Francisco Marshall é Cidadão Emérito de Porto Alegre

Em cerimônia realizada ontem na Câmara de Vereadores de Porto Alegre, sob as bênçãos e proteção de Deus, meu amigo Francisco Marshall — cujos títulos evito citar porque poderia me confundir — recebeu mais um: o de Cidadão Emérito de nossa cidade. A honraria é merecidíssima a quem tanto faz pela cultura em nossa cidade. Trata-se de uma pessoa multifacetada. Não conheço o acadêmico da Ufrgs, mas, espreitando os fatos do cara ser do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, do Instituto de Artes da Universidade e ainda membro da Academia Nacional de Ciências de Buenos Aires, fico meio pensativo. Conheço melhor seu trabalho no StudioClio, um autêntico um oásis cultural numa cidade retraída como a nossa. Um oásis que, diga-se de passagem, não lhe dá nenhuma contrapartida financeira, até pelo contrário — o que não estou autorizado a comentar, mas não consigo deixar de opinar: trata-se de um espetacular absurdo e uma comprovação de que Porto Alegre não deve jactar-se com muita minúcia. E conheço ainda melhor o amigo que frequenta nossa casa e que frequento. Legítimo representante de Dioniso, sua atividade como divertido e gentil interlocutor, amante da boa mesa, da cerveja, dos vinhos e dos charutos, entre outras coisas, é sem dúvida a faceta com a qual mais convivo. Vou deixar passar as facetas do pianista e compositor, tá?

A honraria foi entregue, coincidentemente, na data de seu aniversário, o qual costuma ser referido por ele como a Data Máxima do Paganismo Meridional. E foi.

Parabéns, Chico!