Guto, sábado, em Inter 4 x 2 Náutico, aconteceu algo que nunca vi. 4 pênaltis a favor do Inter, todos assinalados pelo juiz, todos no segundo tempo, todos legítimos. Só que o Inter errou 2 e converteu 2. Acho que já podemos fazer um DVD! Mas temos muito a melhorar para chegarmos a uma vida tranquila na B.
O Inter venceu e irritou seu torcedor. Foi um jogo daqueles bem porcaria, né Guto? O Inter deu um baile até os 30 minutos, depois teve o tradicional apagão, tomou o empate e acabou o primeiro tempo vaiado. Entrou no segundo tempo arrasador e fez 3 x 1 em dois pênaltis convertidos por Pottker e D`Alessandro. Aí o juiz marcou mais um e Cirino errou.
Isso merece um comentário. Cirino faz poucos gols, não tem tesão para marcar, chuta mal, não é bom jogador. Mas seus companheiros, tão legais, resolveram dar-lhe um prêmio. Ele errou. Parabéns pela seriedade com que as coisas são tratadas no Beira-Rio, Guto. No dia 19 de agosto estarei de aniversário e gostaria de bater um pênalti com o Beira-Rio lotado. Pode ser, Guto? Ah, deixa.
Perdido o pênalti, com os jogadores decepcionados e tristinhos, houve novo apagão, o Náutico descontou para 3 x 2 e um conhecidíssmo filme trash de terror começou a passar no Beira-Rio. Fomos salvos por um cruzamento de Pottker para um gol do inacreditável Cirino. Ah, houve ainda mais um pênalti, desperdiçado por Pottker, certamente em solidariedade a Cirino.
Como a maioria dos times da Série B, o Náutico não existe. É o mais legítimo e acabado candidato a cair para a C. Mas a gente conseguiu se atrapalhar com ele. Chato.
Tivemos volume de jogo, tivemos D`Alessandro jogando mal, um ataque mais ou menos bom e uma defesa que vou te contar. Léo Ortiz e Danilo Silva formaram uma dupla de zaga ridícula. A intenção deles não parece ser a de evitar gols dos adversários, mas matar o Danilo Fernandes do coração. E Edenílson na lateral é tua primeira piada. Acho melhor parar logo. Não teve graça.
Mas estamos subindo na tabela e, mesmo com as flagrantes deficiências, devemos ascender sem aflições, se me entendem.
Com o resultado, o Inter soma 11 pontos e ocupa a terceira posição na B. A próxima rodada nos trará o terrível América-MG. O embate será nesta terça-feira, às 21h30, no Independência, em Belo Horizonte. É jogo para pontuar, Guto. Nem vem.
Eu nunca gostei de super-heróis, só do Batman de minha infância e daquele desenho da Warner dos anos 90, também do Batman, que achava sofisticado. Hoje, Adam West se foi. Ele não era tão fortão, nem vestia-se de preto como os Batmen (ou Batmans) de hoje, mas eu me divertia com ele, principalmente quando subia num prédio e uma “pessoa comum” (que sempre era um ator/atriz conhecido) abria a janela para perguntar o que estava ocorrendo. Ele e Robin respondiam educadamente, com calma. Aquilo era uma boa definição de bizarrice. Eu adorava.
Os financiadores de campanha mandam no país. Tanto faz se o presidente chama-se Michel Temer, Rodrigo Maia, Carmen Lúcia, Fernando Henrique, Nelson Jobim, Henrique Meirelles ou Gilmar Mendes. Os políticos têm que entregar o trabalho pelo qual já foram pagos. O importante é a continuidade das reformas (ou contrarreformas).
Hoje à noite, o TSE ignorou uma enorme quantidade de provas e evidências que demonstravam como o Dilma e Temer beneficiaram-se de caixa 2 na eleição de 2014. Amigo de Temer de tantas viagens e convescotes, Gilmar Mendes, presidente de uma corte de opereta, construiu a absolvição.
A opinião pública pouco importa no universo paralelo da maioria dos políticos e juristas de Brasilia. Nada os assusta, tanto que Temer devolveu em branco as 82 perguntas que a Polícia Federal fez a ele sobre sobre suspeitas de seu envolvimento em corrupção, organização criminosa e obstrução de Justiça. Eram “invasivas”, disse. Completou dizendo era “vítima de abusos e agressões”. Tadinho.
No último balanço realizado pelo Congresso em Foco, com base nos registros do Supremo Tribunal Federal, havia 148 deputados federais suspeitos ou acusados formalmente de crimes. Os delitos são variados: crimes de responsabilidade, contra a lei de licitações, corrupção, lavagem de dinheiro, sonegação de impostos e crimes eleitorais e ambientais, entre outros. A maioria dos restantes são apenas lobistas, meros representantes de corporações.
Eles, os 148 e os só lobistas, votarão as tuas reformas.
Vejam se o juiz, nesta cena de Boleiros, de Ugo Giorgetti, não parece Gilmar Mendes (cena trazida por Idelber Avelar em seu perfil do Facebook):
É assim meu grande sonho sobre os exames finais:
sentados no parapeito dois macacos acorrentados,
atrás da janela flutua o céu
e se banha o mar.
A prova é de história da humanidade.
Gaguejo e tropeço.
Um macaco, olhos fixos em mim, ouve com ironia,
o outro parece cochilar —
mas quando à pergunta se segue o silêncio,
me sopra
com um suave tilintar de correntes.
O Ruído do Tempo usa o enorme drama que foi a vida de Dmitri Shostakovich como material ficcional. É um livro dividido em três seções maiores que contêm, cada uma delas, capítulos curtos e fora de ordem cronológica, muitas vezes de apenas um parágrafo. Tais capítulos vão adicionando informações curiosas ou estarrecedoras sobre o compositor, tudo com bastante invenção, mas sobre um esqueleto rigorosamente biográfico, verdadeiro. As três seções mostram os três traumáticos encontros de Shosta com o poder, em 1936, em 1948 e em 1960. Todos em anos bissextos, todos separados por 12 anos. A ideia é boa, mas…
O livro é pouco sofisticado, extraordinariamente conservador e chega a ser “matado” em vários trechos, não fazendo jus às nem à arte de Shostakovich, nem a seus dramas. As críticas ao regime soviético são naturais e inteiramente razoáveis, não fosse a profusão de clichês bobos ao estilo da CIA. O pior é que a ficção de Barnes não faz a biografia ou os dramas vividos pelo compositor avançarem em qualquer direção.
Para quem, como eu, acredita que só a ficção arranha a realidade, o livro foi uma decepção. Espécie de jornalista gonzo imaginário, Barnes vai ficando cada vez mais afastado da obra de seu biografado, perdido em detalhes triviais. Não há complexidade ou verdadeira tensão, apenas contradições — verdadeiras — e medo mal descrito. O livro de Barnes toma um baile das poucas páginas dedicadas a Shosta no clássico de Alex Ross O resto é ruído, de quem parece ter roubado o título.
O livro é, em parte, um exercício de nostalgia da Guerra Fria. Coisa muito inglesa para descrever um soviético. Seus melhores trechos são aqueles que examinam a natureza da integridade pessoal. A ótima arte pode nos resgatar do “ruído do tempo”, superar tudo e, portanto, desculpar o comportamento ruim? E era possível comporta-se melhor? Acho que faltou a Barnes alguma vivência sob regimes ditatoriais. Sua descrições são de um tranquilo inglês que examina à distância um Shostakovich que é muito mais herói — e concordamos nisso, Mr. Barnes — do que Mephisto.
Me disseram que foi bom o primeiro Almoço Clio Musical. Ainda estou rindo daquela senhora que disse que jogaria fora todos os Concertos de Brandenburgo que comprara em sua vida, após ouvir a Orquestra Barroca de Freiburg, que apresentei junto da contextualização da obra e de detalhes da vida de Bach e suas margens. O próximo será sobre As Quatro Estações de Vivaldi, uma obra lotada de histórias, desde o Ospedale della Pietà e sua orquestra de mulheres, passando pelas Rodas dos Expostos, pela provavelmente fingida asma do compositor, indo até o poema que acompanha a partitura do solista e que descreve cada trecho. A próxima edição será no dia 13 de junho, às 12h20, no StudioClio e estou juntando material para a função. Digamos que este inábil palestrante está feliz com o novo projeto.
E, hoje, quando elaborava mentalmente meu discurso cheio de fofocas sobre Vivaldi, dei de cara com este artigo. É um desses artigos que leio sempre com algum ceticismo, mas e se for correto?
Ouvir música alegre melhora capacidade cognitiva, afirma estudo
O estudo britânico teve como base os concertos da série As Quatro Estações de Vivaldi e revelou benefícios ao nível da atenção e da memória.
A Universidade de Northumbria, no norte do Reino Unido, levou a cabo um estudo que concluiu que ouvir música alegre pode melhorar as capacidades cognitivas, aumentando o “estado de alerta” do cérebro.
O estudo britânico teve como base os concertos da série As Quatro Estações de Vivaldi e revelou benefícios ao nível da atenção e da memória. Desenvolvido por Leigh Riby e publicado este mês na publicação Experimental Psychology, a investigação envolveu 14 jovens adultos aos quais foi pedida a realização de uma tarefa de concentração. O objetivo era carregar na barra de espaço de um teclado quando aparecesse um quadrado verde no ecrã do computador, ignorando os círculos de várias cores e outros quadrados que surgiam de forma intermitente.
A tarefa teve duas fases, onde primeiro foi desempenhada em silêncio e depois enquanto se ouvia cada um dos quatro concertos do compositor italiano. Durante o processo, a atividade cerebral dos jovens foi medida através de eletroencefalografia (uso de elétrodos no couro cabeludo para analisar as correntes elétricas do encéfalo), segundo o comunicado da Universidade da cidade de Newcastle, no seu site.
O estudo mostrou que, em média os participantes responderam de forma correta e com mais rapidez enquanto ouviam a Primavera de Vivaldi. Durante a música, o tempo médio de resposta foi de 393,8 milissegundos, e em silêncio, levaram, em média, 408.1 milissegundos a completar a tarefa.
Já com a composição Outono, música mais lenta e sombria, o tempo de resposta aumentou para os 413.3 milissegundos quando, indicando uma diminuição da capacidade mental.
Após o estudo, Leigh Riby concluiu que a Primavera de Vivaldi pode ser usada como terapia pois “melhorou a atividade geral do cérebro e provocou um efeito exagerado na área cerebral que é responsável pelo processamento emocional”. Riby concluiu ainda que o estudo forneceu “evidências de que há um efeito indireto da música na cognição que é criado pelo estado de alerta, humor e emoção”.
No dia 7 de novembro de 2001, saí da Feira do Livro e fui direto para o Beira-Rio. Jogavam Inter x São Paulo. Pelo Inter, entravam em campo João Gabriel; Barão, Gilmar Lima, Fábio Luciano e Wederson; Leandro Guerreiro, Carlinhos, Silvinho e Jackson; Daniel Carvalho e Luís Cláudio. Pelo São Paulo vinham Rogério Ceni; Reginaldo Araújo, Émerson, Júlio Santos e Gustavo Nery; Maldonado, Fábio Simplício, Kaká e Júlio Baptista; Luís Fabiano e França. E eu estava confiante.
Começa o jogo e o Inter, cheio de entusiasmo, parte para cima do São Paulo. Dava pena de ver. Era um banho de bola. Aí Kaká puxou um contra-ataque e cruzou para França fazer 1 x 0. Um detalhe, claro, ainda mais que no minuto seguinte Silvinho empatava o jogo e nós, os trouxas que assistíamos a partida, nos preparávamos para ver a virada. Empilhávamos chances de gol, nossos gols estavam maduros, podres até, vários deles. O primeiro tempo terminou empatado. 1 x 1.
Começou o segundo tempo e Luís Fabiano cruzou para França desempatar. Uma sacanagem, jogávamos muito melhor. Continuamos perdendo gols quando Gustavo Nery cruzou para Luís Fabiano fazer o terceiro. Mas reagimos e parecia que parte da injustiça seria sanada porque nossa pressão era irresistível. Sim, chegaríamos ao empate. Só que Gustavo Nery bateu uma falta do meio da rua e ficou 4 x 1. Meu deus, que bosta, que injustiça.
No dia 30 de junho de 2002, entravam em campo Brasil e Alemanha. O Brasil trazia Marcos; Lúcio, Edmílson e Roque Júnior; Cafu, Gilberto Silva, Kléberson, Ronaldinho Gaúcho e Roberto Carlos; Rivaldo e Ronaldo. A Alemanha vinha com Kahn, Linke, Ramelow, Metzelder e Frings; Hamann, Jeremies, Schneider e Bode; Neuville e Klose. Eu estava em Bento Gonçalves, curiosamente com um grupo de alemães. O jogo foi igual: o que a gente fazia aqui, eles faziam lá. Era uma partida perigosíssima, mas vocês lembram muito bem como terminou. Rivaldo, Ronaldo e Kahn fizeram a toda a diferença e os alemães discutiam entre si, dizendo que seu time igual ao nosso, só que…
É por isso que gosto dos jogadores decisivos. Você pode empilhar dez Luís Cláudios no seu time que eles não farão um Luís Fabiano. Pior, o São Paulo poderia enfiar 18 Maldonados em seu meio campo que eles não chegariam à eficiência de um França. Exagero? Claro que sim, os gregos criaram a figura da hipérbole para intensificar um fato até o inconcebível e os lógicos adoram hipérboles. Por isso, digo que 23 Rivarolas não fazem um Jardel, 34 Ramelows não criam fenômeno nenhum, 52 Edmílsons não superam um Rivaldo e 61 Baideks não fariam o que um Renato fez em Tóquio.
É por isso que gosto dos jogadores decisivos. No próximo jogo, podem estar em campo 43 armadores, mas os importantes serão os caras terminais, os atacantes e goleiros. Os goleadores, com frieza de toureiro e sangue frio de assassino esquizofrênico, são sempre os mais valiosos jogadores em campo. É por saber o momento do tiro ou por aproveitarem a passagem burra do touro descontrolado a sua frente, que vimos Romário jogar e fazer gols até os 68 anos, que vimos Túlio goleador aos 84 anos e é por isso que são tolos aqueles que criticam Nico López quando ele tantas vezes erra. Não me façam rir: depois daquela mal direcionada troca de cabeçadas, quem deu um balaço no canto do goleiro do Juventude, hein?
E é por isso que gosto também de grandes goleiros. O cara que fica ali não pode falhar, ainda mais num jogo decisivo. O mundo não lembrará de Kahn pelos 112 campeonatos alemães que levantou, mas nunca esquecerá que, quando Rivaldo chutou aquela bola, ele a soltou e ficou nadando no ar enquanto o matador Ronaldo Fenômeno chutava a bola para as redes com a certeza do toureiro matador que sabe que ou é o touro ou é ele mesmo (então, que seja ele!). O são-paulino mais fanático sempre lembrará de Ceni no Japão, mas nunca esquecerá que ele facilitou as coisas para Fabiano Eller naquele segundo de auto-suficiência. O colorado mais fanático sabe de seus títulos, porém sempre lembrará de Clemer como um goleiro milagroso que podia ser muito nervoso e hesitante. E sabe que só um doido varrido — preciso dizer seu nome? — esquizo alucinado e viciado teria a coragem e calma de pegar um escanteio batido por Nelinho com uma mão só, pois a outra tinha, naquele dia, escondidos sob a luva, seus dedos retorcidos novamente quebrados.
Num time campeão, até o roupeiro vence, mas só alguns são decisivos. Decisiva para a vida da batata é a mão que a planta e os dentes de quem a come. O resto são contingências. Decisivo na vida da galinha é quem a choca e minha avó que, caminhando e sem deixar de conversar comigo, pegava o bicho e, para meu horror, torcia docemente o pescoço de nosso almoço. O resto é milho, cacarejos e carregadores de pianos.
Certa vez, em Pelotas, eu ia dar uma palestra para um grupo de alunos junto com um professor da Unisinos. Ele fora dirigente do PCB, viajara para a URSS várias vezes, estudara lá, etc. Quando ele soube que minha mulher era bielorrussa e não viera “através da internet”, mas concursada e aprovada por sua competência como musicista, logo me disse: “Nossa, deve ser dureza”. Eu logo entendi que ele estava se referindo ao fato dos russos serem diretos diretíssimos, de dizerem o que acham na lata. Às vezes, no começo, a Elena me assustava. É incrível que nossa sociedade, tão violenta, tenha dificuldades para ouvir opiniões francas. As pessoas, eu incluído, parecem não reconhecer o bom espírito por trás da franqueza. Por exemplo, ela foi a única pessoa que criticou minha palestra no StudioClio, tão elogiada pelo restante das pessoas. Ela disse que o conteúdo fora ótimo, mas eu estava fora inteiramente do meu normal, sério demais, destituído de humor. E disse isso logo após a apresentação, sem preparação ou delongas. Agora já me acostumei. Aprendi a gostar disso e também de apreciar o pasmo dos outros quando ela emite uma opinião daquelas, dizendo BEM o que acha, sem políticas nem voltinhas.
Guto, apesar do futebol singelo, o Inter mostrou três boas novidades no jogo de ontem:
(1) os reservas — tínhamos 6 no time — correram todo o tempo;
(2) tivemos contra-ataque;
(3) Juan.
E apenas isso parece ter sido suficiente contra o fraco Figueirense. Pois novamente jogamos miseravelmente. Mas digo com sinceridade, Guto: Parabéns! Tua estratégia de colocar reservas em forma para jogar deu certo. O futebol exige igualdade física para que possa aparecer quem tem mais futebol, mesmo que daquele nosso jeito desajeitado.
A suada vitória deixou-nos na quinta posição, com oito pontos, a três de distância do líder Juventude. No sábado (10/6), o jogo será contra o quase lanterna e aflito Náutico, às 16h30, no Beira-Rio.
Na noite chuvosa de ontem, em Porto Alegre, éramos uns dez cães molhados assistindo o jogo no bar de meu eterno sofrimento. O gol de Cuesta quase não foi comemorado. Olhamos uns para os outros e um colorado nada delirante disse: “Logo eles empatam”. Não deu outra. Em falha de Carlinhos — que, aliás, falhou durante todo o jogo –, o Figueira empatou ainda no primeiro tempo. E quis nos pressionar. Só que desta vez tínhamos o contra-ataque, figura tão ausente nos últimos meses quanto o bom futebol.
Não preciso descrever a partida, vocês todos sabem e há os melhores lances abaixo, então vou direto para as conclusões.
Carlos e Carlinhos… Olha, juntos, os nomes já indicam que talvez fizessem sucesso no sertanejo secundarista. Já como jogadores de futebol… Após perder aquele gol inacreditável contra o Juventude, Carlos mostrou-se rapidíssimo em estragar vários contra-ataques promissores com passes infantis. O bom Pottker do segundo tempo já estava puto com ele.
E Carlinhos é o clássico lateral que não marca, fato só aceitável se o cara atacar como um Júnior do Flamengo e da Seleção, um Marcelo do Real Madrid, um Roberto Carlos ou Marinho Chagas, porque estes exigiam serem marcados, o que inverte tudo.
Gostei da segurança de Danilo Silva na bola alta — acho que ele deve permanecer –, e da entrada de Juan, que fez um esplêndido lançamento para Pottker servir a Diego no segundo gol. Charles esteve mais ou menos bem e Brenner afundou de novo. O que houve com ele?
O resultado causa certo alívio, mas há que ter sequência. A Série B é uma barbada para quem joga futebol. O nível técnico é rasante. Só que, sem jogar futebol, até uma partida de Casados x Solteiros no Parque Saint-Hilaire é complicado, e nem falo dos assaltos. Então, Guto, o negócio é deixar o grupo no nível físico dos outros times e jogar um pouquinho. Ah!, e se esforçar como os adversários. Não é muito.
É mais ou menos como eu me sinto todos os dias, à exceção dos finais de semana. Um cara correndo como um louco contra um fundo escuro.
Ao meio-dia, almoço rapidamente para subir até a Biblioteca Pública a fim de ler por 30 min. É a salvadora “pausa de mil compassos”, mas sem ver a meninas e com um livro nos braços (Obrigado, Paulinho da Viola!). E sigo vivendo com a impressão de que, de certa forma, sou sempre ultrapassado por minha pressa, e que vou apenas existindo dentro dos dias.
Hoje pela manhã, vi o e-mail da Lu Vilella indicando a compra de “A Montanha Mágica”, relançado pela Companhia das Letras. Lembro vagamente das reflexões sobre o tempo que há no início do romance e de como este se move, estica e contrai-se. Atualmente, ele parece diminuto, mas agora, terça-feira ao meio-dia, parece que já estou há uns quatro dias nesta semana. E faltam horas. E sobra cansaço.
Muita gente lamentando a “atividade” do Colégio Luterano de Novo Hamburgo (IENH) “Se nada mais der certo”. Tem gente reclamando até porque o Colégio é gaúcho e isto seria uma vergonha para o Estado… Olha, tem tanta coisa ruim no RS além do elitismo cafona… Tanto, mas tanto atraso — e me incluo nisso! E vejam bem: o ensino particular do IENH é tão ruim que os caras não vieram vestidos de professores ou jornalistas, só de lixeiros, atendentes do McDonalds, mecânicos, petistas, etc. Alguém diga a esses adolescentes que eles não precisam se preocupar, só os pobres se ralam no Brasil. Eles nasceram a salvo das profissões que consideram degradantes. Beijos nos corações de todas essas crianças!
Bem, Guto, o Inter está uma bagunça, a começar fora do campo. A única coisa positiva da gestão Piffero foi a decisão de que a preparação física não mais seria uma atribuição da equipe do técnico contratado, mas algo de responsabilidade do clube. Não temos nenhum grande futebol para mostrar, mas também não temos preparo físico.
Deves ter visto que o jogo de sábado foi apenas a continuidade do Inter sob Zago. Abrimos o placar contra o ABC e , no final, tomamos um sufoco e cedemos o empate. Contra o Paysandu não corremos nada e perdemos. Abrimos o placar contra o Palmeiras e, no final, tomamos um sufoco e cedemos o gol que nos desclassificou. E, contigo, abrimos o placar contra o Juventude e, no final, tomamos um sufoco e cedemos o empate. Ou seja, com Zago, repetimos a tragédia que já tinha ocorrido na época de Aguirre: estamos muito atrás dos outros times em termos físicos. E todos os adversários sabem disso.
Mas este é apenas o primeiro problema, talvez o principal, mas… Tu viste que, quando estamos bem fisicamente, no primeiro tempo, também não jogamos quase nada. Não temos dinâmica de jogo, aproximação, nossos cruzamentos são inúteis, todos para o goleiro adversário se consagrar, e isto até é compreensível tendo em vista os recentes fracassos de nossos treinadores, mas nada explica a insistência com Léo Ortiz. Trata-se de um bom rapaz colorado, mas isso eu também sou e quero ser escalado como zagueiro. Aliás, esse moço me parece mais dotado para ser volante. A direção não contratou o experiente Danilo Silva? Não seria a hora de ele entrar para formar a zaga ao lado de Victor Cuesta? Será que Danilo sabe que, nos cruzamentos, marca-se o jogador e só depois a bola?
Te desejo boa sorte, Guto. Espero que tu voltes a olhar para a base. O Inter B fez 15 jogos esse ano. Ganhou 13 e empatou 2. Deve ter uns dois ou três jogadores aproveitáveis lá. A direção gosta de gastar dinheiro, mas eu olharia para as divisões inferiores. É claro que agora seria sacanagem trazer gente de lá. Seria como tirar os guris de uma sala confortável para colocá-los em uma casa incendiando. Só o Winck poderia vir agora. Aliás, ele tem jogado como meia e tu sabes que só temos Dale e o improvisado Uendel para jogar ali, né?
E a Série B é uma barbada. É só jogar um pouquinho, só que sem jogar não vai mesmo.
Não sei como tu vais fazer. Não há tempo para treinar e, pelo que noto, nenhum projeto sério a não ser contratar loucamente. Vais precisar de sorte, repito.
Confiram abaixo, nas fotos do meu amigo Fernando Guimarães, a tranquilidade do bairro neste momento, 24h após o término de chuvas que, ao menos no Bomfim, não causou falta de luz. Uma raridade. Fernando tirou a foto desde sua janela, de onde pode ver a placidez da paisagem.
KOSICE, Eslováquia – Sobre suas pequenas cabeças, os recém-nascidos na sala de maternidade usam fones de ouvido estereofônicos e suas minúsculas mãos parecem se movimentar no ritmo da música. Desde as primeiras horas de suas vidas, os bebês estão sintonizados com Mozart dentro do hospital Kisica-Saca, leste da Eslováquia.
Não se trata de uma experiência para a criação de uma geração de gênios musicais. As crianças escutam o compositor clássico para o estímulo de suas funções físicas e mentais graças aos benefícios da musicoterapia. O trauma do nascimento é “extremamente estressante para o bebê”, disse Slanka Viragova, médica responsável pela unidade de maternidade do hospital que lançou o projeto de música. “No útero, a criança ouve o coração da mãe bater, o que representa uma fonte de proteção e boas sensações. Colocamos o bebê para ouvir a música, assim ele pode se lembrar de sua mãe no período imediatamente após o seu nascimento, quando já não está mais com ela”, disse.
Numa sala onde as paredes e as janelas são cobertas de desenhos de animais de contos-de-fada, cerca de vinte crianças em duas filas de berços ouvem música e dormem calmamente. Perto de um outro quarto com incubadoras, crianças prematuras e aquelas com problemas de saúde também são expostas à música de Mozart, que tem se mostrado útil na estabilização de suas respirações, disse Viragova. “Em geral, a musicoterapia ajuda o bebê a ganhar peso, a se livrar do estresse e a lidar melhor com a dor”, afirmou.
Viragova disse ter usado a terapia da música com seus próprios filhos, que agora são adolescentes, quando eram bebês. Novamente a escolha musical foi Mozart. “Descobriram que a música de Mozart produz um efeito muito positivo no desenvolvimento do quociente de inteligência (QI)”, disse ela. No hospital, os recém-nascidos ouvem diariamente de cinco a seis vezes ao dia um trecho de 10 minutos de um dos trabalhos clássicos de Mozart, uma composição para piano executada pelo pianista francês Richard Clayderman (COMO É QUE É????), ou uma mistura de sons naturais da natureza ou qualquer outra música calma.
“A música é muito leve e relaxante. Sua intensidade está entre 30 a 50 decibéis, que podem ser comparados ao som de passos normais ou de uma porta sendo aberta”, disse. Na maior parte do tempo, a música é reproduzida no aposento inteiro e também ajuda a aliviar o estresse das enfermeiras, que cuidam de 20 a 30 bebês.
Mas os aposentos do hospital também são equipados com um conjunto sistemas estereofônicos; assim, quando as crianças estão com suas mães, podem ouvir juntos a músicas calmas escolhidas pela mãe. O projeto de musicoterapia começou cerca de dois anos atrás e foi bem recebido pelos expectantes e novas mães.
“Certamente trata-se de uma ideia muito boa e que afeta o bebê de uma forma muito positiva”, disse Lívia Oliarova, 30, que acabou de dar à luz a seu segundo filho, Adrian. “Definitivamente continuaremos a fazê-lo ouvir música em casa”, acrescentou. Atualmente, o hospital Kosice-Saca está fazendo bastante barulho. Algumas mulheres estão preparadas para viajar muitos quilômetros para darem à luz neste hospital.
Seria Viragova apenas uma mozartófila ou há ciência nisto?
Tudo certo, mas se agora você já sabe tudo sobre o Efeito Mozart — o poder transformador da música na saúde, educação, bem-estar, etc. –, aposto não ouviu falar destes outros efeitos que encontrei há anos num site.
Importante: acabo de dobrar o número de efeitos do site e de apimentar os originais:
EFEITO PAGANINI: a criança fala muito rápido e em termos extravagantes, mas nunca diz nada importante.
EFEITO BRUCKNER: a criança fala bem devagar e se repete com frequência. Adquire ureputação de profundidade.
EFEITO WAGNER: a criança se torna megalomaníaca e sonha com coleguinhas narigudos e cinzeiros. Há a chance de que se case com sua filha (ou irmã).
EFEITO MAHLER: a criança grita sem parar – a plenos pulmões e por várias horas -, dizendo que vai morrer.
EFEITO HAYDN: a criança é feliz, felicíssima. Mesmo quando vai à missa.
EFEITO SCHOENBERG: a criança nunca repete uma palavra antes de usar todas as outras palavras de seu vocabulário. Às vezes fala de trás para diante. Com o tempo, as pessoas param de lhe prestar atenção. A criança passa a reclamar da burrice dos outros, que são incapazes de entendê-la.
EFEITO RICHARD STRAUSS: a criança sempre pede para comer o último doce. Quando termina procura por mais últimos.
EFEITO BOULEZ: a criança balbucia bobagens o tempo todo. Depois de um tempo, as pessoas param de achar bonitinho. A criança não está nem aí, porque seus colegas acham que ela é o máximo.
EFEITO TCHAIKOVSKI: os meninos abandonam seus carrinhos e passam a brincar de boneca.
EFEITO IVES: a criança desenvolve uma habilidade fenomenal para manter várias conversas diferentes ao mesmo tempo.
EFEITO PHILIP GLASS: a criança costuma dizer tudo de novo de novo de novo de novo de novo de novo de novo de novo de novo de novo de novo de novo.
EFEITO STRAVINSKY: a criança tem uma pronunciada tendência a explosões de temperamento selvagem, estridente e blasfemo, que frequentemente causam pandemônio na escolinha.
EFEITO NYMAN: a criança começa bem mas depois só repete o que os coleguinhas de aula disseram. Ao final, você nunca sabe o que saiu de sua cabecinha e o que saiu da dos outros.
EFEITO BRAHMS: a criança fala com maravilhosa gramática e vocabulário desde que suas frases contenham múltiplos de 3 palavras (3, 6, 9, etc.). No entanto, suas frases de 4 ou 8 palavras são bobas e pouco inspiradas.
EFEITO STOCKHAUSEN: a criança chama Osama bin Laden de tio.
E, claro, o EFEITO JOHN CAGE: a criança não fala nada por 4 minutos e 33 segundos. É a criança preferida por 9 entre 10 professores.
It was twenty years ago today Sgt. Pepper taught the band to play Início da letra da canção “Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band”
Lembro da virada dos anos 60 para os 70. Eu tinha 12 anos e lia uma monte de revistas sobre música. E elas diziam que os melhores discos da década que findava eram Sgt. Pepper’s, dos Beatles, Tommy, do The Who e Days of Future Passed, dos Moody Blues. The Who fez Quadrophenia em 1973, limpando Tommy da memória. Os Moody Blues sumiram no esquecimento e há muita gente boa que prefere os álbuns do Pink Floyd da época de Syd Barrett, ou Ummagumma ou mesmo o White Album, Revolver, Rubber Soul ou Abbey Road, dos Beatles, como os melhores daquela década.
O fato é que Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band não foi simplesmente o oitavo disco de uma das principais bandas de todos os tempos, foi aquele que se cristalizou em nossa memória com aquela coloridíssima e maravilhosa capa — uma das mais fortes marcas iconográficas da banda. Foi o disco que deu respeitabilidade ao rock em 1967, ano dos discos de estreia dos The Doors, dos Velvet Underground, de Jimi Hendrix e do Pink Floyd. Um grande ano.
Paul McCartney disse que Sgt. Pepper`s foi um álbum tão importante que, por vezes, as pessoas conhecem mais sua reputação do que a própria música que ele contém.
Como é comercialmente inevitável, 50 anos depois Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band ressurge em nova edição remasterizada, trabalho de Giles Martin, filho do produtor dos Beatles, George Martin, falecido em 2016, aos 90 anos. Como é habitual nestas ocasiões, será redistribuído em vários formatos: em disco único (vinil ou CD), em álbum duplo cheio de extras e em seis CDs — com mais extras ainda — mais um DVD chamado The Making of Sgt. Pepper.
Tudo era mono quando Sgt. Pepper foi lançado. O estéreo era uma novidade. Em 1967, foram dedicados três meses para encontrar o equilíbrio sonoro perfeito do álbum – em mono. Mas o disco foi lançado em estéreo após um trabalho de apenas três dias. Não ficou muito bom, mas o trabalho foi refeito só agora.
Em abril de 1967, finalizadas as 700 horas de produção do álbum (quatro anos antes, Please, Please Me, o primeiro álbum, demorara somente treze horas para ser gravado), pouco restava do conceito original. Da ideia inicial ficara somente Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band, a canção de abertura em cujo final era apresentado o único personagem, Billy Shears (e Ringo entra cantando With a little help from my friends) e a famosa capa, criada por Peter Blake.
O álbum foi lançado em 1º de junho de 1967 e o incrível foi que, no dia 4 de junho, no teatro Saville em Londres, Jimi Hendrix abriu seu show cantando Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band. O próprio Paul McCartney dera-lhe uma cópia do disco no dia anterior… Hendrix enlouquecera ouvindo o álbum.
Sgt. Pepper`s foi o primeiro disco em que os artistas tiveram tempo ilimitado de estúdio. Sem shows, livres dos constrangimentos impostos pela vida ultra pública e por serem “mais famosos do que Jesus Cristo”, eles tiveram calma para explorar o orientalismo em Within you and without you, o psicodelismo em Fixing a hole, o LSD em Lucy in the sky with diamonds. Voltaram-se para a Inglaterra de ontem e transformaram um velho cartaz de circo do século XIX no carnaval surrealista da admirável Being for the benefit of Mr. Kyte. Viraram-se para a Inglaterra do seu tempo e nasceu o rock fundado em tédio urbano de Good morning (“I’ve got nothing to say, but it’s ok”, canta Lennon). E nasceram as obras-primas With a little help from my friends e She`s leaving home, além de um esplêndido foxtrot nostálgico, When I`m sixty-four. E esse portento, ainda hoje inacreditável pelo gênio da produção e composição, que é A day in the life (versos inspirados na leitura do Daily Mail).
Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band foi elogiado e reverenciado pelas engenhosas técnicas de estúdio e pela forma como conjugava diferentes expressões musicais – rock’n’roll, pop music-hall, psicodelismo, música concreta, música indiana, pop. Impôs o álbum como unidade, não como conjunto de canções sem ligações entre si, e deu respeitabilidade às palavras cantadas – as letras surgiram impressas na contra-capa pela primeira vez.
Enquanto marco musical e cultural, manteve-se incontestado durante longos anos, surgindo uma vez após outra no topo das listas de melhores discos de sempre. Com o tempo, porém, começaram a surgir as fissuras. Revolver, Rubber Soul e Abbey Road, ainda no século passado, ganhavam vantagem como álbuns superiores.
Ainda assim, em 2017, seu simbolismo mantém-se incontestável. Tentemos ouvi-lo simplesmente. Teremos perante nós o álbum de uma banda que conjugou de forma admirável o pulsar do presente com uma profunda nostalgia. Numa época em que se utilizava como slogan contracultural o “não confie em ninguém com mais de 30 anos”, os Beatles gravavam She’s leaving home, desarmante de tão comovente, com tanta empatia pela filha que foge quanto pelos pais destroçados que ficam para trás.
Vamos ouvi-lo 50 anos depois. Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band, esse “momento decisivo na história da cultura ocidental”, pode ser simplesmente um disco, como diz Paul McCartney. Um magnífico disco.
O Inter voltou a jogar bem contra o Palmeiras, voltou a sentir a falta de preparo físico — o time morre aos 20 minutos do segundo tempo –, voltou a se retrair quando achou que estava classificado — maldito cacoete adquirido com Argel e que foi o responsável pela nossa queda para a Série B –, voltou a perder a disputa em razão do item anterior e Nico López voltou a desperdiçar oportunidades. O gol marcado pelo Palmeiras ao final da partida deu-lhes a vaga e agora nossa vida é a Série B e a Primeira Liga.
Por favor, esqueçam a Primeira Liga, nossa vida é a Série B.
E lá estamos com dificuldades de vencer em razão da falta de articuladores. Só D`Alessandro faz isso. Aliás, ontem Edenílson jogou muito e auxiliou Dale na função. É um caminho.
Mas a Copa do Brasil já era. Creio que Guto Ferreira possa ter feito boas observações no jogo de ontem. O preparo físico precisa melhorar, a dedicação tem de ser a mesma e o time tem que reaprender a evitar as viradas dos adversários tocando a bola e não recuando e dando chutões.
Afinal, reza a Lei de Marcelo Bielsa:
O time que abdica de jogar com a bola, multiplica o número de bolas que o adversário terá.
A qual pode ser completada pela Lei de Andrade. O ex-grande jogador e treinador do Flamengo dizia:
O time que está sem a bola corre o dobro.
Há também uma Lei de Cruyff, que diz:
Há apenas uma bola em campo, então você precisa tê-la.
Sem estas três considerações razoavelmente cumpridas e mais um bom preparo físico, vai ser complicado.
Agora as coisas estão bem claras. Há 35 jogos da Série B até o final do ano. O resto é bobagem.