Bamboletras recomenda “Abandonar um gato” de Murakami, CDs de Vitor Ramil e ainda Pilar Quintana

Bamboletras recomenda “Abandonar um gato” de Murakami, CDs de Vitor Ramil e ainda Pilar Quintana

A newsletter desta quarta-feira da Bamboletras.

Haruki Murakami (1949)

Olá!

Calma gente, o gato acaba bem. O novo Murakami, Abandonar um gato, é formado por cenas corriqueiras da infância e da juventude do autor. Ao longo da narrativa, Murakami também traz à tona traumas familiares e de guerra, além contar sobre sua relação com o pai, com quem passou anos sem contato. Um baita livro! Também recebemos vários CDs — saudades dos CDs, né, gente? — de Vitor Ramil e recomendamos Os Abismos, de Pilar Quintana.

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Abandonar um gato (o que falo quando falo do meu pai), de Haruki Murakami (Alfaguara, 112 páginas, R$ 64,90)

“Claro que tenho muitas lembranças do meu pai. É natural, considerando que vivemos sob o mesmo teto de nossa casa não exatamente espaçosa desde o momento em que nasci até sair de casa aos dezoito anos. E, como é o caso da maioria das crianças e pais, imagino, algumas das minhas lembranças do meu pai são felizes, outras nem tanto. Mas as memórias que permanecem mais vívidas em minha mente agora não se enquadram em nenhuma das categorias; envolvem eventos mais comuns. Quando morávamos em Shukugawa, um dia fomos à praia para nos livrar de um gato. Não um gatinho, mas uma gata mais velha. Por que precisávamos nos livrar disso, não me lembro. (…) Em casa, descemos da bicicleta – discutindo como sentimos pena do gato, mas o que poderíamos fazer? – e quando abrimos a porta da frente o gato que acabamos de abandonar estava lá, nos cumprimentando com um miado amigável.”

CDs de Vitor Ramil — Campos Neutrais / Avenida Angélica / Ramilonga – A Estética do Frio / Foi no mês que vem (coletânea)

Com preços variando entre R$ 39,90 a R$ 59,90, recebemos boa parte da obra de Vitor. Ele precisa de apresentação? Compositor, letrista, cantor e escritor brasileiro, nascido em Pelotas, Ramil é autor de doze álbuns, um melhor do que o outro. “Avenida Angélica” é seu último trabalho, onde ele coloca música em poemas de Angélica Freitas. “Foi no mês que vem” é uma coletânea de trabalhos anteriores regravadas por convidados especiais como Fito Páez, Jorge Drexler, Milton Nascimento, Ney Matogrosso, Pedro Aznar, os manos Kleiton e Kledir, a cantora Kátia B, o percussionista Marcos Suzano, o violonista argentino Carlos Moscardini e, entre outros, as revelações da nova geração porto-alegrense Bella Stone e seu filho Ian Ramil. Smos apaixonados por “A Estética do Frio”. Nossa que CD bom!!! Explora nossas rapizes de um modo muito especial. Para completar “Campos Neutrais” foi indicado ao Grammy Latino na categoria de “Melhor Álbum de Música Popular Brasileira”. É mole?

Os Abismos, de Pilar Quintana (Intrínseca, 270 páginas, R$ 69,90)

A menina Claudia mora com os pais em Cáli, na Colômbia, em um apartamento tomado por plantas. O ambiente, exuberante e bem cuidado, é um contraste, uma oposição à mãe indiferente que está em conflito com os caminhos de sua própria vida. Como muitas famílias, a de Claudia passa por uma crise, e basta o casamento de seus pais estremecer para que ela comece a entender a fragilidade dos limites que mantêm seu cotidiano. A partir da expectativa e de seu olhar atento e ao mesmo tempo inocente de criança, é a menina que narra os acontecimentos que abriram as fendas por onde entraram seus piores medos, aqueles que são irreversíveis e podem levar à beira dos abismos.

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Bamboletras recomenda só livros sensacionais

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A newsletter desta quarta-feira da Bamboletras.

Silvina Ocampo (1903-1993)

Olá!

Ah, vocês pensam que a gente está exagerando? Pois não estamos não. Estamos indicando o início da Quadrilogia das Estação de Karl Ove Knausgård, o segundo livro lançado no Brasil da grande Silvina Ocampo e o delicado relado dos dias finais de García Márquez (com fotos). Viram? Não estávamos brincando! Veja abaixo!

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Outono, de Karl Ove Knausgård (Cia. da Letras, 208 páginas, R$ 69,90

Quem leu a série Minha Luta, sabe que Karl Ove Knausgård faz descrições como ninguém. E agora ele retorna com uma sensível e encantadora Quadrilogia das Estações. Outono, primeiro volume da nova série, é uma coletânea da aguçada observação do autor sobre a vida que o cerca. “28 de agosto. Agora, enquanto escrevo, você não sabe nada a respeito de nada – o que a espera, em que tipo de mundo você há de surgir.” Assim começa Outono: com uma carta de Karl Ove Knausgård para a filha que ainda não nasceu, contando-lhe o que deve esperar ao vir à luz. Com breves capítulos que tratam do mundo material e natural, ele descreve os mais diversos elementos com a precisão e a intensidade hipnotizantes que se tornaram sua marca. De forma sensível, relata também os dias ao lado de sua esposa e de seus filhos na zona rural da Suécia, baseando-se nas memórias de sua própria infância para dar uma perspectiva inigualável sobre a relação entre pais e filhos. Nada é pequeno ou grande demais para escapar de sua atenção.

As Convidadas, de Silvina Ocampo (Cia. das Letras, 264 páginas, R$ 79,90)

Segundo livro da autora argentina publicado no Brasil, As Convidadas reúne 44 contos breves em que fantasmas emergem de fotos, crianças surdas-mudas criam asas e o absurdo irrompe de fatos e objetos cotidianos para destroçar a monotonia das relações familiares. Uma das escritoras fundamentais do século XX, Silvina Ocampo vem sendo revalorizada com entusiasmo nos últimos anos. Seu nome é cada vez mais citado como referência por uma nova geração de autoras que tem alcançado protagonismo nas letras latino-americanas, e sua obra começa a sair da sombra de figuras como Adolfo Bioy Casares e Jorge Luis Borges, que faziam parte de seu grupo literário em Buenos Aires. As Convidadas, lançado originalmente em 1961, é considerado emblemático em sua maturidade estilística. As obsessões da escritora, como as crianças que agem de maneira enigmática e muitas vezes parecem mimetizar os adultos, chegam-nos já no primeiro conto, “Assim eram seus rostos”, até atingirem uma apoteose no texto que dá título ao livro. Nele, um garoto enfermo é deixado a sós com a empregada em seu aniversário de seis anos, quando recebe como convidadas meninas estranhíssimas, vindas sabe-se lá de onde. O desfecho é uma síntese do humor absurdo presente na prosa de Silvina, sempre atravessada por elementos insólitos e perturbadores.

Gabo & Mercedes: Uma despedida, de Rodrigo García (Record, 112 páginas, R$ 64,90)

O relato íntimo dos últimos dias de um dos maiores autores da literatura mundial, Gabriel García Márquez, e de sua esposa e musa inspiradora Mercedes Barcha, escrito pelo filho mais velho do casal, Rodrigo García. Em 2014, aos 86 anos, Gabriel García Márquez, um dos escritores de língua espanhola mais queridos do mundo e vencedor do Prêmio Nobel de Literatura, pegou um resfriado. “Desta, a gente não sai”, disse Mercedes Barcha, sua esposa havia mais de cinquenta anos, a Rodrigo, filho mais velho deles. Para tentar dar sentido ao período difícil que a família teria pela frente, Rodrigo começa a colocar em palavras detalhes daqueles dias que ficariam para sempre em sua lembrança. O resultado é uma crônica forte e emocionante dos últimos momentos do mestre latino-americano e de sua musa inspiradora, que nos deixou seis anos depois de perder seu amado Gabo. Com talento, respeito e delicadeza, Rodrigo García traça um retrato comovente e revelador de uma família que sofre com a perda de um ente querido e transforma uma das mentes mais brilhantes da literatura internacional em um memorável protagonista. Em um encarte com fotos, ele relembra os dias de glória do pai como escritor, momentos marcantes do casamento dele com Mercedes e da vida em família.

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Bamboletras recomenda Jessé, Sidarta e poesia

Bamboletras recomenda Jessé, Sidarta e poesia

A newsletter desta quarta-feira da Bamboletras.

Olá!

Desta vez, excepcionalmente, não recomendaremos nenhum livro de ficção, mas dois ensaios brasileiros e um livro de poesia em edição bilíngue. O de Jessé Souza fala de como o povo brasileiro foi estigmatizado por seus intelectuais. Sidarta Ribeiro fala sobre o fim do mundo e isto não é uma metáfora. Já a Prêmio Nobel Louise Glück vem com belos poemas que não chegam a ser leves, mas que se viram bem na escuridão (leia abaixo).

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Brasil dos Humilhados, de Jessé Souza (Civilização Brasileira, 252 páginas, R$ 39,90)

Com texto de fácil leitura, Brasil dos Humilhados mostra as bases elitistas do pensamento social brasileiro dominante. Aquele mesmo que culpa o povo, supostamente inferior, pelas mazelas do país. O livro expõe como as elites econômicas e políticas se apropriam dos “intelectuais” para aumentar seu domínio sobre a população. Essa visão depreciativa do povo brasileiro foi determinada pelas ideias dos intérpretes mais importantes do país, como Sérgio Buarque de Holanda, e trazida até a atualidade por outros pensadores fundamentais, como Raymundo Faoro e Roberto DaMatta, influenciando a maior parte da inteligência nacional até hoje. Com esta legitimação científica, tal tolice se alastrou por toda a sociedade: das elites industriais, financistas e da mídia aos partidos políticos, da direita à esquerda. Isso fez com que crescessem estigmas sobre a suposta corrupção do povo, sobre a miséria criada por culpa própria e sobre a preguiça, criando uma autoimagem do Brasil como nação sem futuro e da percepção dos brasileiros como seres desprovidos de virtudes.

Sonho Manifesto, de Sidarta Ribeiro (Cia. das Letras, 204 páginas, R$ 44,90)

Mantido o rumo atual da vida na Terra, o futuro é impossível. Em seu novo livro, o autor de O oráculo da noite compartilha conhecimentos de cientistas, pajés, xamãs, mestras e mestres de saber popular, artistas e inventores que nos lembram da importância de sonhar coletivamente com o futuro do planeta. Há cerca de 100 mil anos, um grupo da espécie Homo sapiens fundou a linhagem que veio a conquistar todo o planeta. Uma estirpe violenta em que os mais fortes frequentemente oprimem os mais fracos, mas que também são capazes de muito altruísmo e extremados cuidados parentais. A constatação desse paradoxo é o ponto de partida de Sidarta Ribeiro em seu novo livro. Em Sonho manifesto, o renomado neurocientista denuncia a profundidade da crise ambiental e social ao mesmo tempo em que celebra a oportunidade única que temos hoje de expandir a consciência planetária. O caminho para esse sonho coletivo, diz o autor, é o resgate do melhor de nossa ancestralidade. Pesquisador inquieto, Ribeiro reúne dezenas de histórias de griôs da África ocidental, mestres de Capoeira, babalorixás, xamãs e pajés dos povos originários, além de dados sobre pesquisas científicas recentes e relatos das mais diversas tradições como budismo e taoismo.

Receitas de Inverno da Comunidade, de Louise Glück (Cia. das Letras, 88 páginas, R$ 49,90)

Este é o primeiro livro da poetisa após ter sido laureada com o Prêmio Nobel de Literatura de 2020. Em edição bilíngue, esta é uma coletânea enxuta, de apenas quinze poemas. Neles estão os temas que consagraram Louise Glück como uma das maiores vozes da literatura contemporânea: a solidão, a exaustão, o trauma, as descobertas da juventude e as reflexões que acompanham o envelhecimento. Seus poemas — que mesclam ensaio, ficção, mitologia, psicanálise e filosofia, na forma de épicos condensados — são capazes de iluminar as fragilidades da alma humana. Receitas de inverno da comunidade é um livro poderoso sobre a vulnerabilidade. Ao refletir sobre a finitude, Louise Glück trata de dramas individuais que são comuns a todos nós: “Nunca fui muito boa com coisas vivas./ Com luminosidade e escuridão me viro bastante bem”.

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Bamboletras recomenda duas ótimas ficcionistas um clássico sobre cinema

Bamboletras recomenda duas ótimas ficcionistas um clássico sobre cinema

A newsletter desta quarta-feira da Bamboletras.

Rachel Cusk

Olá!

Caprichamos! Desta vez sugerimos dois romances de mulheres que envolvem desejo. Desejo e mais desejo. E, ao menos em um dos casos, repressão ao desejo. Um da consagrada canadense Rachel Cusk e outro da brasileira Nara Vidal. Para complementar, uma obra clássica sobre cinema que tinha recebido apenas traduções parciais. Sim, caprichamos.

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Segunda Casa, de Rachel Cusk (Todavia, 168 páginas, R$ 62,90)

M, escritora de meia-idade e de pouca expressão, está em chamas. O fogo é uma das imagens a que ela recorre para tentar explicar os acontecimentos que abalaram a vida pacata que leva ao lado do marido na propriedade em que moram, às margens de um pântano. Quem incendiou a rotina familiar foi L, um artista plástico que se hospeda na cabana em que o casal costuma receber artistas — a segunda casa. M está obcecada por L, e deposita nele expectativas diversas. A relação intrincada dos dois se desenvolve durante essa espécie de residência artística, compartilhada também por Brett, moça que L leva consigo, e pela família de M. Num relato retrospectivo, M conta episódios da estadia de L no pântano, temperando a narrativa com reflexões e experiências do passado. No lugar da observação atenta de Faye, narradora da trilogia (Esboço, Trânsito e Mérito) que garantiu a Cusk lugar de destaque na prosa contemporânea, vemos neste romance uma mulher se contorcendo com sua subjetividade, lançando dúvidas sobre si mesma.

Cine-olho: Manifestos, Projetos e outros escritos, de Dziga Viértov (Editora 34, 704 páginas, R$ 124,00)

Autor de clássicos como a série Kino-Pravda (1922-25) e o longa-metragem O homem com a câmera (1929), Dziga Viértov (1896-1954) foi pioneiro de uma linguagem própria para o cinema e um dos principais nomes da vanguarda soviética. Durante toda a sua vida praticou e defendeu o lema de seu amigo Maiakóvski, segundo o qual não há arte revolucionária sem forma revolucionária. Embora seja um dos diretores de cinema mais influentes do século XX, Viértov teve pouquíssimos escritos publicados em nossa língua e quase sempre em traduções indiretas. O presente volume busca reparar essa lacuna, reunindo noventa textos, vários deles inéditos, entre manifestos, roteiros, artigos, projetos, cartas e poemas, todos traduzidos diretamente do russo pelo organizador Luis Felipe Labaki, acompanhados de mais de cem imagens da Coleção Dziga Viértov do Österreichisches Filmmuseum de Viena. Uma joia!

Eva, de Nara Vidal (Todavia, 112 páginas, R$ 54,90)

Eva tem o diabo no corpo. Segundo corre na família, seu nome atrai maldade e pecado. Desde criança o demônio se manifesta: no jeito que ela anda, no jeito que olha e em tudo que faz. Sua infância é uma sucessão de benzimentos e rezas, sempre na tentativa de expurgar o diabo, que teima em possuí-la. Sob o cerco e o julgamento da avó e da mãe, Eva corre pelas ruas como quer. A saia é curta demais, a blusa marca demais os peitos, a perna aparece demais. Na cidade, acredita-se que em suas veias corre sangue do demônio. A dependência afetiva de Eva pela figura materna controladora manifesta-se como padrão para os relacionamentos abusivos que a narradora vive quando adulta. Situado entre a evocação do passado e o embate com o presente áspero, Eva é um romance magistral sobre a perda, mas também sobre o acúmulo de controle e violência que pode caber na relação entre mães e filhos e entre amantes.

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Bamboletras recomenda Faróis, Ritos e um romance sobre jovens

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A newsletter desta quarta-feira da Bamboletras.

Olá!

Recebemos quase 100 exemplares do livro sobre os Faróis do Rio Grande do Sul e vendemos todos em 4 dias! O livro é deslumbrante! Neste nosso “recomenda”, este livro é acompanhado pelo relançamento de um romance do Prêmio Nobel de Literatura de 1983 William Golding e pelo surpreendente Cinco ou seis dias, um grande achado da Dublinense. Sim, o recomenda de hoje está muito bom!

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Faróis do Rio Grande do Sul, de Cláudio Tarta (Panorama Crítico, 254 páginas, R$ 100,00)

Um livro lindo e um grande sucesso! Este projeto aborda a iluminação das rotas náuticas costeiras e lacustres e o seu papel no desenvolvimento regional e econômico desde a época da Província de São Pedro do Rio Grande do Sul. O extenso registro fotográfico dos faróis da região, com enfoque nos seus aspectos artísticos e paisagísticos, além dos detalhes de sua estrutura interior e dos seus equipamentos seculares de iluminação, demonstra, de maneira inédita em nossa literatura, a preocupação com uma obra completa e que contribua para a preservação desses patrimônios históricos e arquiteturais. O livro traz, ainda, entrevista com o último descendente em atividade de uma geração de faroleiros que marcou a história do Rio Grande do Sul, resgatando essas figuras míticas que, anonimamente e com muita dificuldade, vêm dedicando suas vidas ao árduo e solitário trabalho de iluminar o caminho dos navegantes.

Ritos de Passagem, de William Golding (Alfaguara, 216 páginas, R$ 69,90)

William Golding — Prêmio Nobel e autor do clássico O Senhor das Moscas — mergulha fundo na alma humana para revelar seu lado mais sombrio. Em Ritos de passagem, vencedor do Booker Prize em 1980, o autor mescla a forma epistolar à narrativa histórica para mostrar as fissuras que surgem das diferenças de classe e de cultura. Um romance extraordinário. Em uma viagem à Austrália, no início do século XIX, Edmund Talbot mantém um diário, no qual narra suas aventuras para entreter o tio que ficou na Inglaterra. Talbot é um jovem com uma carreira promissora à frente, no serviço público da Coroa Britânica. Cheio de mordacidade e algum desprezo, ele relata o dia a dia dos marujos e oficiais e descreve os emigrantes em busca de uma nova vida. A bordo de um navio da Marinha inglesa, tripulantes e passageiros têm de conviver em um espaço exíguo, e a tensão entre eles parece cada dia maior. E, aos poucos, os companheiros de viagem começam a exibir sua verdadeira — e sombria — natureza. A situação se agrava quando o jovem e aparentemente ridículo reverendo Colley atrai a antipatia e animosidade dos marinheiros, e a vergonha e humilhação podem se tornar mais perigosas do que o próprio oceano.

Cinco ou seis dias, de Danich Hausen Mizoguchi (Dublinense, 192 páginas, R$ 59,90)

Um livro muito interessante sobre juventude e escolhas. João e Dante são dois amigos recém-saídos da universidade no despertar dos anos 2000. São idealistas e cheios de planos. Enquanto Dante acredita que pode fazer sua parte através de uma empresa inovadora, João tenta entender o mundo a partir da vivência nas ruas. De um lado, a ideia de que uma mudança real possa acontecer de dentro do sistema; do outro, o estado de constante vigilância e o medo de quem decidiu se juntar ao elo mais frágil da sociedade. Entre ideais compartilhados e ações opostas, os dois tentam manter a amizade e os sonhos enquanto lidam com a… falência das suas escolhas.

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Bamboletras recomenda Ernaux, Isabel Allende e a poesia de Gontijo Flores

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A newsletter desta quarta-feira da Bamboletras.

Annie Ernaux

Olá!

Mais um livro da ficção memorialística da excelente Annie Ernaux. Este tem início em 1963, quando Ernaux, então uma estudante de 23 anos, engravida do namorado que acabara de conhecer. Sem poder contar com o apoio dele ou da própria família numa época em que o aborto era ilegal na França, ela vive praticamente sozinha o acontecimento que tenta destrinchar neste livro quarenta anos depois. Também sugerimos o último lançamento de Isabel Allende — mais uma história super bem contada de mulheres — e também a surpreendente poesia de Guilherme Gontijo Flores.

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O Acontecimento, de Annie Ernaux (Fósforo, 80 páginas, R$ 54,90)

Em 1963, Annie Ernaux, então uma estudante de 23 anos, engravida do namorado que acabara de conhecer. Sem poder contar com o apoio dele ou da própria família numa época em que o aborto era ilegal na França, ela vive praticamente sozinha o acontecimento que tenta destrinchar neste livro quarenta anos depois, quando já é uma das principais escritoras de seu país. Com a ajuda de entradas de seu diário e de memórias há muito guardadas, Ernaux reconstrói seu périplo solitário para realizar um aborto clandestino. Ao refletir sobre a onipresença da lei e seu imperativo sobre o corpo feminino, Ernaux nos apresenta mais uma face da mescla indissociável do íntimo e do coletivo tão característica de todo o seu percurso literário. A jovem acaba na ala de emergência de um hospital. Anos se passam sem que ela tenha coragem de revisitar o episódio.

Violeta, de Isabel Allende (Bertrand Brasil, 322 páginas, R$ 59,90)

Violeta nasceu em 1920, a primeira menina de uma família com cinco filhos, quando ainda era possível sentir os efeitos da Grande Guerra a da gripe espanhola, que chegara ao seu país pouco antes do seu nascimento. A família saiu ilesa destas crises, mas não conseguiu enfrentar a seguinte. A Grande Depressão transformou totalmente a vida urbana que Violeta conhecia. Sua família perdeu tudo e foi forçada a se mudar para um local remoto. Lá, ela cresceu e terá seu primeiro pretendente. Violeta narra sua história em uma carta dirigida à pessoa que mais ama, contando decepções e casos amorosos, momentos de pobreza e riqueza, perdas e alegrias, tendo por pano de fundo grandes eventos históricos: a luta pelos direitos das mulheres, a ascensão e queda de tiranos e, afinal, não uma, mas duas pandemias.

Potlatch, de Guilherme Gontijo Flores (Todavia, 128 páginas, R$ 59,90)

Potlatch é uma palavra chinook, uma família de línguas indígenas da América do Norte. Ela define uma cerimônia em que membros do grupo investiam numa troca violenta de oferendas e presentes. O título deste livro de Guilherme Gontijo Flores de alguma maneira define sua própria lírica — ao menos neste conjunto luminoso de poemas. Dividido em quatro seções — “A parte da perda”, “Colheita estranha”, “Três estáticas” e “Cantos pra árvore florir” —, Potlatch é o breviário portátil de poemas tão meditativos quanto sensuais, tão afiados quanto encantatórios; tão pessoais quanto marcados por uma visão contundente da História e da nossa relação com a natureza que insistimos em destruir.

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Bamboletras recomenda livros pra todos os gostos (ou quase todos)

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Elsa Morante (1912-1985)

Olá!

Nesta semana, sugerimos 3 livros muito bons e diferentes entre si. Um romance da enorme Elsa Morante, um HQ baseado em um livro de grande sucesso e um clássico de sci fi de dos anos 50. Bem, tem pra todos os gostos.

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A Ilha de Arturo, de Elsa Morante (Carambaia, 384 páginas, R$ 99,90)

Elsa Morante (1912-1985) costumava dizer que, no fundo, se sentia “um menino”. E afirmou certa vez, parodiando Flaubert, “Arturo sou eu”. Referia-se ao personagem narrador de A ilha de Arturo – memórias de um garoto, uma assombrosa evocação da infância e da puberdade. Figura fundamental e singular da vida intelectual na Itália do pós-guerra, Morante não teve, em vida, o reconhecimento merecido fora de seu país, em parte pela discrição pessoal e em parte por sua história de vida, pois as luzes eram mais dirigida a seu marido, Alberto Moravia. A ilha de Arturo se passa às vésperas da Segunda Guerra Mundial em Procida, ilha na região de Nápoles em que o personagem vive uma vida de liberdade e imaginação, sem escola, mas plena de livros e natureza selvagem. A mãe do garoto de 14 anos morreu no seu nascimento e o pai, Wilhelm Gerace, que ele idolatra acima de todas as coisas, passa grande parte do tempo em viagens misteriosas que alimentam os devaneios de Arturo. Um grande livro!

Tragédia da Rua da Praia, de Rafael Guimaraens e Edgar Vasques (Libretos, 60 páginas, R$ 45,00)

Tragédia da Rua da Praia, de Rafael Guimaraens, relata uma história real ocorrida em setembro de 1911. Quatro misteriosos estrangeiros assaltam uma casa de câmbio na Rua da Praia e se envolvem em uma fuga enlouquecida pelo Centro de Porto Alegre, a pé, de carruagem, de bonde e até a bordo de uma carrocinha de leiteiro. O episódio abala profundamente o cotidiano da cidade, suscitando pânico na população, disputas políticas e guerra de versões entre os jornais. Enquanto os ladrões são perseguidos, dois empresários produzem um filme que irá estrear dez dias após o assalto em quatro sessões diárias no Cine-Theatro Coliseu. Lançado em 2005, o livro Tragédia da Rua da Praia venceu o prêmio “O Sul, Nacional e os livros”, escolhido pela Câmara Rio-grandense do Livro como melhor narrativa longa. Aqui, a história recebe uma versão em quadrinhos, com desenhos do grande ilustrador Edgar Vasques.

A Nuvem Negra, de Fred Hoyle (Todavia, 272 páginas, R$ 76,90)

Um clássico. Cientistas do Observatório Palomar, na Califórnia, fazem trabalhos de rotina quando são surpreendidos por uma descoberta preocupante. Uma gigantesca nuvem negra de escala planetária está obliterando a luz das estrelas. E, se obliterar a luz do sol, aniquilará a vida no planeta, causando uma extinção pior do que a que extinguiu os dinossauros. Em um misto de hard sci fi com distopia, A Nuvem Negra, publicado em 1957, fala da rotina do trabalho científico e das consequências para a humanidade ao ignorar os avisos da ciência. Hoyle não hesita em tratar dos aspectos mais devastadores do evento que se avizinha, sem deixar de pensar nos tomadores de decisão e nas pessoas que serão impactadas.

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Bamboletras recomenda três livros de mulheres

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Olá!

Não foi planejado, fomos pegando na loja três livros que achávamos relevantes para divulgar e o trio final foi de pequenos livros escritos por mulheres. Seria de mau gosto usar o lugar-comum de dizer que trata-se de três pequenos grandes livros? Bem, é o caso.

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Ao pó, de Morgana Kretzmann (Patuá, 157 páginas, R$ 40,00)

Vencedor do Prêmio São Paulo de Literatura, este romance de estreia de Morgana Kretzmann narra a história de Sofia, jovem nascida em uma cidadezinha do interior do Rio Grande do Sul que sofreu abusos sexuais por parte de um tio em sua infância. Já na adolescência, quando percebe que o mesmo tio também está abusando de sua irmã mais nova, Sofia decide fugir de sua cidade natal. Alternando idas e vindas no tempo, acompanhamos a trajetória de Sofia em sua juventude, em especial entre os anos de 2006 e 2014. Morando no Rio de Janeiro, consegue se aprumar, aos poucos, porém, vamos percebendo o quanto é difícil apagar as chagas do abuso sofrido no passado, sendo presa fácil para novos abusos físicos e psicológicos, sempre agarrada à esperança de acertar as contas com o passado.

Escute as feras, de Nastassja Martin (Editora 34, 112 páginas, R$ 46,00)

Estudiosa do Grande Norte subártico, a antropóloga francesa Nastassja Martin viaja em busca dos even – mais precisamente, de algumas famílias even que, tomando distância da vida na Rússia pós-soviética, preferem voltar a viver no coração das florestas siberianas. A rotina do trabalho de campo vai avançando como quer a disciplina etnográfica, com os cadernos se enchendo de anotações. Mas alguma coisa a mais parece estar em gestação, alguma coisa que por fim eclode na forma de um incidente — ou, quem sabe, de um encontro — entre a antropóloga e um urso. É a partir desse acontecimento inesperado que Martin tece a trama de Escute as feras, em que a experiência vivida alimenta uma reflexão vertiginosa sobre o humano e o natural,

O verão selvagem dos teus olhos, de Ana Teresa Pereira (Todavia, 112 páginas, R$ 54,90)

Dona de uma prosa elegante, Ana Teresa Pereira retoma a história de Rebecca de Winter imortalizada nas páginas do romance de Daphne du Maurie, no clássico filme de Alfred Hitchcock e, mais recentemente, em uma nova produção cinematográfica. A autora conta a trajetória de Rebecca antes do casamento com Max de Winter, o herdeiro empertigado de Manderley a quem a personagem conheceu e por quem se apaixonou quando muito jovem. O verão selvagem dos teus olhos constitui-se numa engenhosa peça da ficção contemporânea. É uma viagem por um tempo e um universo que sempre habitarão o coração dos leitores. Quem leu o Rebecca de du Maurier (ou viu o filme de Hitchcock) sabe do que falamos… Vale a pena.

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Bamboletras recomenda uma obra-prima, um Faraco e um suspense

Bamboletras recomenda uma obra-prima, um Faraco e um suspense

A newsletter desta quarta-feira da Bamboletras.

Olá!

Quem leu Hífen sabe. É uma obra-prima da portuguesa Patrícia Portela.  Merece ser lido e relido. Mas esta semana temos também um livro de crônicas de Sergio Faraco e o premiado romance de estreia da excelente Ottessa Moshfegh, de quem já tivemos outros livros na Bamboletras.

Boa semana com boas leituras!

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Hífen, de Patrícia Portela (Dublinense, 256 páginas, R$ 59,90)

Uma obra-prima, não deixamos por menos. Hífen é um romance muito conectado com o que vivemos agora. É sobre uma epidemia, sobre maternidade, sobre deportados, sobre tecnologia. É também uma distopia, mas não é aquela distopia que desconsidera aspectos psicológicos e humanos para se apoiar apenas em tecnologia, autoridade e opressão. Não, é uma distopia a ser espreitada aos poucos, através dos depoimentos pessoais de suas narradoras e, mesmo que uma delas seja uma androide, tudo está encharcado em humanidade. Acontece que as crianças da Flândia, naquela idade em que recém foram alfabetizadas, entre os 8 e os 12 anos, começam súbita e estranhamente a dormir. Todas elas caem numa espécie de coma, como o descrito nesta notícia real, só que as de Flândia… A princípio, o formato fragmentário esconde a seriedade do romance. São reflexões sobre o mundo e divagações aparentemente casuais mas que acabam por revelar uma, duas ou três histórias trágicas. A certa altura, a androide Maria do Carmo escreve que “… uma história linear é apenas um tabefe muito eficaz num mar de possibilidades que cada segundo de uma vida orgânica pode oferecer”.

As Noivas Fantasmas e outros casos, de Sergio Faraco (L&PM, 176 páginas, R$ 45,90)

Faraco prescinde apresentações, correto? Nestas 46 crônicas inéditas, ele nos oferece um vislumbre de sua vida, sua percepção de mundo, seus temas preferidos e também suas obsessões. Da vez em que assistiu Marlene Dietrich cantar ao vivo em Moscou à história da invenção do futebol, passando por cenas do convívio com escritores e intelectuais como Mario Quintana e Erico Verissimo, somos brindados com textos que oscilam entre o pessoal e o universal, entre o corriqueiro e o grandioso da existência humana. Em comum, o estilo lapidar e o deleite garantidos ao leitor. Faraco já é um clássico moderno. Se você não leu seus contos, por favor, corrija isso porque você está perdendo muito.

Meu nome era Eileen, de Ottessa Moshfegh (Todavia, 272 páginas, R$ 69,90)

Cidadezinha X, Nova Inglaterra, EUA, meados dos anos 1960. Ali cresceu Eileen, a neurótica e imaginativa personagem deste livro. Cinquenta anos depois, ela narra os traumas e as paixões de uma juventude tão implacável quanto sufocante, marcada por uma série de eventos que beiram o disparate. Os dias de Eileen nesse gélido subúrbio do nordeste americano ficaram para trás, mas constituem a espinha dorsal de sua existência. Pontuado por um humor sinistro, Meu nome era Eileen é um romance inusitado da mesma autora de Meu Ano de Descanso e Relaxamento. Ottessa Moshfegh levou o Prémio PEN/Hemingway para melhor romance de estreia com este livro que utiliza as estratégias narrativas próprias do “thriller” para dar a conhecer uma invulgar rapariga, cuja história individual é indissociável das características familiares e sociais, ambas hostis às ideias de emancipação feminina.

Patrícia Portela

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A Bamboletras tem recomendações para o Dia da Criança

A Bamboletras tem recomendações para o Dia da Criança

A newsletter desta quarta-feira da Bamboletras.

Olá!

A próxima terça-feira, 12, é o Dia da Criança e nós achamos que esta é uma bela oportunidade de introduzir ou dar livros bem bons e divertidos para os os pequenos. Para a Bamboletras, este é um período muito especial. Vocês sabem que nossa fundadora, Lu Vilella, criou nosso bambolê de letras com a ideia de ser uma livraria infantil? Vocês sabem que foi só depois que nos tornamos a “Livraria de Todos os Gêneros”? Porém, mesmo com a ampliação de interesses, nunca deixamos de ser o paraíso dos livros infantis.

Abaixo, temos três boas sugestões para a data, mas nosso infantil está cheio de outras opções  aguardando você.

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Porto Alegre na Palma da Mão, de Ana Paula Alcantara, com ilustrações de Bia Dorfman (Ed. da autora, 102 páginas, R$ 79,00)

Porto Alegre na palma da mão mostra a evolução urbana da cidade. Trata-se de um livro infantil que pretende ajudar as crianças a conhecer a história da cidade e assim despertar o amor e o interesse pela cidade. Inspirado pela infinita curiosidade de um guri e pelos inúmeros passeios feitos com seu cão pelo centro histórico, o livro conta como nasceu e cresceu a cidade. Lindamente ilustrado, será um livro inesquecível para seu filho(a).

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A Alma Perdida, de Olga Tokarczuk e Joanna Concejo (Todavia, 48 páginas, R$ 54,90)

Olha, as ilustrações deste livro — feitas por Joanna Concejo —  são deslumbrantes. Era uma vez um homem que trabalhava muito e quase não prestava atenção no tempo que passava diante de seus olhos. Não que sua vida fosse ruim. Ele apenas sentia que tudo ao seu redor estava plano, como se estivesse se movendo sobre a folha de um caderno de matemática inteiramente coberta por quadradinhos iguais. Com texto da vencedora do Prêmio Nobel Olga Tokarczuk, A Alma Perdida é um livro que encanta, enternece e faz pensar. Uma história para todas as idades, que nos conduz a um desenlace maravilhoso e inesperado, como só os grandes contos de fadas são capazes de fazer.

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O Capital para Crianças, de Joan Riera e Liliana Fortuny (Boitatá, 32 páginas, R$ 42,00)

O livro ideal para evitar o surgimento de novos bolsomínions! O vovô Carlos é um barato! Sempre que vão visita-lo, seus netos pedem que ele conte uma história. Só que dessa vez ele vai contar uma história diferente. Nada de princesas ou dragões. A história de hoje aconteceu de verdade, não faz tanto tempo assim e continua se repetindo. Ele fala de um operário que produz meias em uma fábrica e compara seu salário ao preço do produto na loja.

Olga Tokarczuk e Joanna Concejo

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A Bamboletras recomenda três livros muito diferentes entre si

A Bamboletras recomenda três livros muito diferentes entre si

A newsletter desta quarta-feira da Bamboletras.

Olá!

Um romance de uma autora popular e muito boa, um ensaio sociológico e psicanalítico sobre como as pessoas desprotegidas são as mais acusadas de violência e de como mudar esta situação e a bela despedida de Sérgio Sant`Anna são as dicas da Bamboletras desta semana. Confiram abaixo.

Boa semana e boas leituras!

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Belo mundo, onde você está, de Sally Rooney (Cia. das Letras, 336 páginas, R$ 54,90)

A excelente Sally Rooney, autora de Pessoas Normais, escreve sobre amizade, amor e dúvida em seu terceiro romance. Alice conhece Felix pelo Tinder. Ela é romancista, ele trabalha num armazém nos subúrbios de uma pequena cidade costeira da Irlanda. No primeiro encontro, enquanto os dois tentam impressionar um ao outro, algo mais aparece. Enquanto isso, em Dublin, Eileen está tentando superar o término de seu último relacionamento enquanto precisa lidar com a falta da melhor amiga, Alice, que se mudou para o litoral. Ela acaba voltando a flertar com Simon, um homem mais velho que acompanha sua vida há tempos. Alice, Felix, Eileen e Simon ainda são jovens, mas sentem a pressão do passar dos anos. Eles se desejam, se iludem, se amam e se separam. Preocupam-se com sexo, com amizade, com os rumos do planeta e com o próprio futuro. E conseguirão encontrar uma forma de viver mais uma vez em um belo mundo?

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A Força da Não Violência, de Judith Butler (Boitempo,  168 páginas, R$ 49,00)

Em A força da não violência, Judith Butler percorre discussões da filosofia, da ciência política e da psicanálise para reavaliar o que chamamos de violência e não violência e o modo como essas duas expressões se tornam intercambiáveis quando colocadas a serviço, por exemplo, de uma perspectiva individualista das relações sociais. A obra, lançada originalmente em 2020, mostra como a ética da não violência deve estar conectada a uma luta política mais ampla pela igualdade social. A autora rastreia como a violência é, com frequência, atribuída àqueles que são mais expostos a seus efeitos letais. Para Butler, a condição-limite da manifestação da violência se revela quando certas vidas, uma vez perdidas, não são dignas de luto… Expondo os discursos por meio dos quais a desvalorização e a destruição da vida operam, Butler propõe a compreensão da não violência a partir da condição básica da interdependência entre os seres humanos e identifica a não violência como uma prática de resistência à destruição.

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A Dama de Branco, de Sérgio Sant`Anna (Cia. das Letras, 192 páginas, R$ 59,90)

Este livro marca a despedida de Sérgio Sant`Anna, uma referência incontornável para gerações de escritores e leitores. No Rio de Janeiro do início da quarentena, o narrador passou a observar uma vizinha que saía de madrugada para dar uma volta no estacionamento a céu aberto. Embora ela não soubesse que estava sendo acompanhada, uma estranha cumplicidade se estabeleceu entre os dois, e sua presença simbolizava a promessa de um encontro arrebatador, ao mesmo tempo em que representava a morte pairando ao redor. Assombroso e revelador, A dama de branco foi o último texto publicado por Sérgio Sant’Anna, que faleceu em 2020 de coronavírus. Além da narrativa que dá título ao livro, o volume é composto por outros dezesseis contos — que tratam da solidão, da memória, do desejo e da própria escrita — e uma novela, que estava em vias de ser terminada. A Dama de Branco atesta que a prosa de Sérgio Sant`Anna manteve-se vigorosa e afiada até os últimos dias.

Sérgio Sant`Anna (1941-2020)

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