Facebook

Agradeço a todas as respostas de amigos e conhecidos que me aceitaram no Facebook. Li algumas coisas muito legais, fiquei feliz com as respostas. Só há um porém: não convidei ninguém.

Ontem, entrei no Facebook para responder uma mensagem de minha amiga Magaly Campelo de Magalhães. Fuçando um pouco, descobri que havia instruções sobre como gerar, no Outlook Express, um arquivo com todos os meus endereços de e-mail cadastrados. Li as instruções, fui para o Outlook e gerei o arquivo no diretório “Temporários”. E só.

Eu apenas queria ter uma lista de meus e-mails, mas, quando vi, tinha convidado meio mundo: havia queridos amigos, amigos em potencial, mas também pessoas jurídicas, hospitais, gente com as quais mantive contato uma vez há anos e nem lembro o motivo… Vi que a coisa fora grave quando recebi um e-mail dizendo que Milton Ribeiro havia feito um convite a mim.

Voltei lá no Facebook e olha, admito que possa ter esbarrado em alguma tecla, mas duvido muito. E o que é esse negócio de Dia do Amigo? Ontem nem era mais! Também não li nada que diga: “Se você criar o arquivo de endereços na janela do Outlook, o Facebook vai lá, captura e sai convidando indiscriminadamente”. O que será aquele e-mail todos@trsim… na mensagem que recebi? Será ele o culpado pela disseminação?

A Magaly respondeu amavelmente minha mensagem. Muito cuidado, vou lá agora escrever para ela.

E o que faço com os 500 convidados desconhecidos, com os que pensam que eu era louco, com os caras com os quais falei uma ou meia vez, com o sujeito que processei nas pequenas causas, com os SACs de empresas que incrivelmente aceitaram meu convite, com os amigos com os quais não mantenho contato desde o século passado? Putz, tô constrangido.

30 comments / Add your comment below

  1. Está explicado porque eu recebo tantos convites para me cadastrar nessas comunidades virtuais.:)
    Eu sempre fico constrangido de não aceitar e parecer que estou rejeitando a pessoa por arrogância ou pedantismo. Agora não preciso mais me preocupar com isso.;)

  2. Puxa Milton,
    pensei que era mesmo um convite, emocionei-me até às lágrimas.
    Quer dizer que não era verdadeiro?
    Estou sentido….
    Branco

  3. É, eu também recebi seu convite, achei estranho, não seria coisa tua, esse troço de Facebook tá mais pra adolescente espinhento, mas como serias tu terminei por cadastrar-me, eles pediram umas informações, que eu prestei mentindo descaradamente, além de inserir a minha foro padrão de menino desalentado, que não é minha, mas roubada e alterada duma foto de jornal… Paci~encia. Tomara que nenhum engraçadinho me mande fotos de churrasco, casamento ou comemoração de vitórias esportivas, e muito menos de intimidades numa lua-de-mel ou hotelzinho sórdido. Esse mundo virtual nos lança nessas barbeiragens, quando a gente vê tamos com O Pequeno Príncipe na mão, aquela coisa de se sentir responsável por alguma coisa que cativaste em alguém sem saber de coisa alguma, foi só um registro de endereço eletrônico, fostes enredado e te fodeste de verde e amarelo, agora só te restas comprar e vender, comprar e vender, comprar e vender…

      1. Milton,
        agora falando sério.
        Senti teu constrangiemento.

        Não incomodou tanto assim. A Websfera tem como caractreistica isto mesmo. O Blog, twitter falam ao mundo, abre-se opiniões, sentimentos, ódios e … cagadinhas.

        As pessoas gerarão um monte de piadas e pronto. Quem se incomodou com isso … puxa!

        Sob o post do Charlles Campos abaixo.

        Meu primário (era assim que se chamava naquela época) estudei em colégio estadual, em São Paulo, e no terceiro e quarto anos, éramos obrigados a escrever um diário, baseado num livro do Edmundo de Amicis (parece-me que era fascista, não sei) chamado Cuore – Coração.
        Era um verdadeiro saco, mas tínhamos que pensar no que escrever, planejar, analisar a comunicação – conteúdo e forma. No fim, se foi bom? Acho que sim. Claro que a professora (não eram chamadas de profe na época), ao tomar a lição (mais uma arqueologia), exigia um texto com algum conteúdo e qualidade. Era diferente dos diários rosa.
        Isto ensinou-me a escrever, mas fez-me fugir dos atuais blog. Apenas escrevo no dos outros.

        nfim, sSou um verdadeiro anú digital.

        Abraço

        Branco

        Anú, passáro que se aproveita do ninho feito por outro. Não sei se esta expressão existe fora do Rio Grande.

  4. Milton
    Achei que era convite. entrei de gaiato, me cadastrei. Agora escrevo estas mal traçadas para dizer que estava no meio de um artigo sobre woodstock e seus efeitos. Face books talvez seja um deles.
    abraço
    Robson

  5. Se havia uma coisa que eu realmente odiava no colégio católico eram os tais diários das burguesinhas, cheios de coraçõezinhos e declarações de amor circulados em rosa. Aquilo me matava! Era tão fútil que me fez desafiar minha sólida barreira de timidez e desenhar o que eu entendia na época como sendo o mais obsceno caralho, com todos os seus ornamentos completos, num destes caderninhos de algodão doce. A menina beneficiária, de aparelho nos dentes e uns óculos grossos, quando retornou do recreio e se posicionou na carteira, teve um verdadeiro ataque de ira ao ver aquela conspurcação em seu arco-íris de sonhos. Acho que fiquei tão preocupado com sua sanidade mental que ficou claro que eu era o culpado. Na sala da coordenação, o terrível Zé Maria, um badeco meia sola, careca, com cavanhaque e um fraco por camisetas cavadas para mostrar o que intimamente ele jurava ser um ótimo preparo físico, mas que nos deixava prostados em pânico por nossa falta de outras referências de interpretação a esse conjunto farsesco, me deu o maior esporro e me fez sentir que toda minha biografia ficaria para sempre determinada por aquele rascunho pervertido que eu impusera no templo de pureza de um diário de menina. E tanto era mais traumática a situação para a menina, que seu diário secreto foi momentaneamente confiscado, como corpo de delito, e estava por cima da mesa da sala de coordenação, sendo consultado por um sem número de professores e funcionários administrativos.Todos os seus segredos guardados a sete chaves, à mostra para aquele universo de curiosos, e tudo graças a mim. “O caralho está na página 72, abaixo do poema que ela escreveu pro Guilherme”. Era um ódio genuíno, purificado a cada ano, que ela me dirigiria enquanto vivesse.

    Mas…, minha esperança era que, com a maturidade, eu estaria livre destes malditos diários sentimentais. Não foi o que aconteceu. Minha primeira namorada séria, no alto de nosso quarto ano de namoro, me revela os quinze volumes de diários que ela vinha escrevendo religiosamente antes de dormir. Quando eu tinha 18 anos, num surto de depressão associada a alucinações (diagnosticado pelo médico, de forma coloquial , como uma “desaceleração mental”, o que sempre me faz pensar no Airton Senna) a psicóloga me recomenda…o que? é, a prática salutar da escrita de um diário sobre todo meu cotidiano sentimental. Daí vem a revolução da internet e eu descubro que inventaram um espécie perniciosa que eu jamais seria capaz de prever nem em meus pesadelos mais terríveis: o blog; o diário pessoal por excelência, exposto para o mundo todo, aberto a comentários, fotos. Uma revolução tão…revolucionária! que livra esse estilo de confissão emocional de sua pesada carga de culpa e segredo. É a abolição da necessidade tradicional de manter escondido os anseios mais velados. O que, talvez apenas agora, a menina acima possa finalmente me perdoar, do blog de onde ela esteja mantendo o prosseguimento de seus suspiros de amor e lágrimas.

    Dito isto, meu caro Milton, só espero que, depois de teres aderido ao twitter, e agora ao facebook (será que a turma do Millor não vai inventar, em contrapartida, um assbook, assim como fizeram criando a “Bundas”, em oposição à revista Caras?), não nos venha no próximo post com o cabeçalho “Meu querido diário”

    1. O maior benefício das novas tecnologias é que agora podemos enviar às doces meninas caralhos digitalizados; se para você isso não é grande coisa, tudo bem, mas é que eu sou uma negação só em matéria de desenho. O Milton já pode trocar as “improvisações sobre…” para “diário sobre…”, ter enderecinho no orkut, essas coisas. Juventude é para sempre, o que quer dizer que o ridículo nos acompanhará eternamente.

  6. Milton, eis uma armadilha dessas engenhocas. Às vezes a gente cai… Quando vi seu “amável convite”, logo pensei: “-Isso não coisa do Milton.” Deletei o convite e pensei em te telefonar perguntando. Mas o tempo passou e a poeira das horas cobriu o episódio.
    Agora, a explicação.
    Aguarde, pois mais pó irá encobrir essas coisas, que, um dia, serão engraçadas. Abração.

  7. rapaz, ainda bem que voce esclareceu. me senti tão importante recebendo o convite que pensei até em fazer um facebook pra mim. e depois iria fazer um orkut.

    mas como agora sei que o convite foi sem querer, volto ao meu lugar sabendo que o milton ribeiro não perderia tempo convidando alguém como eu para integrar seu seleto grupo de facebookistas.

    abraço!!

    1. Não, não, Theo.

      Eu te convidaria para qualquer clube, evento, reunião, papo de bar, etc. Só deixei claro que foi involuntário.

      Cara, imagina que eu convidei um advogado contra o qual abri um processo na OAB!!!!!!!! Aí eu chego e escrevo: Feliz Dia do Amigo… Putz…

      Grande abraço e fique no meu Facebook! Nem experimente sair!

      1. Milton, para com isso! Um dia tu vai me matar de tanto rir. Minha esposa tá me perguntando, da cozinha, o que que é tão engraçado assim. Pra onde esse cara deve ter te mandado!

  8. É “seu” Milton eu quase mandei uma foto.Mas como sou distraído, e não tenho muito saco para essas coisas, deixei o tempo rolar.
    É engraçado: às vezes ser um relapso é sinal de sanidade. Que tempos são esses, “cruiz-credo-do-inferno”?

  9. fiquei tentado a entrar nesse negócio, mas, ah, não entro mais nesses esquemas. aí “menti” pra mim mesmo q devia ser um spam. e era…
    mas não dá nada – grande maioria das pessoas tratará o caso como spam.

  10. Também recebi o teu e-mail convite, com essa mesma foto-cabeça, Milton Ribeiro olhando para o chão, parcialmente no escuro, parece foto de orelha de autor experimental e deprimido.
    Mas acho que posso me considerar tua amiga “de verdade” (haha), porque nem por um segundo acreditei que pudesse ser um convite deliberado.
    Chatice isso, hein? Eu que não entro nesse troço.

  11. Caro Milton,

    estava eu tranqüilo em minha residência quando recebo um e-mail informando do teu convite.

    Já tinha outro convite pendente no Facebook, que ainda não tinha aceitado por pura preguiça de abrir um perfil. (Também tenho outras coisas para fazer na vida.)

    Teu convite foi decisivo. Afinal, se uma personalidade, um cara famoso como você me manda um convite, devo aceitar. Foi uma questão de auto-estima mesmo.

    Quando abri o perfil, vi que existe lá uma opção para convidar todos os teus contatos, bastando para isso digitar minha senha do gmail. Pulei essa parte. E fiquei a imaginar que seria isso que teria provocado o teu convite a um cara completamente obscuro como eu.

    De qualquer forma estou me divertindo lá – agradeço o convite involuntário. Já achei outras pessoas, e esse negócio é bem melhor que orkut ou myspace.

    Abraço,

  12. Olá Milton, também recebi o seu convite, já nos comunicamos por email, achei que fosse realmente um convite verdadeiro… Não tem problema, eu nem sei usar isto aqui mesmo, e esta é a segunda vez que entro aqui. Abraço!

  13. Eu ia entrar no Facebook, mas depois que li o que está escrito aqui desisto, mas eu gosto de fazer novos amigos!

    Estou no orkut, no beltrano, no limão, no muito massa, no my gospel, no netlog, no presbiterianos.ning, no sonico!

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