A Seleção Brasileira me representa?

A Seleção Brasileira me representa?
Você está feliz de ter como presidente da CBF um tipo como José Maria Marín?

Olha, eu assisti aos jogos e não me vinha nenhuma empatia pelo time. Nenhuma. E isso antes dos fiascos. Eu, que acompanho futebol, não reconheço a biografia recente de vários de nossos jogadores — aliás, alguém sabe por qual clube David Luiz atuou no Brasil? (*) — e, quando jogavam os “brasileiros”, o resultado era péssimo. Mas há mais problemas. O futebol sempre foi corrupto, só que nunca tivemos como presidente da CBF alguém tão identificado com a repressão como José Maria Marin. Trata-se de um arqui-anacronismo ungido ao posto do líder que deveria nos levar à Copa de 2014. É preciso estômago. Mais incomodações? Sim. Existe a lembrança de Ricardo Teixeira e a necessidade empresarial que a Rede Globo tem de nos incutir entusiasmo à fórceps.

Independentemente de algumas boas seleções formadas, a CBF (antes, CBD) sempre foi uma entidade nebulosa, comandada por aproveitadores que se alçaram a um duvidoso profissionalismo a partir do impulso dado por seus clubes. E isso não tem jeito, pois no mundo inteiro é assim, as exceções de praxe à parte. (A Alemanha parece ser uma dessas exceções).

O que é irritante é que — mafiosos ou não — os dirigentes da CBF deveriam ser minimamente competentes para formar um time de qualidade, propiciando a todos eles garantias de embolsos fabulosos ou simples fama. Mas a velha classe dominante brasileira é useira e vezeira em matar, uma após uma, as galinhas de ovos de ouro postas pelo povo brasileiro em seu quintal.

Vejo uma tremenda bagunça no meu Inter, também acho que lá a incompetência grassa, mas permaneço fiel. Tenho dificuldades em fazer o mesmo com a Seleção. Será em função da proximidade? 

Bem, por mais que pense não sei explicar este fenômeno de rejeição à Seleção Brasileira que noto em mim e em muitos amigos. Será por que a geração atual não apenas joga muito menos como é por demais inodora, sem dramas, opiniões ou posturas distintas? Não fiquei feliz com os 7 x 1 da Alemanha, mas também não quis me esconder de vergonha. Acabo por não encontrar motivos para torcer pelo combinado montado pela entidade privada chamada CBF, vulgarmente conhecida como Seleção Brasileira.

(*) No Vitória da Bahia, dos 18 aos 20 anos de idade. Jogou apenas 26 vezes e foi vendido ao Benfica.

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As razões para a derrota: CBF, Felipão e uma geração de jogadores nem tão brilhante assim

As razões para a derrota: CBF, Felipão e uma geração de jogadores nem tão brilhante assim

Tudo começou lá em 2010, mais exatamente no dia 23 de julho, quando Muricy Ramalho foi convidado para assumir como técnico da Seleção Brasileira. A CBF avisou todo mundo, anunciou Muricy antes de um acerto que não aconteceu. Muricy preferiu honrar seu contrato com o Fluminense. Em seu lugar, entrou Mano Menezes já com o estigma de ser a segunda opção.

Mano permaneceu dois anos. Parecia estar fora de seu habitat e só colecionou maus resultados. Alguns já falavam o óbvio: a Copa no Brasil coincidiria de modo perverso com uma das piores gerações de jogadores brasileiros. Neste ínterim, em fevereriro de 2012, Ricardo Teixeira renunciou dando lugar a José Maria Marin, um esbirro da ditadura que, em novembro de 2012, fez retornar Felipão. Luiz Felipe Scolari não ganha títulos de importância desde que retornou ao país de sua aventura europeia. A meu ver, comprovou no Palmeiras estar desatualizado em tudo, desde a parte tática até a relação com a imprensa.

Marin e Felipão: o esbirro da ditadura e obsoleto
Marin e Felipão: o esbirro da ditadura e obsoleto

E Felipão retornou com o coordenador técnico Carlos Alberto Parreira, que tinha sido condenado pela imprensa brasileira em 2006 por apenas isso: ele não dava treinamentos. Tal acusação não era vazia, pois os treinos eram televisionados. Lembram dos jogadores caminhando de um lado para outro, uns conversando, outros batendo bola?

Os resultados de Felipão foram melhores que os de Mano, ele ganhou a Copa das Confederações, mas o futebol da Seleção não empolgava ninguém. Havia uma vida nas propagandas — Felipão tornou-se o maior garoto-propaganda do país —  e outra dentro de campo, bem menos brilhante. A administração cabia à anacrônica CBF, com suas várias seleções, técnicos, convocações a toda hora e outras posturas caça-niqueis. A coisa não sabia bem até para quem, como eu, deixara de lado os assuntos deprimentes da CBF.

E chegamos à 2014. A convocação dos jogadores me pareceu uma piada. É estranho que um país do primeiro mundo do futebol vá a uma Copa com Fred e Jô de centroavantes. Por exemplo, em 1970, Zagallo, après João Saldanha, escalava um time sem centroavante. Na época, o único centroavante era o reserva era Dario, um bom centroavante convocado “a pedido” do ditador Emílio Médici e que nunca foi utilizado por Zagallo. Dario, Fred, Jô, etc. eram / são jogadores que nunca foram unanimidades como craques no país. O time teria que ser redesenhado, mas Felipão, desde Jardel, parece não saber jogar sem centroavante.

Na Copa do Mundo, fomos até longe demais. O Chile poderia ter eliminado o Brasil, que conseguiu a vaga nos pênaltis pelo fato de um chileno ter errado seu chute. O nervosismo dos jogadores — patente em suas lágrimas — demonstrava alguma coisa que não era repercutida pelo ufanismo das propagandas e dos locutores de TV.

É claro que os 7 x 1 para a Alemanha foram inesperados. Um primeiro tempo que termina em 5 x 0 é anormal até no Campeonato Gaúcho e nas primeiras fases da Copa do Brasil. É um resultado que só se obtém se o adversário ficar parado, pasmo. Foi o nosso caso. Fomos um grupo mal treinado que não soube o que fazer contra a organizada Alemanha. Mas tudo continuará igual. A partir de abril de 2015, o atual presidente da Federação Paulista de Futebol (FPF), Marco Polo Del Nero — homem que tem o mesmo estilo e ideias de Teixeira e Marin –, será o novo manda-chuva da CBF. E tudo seguirá assim até que uma grande geração de jogadores nasça, entre em campo e vença, não obstante a CBF.

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O homem que encaçapa a bola branca

O homem que encaçapa a bola branca

Em foto pré-eleitoral, todo o conhecimento de José Maria Marin. Não é só de futebol que ele não entende.

Marin Genio

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Vai ter Copa

Vai ter Copa

Mas será tumultuada, claro.

A Suécia rejeitou sediar os Jogos Olímpicos de Inverno em 2022 para dar prioridade à construção de moradias. A candidatura de Estocolmo foi enterrada em bloco pelos partidos políticos suecos, com apoio do próprio prefeito da capital e também do primeiro-ministro do país. Os argumentos que orientaram a decisão: a cidade tem prioridades mais importantes, a conta para realizar o evento na cidade seria alta demais, e um eventual prejuízo com a organização dos Jogos teria que ser coberta com o dinheiro dos contribuintes.

Sem dúvida, os escandinavos tomaram a melhor decisão e o Brasil poderia ter agido assim antes de propor-se a ser sede da Copa do Mundo e das Olimpíadas. Afinal, o mau uso do dinheiro público está bem claro em algumas construções que receberão dois ou três jogos do Mundial. Só que o caso sueco foi bem diferente do brasileiro — onde nós estávamos quando tudo isso ocorreu, estávamos comemorando? — e, sinceramente, hoje sou contra o movimento “Não vai ter Copa”. Acho que deveríamos lutar por uma improvável auditoria na CBF, em todas as federações estaduais e nas absurdas construções de estádios por todo o lado. Nós sabemos para servem algumas grandes obras no Brasil e o destino dado a cada real devia ser explicado e conferido. Mas agora que a mesa está posta e os convidados batendo na nossa porta, creio ser tolo e impopular o movimento. Não que acredite que o “Não vai ter Copa” passará ao largo da mesma como se os manifestantes fossem mímicos bobos, apenas acho que ele será um gol contra.

Eu tinha 13 anos em 1970. Minha compreensão das coisas era — e ainda é — bem limitada. Mas intuía que devia confiar em quem estava contra a ditadura, era de esquerda e ateu. E torci contra o Brasil. Afinal, a conquista de uma Copa era alienante e a ditadura militar usaria a glória conquistada no futebol para seguir censurando, torturando e matando. E ganhamos a Copa. O mesmo aconteceu na Argentina 8 anos depois. E, bem, foi uma época terrível: o Brasil apresentou um futebol sublime e Médici colheu grande popularidade. Depois, o ditador queria grudar nos jogadores enquanto, nos porões, seus milicos torturavam e matavam. Não adiantava nada, mas era justificado torcer contra. Agora, os tempos são muito diferentes e o que o movimento “Não vai ter Copa” não se deu conta é que não é produtivo combater algo tão popular quanto o futebol. Em junho, todos seremos açambarcados por uma única preocupação e a imensa maioria da população vai dar razão à repressão ao “Não vai ter Copa”.

Não vejo a lógica de tentar impedir o Mundial. A lógica é ser crítico e mostrar que os dribles de Neymar não têm nada a ver com os políticos. Para o bem e para o mal. É ingenuidade pensar que a Copa não tirou recursos da saúde, da segurança e da educação. Porém, quando entidades como a Fundação Getúlio Vargas prometem que haverá a injeção de R$ 142 bilhões na economia e a criação de 3,6 milhões de empregos em função da Copa, deveríamos lutar para que estes recursos e empregos apareçam. Quem vendeu a ideia de que o Mundial é bom para o país que viabilize o nirvana. Ademais, vou dar um golpe baixo: eu e Eduardo Galeano adoramos futebol!

Voltando a falar sério. O que não deveria estar esquecido é a vergonha de termos um anacrônico produto da ditadura militar como presidente da CBF. Sua presença nos eventos será um completo escândalo. Todos estão esquecidos de que Marín esteve envolvido no assassinato de Vladimir Herzog? E por que Dilma ou nosso atuante Congresso não apoiaram uma CPI para investigar a CBF e os negócios da Copa do Mundo de 2014? Lembram que os senadores não tiveram colhões para apoiá-la? Lembram que o senador Zezé Perrela chutou a Comissão Parlamentar pra escanteio antes do helicóptero da família ser flagrado com 400 Kg de cocaína? Será o STF deveria ter entrado novamente em campo, dando mais um passo para a judicialização do estado? Ou também os ministros gostam demais de futebol…?

Não subestimo e amo as ruas, mas vai ter Copa sim. Imaginem que só o sorteio dos grupos da Copa foi visto por 500 milhões de pessoas. E eu e o mundo o veremos. Não há como não acontecer. O “Não vai ter Copa” terá visibilidade, mas joga uma partida perdida, a não ser que esta seja a de só fazer barulho e ser impopular.

O novo Beira-Rio: bonitinho | Foto: SC Internacional
O novo Beira-Rio: de fora, parece um belo bergamotão | Foto: SC Internacional

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O Mário Marcos tem razão: a Seleção perdeu até a capacidade de decepcionar

É normal o Mário Marcos de Souza ter razão. No último sábado, ele novamente produziu uma manchete cuja clareza e verdade são absolutas. O tema era a Seleção Brasileira: “A Seleção que perdeu até a capacidade de decepcionar”. Ele cita vários problemas pontuais da seleção brasileira. Eu gostaria de me afastar um pouco deles e observar o fenômeno de uma forma mais geral. E há vários pontos a considerar.

Creio que grande parte do desencanto das pessoas com a seleção nasce no absoluto anacronismo de uma instituição que é administrada da mesma forma com que era durante a ditadura. Pior: hoje, a CBF presidida por um dos mais destacados membros da ex-Arena, o moralmente discutível José Maria Marin. Imaginem que, no dia 1.º de abril, a CBF receberá uma petição que cobra a saída de José Maria Marin da presidência da entidade em razão causa de seu envolvimento com a ditadura militar.

Ontem, a petição online ultrapassou a marca de 50 mil assinaturas de apoio. O organizador da petição, Ivo Herzog, é presidente do Instituto Vladimir Herzog e filho do jornalista assassinado em 1975, quando se encontrava detido nas dependências do Departamento de Operações e Informações (DOI), controlado pelo Exército, em São Paulo. Marin discursou várias vezes contra Herzog e sua atuação na TV Cultura de São Paulo.

Mas você me dirá que os clubes também são administrados como eram na ditadura e que sua sedução não diminuiu. Então, eu contraponho o fato de que há outros desencantos: o povo brasileiro nunca foi muito ufanista e, agora, com os jogadores atuando em sua maioria fora do país, quebrou-se o elo entre eles e a seleção.

Nos últimos anos, a população brasileira apenas se preocupa com os rumos do time brasileiro durante as Copas do Mundo. Fora delas, o que ela vê é um time formado por jogadores cujas biografias não são acompanhadas por aqui. Não são mais ídolos nacionais. Ninguém está morrendo de preocupação com as lesões de Kaká no Real Madrid ou se Hernanes é ou não o dono da Lazio. Pior: estes jogadores têm visivelmente uma preocupação periférica pela Seleção e isto fica claro em cada entrevista. E, não havendo tesão do lado deles, a gente brocha por aqui.

De minha parte, posso acrescentar que o fato da Rede Globo ser a principal divulgadora da Seleção faz com que meu interesse nela passe a ser quase negativo, ainda mais  quando há amistosos como o de hoje. Hoje, possivelmente, a Seleção, no jogo contra a Rússia, em Londres, nos chegará companhada da voz de Galvão Bueno. A voz de Galvão é-me nauseante. Deve ser o mesmo para muita gente. Pior: a Seleção joga normalmente fora do país, durante a semana e à tarde, quando estamos trabalhando. Poucos a veem e só prestamos atenção vagamente aos gols e ao resultado e olhe lá. Ou seja, ela não decepciona e nem entusiasmaria a ninguém, pois é pouco vista

É claro que, em 2014, seremos engolfados pela Copa e estaremos na maior expectativa. Estabeleceremos com a Seleção aquela relação paradoxal que temos com nossos atletas olímpicos. Ou seja, após passar quatro anos nos lixando para eles, faremos a cobrança por vitória como se o time de Felipão carregasse uma procuração nossa. Aí, talvez outro jogador faça o mesmo que fez o lateral Rafael na decisão das Olimpíadas de 2012: vaiado e perdendo o jogo por 2 x 0 para o México — após ter sido o responsável direto pelo primeiro gol mexicano –, o lateral do Manchester United, deu um toque de letra no melhor estilo tô-nem-aí.

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Merval Pereira, nosso representante na ABL, defende Ricardo Teixeira

Pobre Ricardo Teixeira. Segundo Merval Pereira, um injustiçado. A peça que se lê abaixo demonstra toda a compaixão do colunista de O Globo para com a saída de um dos homens que mais acumula denúncias no mundo do futebol — talvez o campeão — e que sempre tirou sarro das mesmas, como pode ser comprovado nesta franca e bem humorada reportagem da Piauí.

Teixeira presidia a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) há 23 anos, cargo que ocupava por indicação do então sogro João Havelange, e via-se envolvido em uma série de denúncias de irregularidades, tanto no Brasil quanto no exterior. As acusações do jornalista Andrew Jennings, da BBC, autor do livro Jogo Sujo: o mundo secreto da Fifa pareciam cada vez mais inequívocas. Joseph Blatter, presidente da Fifa também acusado por Jennings, e o Palácio do Planalto não conversavam mais com ele. Sentindo-se isolado e sacaneado, o capo pediu para sair. Romário, um gênio dentro do campo e um mestre da objetividade fora dele, autor da célebre e exata súmula sobre Pelé, “Pelé calado é um poeta”, recumiu tudo num pouco brilhante mas não menos exato lugar-comum: “Hoje podemos comemorar. Exterminamos um câncer do futebol brasileiro”.

Quem fica em seu lugar não é muito diferente. José Maria Marin é velho aliado de Maluf e antigo cartola amigo de Teixeira. Teve seus momentos de fama este ano: em 25 de janeiro, foi flagrado colocando no bolso uma das medalhas destinadas aos jogadores do Corinthians na cerimônia de premiação dos campeões da Copa São Paulo de Juniores. Na ocasião, a Federação Paulista de Futebol disse que a medalha já estava reservada a Marin (?), mas no fim da solenidade um dos goleiros do Timão, Matheus, acabou sem receber seu prêmio. Estamos em boas mãos.

Mas, voltando a Teixeira, Merval e o Jornal Nacional da Globo ficaram tristes com sua saída. Não vi o JN, só li a prosa escorreita, bela e compassiva de Merval.

As angústias de Ricardo Teixeira

As acusações de corrupção no Brasil e no exterior certamente pesaram na decisão de Ricardo Teixeira de se demitir da presidência da CBF.

Pelo menos na Fifa a solução é imediata: a saída do dirigente brasileiro suspende investigações que porventura estejam tramitando. No Brasil, ele espera que seu desaparecimento da cena pública atue como sempre, fazendo com que o esqueçam.

Mas, recentemente, ele se revelou a amigos angustiado mesmo foi com o fim de seus sonhos. A realização da Copa do Mundo no Brasil era o sonho de Ricardo Teixeira para chegar à Presidência da Fifa, o reconhecimento público de seu trabalho era uma ambição que alimentava.

Achava que, finalmente, iriam dar valor ao que fizera nesses 23 anos à frente da CBF. Mas o sonho tranformou-se em pesadelo.

Na nota de renúncia, ele abordou o tema dizendo que suas vitórias foram subvalorizadas e os erros superdimensionados.

Não tinha mais interlocução com a Presidente Dilma Rousseff, e nem com o Presidente da Fifa Joseph Blatter. E via a cada dia os trabalhos para a realização da Copa mais e mais atrasados.

Temia que a culpa final recaísse sobre ele, tinha medo de se transformar no bode expiatório dos dois lados, governo e Fifa. Como Presidente do Comitê Organizador, é claro que tinha culpa, mas sentia-se a cada dia mais isolado, sem capacidade de reação.

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