Quando o Grêmio debutar em 2016, nossa criança terá 5 aninhos

Quando o Grêmio debutar em 2016, nossa criança terá 5 aninhos
A foto de Ricardo Duarte mostra o melhor do Inter -- Dourado e Vitinho. Já o resto...
A foto de Ricardo Duarte mostra o melhor do Inter: Dourado e Vitinho. Já o resto…

É uma pena que a longa agonia do Inter mascare sua absoluta ruindade neste péssimo ano. Se, nesta altura, estivéssemos sem chances de Libertadores no Brasileirão 2015, talvez a diretoria já trabalhasse planejando algo de mais consistente para o ano que vem. O jogo de ontem demonstrou como o se joga fora uma classificação. O Fluminense — com um time misto — pediu para ser derrotado. Viramos o primeiro tempo com vantagem de 1 x 0, jogamos todo o segundo contra 10 e… cedemos o empate. Demos um tal banho de bola no primeiro tempo, o jogo estava tão fácil que escolhemos relaxar no segundo.

2015 pode ser resumido assim: problemas com o preparo físico, com doping, contratação no meio do ano de um treinador inadequado, mais problemas físicos (agora com os velhos D`Alessandro, Alex, Juan, Réver e Anderson, que, aos 27, parece ter 40) e nada de títulos importantes. E assim vamos seguindo o Grêmio. Se eles completarão 15 anos sem eles e debutarão em 2016, nossa criança terá já 5 anos. Mas, incrivelmente, vamos para a última rodada ainda com chances, o que servirá para esconder o fracasso por mais uma semana..

A conclusão a que chego às vésperas da última rodada do campeonato não pode ser mais desalentadora para o futebol brasileiro. Dos 5 melhores classificados, 4 são péssimos, o que explica enorme a distância do Corinthians na primeira colocação. Os times atuais de Atlético-MG, Grêmio, São Paulo e Inter são piadas que deveriam estar na segunda metade da tabela se o Brasileiro tivesse um mínimo de qualidade. Mesmo sem grandes contratações, a base do Inter deveria garantir uma classificação, mas esta também não funciona direito e hoje toma goleadas do pessoal do uma e tá.

Reclamar de arbitragem? Dizer que o pênalti a favor do Flu foi mal marcado? Também acho, mas ora, colorados, deixem essas circunstanciazinhas de lado. Era um jogo fácil que se complicou por nossa incapacidade de manter uma mínima compostura em campo.

Nosso time resume-se aos chutes do emprestado e Vitinho e, olha, nem dá para ver corretamente o que mais serve com tanta desorganização em campo. Dourado e Alisson, certamente. O resto eu não sei.

https://youtu.be/3ajpkkUe3aI

Bom dia, Argel Fucks (com os gols da façanha de ontem)

Bom dia, Argel Fucks (com os gols da façanha de ontem)
Pô, Paulão, para de fazer merda!
Pô, Paulão, para de fazer merda!

Argel, como disse um amigo numa lista de discussões: “4 do Grêmio, 5 da Chapecoense, 5 do Grêmio, 3 do Avaí, isso de 2014 pra cá. Acho que nem nos anos 90 isso acontecia”. Verdade, Gérson. A gente perdia quase sempre de pouco naqueles desgraçados anos.

Mas, olha, o jogo de ontem — Avaí 3 x 0 Inter — foi muito estranho. O time estava até direitinho, à exceção da defesa, que voltou a fracassar. Primeiro, dominávamos o jogo quando houve um pênalti óbvio sobre Sasha que, aliás, deveria ter empurrado de primeira a bola para dentro do gol. Afinal, estava na pequena área sem goleiro. Pra que complicar? Depois, nossa defesa começou a dar sinais que era Dia de Paulão. Jamais vou entender porque o zagueiro, que é o Rei do Chutão, resolveu proteger aquela bola para que Alisson viesse de Sombrio para agarrá-la. Quase que saiu o primeiro gol do Avaí. Quem conhece o Inter disse na hora: Argel, tira o Paulão que hoje ele vai entregar. Não deu outra. Ele, tendo Nilton e Géferson como coadjuvantes, perturbou toda a defesa.

No segundo tempo, quando torcia por um golzinho qualquer que nos desse uma vitória mínima, o juiz inventa de dar um pênalti contra nós, daqueles que ninguém dá no mundo. Uma sutil puxada de Paulão, é claro, no braço de um atacante havaiano, quando a bola já estava longe, fora de perigo. Nem os jogadores do Avaí entenderam o que o árbitro marcara. Foi uma alegre surpresa do conhecido piadista Jean Pierre Lima.

Daí pra frente, Argel, teu time se desmanchou. (E, como tinha escrito sexta-feira, lá em Itu ninguém poupou forças…) Tomamos dois gols em chutões pra frente, um deles desferido pelo goleiro do Avaí. Não foi um jogo que condenasse teu trabalho, mas acho que tu deves decidir se o teu sétimo zagueiro em qualidade deve permanecer jogando (revisando: Juan, Ernando, Alan Costa, Réver, Eduardo, Moledo). No banco, Juan devia estar dando gargalhadas.

Melhor tentar esquecer o jogo de ontem pondo a culpa no juiz e no preparo físico.

Bom dia, Argel Fucks (com os gols de ontem)

Bom dia, Argel Fucks (com os gols de ontem)
Vai um só que não temos ainda preparo físico!
Vai um só que não temos ainda preparo físico!

Como um doente que se recupera de uma operação grave, mas sem os dramas da UTI sartoriana, o Inter vai se reerguendo após a traumática eliminação da Libertadores e o não menos 0 x 5 no Gre-Nal. Tu, Argel, fizeste uma cirurgia interessante. Colocaste os jogadores num esquema conhecido de todos, o 4-4-2; injetou-lhes ânimo — as entrevistas mudaram muito –; cortaste os celulares nos almoços, jantares e cafés; isto é, obrigaste o grupo a interagir. E mandou todo mundo marcar em campo. De quebra, deve ter levado Nilton e Vitinho para um canto a fim de terem uma conversinha íntima. Sim, porque eles estão tão diferentes e pra lá de pra frente quanto a moça do Chico.

Mas é tudo muito inicial. Tu sabes que podem acontecer recaídas, febres e novas internações, mas a coisa sabe bem, parece ter direção e intenção claras. Eu e toda a torcida gostamos de ver, mesmo sendo um jogo contra o fraco Ituano. Acabaram os muxoxos e não acredito que o excelente Juan viesse agora aos microfones reclamar de um pequeno atraso. Se ocorresse, a nova (velha) forma de agir do clube talvez lhe respondesse para ir logo para o Flamengo, onde o mês tem 120 dias. E voltaria a se preocupar com futebol. (E com o Bom Senso FC, uma necessidade de todos).

No mais, o Inter parece ter encontrado um caminho. Haverá turbulências, só que agora está ficando parecido com o clube que conheço.

Bom dia, Diego Aguirre (com os gols de ontem à noite)

Bom dia, Diego Aguirre (com os gols de ontem à noite)
Foto: Alexandre Lops
Meu craque Rafael Moura salva o Inter | Foto: Alexandre Lops

Eu sempre disse que o Rafael Moura tinha que permanecer no Inter, Aguirre. É mentira, claro, mas é a verdade de hoje, uma sincera inverdade, se me entendem. Ah, esqueçam. Ele nem tocou naquela bola, mas se não estivesse ali, na posição correta, enchendo o saco, o gol da classificação não sairia. Que venham mais Gabirus!

Bem, agora digo uma verdade. Eu sempre discordava quando alguém dizia que o Santa Fe era ruim. Organizado, forte, de muita marcação, eu sabia que a coisa não ia ser mole. E o Inter não está jogando tudo aquilo. O primeiro tempo, após os dez minutos iniciais, foi dominado pelos colombianos. Não criaram boas chances, mas ficaram rondando perigosamente nossa área.

No intervalo, Aguirre, tu fizeste uma mágica ao adiantar a marcação e o time voltou diferente, passando a massacrar o adversário, que apelava para faltas — algumas de ultra-violência, daquelas de deixar o Alex, de A Laranja Mecânica, envergonhado –, cedia escanteios e não saía mais para o jogo. O Santa Fe ficou encurralado, mas só conseguíamos cruzamentos sem resultados para a área. Então, o Marco Weissheimer, atento à dialética ostermanniana do futebol, gritou no sofá de sua casa pedindo a entrada do He-Man. (Foi o que ele disse que fez). Agachado na escadaria do túnel, tu o ouviste  e nós fizemos o terceiro gol dos dois jogos entre Inter e Santa Fe. O terceiro em escanteio.

Valdívia ganhou o prêmio de melhor em campo da patrocinadora do torneio. Porém, acho que os melhores em campo foram o espetacular Rodrigo Dourado e interminável Juan, a parede que evitava os contra-ataques do Santa Fe. D`Alessandro também foi um monstro.

O Inter não jogou bem, mas talvez tenha feito o máximo possível contra um adversário duríssimo e algo agressivo. Agora, lá em 15 de julho, enfrentaremos o Tigres de Monterrey. A segunda partida será no México, em razão da alta pontuação do Tigres na fase classificatória. Monterrey tem pouco mais de um milhão de habitantes e está a apenas 530 m de altitude. Então, não haverá preocupações com a altitude, mas… Fica longe, quase na fronteira com os EUA, no norte do México, próximo ao Texas e ao Caribe de Cuba e Cancún. Não será fácil e Luís Felipe dos Santos já começou uma pressão particular sobre Rafael Sóbis, o centro-avante do time da capital do estado de Nuevo León.

Caro Rafael Sobis,
Já que você vai enfrentar o Inter na semifinal, espero que lembre sua grande passagem com a camisa colorada.
Especialmente aqueles 580 gols que você perdeu contra o Mazembe.
Um abraço,
LF

Isso mesmo, Sóbis. Pense no Mazembe durante o jogo contra o seu Inter.

https://youtu.be/wzVUHXd51oI

Bom dia, Diego Aguirre (com os gols da epopeia de ontem)

Bom dia, Diego Aguirre (com os gols da epopeia de ontem)

Que jogo, Aguirre! Cada vez que o Atlético-MG vinha, calafrios contrafeitos percorriam minhas costas do cóccix aos primeiros pelos do pescoço. E tu reagiste valentemente aos rasantes que os mineiros nos davam repetidamente e que abalavam as estruturas do bergamotão. Imagino que, em condições normais, ninguém é sufocado sem se debater desesperadamente. E tu te retorceste, jogando pernas e braços para todos os lados a fim de fazer o Atlético parar. Primeiro, colocaste Jorge Henrique para marcar Patric, que penetrava como uma faca quente na manteiga do lado esquerdo de nossa defesa. Não deu certo. Então tiraste o baixinho, colocando o volante Nico Freitas. Melhorou pouca coisa. Depois, inverteste os laterais. Passamos a respirar. E acabamos com a sangria trocando, imaginem, D`Alessandro por Réver.

Mais tinha os outros todos. Então, gostaria de elogiar um cara do qual ninguém fala. Ele é velho, discreto e faz tudo com tamanha naturalidade que até os pênaltis que comete não são marcados. Os juízes observam, duvidam do que veem e deixam pra lá. Ontem, ele fez um desses. Aos 36 anos, Juan deixa Alan Costa e Ernando não apenas mais bonitos, mas cheios de garbo e compostura. Ele engana também os atacantes. Lento, faz-se de rápido ao usar atalhos desconhecidos para chegar nas bolas. Contra o Atlético-MG cumpriu uma partida sem falhas, sendo uma ilha de segurança em meio à balbúrdia.

Valdívia faz Victor voltar correndo para o gol.
Valdívia faz Victor voltar correndo para o gol | SC Internacional / Alexandre Lops

Fui no jogo com o Diego Dutra, zelador do prédio onde moro. Somos uma dupla invicta. Quando saímos do T5, perguntei-lhe quanto seria o jogo. No Sul21, tinham dito que seria 2 x 1, 1 x 1 ou 2 x 0, sempre com o Inter classificado, mas o Diego disse que seria 3 x 1. Acertou. Só que, certamente, não previu do tamanho do sofrimento para um placar tão dilatado. É que nosso aproveitamento foi — tem sido sempre– muito alto. E não adianta dizer que o Atlético teve mais posse de bola e muitas chances. Tu, Aguirre, gostas de dar campo ao adversário. O que Levir e os jornalistas mineiros tiveram que entender é que faz parte do “jogar bem” converter as chances em gols. E isso nós fizemos de forma e beleza alucinantes. Até no gol de Lisandro López, o mais acanhado de todos, tivemos uma conclusão sensacional, com o argentino mandando Victor para um lado, chutando no outro. Ou seja, somos um time complicado como era aquele teu Peñarol, Aguirre, que nos matou no Beira-Rio em dois contra-ataques. Até hoje fico puto quando penso naquele jogo.

victorE D`Alessandro, que fez o seu sétimo gol em Victor? E não foi qualquer gol. Ele girou sobre Thiago Ribeiro e Douglas Costa mandando um chute em curva, no ângulo, uma coisa de grandiosidade e exatidão como só os grandes algozes conseguem. Foi um golpe só, definitivo, indolor, sem piedade. Ocorreu ao final do primeiro tempo, antes que o Galo voltasse a dar as cartas no início do segundo, período de maior terror para a arquibancada colorada, quando levamos um banho de bola sem acertar contra-ataque nenhum.

No T5 da volta, a sensação geral era a de que podemos ser campeões novamente. Talvez o cruzamento com o Santa Fe não nos obrigue a parir outro bebê de 25 Kg. O Marco Weissheimer, atento e caseiro torcedor colorado, me escreveu dizendo que o ataque do Santa Fe é bom, mas a defesa é fraquinha. E terminou citando o inesperado complemento de nossa felicidade de noite de ontem. “A cereja no pudim ontem foi mesmo a eliminação do Corinthians pelo Grêmio Bagé”. Verdade.

https://youtu.be/EprGf3loudA

Boa noite, Abel Braga (veja os melhores lances e a obra-prima de Paulão em Inter 1 x 0 Goiás)

Boa noite, Abel Braga (veja os melhores lances e a obra-prima de Paulão em Inter 1 x 0 Goiás)

Abel, parabéns pela vitória choradíssima. Teu time não foi nada brilhante, mas fez o que tinha que fazer jogando sem Aránguiz, Alex, Nilmar, Fabrício, Cláudio Winck, Juan, Wellington Martins e Sacha. São oito jogadores. O futebol apresentado hoje deu para o gasto, mas, se quisermos a vaga para a Libertadores, há que melhorar. Ah, e voltaremos à questão dos machucados.

Não sei por quê, eu e meu filho Bernardo chegamos ao Beira-Rio às 16h. Uma hora antes do jogo. Digo-te, Abel, que a atmosfera era do mais profundo ceticismo quanto a teu time. Não sei se cético ou não, tinha um fisioculturista sentado com sua filha na minha frente. Usava uma camiseta sem mangas a fim de impressionar quem se impressionasse. Na camiseta, estavam estampadas uma propagandas de suplementos alimentares. Fiquei pensando em como aquele cara faz para coçar a cabeça com tanto músculo sobrando. Mas enfim, cada um com seus dramas e obstinações.

Nosso primeiro tempo foi até bom. Perdemos gols. O goleiro do Goiás praticou uma defesa milagrosa e Ernando acertou o poste após driblar o mesmo Renan. No segundo tempo, começou aquele dramalhão. O time, meu caro Abel, novamente cansou. Enquanto isso, o Goiás só se defendia, sem a mínima pretensão de atacar. Até que, quando as coisas estavam dirigindo-se para um melancólico 0 x 0, eis que Paulão comete uma obra-prima, marcando um gol de bicicleta após um escanteio.

Paulão: saiu da reserva para marcar este golaço.
Paulão: saiu da reserva para marcar este golaço.

Ah, pois é. Paulão saiu da reserva para marcar um golaço. Acho que tens razão, Abel, Paulão é banco mesmo. Porém, o que apavora o torcedor é que o time está estropiado fisicamente mesmo tendo desistido da Copa Sul-Americana e da Copa do Brasil. E hoje, mantendo a tendência de morte física, tu fizeste duas substituições por lesões musculares. Ou seja, o que sobrava para o meu vizinho de arquibancada — se aquilo no Beira-Rio ainda pode ser chamado assim — faltava para os nossos jogadores. Que preparo físico de merda é esse, Abel? Alan Patrick e o excelente Alan Costa saíram de campo com problemas musculares a fim de darem lugar a Valdívia e Paulão. E Bertotto saiu por estar TONTO devido ao esforço. Repito: que preparo físico de merda é esse, Abel? Pois o preparador físico é teu contratado, da tua equipe.

Como acabaremos o Brasileiro? Com todos no Departamento Médico?

Espero que o time esteja um pouquinho mais inteiro no próximo sábado, 22. O adversário não será o Goiás, Abel, será o Atlético-MG no Beira-Rio. Será que eles virão com os reservas, preservando os titulares para a final da Copa do Brasil, dia 26, contra o Cruzeiro? Rezemos que sim.

P.S. — Devo dizer que Rafael Moura jogou bem, assim como Willians, D`Alessandro, Ernando e, ainda mais incrível, Jorge Henrique. Os laterais, ambos, tu deves mandá-los embora amanhã.

http://youtu.be/9Plcopj6pno

Bom dia, Abel Braga

Bom dia, Abel Braga
Foto: Leonardo Cantarelli FutNet
Pouco futebol, muitos pontos | Foto: Leonardo Cantarelli / FutNet

O Inter é vice-líder do Brasileiro; o Inter venceu seus últimos cinco jogos; nestes, não tomou nenhum gol; o Inter é demais! Só que a verdade é que o desempenho do futebol desenvolvido em campo está abaixo do aceitável… Não, não é corneta. É fato facilmente comprovável — estamos com uma sorte incrível, é só rever os jogos. Deste cinco, ganhamos bem do Grêmio e do Flamengo. Só. As vitórias contra o Bahia, o Santos e o Goiás foram casuais. O resultado mais normal para os jogos contra o estes times seria o empate. Neles, não criamos NENHUMA chance de gol. Nosso mérito foi o de ter imposto o mesmo a nosso adversário. Só que dois gols irrepetíveis, resultados de falhas incríveis do adversário, deram-nos as vitórias. Já contra o Santos, poderíamos podíamos ter empatado ou até perdido.

Não pense, Abel, que com isso desvalorizo tua sequência de vitórias. Ao contrário, penso que sejam fundamentais, pois dão tranquilidade e boas condições para que se melhore em campo. Se tivéssemos uma pontuação baixa, teríamos que resolver as questões de jogo sob mau tempo. Não é o caso. Todo o Brasil está acompanhando nossa perseguição ao Cruzeiro como se fôssemos um adversário real. E somos, mas só pelos insistentes resultados.

Abelito, veja bem, coração: o jogo de sábado demonstrou que Aránguiz fica meio perdido jogando na linha de três, com D`Alessandro e Alex. Eu também achava que ali seria o lugar dele, mas não é. Ele é bem melhor vindo de trás, mais livre, de surpresa. É claro que isso não significa a reentrada da enceradeira Jorge Henrique, nem de Alan Patrick, uma enceradeira sem energia elétrica. É a hora de testar Leandro, Valdívia e… onde está o Luque? O argentino que acabamos de contratar é tão ruim assim?

Outra coisa, por ora, nosso guichê não aceita críticas ao Fabrício. Ele pode ser isso ou aquilo, mas seus cruzamentos resultam em gols, vários gols. Ele é a única esperança para o Rafael Moura, centroavante totalmente inadequado aos meias que temos. Aliás, aí está outro problema. Moura serve para receber cruzamentos ou para fazer parede. Como não há nem um nem outro, é melhor pensar em outro para a função.

Elogios? Sim, vão todos para a marcação. Desde o trio de meias até a extraordinária dupla de zagueiros Ernando e Juan, todos marcam. E bem. Até Winck, célebre por não marcar, está fazendo direitinho seu papel. E poucos recebem cartões, o que comprova o bom posicionamento de todos. O problema é o ataque e os erros de passe. Lembra da Primeira de Lei de Andrade? A que diz assim: “Quem não tem a bola corre o dobro?”. Pois é.

Boa sorte aí, meu querido.

Bom dia, Abel Braga

Bom dia, Abel Braga
Te mexe, Alan Patrick! Corre, Juan! Não me faz rir, Paulão!
Te mexe, Alan Patrick! Corre, Juan! Não me faz rir, Paulão!

Abel, sabes que eu não costumo fazer avaliações individuais — acho que o que interessa é o conjunto –, mas é impossível evitar dizer que um time que joga com Juan, Alan Patrick e Paulão não irá a lugar nenhum. Juan é uma lenda do futebol que hoje é vencida por qualquer Nikão. Foi facilmente batido no primeiro gol e ainda fez um pênalti — que seria o segundo contra nós — no segundo tempo. É tocar a bola na frente e passar. Não dá. Iniciar uma partida com Alan Patrick é iniciar com dez jogadores. Ele está passando por uma injustificada egotrip. Passa o pé por cima da bola, tenta coisinhas elegantes, interrompe as jogadas e apenas deixa mais lento o que não é rápido: a dupla D`Alessandro e Alex. Já Paulão serviria apenas como com uma espécie de reserva folclórico. Suas tentativas no ataque são cômicas — dou risadas com sua falta de jeito — e o que dizer do bote que ele tentou no segundo gol do Ceará? Como trata-se de um zagueiro rápido, ele deveria ter acompanhado o atacante na corrida, mas é de seu folclore fazer a tentativa errada. Deu no que deu.

O Ceará é um bom time. O líder da Segunda Divisão tem características interessantes: com a bola é um conjunto tipicamente nordestino, cheio de jogadores velozes; sem a bola, marca forte e até usa de certa dose de violência. O resultado de ontem (Inter 1 x 2 Ceará) complica muito. No jogo de volta, uma vitória do Inter por 1 x 0 dá Ceará pelos dois gols marcados fora. Então, não basta ganhar. Sinceramente, acho que ontem tu recebeste uma ligação de Jesus, Abel. Talvez seja melhor ser logo eliminado, mas será que aí tu vais treinar o time nas datas vagas? Pois o nosso time não está jogando nada, não tem nenhuma inteligência ali, é só correria inútil e passes errados.

Nem vamos falar do juiz, Abel, ele é ruim mesmo e conseguiu prejudicar a todos. Também, com o nome de Fábio Filipus…

Abel, o que sei é que tu não gostas de mudar nada, ainda mais quando se trata dos bruxos e o Juan é bruxo. Então, amigo, acho que estamos fodidos. E, para completar, ontem o Luigi disse que estava difícil segurar o Aránguiz. Aí, meu filho, vamos ter a mais triste das despedidas de nosso mais bisonho presidente.

Bom dia, Abel Braga

Bom dia, Abel Braga
Rumo ao 8º ou 9º lugar novamente.
Rumo ao 8º ou 9º lugar novamente.

Não precisava ser nenhum gênio para anunciar o que anunciei segunda-feira para ti, Abel. Previ que o Inter perderia a liderança nesta rodada, lembras? E não por culpa da quarta-feira, mas da ridícula atuação de domingo. E não esqueça, estou considerando de barbada pra ti que o Coritiba — hoje na zona de rebaixamento — seja um bom time. É que ontem houve um número incrível de desfalques.

Já estamos em 4º lugar. Se hoje o Goiás vencer o Santos, passamos a 5º. Isso já nos põe perto de nosso lugar habitual, o 8º ou 9º lugar. É para lá que vamos, infelizmente. E tudo por culpa de detalhes mal cuidados, de erros de postura e tolices como o fato de entrarmos ontem em campo com Otávio — que esqueceu seu futebol numa esquina de 2013 — e não com o bom Valdívia. Nego-me a falar sobre arbitragem, reclamação típica de gremistas. Ainda mais que o Dida rebateu a bola para a frente. Mas agora é só ganhar do Cruzeiro no Centenário…

Já tens preparado o discurso? Sugiro “O Cruzeiro é um time perigoso, bem preparado e joga bem tanto em casa como fora. Jogaram no nosso erro. Além do mais, tem o grande Ricardo Goulart”. Mesmo com o retorno de Juan, Willians e D`Alessandro, não acredito num bom resultado contra o Cruzeiro. E lá vamos nós cada vez mais para fora do G-4. Espero que tu ao menos mantenha o Valdívia no time e comece a pensar em Ernando como titular definitivo da zaga.

Bom dia, Abel Braga

Bom dia, Abel Braga
Porra, Abel!
Porra, Abel!

Abel, meu querido, é em razão de coisas como a de ontem à noite que faz 35 anos que o Inter não vence um Brasileiro. Escreva aí: o campeão brasileiro de 2014 — e qualquer um, de qualquer ano — vai vencer quase todos os timinhos, dentro e fora de casa. Os pontos de ontem são difíceis de recuperar e meu prognóstico é o de que, na próxima rodada, já não estaremos na liderança, pois o pensamento de que um “empate é um bom resultado em Curitiba” já faz parte da forma de pensar no Beira-Rio.

Viste o Diego Simeone sendo jogado pra cima pelos jogadores do Atlético de Madrid após vencer o Campeonato Espanhol? Apesar do teu peso, queria te ver naquela situação. Pense bem, nós não temos punch. Te explico o que é punch: é a força, a potência no golpe para derrubar um adversário numa luta de boxe. Nós damos soquinhos. Quando temos a oportunidade de derrubar, quando o time adversário parece pronto para perder, nós relaxamos, tranquilizados pelo fato de não sermos atacados. Acho que para fazer gol é preciso gostar de fazer gol. Cadê os chutes de fora da área? Procura aí abaixo, nos melhores lances de ontem, Abel. Ter Alex e D`Alessandro no time e não chutar de fora? Não entendo. Aliás, outra coisa que não entendo é o motivo de três meias num jogo como o de ontem.

Eu gosto muito de tênis, professor. Grande parte do trabalho do tenista é deixar o adversário desconfortável na quadra. O bom tenista tenta obrigar o cara do outro lado a fazer tudo o que ele não gosta de fazer. E nós, no futebol, gastamos largos períodos de nossos jogos trocando passes lentamente, num acordo tácito de confortabilidade mínima para os dois lados. Parece que lideramos o campeonato com larga margem. Olha a tabela, Abel!

E agora, vamos jogar fora de casa contra o Coritiba sem Juan, Willians (por terceiros cartões), Aránguiz e Gilberto. Vamos pra cima deles ou fazemos teremos mais enrolação? Lembre-se que o Coritiba de Celso Roth não venceu nenhuma partida no campeonato. Tem 3 empates e 2 derrotas.

Dois jogos: o Corinthians finalmente roubado e o Inter com seus impasses

Rotina: Riquelme acertou mais um daqueles chutes malucos que os gremistas conhecem.
Rotina: Riquelme acertou mais um daqueles chutes malucos que os gremistas conhecem.

No dia em que Marina Silva cometeu mais um suicídio político — será ressuscitada novamente, esperem e verão — , o Inter fez um confronto equilibrado com o Santa Cruz e o Corinthians foi finalmente roubado. OK, não foi roubado; na verdade, o juiz errou de forma cabal e contrária aos interesses do todo-poderoso time paulista, algo inédito em terras brasileiras, com juízes brasileiros. E nem Tite reclamou. Beneficiário contumaz da péssima e clientelista arbitragem nacional, o Corinthians tem mais é que ficar quieto e acender velas para a nossa Comissão de Arbitragem. Aliás, nem precisaria disso, tem um timaço e merecia eliminar o Boca, só que o Boca com Bianchi tem outro aplomb, outra autoconfiança. E Amarilla em jornada inusual. Os dois Carlos resolveram o jogo e…

O meio-de-campo Eriviti disse que Bianchi insistiu a semana inteira para que o número 8 do Corinthians fosse bem marcado. Mesmo assim, Paulinho voltou a ser impressionante. É o melhor jogador em atividade no Brasil. Usa como ninguém as facilidades oferecidas por nossos armadores que não sabem marcar. Paulinho os engole lá atrás e os patrola quando vai ao ataque. Sim, quando digo que Paulinho é o melhor em atividade do Brasil, não esqueço de Neymar, nem de…

D`Alessandro, que novamente salvou o Inter.  O amor que tenho aos clubes menores quase me tornou torcedor do Santa Cruz, mas quando começou o segundo tempo e nós estávamos com um jogador a menos, voltei a meu coloradismo delirante e quase incondicional. Vou dizer uma coisa para vocês: o Inter tem laterais, tem um time de sete zagueiros bastante bons  — o louco Moledo, mais Juan, Índio, Jackson, Alan, Romário e Ronaldo Alves, para que tantos? — bons volantes e um grupo absolutamente insuficiente de armadores e atacantes. Do meio pra frente, temos D`Alessandro, Damião e um ex-craque que vive de LAMPEJOS, Forlán. Fred não confirma seu início de carreira e deveria ser repassado a outro clube junto com o loiro uruguaio enquanto têm valor de mercado. Caio é alguém a ser testado, assim como Rafael Moura. Ou seja, apesar de toda a boa comissão técnica do Inter, nosso time só pode fazer gols à fórceps e em times fracos

A chamada D`Ale dependência significa apenas que ele ´é nosso único armador e que nossos atacantes não têm rendido. Sim, desse jeito não vamos longe. E tenho dito.

Luigi estaria à procura de palavras para dispensar Bolívar?

O mês de dezembro nos mostra o Inter em velocidade subluígica, ou seja, ainda mais lento do que o costume. A última notícia diz que o lateral direito e o atacante de velocidade prometidos talvez venham no final do Campeonato Gaúcho. Desta forma, a montagem do time ficaria para o segundo semestre. Talvez seja bom. No ano passado, o Inter contratou 14 jogadores. Destes, só aprovaram três, todos com caras assim de reservas: Ygor, Jackson e Cassiano. Dátolo fez um belo primeiro semestre, mas afundou no segundo.

As contratações mais espetaculares fracassaram até agora: Forlán não joga desde a Copa de 2010, Juan segue acumulando lesões desde 2011 e Dagoberto adotou o mesmo estilo em 2012. Ainda bem que Ratinho e Nei saíram. Dizem que Bolívar também estaria arrumando as malas, mas só acreditarei quando ver Bolívar com outra camiseta ou de pijamas por 24h. Luigi Calvário quer dar uma saída honrosa para o ex-zagueiro. Se procura palavras, sugiro que ele veja os jogos da Libertadores de 2006, quando Bolívar jogava muito. Então, encontrará argumentos para um belo elogio. Depois, ele deve pensar nas cagadas que General têm feito para justificar o pé na bunda.

Meu consolo é que as coisas andarão mais rapidamente no vestiário com Dunga e Paixão. Mas acho melhor evitar que o Calvário arraste sua cruz até lá. Pois se for, sabemos que fica.

Cansaço colorado, desânimo geral

Bolívar: sem seu apoio, o técnico cai

Darei meu recado rapidinho.

“Desânimo geral”, este é o titulo de uma das conversas que estamos travando em um dos grupos de discussões do Inter, justo naquele onde há mais conselheiros do clube. Mas a sensação estende-se aos outros grupos dos quais participo. Ninguém mais suporta falar sobre as escalações do time sabendo que estas são ditadas pela política do vestiário. Agora é Juan que provavelmente não iniciará o Gre-Nal — ou iniciará com mais dois outros zagueiros — tudo porque Bolívar, o líder do vestiário, o homem que avaliza treinadores, é inamovível.

Imaginem a vontade de treinar de um cara como, por exemplo, Rodrigo Moledo. Ele  conseguiu retirar o Bolívar do time num esforço supremo — na bola que jogou a mais — e saiu do time por lesão. Virou reserva novamente. Está lá, no banco. Não sou apaixonado por ele, mas Moledo foi sacaneado. Dia desses ressurgiu no lugar de Índio. E foi o melhor da defesa.

Desta forma, o melhor Inter não pode entrar em campo em função do grupo de Bolívar. As substituições comprovam. Sempre saem os mais jovens (Élton, Fred), com os confirmados permanecendo em campo. E não há como motivar aqueles que não são amigos do General. Quase todo mundo está de saco cheio: os outros jogadores e a torcida. A perspectiva é péssima, mesmo contra o time do Grêmio.

Esse Gre-Nal pode desaguar em nova e desnecessária crise, mesmo que o Grêmio seja um time de opereta. Bem treinado, mas de opereta.

Faz algum tempo que decidi: como sócio e colorado, sigo pagando o clube, mas não vou ao estádio até que veja que o vestiário não é de um grupo de ex-vencedores, porque até as vitórias têm prazo de validade no futebol.

Sem jóquei

Ontem, um amigo chamou minha atenção para um fato. Na página do Globoesporte relativa ao Internacional, havia notícias de várias transações que vão lentamente se confirmando. Todas elas são de repercussão internacional, coisas efetivamente grandiosas, coisas com as quais nem sonharíamos anos atrás. Há a venda de Oscar por 25 milhões de euros (79 milhões de reais); é uma venda, claro, mas já houve a chegada de Forlán, o provável retorno de Nilmar e as vindas de Ganso e do zagueiro Juan. Mas, querem saber de uma coisa?, não adianta nada se não for removido o fator Dorival.

O torcedor não aguenta mais. Nem o apoio da imprensa — sempre ao lado das direções — e nem o fato do Beira-Rio estar sendo pouco frequentado em razão das obras, impedem que a opinião pública se manifeste com clareza. O time não tem padrão de jogo, não tem jogadas e mantém-se simplesmente por seus bons jogadores. Ontem, o protesto deu-se de forma muito irônica no site do clube. O volante Bolatti, que permaneceu dois minutos em campo, recebeu 71,19% dos votos para melhor em campo na partida contra o Cruzeiro. Bolatti não é uma solução — é lento, marca mal, mas tem bom passe e, como segundo volante, é cem vezes melhor do que Élton ou Josimar. Dorival está visivelmente brincado com a torcida, talvez apostando numa demissão com multa rescisória. Após ser vaiado e chamado de burro ao inventar Jajá e Marcos Aurélio nos lugares de D`Alessandro e Dagoberto, chamou o xodó dos colorados para uma entradinha de dois minutos. Ele já tinha provocado a torcida ao fazer entrar o aposentado Bolívar no final de uma partida do Gauchão logo após a derrota para o Juan Aurich, cuja responsabilidade principal fora do zagueiro. O humor e a despreocupação de Dorival são claros. Parece estar com saudades de Florianópolis, onde tem uma mansão.

Ele é um bom treinador de imprensa e direção. É simpático e afável. Já escrevi neste blog sobre seus métodos de treinamento, mas o Inter vai ganhando e Dorival segue livre para ganhar um time invejável que não treinará. Como diz um amigo, estamos sem jóquei.

Bolívar, o General cagão (?) mete-se em sinuca de bico

Este não é exatamente um texto sobre futebol. Também é, mas o esporte é apenas um ornamento. É um texto sobre a sacanagem, sobre o que penso ser uma tentativa de sacanagem que não está dando certo em razão de circunstâncias incontroláveis. Vamos aos fatos: Bolívar, zagueiro do Inter, capitão do time e vencedor das Libertadores de 2006 e 2010, apelidado de General, grande jogador, vinha jogando mal, muito mal. Porém sua vida estava tranquila. Seus reservas — Moledo e Juan — eram dois jovens inexperientes e os dois outros concorrentes com mais bordel — Sorondo e Rodrigo — estavam e estão gravemente machucados. Só que Bolívar exagerou na má fase. Após ver publicado um Dossiê de 15 minutos com suas falhas no YouTube, conseguiu bater o recorde de conceder, através de seus erros, três gols em dez minutos aos Santos. O Inter vencia por 3 x 0, Bolívar criou um 3 x 3.

Mesmo assim, mesmo com o inacreditável jogo, mesmo que o dossiê devesse crescer, o zagueiro não foi especialmente vaiado em campo. Nunca foi. Há respeito por sua biografia. As críticas da torcida vieram pelas Redes Sociais, blogues, twitter (pela hashtag #eubolivei para dizer “errei”) e pelo tal vídeo no YouTube. E então o zagueiro tornou-se enxadrista e deu seu lance: aproveitando que Índio, seu companheiro de zaga, fora suspenso por 3 jogos pela CBF, o General pediu para também sair do time, provavelmente apostando numa crise ao deixar a batata quente na mão dos jovens. A diretoria do clube, que não tem mais pulso para controlar seus jogadores, assentiu. Só que o tiro estava saindo mais ou menos pela culatra. O Inter empatou com o Ceará e venceu o América-MG com atuações aceitáveis da dupla de jovens. A defesa seguiu falhando, mas por Nei, o lateral direito.

É claro que o general esperava que o time perdesse vários jogos para voltar nos braços do povo. Era uma aposta, uma boa aposta até, apesar de nada ética. Só que nosso personagem principal foi deixado cedo demais numa sinuca de bico. O zagueiro Moledo lesionou-se ao final do último jogo e todos os olhos voltaram-se para Bolívar. Por quê? Ora, porque o próximo jogo é contra o time que força especialmente o jogo na maior deficiência defensiva do Inter e de Bolívar, a bola alta. O que se deve fazer? Escalar de novo o grande General — apesar de a diretoria dizer que ele volta quando quiser… — ou chamar o sétimo zagueiro ou o oitavo zagueiro, os quais nunca jogaram no Brasileiro? Explico melhor a situação: são duas vagas e a situação é a seguinte:

(1) Índio (suspenso)
(2) Bolívar (férias)
(3) Sorondo (lesionado)
(4) Rodrigo (lesionado)
(5) Moledo (lesionado)
(6) Juan (jogando)
(7) Dalton (disponível)
(8) Romário (disponível)

Então, Bolívar viu antecipada a necessidade de retorno. Se houve mesmo, sua estratégia furou como contra Borges no jogo contra o Santos. É o momento de ele provar que está “na grande forma” em que diz estar. Ficar de fora seria pusilânime. Bolívar deixaria o técnico Dorival Junior mandar a campo Dalton, um jogador que Falcão disse que nunca poderia vestir a camisa do Inter, para seguir em férias?

Agora o General tem que assumir a responsabilidade de encarar o jogo contra o Palmeiras a fim de mostrar que tem ainda futebol ou pelo menos culhões. Eu observo o impasse me divertindo, pois agora teremos a noção de quem é o verdadeiro General, o verdadeiro líder. Afinal, a direção disse para ele decidir quando quer voltar. Se ele tiver coragem, volta agora. A sinuca de bico foi criada por ele mesmo: se jogar e confirmar a má fase estará acabado; se não jogar, estará claramente dizendo: foda-se o time. Ou seja, só lhe resta jogar. E bem.

Escrito com o auxílio involuntário de Marcelo Furlan e Nelson Baron