Schnittke: Concerto Grosso Nº 1 (1977), V. Rondo: Agitato e Postludio (y otras cositas)

alfred-schnittke-4Penso que, dentre os compositores mortos recentemente e os que já têm carreira bem divulgada, Alfred Schnittke (1934-1998) seja o melhor deles. Eclético e provocador, fazia tanto música moderna como buscava referências no passado, além de usar e abusar como poucos da paródia e do humor. O assustador Rondó final de seu Concerto Grosso Nº 1 traz a uma instrumentação barroca uma música que… Bem, aos 2min41 começa um tango! A Far Cry, grupo que interpreta o movimento, é um interessante conjunto de cordas de Boston que atua sem regente.

O vídeo acima me foi apresentado pelo Gilberto Agostinho.

Abaixo, outro exemplo da qualidade de sua música: o sétimo movimento da Cantata Fausto, Es geschah.

E ainda este divertimento “in Old Style”:

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  1. Nossa Milton, eu ando viciadíssimo em Schnittke, que cara genial que ele era. E esta versão do “A Far Cry” é realmente demais, mas é uma pena que eu não encontro ela completa em lugar nenhum. Se eu encontrar, eu te passo, ok? Um abração!

  2. Curioso… Esses dias mesmo, estive loucamente ouvindo exatamente esse Rondo do Concerto Grosso # 1. Isso porque, depois de meses fuçando, identifiquei-o como parte da trilha sonora do filme “Socialismo”, do Goddard. Toca no momento em que o menino toma leite de canudinho.
    Comentário marginal: assim como todos os filmes do Goddard, detestei-o do primeiro ao último segundo. “Narrativa é um conceito burguês”? Pelamordedeus, vai estudar um pouco de antropologia.

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