120 anos do catalão Joan Miró, o mestre da simplicidade e alegria

120 anos do catalão Joan Miró, o mestre da simplicidade e alegria
Joan Miró (1893-1983)

Publicado em 20 de abril de 2013 no Sul21.

Joan Miró nasceu há 120 anos, no dia 20 de abril de 1893, na cidade de Barcelona. Este catalão costuma ser classificado entre os surrealistas, mas sua simplicidade e alegria parecem alheias àquela escola. Na verdade, Miró foi influenciado por várias correntes. Os cubistas, os dadaístas e os abstracionistas podem ser facilmente identificados em seus trabalhos.

Apesar da insistência de seus pais, Miró não completou os estudos. Após chegar ao esgotamento nervoso no escritório onde trabalhava quando jovem, seus pais aprovaram que entrasse numa escola de arte em Barcelona. Tinha 19 anos. De 1912 a 1914, estudou com Francisco Galí, que o apresentou às escolas de arte moderna de Paris, transmitindo-lhe sua paixão pelos afrescos de influência bizantina das igrejas da Catalunha e o introduzindo-o à fantástica arquitetura de Antonio Gaudí.

Entre os anos de 1915 a 1919, Miró trabalhou em Montroig, próximo a Barcelona, e em Maiorca, onde pintou paisagens, retratos e nus. Depois, passou a alternar Paris e Montroig. De 1925 a 1928, influenciado pelo dadaísmo, pelo surrealismo e principalmente por Paul Klee, pintou cenas oníricas e paisagens imaginárias.

No fim da sua vida, Miró simplificou sua pintura, reduzindo-a a pontos, linhas e passando a usar basicamente o branco e o preto.

Na década de 1930, fez cenários para balés, e seus quadros passaram a ser expostos regularmente em galerias francesas e americanas. As tapeçarias que realizou em 1934 despertaram seu interesse pela arte monumental e mural. Estava em Paris em meados da década, quando explodiu a guerra civil espanhola, cujos horrores influenciaram sua produção artística desse período.

Apesar da alta qualidade de sua obra, Miró é bastante desigual. Algumas obras revelam grande espontaneidade, enquanto em outras se percebe extremo cuidado, e esse contraste também aparece em suas esculturas. Às vezes, o artista procurava mostrar a realidade de uma forma simplificada, quase infantil, simbólica, sem a complexidade e o mistério do surrealismo; outras vezes tomava caminho inverso.

Miró foi célebre em vida. Expôs seus trabalhos, inclusive as ilustrações feitas para livros, em vários países. Parece haver consenso de que sua mais importante obra é “Números e constelações em Amor com uma Mulher”.

Em 1954, ganhou o prêmio de gravura da Bienal de Veneza e, quatro anos mais tarde, o mural que realizou para o edifício da UNESCO em Paris ganhou o Prêmio Internacional da Fundação Guggenheim. Em 1963, o Museu Nacional de Arte Moderna de Paris realizou uma exposição de toda a sua obra. Joan Miró morreu em Palma de Maiorca, Espanha, em 25 de dezembro de 1983.

Abaixo, algumas de suas principais obras:

Com informações do site http://www.arteducacao.pro.br/

Números e constelações em amor com uma mulher (1941)
Maternidade (1924)
O voo da libélula sobre o sol (1968)

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