Ingmar Bergman e Liv Ullman
Jean-Luc Godard e Anna Karina
Sofia Coppola e Bill Murray
Leos Carax e Denis Lavant
Martin Scorsese e Robert De Niro
Michelangelo Antonioni e Monica Vitti
David Lynch e Kyle MacLachlan
Quentin Tarantino e Uma Thurman
John Cassavetes e Gena Rowlands
Pedro Almodóvar e Penélope Cruz
Bigas Luna e Javier Bardem
Woody Allen e…
Zhang Yimou e Gong Li
Juan José Campanella e Ricardo Darin
Ettore Scola e Nino Manfredi
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Porque hoje é sábado, Uma Thurman
(post atualizado com novas fotos e texto)
Wiggle your big toe…
Quando ela disse estas desesperadas palavras,
o mundo viu que Uma Thurman não tinha os pés mais lindos do mundo.
Uma mulher, sentada atrás de mim no cinema, assustou-se ou fingiu-se assustada
com os pés de Uma. Apontou-os ao namorado, como se ele não os tivesse visto.
Não sou um desses caras tarados por pés.
Acho até legais alguns delicados e sujinhos, mas confesso-me fora da podolatria.
Não dava muita bola para Uma Thurman até vê-la como Vênus
nas Aventuras do Barão de Munchausen. Estava belíssima!
Depois, em Pulp Fiction, ela me apareceu com uma cara inacreditável de Anna Karina
e desde então sua presença faz-me ir ao cinema.
Foi casada com Gary Oldman e Ethan Hawke,
mas quem sempre a compreendeu é seu atual namorado, Quentin Tarantino.
Ela fez uma dança antológica com John Travolta em Pulp Fiction
apareceu forte e poderosa em Kill Bill, mostrando a nós como se maneja uma espada.
Nascida em Boston em 1970, Uma mede 1,83m, número bastante alto para o
tamanho médio deste escriba. Fazer o quê?
Seus irmãos chamam-se Ganden, Dechen, Mipam e Taya.
Um horror. Ela teve até sorte de ser apenas uma Uma Karuna.
Espero que volte aos filmes de Tarantino.
É quando aparece melhor. Mas também esteve ab-so-lu-ta-men-te brilhante
em Ninfomaníaca, de Lars von Trier,
diretor que seria um clássico genial se tivesse nascido antes de nosso tempo,
Porque hoje é sábado… terceirizamos com a Caminhante
Algumas mulheres ultrapassam o status de mulher bonita e se tornam ícones, divas, unanimidades. É só clicar no PHES antigos para ter uma boa amostra.
Não é desse tipo de mulher que eu quero falar, até porque não gosto delas. Não gosto da maneira como elas são onipresentes, como os homens estão dispostos a nos ignorar por simples imagens delas e principalmente pelo ideal inatingível que elas representam.
Sim, nós mulheres comuns temos uma antipatia natural por essas mulheres ícones. Não é difícil perceber; ficamos enlouquecidas quando nosso homem elogia demais uma famosa. Por isso o impulso quase irresistível de desmerecê-las, de insistir que só há vulgaridade onde vocês enxergam beleza.
Mas é claro que não somos imunes a elas. Nós a detestamos tanto quanto queremos ser iguais, queremos receber o mesmo tipo de atenção. Como lidamos com isso é uma questão essencial.
O tempo modifica o corpo – e a cabeça, e os sentimentos,e a alma – das mulheres, mas isso não quer dizer que a vontade de ser desejada envelheça.
Essa vontade está presente em todas as mulheres, por debaixo de nossas roupas, ardendo na pele mesmo das inteligentes e críticas.
Cada vez que uma mulher faz uma plástica para tentar se parecer com alguém, é esse tipo de olhar que ela busca. Mas a satisfação individual tem um preço: torna a humanidade mais uniforme. E – justamente por isso – menos bela.
Teremos menos uma mulher que mostrará ao mundo com uma beleza menos óbvia, mas nem por isso menos interessante,
Menos uma mulher que nos desagradará à primeira vista, e nos obrigará a descobrir porque não conseguimos parar de olhar para ela,
Menos uma mulher que nos fará menos arrogantes, menos perfeccionistas.
Perderemos diferenças, perderemos várias formas possíveis.
Em resumo, o mundo terá uma mulher a menos a dizer: Olhe para MIM.
Variedade e beleza andam juntas; se mulheres não podem ser belas de infinitas maneiras, a culpa é de quem olha.
Texto e escolha de fotos: Caminhante
Kill Bill, o pop que satisfaz
Estava examinando meu blog anterior — que não está mais disponível na rede — e encontrei estes posts de 2004 e 2005. Visto de hoje, meu entusiasmo e o da maioria das pessoas por Kill Bill é algo surpreendente. No texto, falo um pouco sobre meus fillhos que tinham, na época, 13 e 10 anos.
Penso que, no cenário pop contemporâneo, não haja ninguém mais competente que Quentin Tarantino. (Retiro deste time o Almodóvar dos últimos filmes.) Seu quarto filme, Kill Bill, é entusiasmante, apesar de inferior a Pulp Fiction. Fui vê-lo duas vezes: a primeira serviu para que conferisse se meus filhos poderiam vê-lo e a segunda para a diversão em família. Há sangue prá todo lado, mas não há situações de grande terror psicológico. Também não há lugar para comentários existenciais ou morais — ops, alguém esperava isto? Tarantino conhece seu respectivo tamanho e área de atuação, e o produto final é um pop deslumbrante. Seu senso de estilo é o que deveria ser analisado e não… Bem, mas não vamos adiantar as coisas.
Segunda-feira fiz um spam cujas vítimas foram os coitados que habitam meu “Catálogo de Endereços”. Abaixo, estendo a polêmica aos 7 leitores deste blog, colocando primeiramente o conteúdo de meu e-mail, seguido de algumas respostas, todas muito boas, inteligentes, diferentes, engraçadas, fechando com as explicações da Meg a alguns críticos. Alterei-as um pouco a fim de retirar as observações e recados destinados apenas a mim. Divirtam-se!
Meu e-mail:
Amigos (Atenção, Ivonete!). Vi Kill Bill duas vezes para me certificar. Mas não precisava tanto para voltar a me surpreender com a burrice interpretativa da maioria dos críticos dos jornais brasileiros. Hoje, após ler o César Miranda, criei coragem. O que o César escreveu? Ora, o óbvio. Kill Bill é uma cidade onde se encontram Sérgio Leone, o tigre e o dragão, Poquemon e Uma Thurman maravilhosa. O filme é sobre a vingança de uma mãe, não de uma noiva… O que tinha lido antes? Ora, que era um filme de ação e grande violência baseado em histórias em quadrinhos, que a estranheza do filme era a presença de uma mulher dando porrada em todo mundo e depois sobre um monte de detalhes técnicos divertidos. Violência? Pelamordedeus! O filme é protagonizado por uma mulher porque só mulheres são mães; os pais são, no máximo, pães. É incrível que “os espectadores profissionais de filmes” tenham ignorado a cena na qual Uma Thurman acordando desesperada do coma, apalpa sua barriga vazia e o que ela diz para Bill antes do tiro e a cena final, onde Bill — preocupado — fala na filha. E por que o apelido de Uma é “A Noiva”? Ora, pela mesma razão que Psicose não se chama O Filho Que Também Era Mãe! Prá que contar a principal parte do filme chamando a personagem de Uma de “A Mãe”? Não li ninguém escrever sobre isto, só sobre os 1600 litros de sangue falso utilizados e sobre Bruce Lee, Jaspion e outras coisas que há no filme mas que são secundárias. Quem discordar que discorde mas creio que Kill Bill é uma ode à mulher que briga por seu filho.
Algumas respostas:
Andréa, do Literatus: Posso botar lá na minha comunidade do Orkut, Milton? Estamos discutindo justo isso. Se vc deixar coloco, tá? bjim querido, angel.
Réplica: Claro que pode!
Tréplica: Meu herói! 🙂 bjimm angel
César Miranda: Grande Milton, obrigado pelo elogio assim na frente de tanta gente. Quem seria tão parvo a ponto de fazer aquele barulho todo por causa de um “casamento”?!?! Tem que ser muito idiota, né não? Já uma mãe por um filho, faria até mais. Outro segredo é não ler crítica de filmes, segundo o Millôr a principal função de um crítico de cinema é nos fazer de bobos. Sei do que uma mãe é capaz (para o bem e para o mal), inclusive essa bobagem que é uma vingança sanguinária daquelas, eu, particularmente torço contra a Uma. Se o Tarantino tiver alguma coisa na cabeça, vai fazer aquela saga ser um uma comédia de erros do meio para frente. Não é bom fazer apologia da vingança. Não há nada mais inútil do que uma vingança. Um grande abraço, César.
Ivonete Pinto: Exato, Milton. O mesmo que propunha Alien (o último, se não me engano). Com a diferença que este (Kill Bill) é divertido e não se leva a sério. Vc gostou de Diários de Motocicleta? Vou escrever sobre ele pra próxima Teorema. Tô com vontade de chamar de Kill Walter…
Tiagón, do Bereteando: O que me surpreendeu em Kill Bill – ah, peraí, muita coisa me surpreendeu, tenta outra vez – o que mais me surpreendeu em Kill Bill foi constatar que, depois de horas de luta e espadas, as cenas mais chocantes do filme não têm sangue: são as que tu citaste e o encontro de Uma com a filha de Vernita Reid, a recém-órfã. E concordo contigo. Mas também acho que “Kill Bill vol. 1: A Mãe” não seja exatamente um bom título… Embora quem costuma assistir Tarantino vai até se o filme se chamar “O Urso que Comeu meus Escorpiões”. No mais, saí do cinema extasiado. Não tem uma cena que não seja linda; a luz, os contraplanos, a sonoplastia de videogame… ih, nem vou começar a falar, porque me empolgo. Quinta-feira eu vou rever, e vou levar a família. Então escrevo um post enorme no Berê. Abraço!
Gustavo Souto Maior: Concordo plenamente com você, apesar de não ter conseguido “juntar as pedras” quando assisti ao filme pela primeira vez. Porém, agora, ao ler a sua análise, aquilo que tinha ficado no ar tornou-se certeza! Obrigado! Um abraço, do Gustavo.
Roberto Maxwell: KILL BILL VOL. 1 foi uma grata surpresa. E poderia comparar, no meu universo cinematográfico, Tarantino a Lars Von Trier. Ambos sádicos e cínicos. Claro que a mocinha tarantinesca não é vista penando como a de Von Trier. Este último é dos piores, daqueles que gostam de torturar os bonzinhos. Identifico-me com ele. Tarantino parece acreditar na justiça, concessão a qual Von Trier se entregou em DOGVILLE. Mas ambos acreditam na justiça-feita-com-as-próprias-mãos e, nesse sentido, são implacáveis. Mas não se deve comparar A Noiva/Grace a Chuck Norris. As mulheres vingativas são muito mais sangrentas. Além de terem uma dose de charme. Isso sem contar o fetiche de vê-las embebidas de sangue e com armas nas mãos. Aí acabam as semelhanças entre Tarantino e Von Trier, entre KILL BILL VOL. 1 e DOGVILLE. O americano entrega as armas a sua mocinha desde a primeira seqüência e, melhor ainda para os púberes, seu primeiro adversário é outra mulher, a vitaminada Vivica A. Fox. Indescritível, sob pena de estar fazer a descrição incompleta, a primeirona é uma das melhores de seqüências de um filme recheado de bons exemplos delas. Todas repletas de clichês (o que é a seqüência de animação com a origem da personagem da Lucy Liu?) muito bem colocados por sinal. Dificilmente se verá um filme com tantas referências cinéfilas escancaradas e sutis. Tarantino é o papa do pop. Nem Andy Warhol foi tão longe. (Perdão, Senhor, por este pequeno pecado!) Frustrante é saber que KILL BILL VOL. 2 só estará entre nós em outubro. Nem preciso dizer que as locadoras-ao-ar-livre já estão abertas e o mesmo se pode dizer para os bits & bytes. Mas eu só vou ver no cinema. Garanto que é muito mais programa!
Meg, do Sub Rosa: Nem é preciso dizer o quanto o filme de Tarantino me deixou feliz… E o que me diverte mais ainda, se é que é possível, é a inveja e a má-vontade dos críticos (?!) com o awesome “SAN” Quentin. E como se não bastasse, graças aos Céus, Tarantino gosta de mulher , I mean, as mulheres são fortes, poderosas, lindas, e sabem manejar uma espada… hohoho. Aliás, Uma Thurman está lindíssima – o tempo todo – e Daryl Hannah -a Elle Driver – quase numa ponta neste v. 1 – nos poucos minutos em que aparece…uau!!!!!! Um amigo meu disse que Tarantino revela uns fetiches: pés, por exemplo…:-) Só uma coisa me irrita: é quando dizem que o filme é violento… Não este! Oh my! Não me façam recorrer aos gregos para explicar que uma das formas de se descaracterizar um tópico é recorrer à hipérbole, ou seja intensificá-lo até o inconcebível… Exagero, figura tão conhecida dos lógicos:-). Vão por mim (hohoho) o filme é uma delícia… A turma que esteve comigo, matemáticos, filósofos e pessoal da Science Po, pisc* – se divertiu a valer… Eu, como não entendo de assunto nenhum, fiquei vidrada naquela inacreditavel…hahahah… Gogo Yubari. Go…gorgeous ! Hoho! Aliás, em matéria de cinema, Tarantino sabe tu-dê-ó-dó, tudinho: fotografia, montagem, MÚSICA, oh my gosh!… e até o cast é sempre impecável. Ou haveria melhor Jackie Brown que Pam Grier ?:-) De modo que o sangue que jorra (para não dizer mais) torna tudo absolutamente *fake*. Como diria e disse – em comentário a um dos posts, o também crítico, um dos melhores, as matter of fact, Julio Gomes. Gente, violento é o Mel Gibson 😉 Kill Bill violento? Na-na-nè-re!
Agradeço a todos os que colaboraram neste post. Pedi a quase todos os citados permissão para fazê-lo. Eu escrevi QUASE… Se alguém quiser retirar seu texto ou alterá-lo, me avise.
-=-=-=-=-
Se você chegou aqui desavisado e não gosta do cinema de Quentin Tarantino, aconselho-o a abandonar este post exatamente neste ponto. Um abraço e volte sempre! Os outros, os que gostam de Quentin, também recebem meu abraço e devem voltar sempre aqui; porém, neste momento, gostaria que continuassem a ler este post.
Bem, já que estamos entre fãs, começo dizendo que também gostei demais do segundo filme da série. Saí do cinema dizendo que era melhor que o primeiro. Lá, tínhamos mais ação e poucos diálogos; aqui, temos o contrário. Tarantino, em Kill Bill II, deu o espaço necessário para a Noiva tornar-se humana. O filme é mais lento, dando um tempinho tempo para os personagens se darem a conhecer, dialogando e tergiversando da forma curiosa que Tarantino já utilizava em Pulp Fiction. O que mais me surpreendeu no Volume 2 foi o fato de este ser totalmente diferente do primeiro. Estilística e visualmente é outro filme, tem personalidade própria. Dizem que haverá em DVD uma junção dos dois filmes, formando uma espécie de “versão do diretor”, o qual teria sido dobrado pelos produtores não apenas para diminuir a parte 2, como também não lançar um só filme de imensas proporções. Depois de ver a continuação, não acredito muito venhamos a ver esta versão única.
Talvez Kill Bill seja um filme para cinéfilos. Claro que ele se sustenta mesmo para aquele espectador que, como eu, não reconhece nem 10% do referencial utilizado pelo diretor, mas sentimos enorme prazer quando vemos colocadas dentro do filme citações de A Noiva Estava de Preto de François Truffaut, Rastros de Ódio de John Ford — que recebe não apenas uma citação, mas do qual vemos cenas na TV de Bill — e outros. Uma Thurman disse que cada cena de luta, que cada golpe é retirado de algum daqueles “clássicos” filmes de luta orientais pelos quais Tarantino tem fixação. Como não vi nenhum deles — nem os de Bruce Lee — fico imaginando o que alguém “mais erudito” possa fruir.
Kill Bill II não é tão oriental quanto o primeiro. Só voltamos ao oriente durante o flash-back que mostra o treinamento da futura Noiva, isto se aquilo ocorreu mesmo no Japão, ou na China, sei lá… mas estou atropelando as coisas. O filme recomeça de onde parou o primeiro e o próximo a ser morto é o irmão de Bill, Budd (Michael Madsen). Durante a vingança, há duas grandes interrupções em flash-back: a primeira para voltarmos detalhadamente ao casamento frustrado e a segunda para vermos o citado treinamento a que a Noiva havia se submetido antes de tornar-se aquela fera.
A seqüência do treinamento com o mestre Pai Mei (Chia Hui Liu) é sensacional. Utilizando um rigor absoluto e caricatural, Pai Mei submete Beatrix Kiddo (sim, a Noiva tem este nome) a uma longa série de torturas. Apesar de tal postura, Pai Mei está decididamente entre os personagens cômicos do filme, pois Tarantino passa todo o tempo sublinhando seus trejeitos com exageradíssima sonoplastia e com aqueles súbitos zooms tão caros às produções baratas japonesas.
Voltemos a Budd. No começo, ele leva grande vantagem, chegando a enterrar Beatrix num cemitério próximo. Neste ponto, há mais uma seqüência notável. Quando o caixão é pregado, “entramos” nele junto com Uma Thurman, a tela fica escura e ouvimos o caixão caindo no buraco, depois ouvimos a terra caindo sobre no caixão e os sons externos cada vez mais indistintos; no final, só resta o silêncio. É uma espantosa e original repetição daquilo que fez Lars von Trier no começo de Dançando no Escuro.
Não vou contar como ela sai desta, mas a continuação da cena ao estilo “A Volta dos Mortos Vivos” é engraçadíssima. O cinema vem abaixo quando ela atravessa a estrada. Então, ela volta para “assombrar” Budd, mas só tem a chance de encarar Elle Driver (Daryl Hannah), pois esta já tinha feito presunto daquele. O enfrentamento com Elle Driver é o grande momento de luta da segunda parte. Todos esperávamos por esta cena e Tarantino não nos decepciona. Surpreendentemente, a Noiva não a mata, apenas deixa-a mutilada, acompanhada de uma cobrinha venenosa. A atuação de Hannah é digna de menção. Ela está terrível, tudo nela é ódio e força. O fato de não termos visto sua morte talvez seja o grande gancho para um Kill Bill III. (Outro gancho seria a filha de Vernita Green (Vivica A. Fox) contra a filha d´A Noiva, mas isto já seria muito delirante…)
Depois disto, vamos à procura de Bill (David Carradine). Aí, há algo inesperado. O encontro é tenso, mas não há grande violência. Beatrix conhece a filha com 4 anos (ela lhe pede para ver Ninja Assassino antes de dormir…) e mantém um diálogo com Bill que é um estranho simulacro de um casal discutindo a relação.
O filme é finalizado num quarto de hotel onde Beatrix e a filha BB Kiddo (a gracinha Perla Haney-Jardine), ambas com roupas de dormir, assistem a um filme infantil. Antes disto, Beatrix entrega-se a uma crise de choro no banheiro.
Depois, ainda temos a surpresa dos créditos, onde o “estilo Truffaut” é revisto, servindo para que lembremos de cenas do filme (Vols.1 e 2). Bem no final, depois do último crédito, há um extra meio bobo, mas que não perdemos, pois ficamos no Arteplex – só nós e os faxineiros -, tentando ler, entre uma varrida e outra, todos os créditos.
P.S.- Outra coisa. Carro bonito, para mim, sempre foi sinônimo de Karmann-Ghia, o resto é bobagem. Agora, adivinhem qual é o carro de Uma Thurman?