Da truculência de Veja (sobre o pobre de espírito Augusto Nunes)

Apesar de pasmo, fico feliz que seja assim. Por obras do Twitter, me passaram os endereços de alguns posts do Sr. Augusto Nunes, colunista de Veja. Quem me passou, aprovava o jeitinho meigo do articulista e foi imediatamente excluído de minha lista de pessoas que sigo. Motivo: choque.

Augusto Nunes, que deveria ser alguém articulado, comporta-se como um menino indignado da 5ª série. Parece que não quer ser lido nem convencer ninguém. Aqui, após chamar Celso Amorim de chanceler de bolso, diz que o governo Lula é um otário internacional. OK, apesar do termo ofensivo, digamos que o fato de ser ou não otário internacional seja matéria de opinião. Mas e o “chanceler de bolso”? Augusto Nunes realiza aqui algo que não vejo meus pares de esquerda fazerem: ofender alguém por uma característica física. Mais um passo e ele poderá ofender os negros por serem negros, por exemplo. Aqui, ele segue na mesma linha, chamando Amorim de “Anta em miniatura”. Por mim, ele pode continuar fazendo isso. Apenas perderá leitores — e seu candidato Serra,  eleitores — , num país onde quem grita e ofende fica pior do que o foco das ofensas. Na verdade, abismo-me com o que o colunista faz para agradar seus patrões. E, de seus patrões, assusta-me a burrice, pois não adianta nada manter em suas linhas alguém tão sem argumentos. Ah, demonstrando parco manejo do colorido da língua portuguesa, no link a seguir Augusto ataca a Bolívia, qualificando-a de Reino das Antas.

Pelo visto, ele simpatiza o animalzinho.

24 comments / Add your comment below

  1. Um sintoma certeiro de direitopatia é o tom azedo do discurso de seu emitente. Toda pessoa que sofre desse mal recorre invariavelmente a insultos, distorções, citações fora de contexto, inverdades patentes, e tem o costume de repetir sempre o mesmo texto porque confia na lógica goebelliana. Quando podemos vê-los, é mais fácil identificar o mal: eles babam, os olhos estão sempre injetados, os músculos da face contraídos, e as sobrancelhas quase na vertical, além dos cabelos desalinhados. No caso do Augusto Nunes, meio-xará deste pobre comentarista, seus gracejos raivosos tentam esconder os sintomas da raiva sob o terno e as belas gravatas. Num livro de Cesar Aira, Carlos Fuentes é recomposto geneticamente a partir da gravata. Augusto Nunes também poderia sê-lo…

    1. Alguém que chega a asse ponto de disparar injúrias no fundo xinga os outros do que realmente é e só pode atingir a si mesmo porque o injuriado não se deixa atingir porque sabe que não é sabia tudo Confúcio

  2. Perda de tempo com este “humorista Antooonio Nunes do Pânico”! Não tem argumentos, só sabe ofender com características físicas dos “adversários”, assim como seu irmão de sangue Reinaldo Azevedo que chama o chanceler de Megalonanico.
    Me espanta apenas, que os ofendidos não processem o colonista. A pouco tempo ele citou o Senador W. Salgado, dizendo que seus filhos, nem que fossem trombadinhas, mereciam um pai daqueles!
    Ora, se isso não é ofensa pessoal passível de processo não sei mais o que seria!

  3. Milton,
    a seguir o comentário que deixei lá, no tal de Nunes (que conheço muito bem). O comentário está aguardado moderação. Duvido que seja mantido…

    “Realmente, dá pena de vocês que já morreram, mas não perceberam. A gargalhada da alma será a eleição (e a reeleição) de Dilma, apesar do entulho que vocês ainda representarão na história do Brasil. Porém, ainda bem que o futuro está a salvo de suas patas. Não tem qualquer importância a existência, ou não, de suas figuras no processo histórico que está por vir. Vocês são merecedores de um único lugar digno: o ralo do esquecimento. E ainda mais, só há uma locução interjetiva para qualificá-los: viúvos da miséria!”

  4. Um reparo, caro Ramiro, na verdade dois:

    1) A miséria não cabaou no Brasil, está longe disso, só arrefeceu;

    2) Enquanto houver miséria no mundo, não existirão viúvos delma, mas responsáveis, evtodos nós somos.

    Isto dito, é irrefutável (nem o Clóvis Rossi diz mais o contrário); a miséria brasileira diminuiu muito.Mas não o bastante, não a zero, não na medida da responsabilidade absoluta do Estado.

  5. Eu sei, Marcos, que a miséria não morreu e, portanto, não haveria a condição de viúvo. Porém, Marcos, a imagem é boa pois é uma condição existencial–potencial do indivíduo; é a condição daquele indivíduo que, por exemplo, pelo rancor morre em vida, sem de fato ter morrido mas, existencialmente, é um morto.

  6. \milton. o Augusto Nunes (tinho para os intimos)do pó, é um babaca de
    marca maior que só sabe esculachar, e pensa que é o cara pq tem a cane
    ta que aluga para quem pagar mais.experimente questionar qualquer texto safado dele para você ver que ele responde com ofensas, e quando vc faz a réplica ele simplesmente censura.

  7. Eis a resposta do jornalista ao meu comentário…

    “Realmente, dá pena de vocês que já morreram, mas não perceberam. A gargalhada da alma…

    Gargalhada da alma? Muito afrescalhado, milicianoconceição. O Controle Social da Mídia determina que os textos devem ser mais instrutivos, mais edificantes. Cai fora. ”

    É didático, não é, como o representante dos batráquios age?
    Apaga o essencial!
    Dá a sua visão deformada… E ainda me acusa, após censurar-me, que os textos devem ser mais instrutivos…

    Pois bem, é isto que está em jogo nas próximas eleições…

  8. Neste último final de semana, deixei um poema no blog do poeta Carpinejar que demostra claramente a minha trágica visão sobre a nossa grande mídia apodrecida…

    PÁ DE CAL
    by Ramiro Conceição

    A rua, a casa, o casal,
    tudo acorda, pois
    o Sol acorda depois
    do entregador de jornal.

    Mas
    o que, na bicicleta,
    o entregador entrega?
    Notícias?
    Certamente, não
    (tudo já foi mastigado).
    Análises?
    Claramente, não
    (tudo já foi deturpado).
    Educação?
    Obviamente, que não!

    Afinal
    o que, na bicicleta,
    o entregador carrega?
    Não é um hábito, mas um vício!
    Então é preciso voltar ao início
    e, com alívio,
    jogar uma pá de cal…

    A rua, a casa, o casal,
    tudo acorda, pois
    o Sol acorda sem
    o entregador de jornal.

  9. Augusto Nunes é a ovelha mais negra do Jornalismo brasileiro. E no dicionário da língua portuguesa, eu conclamo a todos para não usar o verbo ver, use o verbo olhar, Olhe. Que eu veja, não? que eu olhe. Sim. Sempre p/ o futuro e no lado do meu coração. Dilma.

  10. Esse tal de Augusto Nunes, é o lixo do lixo…do jornalismo brasileiro.É um puxa saco dos patrões e donos da era uma vez, revista veja.esse cara é cinico e imoral.

  11. E, no final, você tinha razão: o escroque do tal Augusto Nunes foi um excelente cabo eleitoral da Dilma. E, pelo jeito, vai continuar sendo.

    Abraços.

  12. pois é. A última dele agora foi contra um indivíduo que sequer consegue compreender o por que de tanto ódio. Ele utilizou um video caseiro de um professor de sociologia, que aderiu ao movimento dos “sem mídia” e o transformou na galhofa da vez. Ofendeu, humilhou, denegriu a imagem do professor junto a seus alunos, relacionou-o (claro, tucano sempre faz isso) ao PT, ridicularizou e por fim, de forma reacionária não permite que seus alunos postem em sua defesa naquele “esgoto à rede aberta” de seu blog da coluna Veja. É revoltante ter que aturar este tipo de reacionário de ultradireita inconformado com o “toco” que levou do povo… affff

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