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  1. Milton,

    Ando sumido, mas preciso lançar-te uma nova provocação. Como, me diz, como lidar com o esquecimento dos livros que lemos? Anotando basta? Há uma maneira eficiente para evitar isso?

    É o diabo!

    Ps: Ah, um abraço pro Charlles!

  2. Credo!!! Esses portugueses!! Roubar um livro de 1000 páginas, precisa ter muita perícia!!

    Pedro, outro abraço pra você (ou pra ti, como dizem os gaúchos). Só posso dizer que bebi uma cangibrina (como dizem por aqui) e estou no sétimo céu dos iluminados. Todos os bêbados são místicos, é o que creio! Todos os alcoolatras são renitentes não aceitadores da lucidez corrente, devotos de uma nova e antiguíssima causa. Porra, e estou ouvindo algo que o perito ouvido erudito do Milton abominaria, mas eu adoro: Win Mertens. Uma peça chamada Iris que confirma o dito de Bogart de que nascemos duas doses a menos.

    Só para saberem: apenas agora resolvi comprar e instalar um computador pessoal. Estava cogitando há tempos, e, por um evento do destino, no sábado passado estava no WalMart, quando pelos autofalantes anunciaram uma promoção relãmpago de notebooks a 1500. E eu estava, no momento, ao lado de um dos notebooks. Neste sábado, vem um vendedor fazer uma ligação particular na net para mim. haja quem vai me aguentar agora. Nem abaixo assinado. Milton, meu ID será um só!

    Passe a régua…

  3. Pedro, a estratégia para lembrarmos dos livros é nos fundirmos a eles. Eu sublinho, anoto, faço comentários nos espaços em branco. Minha resenha sobre “Estrela Distante”, por exemplo, que publique neste blog, a escrevi toda nas páginas em branco finais de “Putas Assassinas” e “Estrela Distante”. As releituras constantes ajudam (li duas vezes Montanha Mágica, e no mínimo três vezes cada um dos romances do Bellow e do Faulkner). Outra coisa ensinada involuntariamente pelo Carlos Fuentes, num livro escrito por ele sobre suas lembranças de leitor: a imaginação do leitor vai suplantando as partes esquecidas…

    1. Pois é, Charlles, sua dica é a que eu estava seguindo, mas esse esquecimento não é o diabo? Já tentei lidá-lo de várias formas, mas a mais eficaz até agora foi escrever ensaios à la Carpeaux após a leitura. (Um Carpeaux de vigésima categoria, diga-se).

      Bem, eu também estou indo para a segunda leitura da Montanha Mágica, com uma nostalgia ainda maior do que a primeira; aquela vontade metafísica de estar em Davos e procurar vestígios da existência daquela história, mesmo sabendo de sua impossibilidade. Mann era um monstro sagrado – e que vontade de estar no clima frio daquela montanha!

      (Que estas tardes febris nos digam, ao menos, em que direção arde o vento!)

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