Sabe, Diego, eu compreendo tua demissão no dia de ontem. É que anteontem à noite o Píffero deve ter feito o mesmo do que eu: ele viu o jogo entre River e Tigres. E nós vimos que o River — um time comum e comum — pressionou o Tigres de forma a que eles não conseguissem jogar e até demonstrassem alguma ingenuidade. Contra nós, com nossa dinâmica fraquinha e previsível, com nossa marcação frouxa e com preparo físico de nada, o Tigres apareceu como um timaço. Eu vi aquele jogo de quarta-feira e comecei a ficar muito irritado, pois compreendi que a Libertadores esteve muito mais perto de nós do que eu imaginava. Estava disponível, ao alcance da mão, após passarmos pelo Atlético-MG. Tua atuação durante a parada da Copa América — quando afrouxaste demais a corda, deixando o time se desmanchar aos poucos — e teu preparador físico te demitiram, Aguirre.
O Inter não tinhas forças. Mas te agradeço muito por ter promovido Rodrigo Dourado, Valdívia e William a titulares. Tu sabes lançar jovens como poucos.
O problema foi a Libertadores. Claro que o Píffero se emputeceu. Todos os colorados com alguma memória se emputeceram. Agora, com a maionese desmanchada, entra o interino Odair Hellmann. Achei divertido o nome do cara.
O presidente devia estar tão puto que resolveu mandar também embora Alan Ruschel e Jorge Henrique. Impossível não concordar. Eu aproveitaria e repassaria Léo e Nico Freitas. Já ensinava o Barão de Itararé: “De onde menos se espera, daí mesmo é que não sai nada”. Um clube que está mal financeiramente não pode seguir pagando esses jogadores deficientes, que disseram claramente a que vieram. Vieram atrás de um bom salário. Alex também estaria na marca do pênalti, se eu fosse gestor do clube.
Adeus, Aguirre. leve para a vida três lições: (1) não se associar com preparadores físicos incompetentes, (2) nada de afrouxar demais a corda e (3) fazer revezamentos com 3 ou 4 titulares de cada vez, não mais do que isso.
Boa sorte.