Dia dos Namorados

A gente namora bastante de todo tipo de namoro. A gente se olha, conversa, se beija, se olha de novo, se abraça, faz planos, se apressa ou deixa tudo devagar, sempre juntos. O fato é que a Elena me mesmerizou desde a primeira vez que a vi. Eu nem sabia quem era — nem se vinha da Bielorrússia ou do Recife — e logo pensei: nossa, ela me atrai muito. E era violinista. E só depois soube que ela tinha linda expressão verbal e uma inteligência luminosa. Por isso é que, quando fico mal, sem solução, só posso pensar que estou sendo injusto com a melhor parte de minha vida. Elena, o que dizer além de eu te amo se o que quero dizer é que te amo? (Obrigado, Pessoa!)

Aqui no Brasil a gente não comemora o Valentine`s Day, mas o Dia dos Namorados num dia como hoje, 12 de junho. Tenho uma pequena história com o Valentine`s. Em 2014, em 14 de fevereiro, eu e a Elena fazíamos uma escala em Lisboa para chegar a Londres à tarde. À noite, fomos a um pub, o primeiro da Elena. Estava esquisito lá dentro, todas as mesas tinham velas e rosas. Então descobrimos o motivo, sentamos e ficamos sorrindo um para o outro. Sob meu sorriso havia o pensamento de que planejara detalhadamente toda a viagem, mas jamais aquele encontro tornado subitamente romântico sob o frio, a bruma e as luzes londrinas. E pensei, fazendo uma piada de mim para mim: “O que mais dará errado?”.

Feliz Dia dos Namorados, querida.

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