Bloco II (clubes de 41 a 80 no RNC) aqui considerado o RNC retificado para os 80 clubes disputantes da Primeira Fase da Copa.
§ 2º – Na Primeira Fase, a ser disputada em partida única, os clubes do Bloco II atuarão como mandantes contra os clubes do Bloco I.
§ 3º – A identificação dos quarenta confrontos da Primeira Fase será definida através de sorteio público a ser realizado pela CBF, segundo critérios técnicos divulgados pela DCO.
§ 4º – Os confrontos da Quarta Fase serão definidos através de sorteio público, envolvendo 10 clubes, sendo que cada clube poderá enfrentar qualquer um dos demais nove classificados na fase anterior.
§ 5º – Os confrontos da Quinta Fase (Oitavas-de-Final) ocorrerão necessariamente entre um clube do Bloco A e um clube do Bloco B: o Bloco A contempla os oito clubes participantes da Copa Libertadores da América de 2018 e o Bloco B terá os cinco clubes classificados na Quarta Fase mais os três clubes que também acessarão a Copa na Quinta Fase: o campeão da Copa do Nordeste/2017, o campeão da Copa Verde/2017 e o campeão do Campeonato Brasileiro da Série B/2017.
§ 6º – Se o total de participantes brasileiros na Copa Libertadores for nove, o pior colocado na Série A de 2017 dentre os clubes que obtiverem vaga via Campeonato Brasileiro passará a figurar no Bloco B. Isto não se aplica ao campeão da Copa do Brasil de 2017, da Copa Libertadores de 2017 e da Copa Sul-Americana de 2017. Com esta configuração o Bloco B terá este clube citado acima, além dos cinco clubes classificados na Quarta Fase e os campeões das copas do Nordeste e Verde. Assim, o campeão do Campeonato Brasileiro da Série B deixa de acessar a Copa nas Oitavas de Final e passa a iniciar a Copa a partir da sua Primeira Fase, caso tenha obtido classificação (vide Art. 2º).
§ 7º – A identificação dos oito confrontos da Quinta Fase (Oitavas de Final) será definida através de sorteio público promovido pela CBF, segundo critérios técnicos divulgados oportunamente.
§ 8º – Para a Sexta Fase (Quartas-de-Final) haverá um novo sorteio público para definição dos confrontos, com os oito clubes formando o Bloco C (vide Anexo B), sendo que cada clube poderá enfrentar qualquer um dos demais sete classificados na fase anterior.
§ 9º – Em todas as fases, os clubes as iniciarão com zero ponto (ganhos e perdidos).
Art. 10 – A composição dos grupos para todas as fases da Copa estará identificada no Anexo B, que será publicado na Revisão deste REC, em 14/12, após o encerramentos das competições da Temporada 2017.
Art. 11 – O clube que somar o maior número de pontos ganhos ao final da partida única (nas duas primeiras fases) ou das duas partidas em disputa dentro do seu grupo, da Terceira a Sétima fases, estará classificado para as fases seguintes; na Oitava Fase (Final), o clube será proclamado campeão da Copa.
Art. 12 – Os critérios de desempate para indicar o clube vencedor de cada confronto, são os seguintes:
a) Na Primeira Fase, o vencedor do jogo único estará classificado para a próxima fase; em caso de empate classifica-se o clube melhor posicionado no RNC entre os dois competidores de cada confronto; b) Na Segunda Fase, também em jogo único, o vencedor estará classificado para a próxima fase, em caso de empate a definição do clube classificado será através da cobrança de pênaltis, de acordo com os critérios adotados pela International Board. c) A partir da Terceira Fase quando houver igualdade em pontos ganhos ao final das duas partidas de cada grupo, os critérios serão os seguintes, aplicáveis à fase e nesta ordem:
1º) maior saldo de gols;
2º) cobrança de pênaltis, de acordo com os critérios adotados pela International
Board.
Parágrafo Único – A disputa de pênaltis, quando aplicável, deverá ser iniciada em até 10 minutos após o término da partida de volta.
Art. 13 – Em cada confronto eliminatório, em quaisquer das seis últimas fases, a definição do estádio da segunda partida deverá ocorrer antes da realização da partida de ida, não podendo mais sofrer alteração, salvo em caso de comprovado motivo de força maior, mediante avaliação e concordância da DCO.
Art. 14 – O mando de campo de todas as partidas pertencerá ao clube colocado à
esquerda da tabela elaborada pela DCO.
§ 1º – Para a Primeira Fase o mando de campo da partida única pertencerá ao clube de posição inferior no RNC entre os dois competidores de cada confronto.
§ 2º – Caso os dois clubes envolvidos no confronto da Primeira Fase tenham o mesmo posicionamento no RNC será considerado o RNF e, persistindo a igualdade, o mando será definido por sorteio.
§ 3º – Para as demais fases (inclusive a Segunda Fase, que será disputada em partida única) os mandos de campo serão conhecidos através de sorteio público a ser realizado pela DCO, não sendo permitido acordo entre clubes para a não realização do sorteio.
A resposta de D`Alessandro a um repórter da RBS foi engraçada, com palavrões e revela que a má vontade de parte da imprensa para com o Inter está clara para todos. “Eu trabalho pra caralho. Vocês, atrás do microfone, só falam”. A gente sabe onde acabaria seu discurso, não? Mas isso foi um detalhe da partida.
Patrick e o maestro D`Alessandro | Foto: Ricardo Duarte /SC Internacional
O Inter iniciou o jogo de ontem, contra o Juventude, com a mesmíssima escalação da boa partida contra o São José. Porém, sabemos de duas coisas: (1) de como o Ju tradicionalmente trata de engrossar os jogos contra nós e (2) de como nós costumamos colaborar com eles nesta tentativa.
Naturalmente, o jogo começou complicado. Uma falha defensiva de Cuesta manteve a perniciosa escrita: demos um gol para o Juventude. Damião respondeu perdendo dois ou três gols feitos, como sempre. Argh!
(Leandro Damião não marcou gols em 2018 e está visivelmente desesperado. Tem 28 anos, mas comporta-se como um menininho nervoso na frente do gol adversário. Não é o que se espera de um sujeito rodado. Ontem, ele esteve simplesmente patético).
Mas o Ju nos brindou com uma desatenção e Patrick empatou em inteligente cobrança de escanteio de D`Alessandro. O argentino passou a bola rasteira. Patrick estava livre. Eram apenas 20 min do primeiro tempo.
Depois, o Ju se fechou dando a nós as mesmas chances que a Justiça brasileira dá a um sujeito preto e pobre.
Mas é claro, temos Dale, sempre ele. Ele achou Iago entrando pela área e o palito deu um chute seco, mostrando a Damião como se faz, estabelecendo a virada, 2 x 1.
Atmosfera tensa no Beira-Rio | Foto: Ricardo Duarte /SC Internacional
No segundo tempo, o Ju voltou melhor, perdeu gols e deu sufoco. E vieram algumas más notícias. Danilo Fernandes cometeu duas saídas escandalosamente erradas do gol, deixando o estádio boquiaberto antes de se machucar. Além disso, Pottker teve uma distensão que certamente o deixará fora por um mês.
O terceiro gol foi do leve, rápido e bom Nico López em mais um passe de Dale. Três passes de Dale, três gols.
Ontem, o destaque negativo foi a defesa, que andou de mal a pior, com péssimas atuações de Klaus, Cuesta e Danilo Fernandes.
Danilo Fernandes: já vi gente catando borboletas com maior elegância. Nabokov, por exemplo | Foto: Ricardo Duarte
Bem, não somos os líderes por aproveitamento, somos os líderes em pontos. Temos 15 pontos em 7 jogos, enquanto o Caxias tem 14 em 6 e o Brasil 13, também em 6. Mas é melhor do que estar em décimo, né?
O próximo jogo será com os reservas contra o São Paulo de Rio Grande (11º colocado) no próximo domingo, às 16h, fora de casa. Tudo com a finalidade de se preservar para a partida da próxima quarta-feira, eliminatória, contra o Remo em Belém (PA), às 19h30, pela Copa do Brasil.