O Inter demoliu o velho Morumbi ontem à noite. Li por aí que nós tínhamos o melhor atacante do Brasil e ele se lesionou, então entrou o melhor atacante do Brasil e ele se lesionou, então entrou o melhor atacante do Brasil. Espero que este não se machuque. 5 x 1 no São Paulo, chegando à liderança após 7 vitórias consecutivas, não é todo dia.
Agora, vamos enfrentar nosso grande problema de 2020: o Grêmio. O tradicional adversário não é vencido há 11 Gre-Nais e nos ganhou a maioria destes. Para piorar, eles são Os Reis dos Empates. Dos 30 jogos que fizeram no Brasileiro, empataram 15. É tanto empate que eles perderam só 3 das 30. Ou seja, dá pra dizer que o Grêmio não perde e tem dificuldades para ganhar. Mas de nós eles ganham.
Abel arrumou o Inter. Mesmo sem Guerrero, Saravia, Boschilia, Moledo e Galhardo — todos jogadores fundamentais –, o time tem mantido um padrão muito alto. Para tanto, houve um espetacular crescimento de jovens como Yuri, Praxedes e Lucas Ribeiro, de experientes como Edenílson, Patrick, Moisés e Cuesta, de ascendentes como os eficientes Caio Vidal e Peglow e de craques como Dourado.
Sorte? Não! Capacidade de observação de Abel que, irritado pelas críticas que recebeu de só usar medalhões, olhou atentamente os jovens e a base.
Não me incomodo com a vingança de Abel. Ela é doce e não queria estar na pele do Alessandro Barcellos. Eu também contrataria Miguel Angel Ramírez. Afinal, o início de Abel foi uma tragédia e tudo indicava que ele morreria melancolicamente abraçado no sem-título Marcelo Medeiros. Mas o espanhol está contratado e a competência de Abel colocou todo mundo numa sinuca de bico.
Bem, eu não fui eleito presidente, minha função é de pagar em dia a mensalidade de sócio — e ela está em dia. Desta forma, apenas digo: “Resolve da melhor maneira, Barcellos! Pior é resolver perrengue de time que não ganha.”
E, Abel, que beleza! Bom Gre-Nal pra nós! Nem precisa golear, tá?
O que Abel disse ontem após o jogo:
“Quem está dando a virada são os jogadores do Inter. Eu faço parte de uma engrenagem. Eu sempre aprendi na vida a não me entregar. A cair e levantar. Sem nenhum orgulho, orgulho eu tenho dos meus jogadores. Mas ninguém ganha tantos títulos por acaso. O que aconteceu hoje não vai se repetir em 20 anos. Nós soubemos sofrer, controlamos o São Paulo e chegamos à vitória. Muita coisa foi treinada. Isso dá uma grande satisfação. É aquele negócio: os jogadores estão acreditando no trabalho, naquilo que se faz. Nós nos colocamos no bolo, na confusão. A vitória não nos transforma em favoritos. Goleada assim não se repete. Não vamos ter ou sentir qualquer tipo de soberba. Uma coisa é certa, o time jogou muito com a cabeça. Todas as decisões foram assim. Não vou dizer que foi uma atuação de campeão, mas teve a sorte que o campeão sempre tem. Espero que continue”.
O Gre-Nal:
“Vamos conversar muito porque o lado anímico em um clássico decide. O Grêmio entra com um retrospecto favorável (11 clássicos sem derrota) e isso dá vantagem. Temos de trabalhar este lado. Assisti a pelo menos seis ou sete dos últimos Gre-Nais. O que eu senti? Um Inter intranquilo diante de um adversário calmo. Então, não podemos deixar o adversário em uma zona de conforto. Você não ter tanta ansiedade, não pode ser afoito diante de um time como o do Grêmio“.
Sabem por que o Inter ganha? Por causa do Spica. Sim, eu mandei arrumar o velho rádio de pilha de meu pai — fabricado lá em 1965. Esse rádio sempre deu sorte e vocês imaginam a data na qual o Daniel Morales da Silveira me devolveu o rádio em perfeito funcionamento?
Pois é, no dia do jogo contra o Boca. Depois daquele dia, foram 6 jogos e 6 vitórias. Todas ouvidas no Spica.
O Inter fez um primeiro tempo simplesmente podre, com Marcelo Lomba e Rodinei comprometendo inteiramente e o resto do time parecendo perdido em campo. Não chutamos a gol, só o Ceará jogava. o Vozão perdeu 4 gols feitos…
Abel, tu tiveste sorte. Lomba também. Imaginei que nosso goleiro perdeu uma bola ao tentar driblar o centroavante do Ceará… Olha, Lomba está com o prazo de validade estourado. Nunca foi um grande goleiro e agora está mal. Enquanto isso, Rodinei era envolvido sistematicamente pelo lado esquerdo do ataque adversário.
Depois, no segundo tempo, o time voltou mais organizado e acabou por obter uma importante vitória. Vitória dos meninos do time, não dos medalhões (aqui façamos justiça e Edenílson, que esteve bem durante toda a partida).
Agora temos Goiás e Fortaleza no Beira Rio, depois pegamos o São Paulo fora de casa. Temos tudo para encostar antes de chegarmos à capital paulista. Claro temos que combinar com os russos. Pelas lesões dos dois goleiros, Daniel deverá será o titular contra o Goiás. Pois é, parece que os deuses estão ajudando. Mas temos que ganhar em casa da turma de baixo.
O São Paulo é o líder com 56 pontos em 28 jogos (próximos 3 jogos: Santos (c), Athlético (f) e Inter (c)).
O Inter é o vice-líder com 50 pontos em 28 jogos (próximos jogos: Goiás (c), Fortaleza (c) e São Paulo (f)).
Mas…
Os seguidores tem um jogo a menos e estão bem perto. São eles:
O Atlético-MG com 49 pontos em 27 jogos (próximos jogos: Bragantino (f), Atlético-GO (c) e Grêmio (f)),
o Flamengo com 49 pontos em 27 jogos (próximos jogos: Ceará (c), Goiás (f) e Palmeiras (c)) e
o Grêmio com 48 pontos em 27 jogos (próximos jogos: Fortaleza (f), Palmeiras (f) e Atlético-MG (c)).
O jogo atrasado de Grêmio e Flamengo é justamente um Grêmio x Flamengo em Porto Alegre e o do Atlético-MG eu não sei qual é…
Muita gente está histérica com o Dia do Fico de Abel, com a manutenção de Abel até o fim do Brasileiro. Falam em traição à modernização do clube… Menos, né?
Eu achei uma boa solução. Dentro deste calendário insano, o melhor período de adaptação é o Gaúcho e a primeira fase da Libertadores, que não costuma ser difícil. O fundamental agora é chegar à Libertadores, claro.
É óbvio que deixar o Pedro Ernesto, o Guerrinha e o Baldasso felizes é horrível e prejudicial ao clube e a uma vida saudável. Mas depois é só efetivar o Miguel Angel Ramírez que eles voltam a ser nosso inimigos.
Não, não há nenhuma desgraça em curso. O problema com que o novo presidente Alessandro Barcellos se depara antes da posse — que ocorrerá na próxima segunda-feira, 4 de janeiro de 2021 — é o fato de que, aparentemente, ele acertou com o técnico Miguel Angel Ramírez quando Abel estreava mal no Covidão 2020 e agora Abel está franca recuperação, tendo vencido seus 3 últimos jogos após um bom empate contra o Atlético-MG fora de casa.
Tirar Abel agora parece sacanagem, mas acho que não é. Ou os novos dirigentes têm convicção sobre o caminho que desejam para sua Comissão Técnica ou vão para a praia e deixem tudo como está.
A comparação entre as campanhas de Abel e Coudet não ajuda muito. Abel é inferior em tudo, mas não o suficiente. Temos que considerar que ele, Abel, foi o técnico Campeão Mundial pelo clube em 2006, mas que foi com ele que fomos eliminados na Libertadores e na Copa do Brasil de 2020.
Abaixo copio e atualizo um comparativo entre as campanhas de Coudet e Abel que encontrei por aí.
Coudet x Abel no Covidão 2020:
Eduardo Coudet:
20 jogos
36 pontos
10 vitórias
6 empates
4 derrotas
Aproveitamento de: 60%
Gols feitos: 32
Gols sofridos: 18
Saldo: 14
Abel Braga:
7 jogos
11 pontos
3 vitórias
2 empates
2 derrotas
Aproveitamento de: 52,3%
Gols feitos: 9
Gols sofridos: 8
Saldo: 1.
A coisa é muito parecida, mesmo que Abel tenha menor aproveitamento, menor média de gols feitos, maior média de gols sofridos e menor saldo. E há que considerar o fato de que há uma tendência de melhora, a ver pelos últimos jogos.
Bem, Barcellos foi eleito para resolver este tipo de problema. Boa sorte!
O melhor seria se Abel Braga ficasse no Inter até o final do Brasileirão, conforme propôs Barcellos.
Isso serviria para demonstrar o respeito pelo ídolo (real) que Abel é, mas que a ideia do Departamento de Futebol é a de um trabalho a longo prazo com o espanhol.
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Eu prometi não escrever sobre os jogos do Inter enquanto Marcelo Medeiros fosse o presidente. Por isso, deixo de lado o Bahia 1 x 2 Inter de ontem à tarde.
Vai embora Rodrigo Caetano, depois de dois anos de trabalho, deixando como maior legado a destruição completa do trabalho feito pelo melhor treinador que esteve no Inter nos últimos 10 anos, única e exclusivamente por questões de ego e de má gerência.
Vai embora Marcelo Medeiros, depois de quatro anos de trabalho, deixando como maiores legados nenhum título conquistado — nem Gauchão! — e uma enorme dívida.
Vão embora Dale e Musto e nada pode ser mais antitético. É triste a saída do primeiro e é ótima a do segundo.
Atualmente, o Inter é um time bem treinado. O fato de ter deixado Galhardo em Porto Alegre e jogado com um time misto não atrapalhou a vitória de ontem à noite, pela primeira perna das oitavas da Copa do Brasil 2020. O time foi misto, em vista do jogo do próximo sábado contra o Corinthians em São Paulo, às 19h. Pior, desde o início o time teve Pottker, mas mandamos no jogo até fazermos 1 x 0 em cabeçada de Leandro Fernandéz após cruzamento de Marcos Guilherme.
Aí deixamos o adversário jogar, mas sem corrermos muitos riscos. Como no começo do segundo tempo a coisa complicou, Coudet botou alguns titulares, como Patrick e Edenilson. E Moisés, em bela tabela com Fernández, fez 2 x 0. Perdemos alguns gols — um com Pottker após lindo passe de Fernández, o nome do jogo –, só que um pênalti no fim acabou permitindo o 2 x 1.
No final, Coudet voltou a falar que precisa de reforços. E que no hay plata. Há que ser criativo, coisa que não parece ser a especialidade do presidente Marcelo Medeiros, ainda mais em final de mandato. Aliás, adiante devo falar um pouco sobre as eleições que ocorrerão em novembro e sobre a necessidade de retirar a Confraria do MIG (Movimento Inter Grande) do clube. São 20 anos e só os primeiros foram bons.
Por enquanto, sou Chapa 5 com Alessandro Barcellos para presidente.
Escrevo esse texto minutos depois de Internacional e Flamengo fazerem o jogo do ano. E faço isso sem olhar as estatísticas. Não importa posse de bola, finalizações, etc. Elas podem até traduzir o que aconteceu no Beira Rio (ou não).
Mas o que importa é a aula de futebol que dois técnicos estrangeiros deram para seus colegas brasileiros.
O VT do empate de 2 a 2 deveria ser aula obrigatória para todos os treinadores nacionais. Se pelo menos um terço de todos os jogos realizados no Brasil fossem como este muito mais gente gostaria de futebol.
E não é por que foi um jogo em que todo mundo atacou. Coudet, com um elenco muito mais modesto, mostrou que é muito mais completo que Jorge Sampaoli. Seu Internacional sabe atacar, e defender (nesse ponto o Atlético-MG é bem fraco).
O espanhol Domènec Torrent mostrou de novo que tem personalidade. Não faz mal que ele herdou a máquina mais azeitada do futebol brasileiro. Seu Flamengo promete ser tão bom quanto o de Jorge Jesus.
Que sonho se todo domingo de futebol brasileiro fosse assim.
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Pois é. E a gente reclama das entradas de Pottker, Musto e Moisés… E talvez tenhamos razão, pois são umas nabas. Só que Rodrigo Caetano afirmou ontem, com ar de defunto, que é quase certo que o Inter atrasará os salários de outubro. Nas trocas, tínhamos que colocar Johnny, Leo Borges, Praxedes, Nonato, Peglow… Nunca os coitados que entraram ontem. E mais, hoje não era jogo para D’Alessandro entrar. A partida necessitava de força e nosso velhinho não conseguiu acompanhar.
Bem, quanto mais leio críticas a jogadores do Inter mais valorizo o trabalho de Coudet. Quase no final do 1º turno (18 jogos), ainda somos líderes.
Foi um mesmo um jogão. O time titular do Inter realmente sabe o que faz, mas quando entram os reservas escolhidos por Coudet parece o fim do mundo. Jogamos bem e deveríamos contratar, mas não há como. Os jogos da semana são fora de casa e viáveis de vencer. Resta saber como reduzir os danos de tantos jogos com um grupo tão reduzido.
Importante dizer que — além das habituais boas atuações dos conformados — Heitor, Abel e Marcos Guilherme jogaram muito bem, com destaque para o primeiro.
Sempre às 19h e fora de casa, pegaremos o Atlético-GO e o Corinthians — nunca esqueçamos dos árbitros que amam o Coringão — na quarta e sábado. É semana de jogar fora e de ver como Coudet irá usar o pequeno grupo do qual dispõe. Mas o homem é um baita técnico.
“Fizemos um grande primeiro tempo. Eles tiveram melhor a bola no segundo. Muitas situações pelos dois lados. Com um rival desta hierarquia, necessitava concretizar as chances. É um rival com muito talento, é um timaço. Tivemos que mudar à medida do jogo. Trocamos a estratégia. Repito: não temos a sorte de contar com jogadores das mesmas características de quem inicia. Sabemos nossas limitações, mas que podemos dar um pouco mais. Temos feito um grande torneio. Não é fácil somar 35 pontos. É difícil falar agora. Estamos com a dor de escapar dois pontos no final, mas reconhecer que o Flamengo tem um grande time, com jogadores de muita qualidade. Quando troca, segue entrando jogadores muito bons. Os dois queriam os três pontos“.
Após uma classificação sem brilho, jogando fora bisonhamente a possibilidade de um primeiro lugar e com os entregadores Musto e Cuesta mexendo no placar contra nós, pegamos o Boca Juniors nas oitavas. O sorteio foi horrível para nós e muito bom para o Grêmio. Nossa única chance de chegar às quartas-de-final era o sorteio nos brindar com o Nacional de Montevideo, o equatoriano Delfim ou o Guaraní do Paraguai nas oitavas. Veio o Boca, com o segundo jogo em La Bombonera. O Guaraní foi para o Grêmio. Parabéns, Inter. Parabéns, Coudet. Deu tudo errado.
Ou seja, entrar com Pottker e Musto custou-nos muito caro. Caríssimo. E com isso falo sobre valores financeiros e de continuidade na Covidadores 2020. Se tivéssemos ganho o jogo de ontem, estaríamos no confortável lugar do Grêmio. Mas o Inter é assim mesmo: administra suas coisas burramente e mereceu a derrota de ontem para a fraca La U.
Desta forma, vamos sair logo da Covidadores. Espero que possamos dar uma atenção decente ao Covidão 2020 e a Copa do Brasil. E que Pottker vá para o Cruzeiro. Felipão gosta, nós não.
No último domingo, vencemos o Vasco por 2 x 0. Vencemos um time que não ganhava há sete rodadas e que nem tinha treinador efetivado. Vencemos podendo assumir a liderança e estreávamos um novo uniforme. Foi deste modo que Coudet rasgou o Estatuto do clube. E, vajem bem, somos líderes jogando com as nabas Rodinei, Uendel, Lindoso e Marcos Guilherme. Uma coisa de louco, considerando-se nosso histórico.
“Não faço intencionalmente, é minha maneira de sentir o futebol, fazer parte do grupo, tirar o melhor de cada jogador. Infelizmente, eles (jogadores) têm que me aguentar, como aguentaram os outros grupos que dirigi. Sou intenso, insuportável, mas quero o melhor para eles”, disse Coudet na coletiva pós-jogo.
Fizemos um belo primeiro tempo, abrimos 2 x 0 e tivemos um segundo tempo “de Minelli” — só para garantir o resultado, mas sem dar chances ao adversário. Não apertamos o ritmo pensando no jogo de quinta-feira, quando precisamos de um empate para nos classificarmos na segunda colocação do Grupo E da Libertadores. O adversário é a Universidade Católica, em Santiago do Chile. E domingo teremos o jogo contra o vice-líder e favorito para levar o Covidão 2020, o atual campeão Flamengo. Não vai ser fácil.
Mas estamos bem e alcançamos tudo isso tendo o fraquíssimo Marcelo Medeiros na presidência e um departamento de futebol desestruturado pela recente saída do diretor Alessandro Barcellos.
Tomara que os candidatos à presidência do clube — haverá eleições em dezembro — tenham a lucidez de dar continuidade ao trabalho do Coudet.
Aliás, teremos dez dias agitados pela frente.
Na quinta-feira, como disse, definiremos a classificação à próxima fase da Libertadores contra o já eliminado Universidad. A vaga está praticamente garantida. O desastre teria que passar por derrota no Chile, combinada com uma goleada do América sobre o Grêmio em Canoas. Sempre esperamos o pior do tricolor e raramente nos decepcionamos.
Na volta, o time nem terá tempo de treinar. Enfrentaremos o Flamengo em um confronto que vale a liderança do Brasileirão.
Para completar, passados os dias de Libertadores e Brasileirão, o Inter tem um terceiro campeonato. Vai na quarta-feira seguinte a Goiânia para o início dos jogos em mata-mata contra o Atlético Goianiense, pelas oitavas da Copa do Brasil. É jogo para seguir seguir sonhando e mais: há uma cota generosa envolvida. Pensem na crise…
O jogo de ontem do Inter foi um sufoco. Saímos de um primeiro tempo fácil a um dramalhão no final. O fraco Athlético-PR nos deu a maior pressão no fim. Teve travessão e milagres.
Parabéns ao Lomba, nosso goleiro, que garantiu a vitória à base de grandes defesas nos descontos e antes. Parabéns ao Heitor, que está mostrando futebol para substituir Saravia e para impedir que Rodinei nos torture em campo. Espero que a lesão que o tirou do time no intervalo não seja grave. E parabéns ao ultra efetivo Thiago Galhardo.
Entramos com os poucos jogadores que tínhamos disponíveis e, quando fomos obrigamos a mexer, vejam só, Coudet chamou do banco o pior jogador da América Latina, William Pottker. Mas quais eram as alternativas?
Com Peglow, Johnny, Nonato, Edenílson e Dourado fora de jogo, quem poderia entrar?
Inacreditavelmente, vencemos um jogo que terminamos com Rodinei, Moisés, Lindoso, Musto, Pottker e Marcos Guilherme em campo. 6 indiscutíveis nabas!
Musto é um capítulo à parte. Além dos cartões, errou todas ontem. Na primeira participação, fez falta na entrada da área… Coudet poderia ter colocado Zé Gabriel mais à frente e colocado Moledo, não? Mas Musto é, inexplicavelmente, bruxo do homem.
Já Yuri voltou a mostrar qualidades. Ele e Peglow poderiam deixar Pottker mais longe das quatro linhas, não?
O próximo jogo é na quarta-feira, às 21h30min, na Ilha do Retiro, contra o Sport.
Apenas para controle, deixo aqui a escalação do Inter de ontem: Lomba, Heitor (Rodinei), Zé Gabriel, Cuesta e Moisés: Lindoso, Praxedes (Musto), Marcos Guilherme e Patrick (Yuri Alberto); Thiago Galhardo (Pottker) e Abel Hernández (D’Alessandro).
O Inter é terceiro por aproveitamento no Covidão 2020 e o Grêmio de Renato, o qual prometia estar entre os primeiros colocados na 15ª rodada, está em 12º pelo mesmo critério. Lembram de sua declaração após a 5ª rodada?
Muita gente fala mal do Coudet e tem saudades do Odair, mas…
Inter 2019 vs Inter 2020
15 rodadas de Brasileirão:
(2019 – 2020)
Aproveitamento: 53.3% – 62.2%
Gols pró: 17 – 21
Gols sofridos: 12 – 10
Chances de gol criadas: 19 – 29
Conversão de chances: 42% – 52%
Chutes p/ marcar: 9,0 – 5,7
Chutes sofridos: 137 – 101
Chances de gol cedidas: 23 – 13
Tostão falou no rádio que se encantou com o inicio do trabalho de Coudet, mas que logo viu que ele não teria um grupo grande e de qualidade suficiente para manter o que pensa e que, portanto, o Inter, por pobreza de jogadores, não lutaria por NADA. É exatamente o que penso.
Hoje, temos 25 pontos. Poderiam ser 29, caso não fossem os dois erros incríveis de Moisés e Rodinei ao final de 2 jogos ganhos. É difícil contestar o trabalho de um treinador que está em segundo lugar no Brasileiro comandando um time com as carências apontadas por Tostão. Soma-se a isto a confusão administrativa — dívidas de 1 bilhão — e política, adubadas pelo presidente Marcelo Medeiros e por seu ex-vice Roberto Melo.
Ontem, chegamos aos 25 pontos em 14 jogos. Normalmente, este aproveitamento não seria de um segundo colocado, mas o perde-ganha, a troca de pontos é tão grande no Covidão 2020 que nossos 59,9% bastam para o segundo lugar isolado. Só que todo mundo está muito junto e qualquer escorregadela faz com que um time perca sua posição — assim como quaisquer duas vitórias fazem um time subir como um balão.
A vitória de ontem contra o fraco Bragantino é o terceiro triunfo fora de casa no campeonato. Isso era raro nos tempos do Odair… Além de ser uma quebra em nosso estilo solidário de perder para os times do Z-4.
E vamos aos trancos, de qualquer jeito.
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O Alexandre Perin (@a_esportivo) publicou no twitter uma boa análise de nosso grupo. Leiam a lista com o terrível cenário de endividamento do clube ao fundo.
FAIXAS SALARIAIS NO INTER
BLOCO 1: Natanael, Dudu, Moisés, Musto, Leandro Fernandez, Danilo, Lomba, Rodinei, Lindoso, Patrick, Galhardo, Marcos Guilherme, Yuri Alberto e Lucas Ribeiro custam mais de 200k.
BLOCO 2: Uendel, Saravia, Cuesta, Moledo, Boschilia, Zeca, Valdívia, Dourado, Pottker ganham mais de 300k
BLOCO 3: Edenilson, Abel, D’Ale, Guerrero ganham mais de 400k.
Na minha visão, o bloco 3 deveria ser fortalecido, com metade dos jogadores com potencial de revenda e erro mínimo.
Bloco 2 deveria ser de atletas no auge de idade e primor técnico.
Bloco 1 deveria ser reduzido drasticamente com o uso da base, reduzindo investimentos.
Assim tb se visualiza discrepâncias como jogadores da mesma posição ganhando salários altos (e só podendo um atleta jogar por vez, como gol, lateral, primeiro volante, centroavante, etc.).
Em resumo é gastar mais com diferenciais técnicos e menos com jogadores que tem igual na base ou se consegue mais barato garimpando corretamente.
Mais Saravias e menos Natanaeis…
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Sequência do Inter:
08/10 – Bragantino 0 x 2 Inter
11/10 – Inter x Athletico
14/10 – Sport Recife x Inter
18/10 – Inter x Vasco da Gama
22/10 – Universidad Católica x Inter (Libertadores)
25/10 – Inter x Flamengo
28/10 – Atlético-GO x Inter (Copa do Brasil)
31/10 – Corinthians x Inter
Meu caro Coudet. Acho que tu tens boas ideias e gostaria que permanecesses no clube, mas as boas ideias têm de ser acompanhadas de bons resultado. Se não for assim, o treinador dança. Estamos no Brasil e aqui os ignorantes parecem ter calma só com o governo. O romantismo da agressão vale apenas para o futebol, de resto, somos uma comunidade pacífica de indignados, como escreveu o grande Miguel Torga.
O fato é que, apesar da segunda colocação no Brasileiro e da liderança na Libertadores, tu estás nocauteado pelos fatos e o que tens feito não te ajuda em nada. E tem Gre-Nal no próximo sábado, depois do jogo contra o América em Cali pela Libertadores.
Sim, tens pouco time, mas escalar Musto e Lindoso juntos… Insistir com Marcos Guilherme… Colocar Moisés em campo… Às vezes, tu escalas Rodinei… E, pior, insistes com o tal do Zé Gabriel…
Só falta tu entrares com Musto, Zé Gabriel e Marcos Guilherme em Cali.
Sim, há uma campanha para te derrubar. Ela parte da imprensa e de uma boa fatia da torcida. Virá um merda para o teu lugar, claro. Depois eles colocam a culpa no Guerrinha (outro incompetente) e nos diretores. Lembro do que foi feito com o Aguirre, lembro das consequências. Tudo começou naquele 5 x 0 e acabou na Série B. Mas a maioria é burra e não liga fatos.
Os dirigentes também são péssimos. Tu tens um presidente que está fechando 4 anos de gestão sem nenhum título. Nem Gauchão ele conseguiu! Marcelo Medeiros é patético. Tinhas um cara razoável do teu lado — Alessandro Barcellos –, mas o presidente não suportou ficar ao lado de quem será candidato a presidente, mesmo que ele não possa mais ser reeleito graças a deus.
Agora, leio que Dale não viajou para Cali por problemas particulares. Sei… Entendi… Num time que conta com um presidente tão fraco e ainda bolsonarista tudo pode acontecer, né? Vai ver o gringo foi franco.
E assim vamos em queda livre.
Faça algo pela vida, Coudet. Tens pouco tempo!
E aprenda:
(1) Com bons resultados, com treinador e grupo fechados, a direção não consegue demitir.
(2) Vocês são profissionais, é diferente, mas saiba que colorados mesmo só na torcida… Hoje, na gestão do clube, só temos gente interessada em dinheiro e manutenção de poder.
Coudet, mesmo considerando que perdemos os atacantes Guerrero, Yuri, Peglow e Pottker (esse não faz falta), mesmo considerando que Edenílson e Moisés (esse também não faz falta) estão suspensos, mesmo considerando que Patrick e Uendel (por incrível que pareça, esse fez falta!) foram problemas de última hora, teu time foi mal escalado.
Desde a tua chegada, Lindoso jamais conseguiu fazer aquela função central no trio que fica atrás dos dois atacantes. Praxedes e Nonato seriam melhores tentativas. Nem vou falar em Johnny mais atrás. Também escalar Marcos Guilherme foi um erro. Não sei quem poderia ter entrado em seu lugar no começo do jogo, pois estamos com poucos atacantes. Talvez um cara mais defensivo, sei lá. Porque o cara driblador, que vence a marcação, esse não temos MESMO.
Como se não bastasse, eu e as redes sociais que comentavam o jogo estavam achando que o Grêmio estava subindo de produção e que tu deverias ter mudado o time, colocando D`Alessandro desde os 20 do segundo tempo. Muita gente — inclusive eu — estava berrando, pedindo a entrada do gringo. Aí o Grêmio marcou e tu fizeste o que deverias ter feito antes. No desespero, tudo ficou mais complicado, mas mesmo assim perdemos gols com Musto e Galhardo. E o que é aquele Leandro Fernández? É o novo Pottker?
Nossa situação no Grupo E da Libertadores complicou. Temos duas partidas FORA DE CASA contra os ressuscitados América e Universidade Católica, o Grêmio tem os mesmos jogos, mas em casa. Esperar ajuda do tricolor? Tá louco, né? Inter (saldo 3) e Grêmio (1) têm 7 pontos, América (-2) e La U (-2) têm 4. Como os parênteses mostram, temos melhor saldo, mas isto foi conquistado faz tempo, agora só temos obtido escores apertados.
Sim, complicou. Seria bem constrangedor cair fora da Libertadores na primeira fase, não? Vamos ter que segurar a onda fora do Beira-Rio. Terça-feira que vem teremos o América em Cali, às 21h30. E, infelizmente, não temos outro time.
Mas o pior é que entramos sempre medrosos em campo nos Gre-Nais. Somos um time disponível, dócil. O número de passes errados é algo de abobar. Ontem, nossas saídas de bola eram sempre na base de um chutão do Cuesta. Não parece haver aproximação nem ângulos para passes. Ingênuo, pensei que a ideia era a de jogar com a bola no chão e não a de entregá-la para o cabeceio da zaga adversária. E isso se acentua quando vemos o Grêmio na nossa frente.
E o Jussa, Coudet? O que é aquilo? E o Lomba anda esquisito, não achas?
Bem, nosso próximo jogo é pelo Covidão, sábado, às 19h, contra o São Paulo, no Beira-Rio. Nem imagino quem irás escalar. Tanto a recuperação no Brasileiro quanto um um bom resultado em Cali são urgências.
Quando Uendel deu dois belos passes para os primeiros gols do Inter, deu para sentir que teríamos uma noite estranha pela frente. Eram menos de 20 min e já estava 2 x 0 (Hernández e Boschilia) contra o América de Cali. Jogávamos muito bem até que Zé Gabriel resolveu dar dois gols de presente para os colombianos. Recebendo um lançamento óbvio e sem ser acompanhado pelo jovem zagueiro do Inter, Vergara fez 2 x 1. Mas o jogo era todo do Inter e logo Hernández fez o terceiro, o segundo dele.
Era um jogo tranquilo. 3 x 1 no primeiro tempo com ampla superioridade. Só que não contávamos com novo desligamento colorado. O time simplesmente parou… Aos 3 min do segundo tempo, Zé Gabriel deu novo presente ao errar um passe na saída de bola, permitindo um contra-ataque fulminante do América. Gol de Ramos, 3 x 2.
E seguimos meio parados, tentando adormecer sobre aquele instável 3 x 2. Mas haveria mais emoção. Moreno empatou o jogo aos 32. O jogo ficou tão difícil que o América era quem pressionava e ameaçava virar. Já imaginaram? De 3 x 1 para 3 x 4?
Com o jogo empatado, Coudet tacou D’Alessandro no lugar de Lindoso. E foi dali — dele, de Dale — que surgiu nosso gol da vitória em jogada finalizada por Boschilia. Para nosso gáudio, o camisa 21 chutou de fora da área, a bola desviou na zaga e tomou endereço não previsto pelo bom goleiro Chaux. 4 x 3 e mais três pontos.
Para completar o Nirvana, o Grêmio perdeu por 2 x 0 de La U, porém tudo isso certamente está dentro dos cálculos do infalível Renato Gaúcho.
Agora somos líderes do Grupo E da Libertadores com 7 pontos e saldo +4. O Grêmio está em segundo com 4 pontos e saldo 0. Seguem América e La U, ambos com 3 pontos e saldo -2. A próxima rodada será no dia 23 (quarta-feira) às 21h30: América x La U em Cali e Inter x Grêmio no Beira-Rio.
Mas ficam sempre as perguntas:
— Por que o Inter desliga?
— Por que tantas falhas defensivas?
— A culpa seria mesmo de Cuesta?
— Por que tantos passes errados?
“Feliz pela vitória, pelo esforço que fizeram os jogadores. Tínhamos muitas baixas. Fizemos uma boa partida, mas cometemos erros conceituais, como estar posicionados no ataque com vantagem no marcador. Os detalhes dos gols, eu vou ver depois. Mais que intensidade ou parte física, perdemos muitas bolas sem necessidade. Conceitualmente temos que repassar um monte de coisas. Como, por exemplo, sofrermos empate em um jogo com os dois laterais no ataque. São coisas conceituais que temos que repetir, coisas conceituais na saída que temos que melhorar. Mas corrigir ganhando é muito mais fácil. A Libertadores é muito dura. Tem que ganhar e nós fizemos. Uma partida que parecia muito tranquila e terminou com demasiada emoção para o meu gosto”.
(Eduardo Coudet, sobre a vitória sobre o América e o susto que levou)
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Ficha técnica:
Internacional (4): Marcelo Lomba; Saravia, Zé Gabriel, Rodrigo Moledo e Uendel; Rodrigo Lindoso, Boschilia (Lucas Ribeiro), Nonato (Johnny) e Patrick (D’Alessandro); Thiago Galhardo e Abel Hernández (Leandro Fernández). Técnico: Eduardo Coudet.
América de Cali-COL (3): Chaux; Ureña, Torres, Segovia e Velasco; Carrascal, Paz (Jaramilla) e Sierra; Pérez (Moreno), Ramos e Vergara. Técnico: Cruz Real.
Gols: Abel Hernández, a um minuto e aos 31 minutos do primeiro tempo e Gabriel Boschilia, aos 18 minutos do primeiro tempo e 45 minutos do segundo tempo (I). Vergara, aos 27 minutos do primeiro tempo, Adrián Ramos, aos três minutos do segundo tempo, e Moreno, aos 32 minutos do segundo tempo (A).
Cartões amarelos: Patrick e Moledo (I). Segovia, Sierra e Paz (A).
Arbitragem: Facundo Tello apita, auxiliado por Gabriel Chade e Facundo Rodriguez, trio argentino.
O resultado de ontem foi não apenas um vexame como um balde de água fria para quem estava entusiasmado com teu time. Perder para o último colocado do campeonato, com este jogando com dez jogadores desde o primeiro minuto de jogo, diz muito mal do Inter, Coudet.
Quando falo em vexame, estou sendo delicado. Atuações como a Abel Hernández e Edenílson são inaceitáveis. E Moisés e Rodinei já comprovaram uma ruindade como a de Pottker.
D`Alessandro também não tem mais condições de iniciar uma partida. Sua presença só se justifica quando estamos ganhando o jogo e queremos a bola. Ele não é mais aquele jogador que supera a marcação e abre retrancas. Passou o jogo desejando ser derrubado e batendo faltas, sem nenhum resultado.
Já Cuesta tem que tomar um choque e Musto deveria ter saído de campo assim que o Goiás ficou com dez. Parece que o volante argentino deixa o time mais moroso ainda na saída de bola. Contra uma retranca, sua presença é prejudicial.
Os salários estão em dia mesmo. Às vezes parece que há desídia, desleixo.
O Inter pega o América de Cali na próxima quarta-feira (16), às 19h15. Se apresentar algo parecido com o que vimos ontem… Sei lá. Para este jogo, o Inter não poderá contar com:
— Cuesta (tem jogado muito mal)
— Moisés (horroroso)
— Edenílson (apático)
— Praxedes (ontem só deu passes para os lados)
— Marcos Guilherme (outro que tem jogado muito mal)
— Musto (sua ausência não fará falta)
— Guerrero (que pena)
— Yuri (o qual pouco vimos)
— Pottker (pelamor)
— Peglow (a ver)
Ou seja, não são ausências espetaculares, até porque são jogadores que estão em péssima fase, à exceção, é claro, do grande Guerrero. Descobrir que esses dez não farão muita falta dá uma mensagem bastante estranha sobre nosso elenco.
Pelo Covidão 2020. retornamos a campo no sábado que vem (19), às 19h, contra o Fortaleza fora de casa, quando provavelmente perderemos o liderança.
Boa sorte, Coudet.
P.S. — Impressão minha ou todos ou quase todos envolvidos na Libertadores patinaram na rodada do fim de semana?
Tivemos um terrível primeiro tempo e uma segunda etapa tranquila. Teu time, Coudet, parece ser assim mesmo, de radicais variações de ritmo durante os jogos, o que não é bom. Iniciamos mal, acabamos bem, vencemos, mas poderia ter sido bem mais complicado se o Ceará tivesse marcado naquela primeira etapa. Mas quem tem Galhardo marca antes, né? Sorte nossa, tem sido assim.
Em todos os jogos ocorre um longo período em que ficamos desligados. Quando os adversários são fracos e não aproveitam, OK mas quando pegarmos adversários mais fortes, tipo o Flamengo, de modo nenhum podemos nos dar o luxo de estarmos um longo tempo fora do jogo, sob pena de acontecer um massacre. Ontem, ficamos desligados nos 30 primeiros minutos. E vide o final do último Gre-Nal.
Agora são 9 rodadas do Covidão 2020. Temos 20 pontos, com aproveitamento de 74,1% e saldo +10. A próxima partida será domingo, às 18h, contra o Goiás em Goiânia. Trata-se do último colocado do campeonato com uma vitória em sete jogos. Jogo fácil, mas há Libertadores na próxima quarta-feira — com 6 suspensos e 3 lesionados — e talvez ainda poupemos vários jogadores. Projeção de time? Isso o próprio Chacho responde:
— Penso o dia a dia. Preciso ver como estão os jogadores. Amanhã terei um parâmetro. No sábado, terei as 48 horas após o jogo e aí verei os melhores para domingo (contra o Goiás, em Goiânia). Não posso projetar muito.
Não somos um time para ser campeão, mas espero que sigamos próximos da ponta até o fim.
O Gre-Nal estava muito bom, muito bonito, sendo jogado a morrer por dois times ofensivos. O empate era justo, mas o placar de 0 x 0 era absurdo considerando-se as chances de gol perdidas. Só o Inter colocou duas bolas na trave e Gabriel Boschilia errou um gol cara a cara com o goleiro. O Grêmio não fez menos.
Vi o jogo primeiro no celular, depois no notebook, com muitas interrupções. Estou achando uma droga esse negócio de Facebook.
Pela primeira vez em muitos anos, via-se um Inter corajoso, indo pra cima do Grêmio no Humaitá. O Inter de Coudet não tem nada em comum com o de Odair, Guto, Roth, etc. Não tem nada de apenas defender a casinha. Com jogadores que não são melhores do que aqueles utilizados pelos incompetentes citados, Coudet faz tudo diferente. Faz o time jogar e cada vez mais a hostilidade da imprensa em relação ao argentino fica mais incompreensível, talvez suspeita.
E então, aos 40 min do segundo tempo, quando o Inter seguia melhor, estourou uma briga digna de adolescentes. Uma completa burrice. Como se não bastasse a estupidez em si, sabe-se que quando a gente está melhor em campo quer mais e mais jogo e não fatos novos. Os fatos novos foram as expulsões de Cuesta, Edenílson, Moisés e Praxedes (este no banco). O Grêmio também teve quatro expulsos, mas não eram tão importantes quanto as nossas expulsões. Eles perderam 3 reservas e um lateral meia boca, nós perdemos caras importantes. E passamos a tomar um chocolate, quase perdemos o jogo nos descontos.
Para a partida contra o América de Cali — que tem que ser vencido no Beira-Rio — Moledo entra na de Cuesta e não teremos mais uma boa saída de bola. Bruno Fuchs ERRA MUITO. Melhor sair jogando com Moledão mesmo.
Moisés está fora e Uendel está machucado — não sei do prazo para seu retorno.
Praxedes entra sempre muito bem e…
Edenílson é insubstituível. Considerem também que Musto, o Rei do Cartão, estará suspenso. Deste modo, as expulsões de ontem acabaram com nossa espinha dorsal: Cuesta, Musto e Edenílson. Ah, Marcos Guilherme também está suspenso! Nossa, quanta babaquice só para demonstrar uma macheza que não é apenas tola, está também fora de moda.
Bem, o RS e o Brasil estão fora de moda, mas este é outro papo.
Vejo muitos colorados elogiando o fim do bundamolismo, mas isso não significa cair em provocações de quinta série. Essas só servem se estamos na roda. Renato colocou a culpa da confusão no Inter… Convençam-se que meu filho Bernardo tem razão: Para os gremistas educados e de bom senso, Renato é uma longa penitência.
No mais, sou um otimista. Acho que Coudet está no caminho certo.
Mas sou contra as paralisações de campeonatos. Até a Filarmônica de Berlim, apresentou-se ontem sem público, só no streaming. Qual é o problema de fazer isso? Não venderam tudo pra Fox e pro Facebook? O amor nos tempos de cól… coronavírus tem que continuar aceso.
Coudet tem a enorme tarefa de limpar da cabeça dos jogadores do Inter os anos em que marcávamos um gol e íamos “proteger nossa casinha”. E, ao menos ontem, essa nojeira implantada por Fernando Carvalho, Roth, Argel, Odair e outros menos votados não apareceu no Beira-Rio.
A personalidade do SC Internacional é vermelha, viva e alegre. Fica mal calcular. Não nos cai bem. Enfiem a calculadora onde quiserem, porque agora, com Coudet, a gente joga 90 minutos do mesmo jeito, dentro e fora de casa.
Dia desses, estava com saudades de Minelli — até lembrei de seus 91 anos — ou seja, estava com saudades de um técnico que não parecesse um inimigo na casamata.
Escrevam: acho que Coudet acabará sendo muito amado pela torcida. Enquanto isso acontece, nos últimos dias, parte da imprensa dedicava seu desconhecimento futebolístico a atacar Coudet.
Por exemplo, ontem, ficou claro para mim que Musto (ou quem jogar naquela função) é um líbero, mas quantos da imprensa gaúcha sabem sobre como jogavam Giacinto Facchetti ou Franz Beckenbauer, que faziam funções atrás, ao lado e à frente da zaga? Não, minha gente, ele não joga de volante, joga como LÍBERO. Quantos viram Figueroa fazendo o mesmo com Minelli?
Só que no passado havia o volante. O volante de Coudet avança conforme o líbero avança. O líbero o empurra à frente. E vou contar um segredo pra vocês: daqui algumas semanas esse cara — o volante móvel — será Praxedes, OK?
Bem, ontem foi um jogo muito enervante. Juca Kfouri disse que a partida deveria ter sido 9 x 0. Pois é. Poderíamos ter feito uns 3 já no primeiro tempo, mas a bola não entrava ou não caía no pé de quem tem intimidade com as redes. Falta-nos artilheiros. Marcos Guilherme é bom jogador, mas me parece exímio em perder gols.
E então, após 60 minutos de massacre, com as nuvens da desgraça do 0 x 0 se aproximando do Beira-Rio, finalmente Guerrero marcou. E poderíamos ter feito mais 5, tal o volume de jogo e a surpresa dos chilenos, que nunca viram atacantes marcando como se fossem defensores. Não, não fomos proteger a casinha. Ganhávamos o jogo, atacávamos e marcávamos na área do adversário. Lembro que no Gre-Nal que perdemos também pressionamos. Com 10 jogadores, pressionamos e atacamos. É outro treinador.
A atuação de Thiago Galhardo fará Coudet coçar a cabeça em dúvida. Ele pressionou a defesa, armou, correu, chutou, foi inteligente e me pareceu uma boa alternativa a nosso craque D`Alessandro. Essa tem toda a pinta de ser a nova “crise” a ser adubada por jornalistas com pouca farinha no saco: Galhardo ou Dale? Dale no banco? Oh, meu deus!
Na verdade, bom era quando Parede substituía Dale… Não achas, Roberto Melo?
Para terminar, digo que Coudet sabe lançar os guris da base. Faltavam 15 minutos, o jogo era importante e estava ganho. Quem entra? O menino Praxedes. Lembram de como Odair queimava os guris? Colocando-os nos minutos finais a fim de virar jogos. Quantas vezes Papito lançou Sarrafiore e outros no crematório? Pois é.
Até Rodinei jogou bem. O único senão foi Bruno Fuchs. Ele estava nervoso, hesitante e errando passes. Mas nada que não possa ser corrigido. Ele não é Bruno Silva.
Desculpem as referências a treinadores anteriores. É que aguentei anos essas pragas. É natural que lembre do holocausto.
O ranço de parte da imprensa a respeito da presença de Eduardo Coudet na casamata do Inter — e que é amplificado pela parte toda da torcida — é incompreensível.
OK, também acho que a retirada de Moledo foi precipitada, Bruno Fuchs ainda não é melhor que Moledão, mas a postura do time, hoje, está muito mais próxima daquela esperada em um time grande.
Vejamos quais foram os treinadores desde o último título importante do Inter: Fernandão (2012), Dunga (2013), Clemer (2013), Abel Braga (2014), Diego Aguirre (2015), Argel (2015-2016), Falcão (2016), Celso Roth (2016), Lisca (2016), Zago (2017), Guto Ferreira (2017), Odair (2017-2019) e Zé Ricardo (2019).
Destes, quem é realmente do tamanho do clube? Abel, certamente. Aguirre, quem sabe. Os outros eram um bando de medrosos que davam entrevistas falando em “proteger a casinha”.
Ademais, Coudet sofreu zero gols na pré-Libertadores e teve o melhor início de treinador desde Dunga, considerando estes dez primeiros jogos. Só que Dunga jogava apenas o Gaúcho em 2013.
E Coudet está modernizando — na verdade, está alterando radicalmente — o modelo tático do clube. Hoje, estamos jogando no campo adversário, projetados à frente. Nada de “time reativo” como o de Odair. Estamos marcando forte no campo adversário, sem recuar. Em quase todos os jogos tivemos mais posse de bola e oportunidades de gol.
O planejamento é claro e objetivo. Há um conceito por trás de cada ação. Quem não vê… Olha, só lamento, porque quem não vê… Tem problemas de observação no futebol e talvez fora dele.
Há falhas? Sim! Os laterais não foram bem, o armador central não funcionou, mas dizer que Coudet está no caminho errado é uma completa tolice.
Com o grupo em formação, com jogadores que preocupam por sua idade e implantando uma mentalidade de time grande num grupo acostumado a fazer um gol e recuar ou a apenas especular fora de casa, acho que Coudet vai muito bem, obrigado.
Coudet rasga elogios ao Praxedes, que passará por um processo de fortalecimento muscular e não arregou quando perguntado se jogaria uma Libertadores com a camisa do #Inter. Acaba, ainda, com a questão Musto-Lindoso: quando o time engrenar, será UM ou OUTRO!
Coudet é DE LONGE o treinador com maior entendimento do “novo futebol” que o #Inter contrata desde Tite. Vou seguir dizendo e fazendo voz por aqui: DEIXEM O CARA TRABALHAR!!!! De Argel a Odair temos MUITO a corrigir e trabalhar, principalmente na questão TÁTICA! Vai funcionar!!!