O poder dos extremos


Ronaldo: “Hoje posso ir tranquilo pra balada”

Desde sempre digo que os jogadores que mais admiro e os mais importantes do futebol são o goleiro e o centroavante. Ali, a coisa se decide. Se o miolo do Inter foi melhor, este foi morto pelos jogadores que iniciam e terminam o Corínthians. De um lado, o goleiro Felipe; de outro, Ronaldo Fenômeno. Eles tiveram poucas mas decisivas participações. Enquanto Taison perdia gols, Ronaldo, aproveitava uma de suas duas chances. Do outro lado, Felipe fez imensa defesa na falta batida por Andrezinho e salvou a bola de Taison, que resolveu chutar bem no canto que o goleiro cobria, sem ver que este deixara o lado direito aberto.

Será muito difícil reverter a situação aqui no Beira-Rio. Estarei lá sofrendo e me irritando. Do outro lado está nosso velho conhecido Mano Meneses: prevejo um jogo truncado, enrolado — o Corínthians sabe que, se fizer um gol, o Inter terá de responder com quatro. Foi um péssimo resultado que só poderá ser dobrado com uma atuação heróica, daquelas que depois serão vendidas em DVD. É altamente improvável. Se fosse corintiano, convidaria os amigos para verem o jogo e compraria bastante cerveja, pois a coisa está fácil.

De bom, tivemos o triste consolo de uma atuação digna, até ofensiva.

(Será que algum empresário bondoso não arruma um negócio para Alecsandro, Leandrão e Danilo Silva? E se o Napoli levar Nilmar, ficamos com o primeiro citado? Não quero nem pensar na possibilidade…)


Barbie mostra sua face mais terrível

Já a sorte sorriu ao Grêmio. Pegou o inexistente Caracas, empatou os dois jogos e classificou-se no regulamento pelo gol que marcou fora. Observo a Libertadores e, olha, são todos japoneses. Minha esperança é o Estudiantes de La Plata. É um time corajoso que possui o melhor jogador em ação no campeonato. É um velho meio-campista, outros terão de fazer os gols e as defesas por ele, mas é a única gema no mar de claras de uma Libertadores anormalmente fácil.

(Não digo isto para irritar os gremistas. Já houve outras Libertadores até mais fáceis. Aquela que o Once Caldas venceu parecia uma brincadeira).

Gostaria de ver um São Paulo x Cruzeiro de bom nível, mas será difícil. O São Paulo aposta nos seus grandalhões e o Cruzeiro num toque de bola previsível e que me causa sono. Acho que em La Plata o Defensor morrerá sem grandes dramas. A conferir.

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  1. Milton:

    Até acho que Taison chamou o jogo para si, pois Andrezinho, Alec(irmão do Rick) não meteram o pezinho.Faltou o pastor trocar o Sandro já no início do segundo tempo, eu berrando em frente a tv” tira o Sandro(não sei se foi ele ou Magrão que perdeu a bola passando o meio de campo no primeiro gol) e o pastor lá pelos 30 troca o cara.Se ele precisar de mim dia 1 para marcar, e só me convocar, pois na peladas mais ajudo na marcação, do que chego a frente.Vai ser osso duro, mas volta o Nilmar e D’Ale caras que não pipocam, não tiram o pé.Uma pergunta, certa mídia, há uns dois anos, meteu na cabeça do ze-povinho que “eles virariam em cima do boca, os 3 que tomaram lá, com um detalhe sem chutar uma bola a gol lá, será que o Colorado vão dizer que a fatura já está liquidada??

    1. Boa lembrança! TODA AQUELA “CERTA MÍDIA” AFIRMAVA QUE IA DAR PARA VIRAR.

      Certa mídia pode dizer isso, mas acho que o pensamento do torcedor será o habitual “3 x 0, EU ACREDITO”. Até, quando chegar o dia, vou estar acreditando.

  2. Curioso, meu caro: você não viu os erros da arbitragem a favor do Corínthians? O segundo gol, por exemplo, nasceu de uma jogada irregular (falta batida com a bola em movimento).

    Um abraço.

    1. Eu vi, Moacy. Só que é um saco falar de arbitragem, né? Desde criança vejo o Flamengo (ultimamente não, acho que aquele episódio contra a Portuguesa envergonhou os caras), o Vasco (no tempo do Eurico, o que era aquilo?) e o Corínthians (o mais novo darling da arbitragem) serem beneficiados.

      Sim, a bola estava rolando. Sim, ele não quis dar o terceiro cartão para Chicão, Jorge Henrique e Elias. Mas é sempre assim, não é?

      Também acho que o Álvaro devia estar marcando o Gordonaldo. Afinal, o Índio está muito velho para dar cobertura daquele jeito.

      1. Pois é, mas parece que marcou, sim. Há uma gravação onde se ouve um apito e se vê umas bochechas infladas.

        Mas é secundário, Guga. Tem que é jogar mais.

  3. Vi o erro da batida da falta com a bola em movimento, mas tendo a não considerar isso grave: o importante é colocar a bola em jogo, e a oportunidade era única; a regra pode ser “flexibilizada”.

    Mais grave foi a atenção do juiz em não amarelar jogadores com 2 cartões, à exceção do malajambrado Souza, do Corinthians, o que na verdade foi um puta favor.

    Fizesse melhor seu papel, o Inter e seus torcedores não reclamariam dos atos e furos da arbitragem. No geral, isso é muito chato, à parte os escândalos, e não foi o caso ontem.

    Pior para os colorados foi o aumento da torcida no Rio de Janeiro. Um torcedor. Eu. Péfrio. Toda vez que tendo em favor de um dos times em campo, o escolhido perde. Acho que tenho que tomar um banho de descarrego, saravá, meu pai!

    1. Eu também acho que o Inter poderia ter sido um pouco mais competente.

      Por exemplo, vejam o que escreveu o colorado Douglas Ceconello hoje:

      E vos digo, MEUS QUERIDOS, aquele Alecsandro merece a graça de NOSSO SENHOR RASPUTIN de ter uma granada arremessada no LÓBULO da sua orelha, enquanto Marcelo Cordeiro me faz sentir falta do DOPS, já que um sujeito daquele deveria ser torturado até confessar o assassinato de JESUS CRISTO.

      Pé frio!

  4. Olá Milton,

    Concordo com a observação sobre o erro da arbitragem. Cobrar uma falta rapidamente é uma coisa, cobrar rapidamente mas com a bola em movimento é elementar: fere a regra do jogo. O juiz, velho conhecido nosso, é famoso por ser “caseiro” – apita sempre aliviando a barra do dono da casa.

    Agora, Milton, que tal o Leandrão? Ele é um ótimo aluno do “prof. Felipe”, aquele que disseste dias atrás que “bateu pra valer” no Beirario.

    Creio que a vaca foi brejo. É difícil virar este placar.

  5. Milton, o timinho da marginal sem numero SEMPRE foi darling da arbitragem.
    dá pra fazer um post só com os “erros” do APITO AMIGO a favor deles. fora as decisões do tapetão.
    Dulcidio Wanderley Boschilla expulsando Rui(m) Rey em 77; Paulistão de 79 melado por recursos do Vicente Matheus; lambança do Javier Castrilli garfando a Portuguesa no paulistão 98; os jogos anulados no Zveitão 2005…e por aí vai…

      1. Cabecinha no Ombro

        Encosta tua cabecinha
        No meu ombro e chora
        E conta logo tua mágoa
        Toda para mim
        Quem chora no meu ombro, eu juro
        Que não vai embora
        Que não vai embora
        Que não vai embora
        Encosta tua cabecinha
        No meu ombro e chora
        E conta logo tua mágoa
        Toda para mim
        Quem chora no meu ombro, eu juro
        Que não vai embora
        Que não vai embora
        Que não vai embora
        Amor, eu quero o teu carinho
        Porque eu vivo tão sozinho
        Não sei se a saudade fica
        Ou se ela vai embora
        Se ela vai embora
        Porque gosta de mim
        Não sei se a saudade fica
        Ou se ela vai embora
        Se ela vai embora
        Porque gosta de mim.

        1. …parte 2 do dossie apito amigo:
          Torneio de Verão Fifa 2000 – convidado sem ter vencido a Libertadores… vitória com Edmundo chutando penalti pra fora e gol fantasma contra o Raja Casblanca…

          Copa do Brasil 2002, com o Simon garfando o Brasiliense…

  6. O Inter jogou no ataque, assumindo riscos, e pagou por isso. Não é uma crítica, porque quando joga atrás fica aquele sufoco desgraçado (vide Coritiba). Fez o que tinha que fazer, mas não conseguiu.

    O jogo foi bem equilibrado, e o Inter poderia ter vencido também. É por isso que eu não estou confiante nem deprimido. Se a coisa se repetir, o jogo aqui pode ser 3 a 0 pro Inter, ou o Corinthians pode fazer mais dois, ou (mais provável) pode ser empate com gols. Tudo pode acontecer. Espero que o canto das arquibancadas traga a sorte necessária ao Inter.

    E a gordura não diminui a periculosidade do Ronaldo. Ele não corre, fica plantado na área esperando uma bola chegar para só então se espreguiçar e entrar em ação. Aliás, com ele gordo a bola tem mais chance de atingi-lo

      1. hehehehehehe – Marcelo, lá pelos anos 70, quando vcs amargavam uma fila de 24 anos, ops, 23… a Federação Paulista do Nabi Abi Abu Nada Chedid bolou um campeonato com um terceiro turno decisivo, onde um dos critérios de classificação era… TIME COM MELHOR RENDA!!!!! adivinha quem se classificou??? o Saad? São Bento? Radium de Mococa? Juventus????

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