Bom dia, Diego Aguirre (veja os principais lances de Juventude 1 x 0 Inter)

Bom dia, Diego Aguirre (veja os principais lances de Juventude 1 x 0 Inter)
Estou admirando cada vez mais Diego Aguirre. Como centroavante.
Estou admirando cada vez mais Diego Aguirre. Como centroavante.

Ontem, tive dificuldades em acompanhar aquele nosso jogo, Aguirre. É que no canal ao lado havia a Copa Davis. Jogavam Brasil x Argentina em Buenos Aires. João Souza, o Feijão, enfrentava Leonardo Mayer. Foi uma guerra: 6h42 de um jogo épico, o mais longo jogo de simples da história da Copa Davis. E João Souza, o Feijão, acabou derrotado pelo argentino Leonardo Mayer: 7/6(4), 7/6(5), 5/7, 5/7 e 15/13. (Agora, a disputa está em 2 x 2, mas Bellucci deve perder hoje). Enquanto isso, nosso time se arrastava em campo, jogando mal e com uma escalação incompreensível.

Ernando jogava como lateral direito — Cláudio Winck assistia-o do banco. Alan Ruschel entrou como volante — Bertotto assistia-o do banco. Em meio a tantas improvisações, Aguirre, o bom Alisson Farias estreava, assim como Lisandro López. Sou contra tua demissão, acho que é impossível montar um time em dois meses, mas esses teus testes não parecem ter uma direção. Na boa, é muita loucura saindo da tua cabeça. Melhor assistir ao tênis. Depois, quis ouvir os comentários. O pessoal falava na ruindade de nossa defesa. Achei que o gol do Juventude tinha sido tão escandaloso do ponto de vista de posicionamento quanto os do Emelec. Não, tinha sido uma falha puramente individual e ridícula de nosso goleiro Muriel. Olhei os lances do jogo. Vi Paulão falhando num gol mal anulado. Nenhuma novidade.

Aguirre, trabalhe mais e com mais bom senso. Professor Pardal só existiu um e nem sempre dava certo.

http://youtu.be/a8wCRMyF8A4

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Bom dia, Diego Aguirre, seu sortudo (veja os gols)

Bom dia, Diego Aguirre, seu sortudo (veja os gols)
Nilmar abriu o placar e, ufa!, voltou a jogar bem.
Nilmar abriu o placar e, ufa!, voltou a jogar bem.

Aguirre, meu caro. O Inter jogou muito mal e isso deixou sensacional a partida de ontem contra o Emelec de Guaiaquil, maior cidade do Equador. Foi um jogo raro, de duas viradas, Inter 1 a 0, Emelec 2 a 1, Inter 3 a 2, com sofrimento no final. Houve boas novidades: Nilmar jogou bem; Alex entrou no lugar de D`Alessandro e comandou o time, além de marcar um belo gol; Alisson praticou um milagre. Mas foi só. Na parte individual, Fabrício foi uma larga avenida sem sinaleiras, Sasha afogou-se na marcação, Vitinho queria jogar sozinho, o genial Dale arranjou uma lesão muscular após pifar Nilmar e Réver, o mesmo que fez o salvador gol da vitória, foi uma piada na defesa.

Aliás, Diego, a defesa do Inter foi efetivamente o problema do jogo. Com dois volantes fixos, todos acharam, inclusive tu, que os problemas defensivos seriam minimizados. De forma nenhuma! A bagunça, a lentidão e certa arrogância de quem se sabe um bom time, deixaram livres os bons e entrosados equatorianos. Se não fosse Alisson… Outra coisa, Diego, nosso time está morrendo no segundo tempo. Ontem, não apenas se via o cansaço em quem está jogando só uma vez por semana como se apareceram cãibras em Nilmar e Nilton, assim como lesões musculares em quem não jogou, casos de Aránguiz e Anderson. Ou seja, está na hora de tu levares um papo com a preparação física.

No mais, tivemos sorte pelo fato de nossas falhas não terem resultado em mais gols do Emelec e competência nas defesas de Alisson e nos golaços de Nilmar (com esplêndido passe de D`Alessandro) e Alex (com esplêndido passe de Nilmar). Sobre a sorte de Réver, minha nossa. O cara estava péssimo e salvou o time com um chute difícil de acertar.

Nosso próximo jogo na Libertadores será contra o mesmo Emelec no Equador. Se fizermos o mesmo gênero de atuação, perderemos feio. O time do Emelec marca no campo inteiro, impede a saída fácil de bola do adversário e vai nos sufocar se não estivermos num nível melhor. Além disso, é rápido e tem bom toque de bola. Muito cuidado. Uma derrota lá e os fantasmas retornam.

Esse time tem que jogar para se entrosar mais, Aguirre. É muita gente nova e cada um tenta se comunicar numa língua diferente, à exceção de Vitinho, que não fala com ninguém.

http://youtu.be/CZLJ8CJ-gXM

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Bom dia, Diego Aguirre

Bom dia, Diego Aguirre

Meu caro Aguirre, o Gre-Nal de ontem teve seu principal fato nas arquibancadas, não em campo. Foi bonito ver o vermelho e o azul misturados nas arquibancadas. Na saída do estádio, enquanto descia a rampa, surgiu um gremista levando um menino colorado nas costas. Recebeu aplausos. Imaginem só. O Latuff, que estava comigo, fotografou. Talvez tenhamos cura.

Foto: Carlos Latuff
Um gremista tranquilo entre colorados. Imagem impossível nos duzentos (ou mais) gre-nais anteriores | Foto: Carlos Latuff

A ideia colorada da torcida mista saiu aprovada com louvor. É incrível, mas os gremistas são seres humanos que pertencem à mesma sociedade que pertencemos. Vestem-se com aquele pijama horroroso, mas são como nós. Trabalho com vários, sou amigo de muitos e até o aumento das tarifas de energia será sentido por eles. Olha só que linda estava a torcida mista.

Foto: Carlos Latuff
A torcida mista | Foto: Carlos Latuff

Em campo, o Gre-Nal foi entre os reservas do Inter e os titulares do Grêmio. Jogo trancado, de pouca emoção. Nosso time reserva é um total desentrosamento, Aguirre. Isso só aumenta quanto jogadores que aspiram vaga no time titular tentam resolver tudo sozinhos, casos de Valdívia, Anderson e Vitinho. Nilmar esteve mal, mas há que considerar sua solidão entre os zagueiros tricolores.

Num time bagunçado, a gente mal consegue analisar as individualidades. Nico Freitas é um achado teu, Aguirre. O uruguaio joga demais e acabará empurrando algum Nilton ou um dos armadores para fora do time. Alisson Farias entrou muito bem. Géferson parece ser bem melhor do que o famigerado Alan Ruschel. Rodrigo Dourado é outro bom jogador e Luque aprontou algumas com sua velocidade.

Mas foi uma partida jogada por nossos reservas. Não dá para criar teses. O Gre-Nal serviu para um público de 30 mil pessoas ver que colorados e gremistas podem conviver civilizadamente mesmo num ambiente de disputa. O jogo em si será esquecido. A torcida mista e sua lição, não. Ao menos é o que espero.

Foto: Tales Venâncio
Imagem fófis da tarde: os sulvinteumenses Carlos Latuff, Milton Ribeiro, Igor Natusch, Caio Venâncio e Filipe Castilhos | Foto: Tales Venâncio

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Bom dia, Diego Aguirre / Péssima noite, EPTC (veja os gols da vitória colorada)

Bom dia, Diego Aguirre / Péssima noite, EPTC (veja os gols da vitória colorada)
Se Sasha faz esse gol... | Foto: Alexandre Lops no site do Inter
Se Sasha faz esse gol… | Foto: Alexandre Lops no site do Inter

Quando saí de casa para o estádio, pensava em pegar um T5 até as proximidades do Beira-Rio. Moro no Bonfim. Chovia. Após ficar 30 minutos na parada, veio o T5, mas era absolutamente impossível entrar no veículo da odiosa Carris. Estava super, hiperlotado. Todos os torcedores que estavam na parada começaram a protestar e o ônibus levou alguns chutes. Não meus.

Então propus um transporte solidário pago. Juntaríamos 4 pessoas e racharíamos um táxi. Assim é nesta cidade da EPTC e do Fortunati: melhor esquecer o transporte público. Ele some quando a demanda é maior. Pulemos para o pós-jogo… Na saída do estádio, havia umas duzentas pessoas na parada da José de Alencar para pegar o famigerado T5. Adivinhem o que houve? Depois de vinte minutos, o ônibus não veio, refiz o esquema e pegamos novo táxi.

Faz poucos anos, havia filas de T5 para pegar os torcedores após o jogo. Dava para voltar sentado para casa, ouvindo as entrevistas coletivas. Mas os tempos de Fortunati são tempos de merda.

Vamos para o campo. Meu caro Aguirre, foi mais ou menos, o que significa que melhorou. Apesar da escalação de Jorge Henrique — que entrou para marcar o lateral adversário e errar passes — e de momentos realmente ruins, o time demonstrou evolução e, quem sabe, futuro. Ainda temos muito desentrosamento atazanando a dinâmica. No primeiro tempo, por exemplo, impusemos total domínio e posse de bola, mas as chances de gol eram só da Universidade de Chile. Os caras cansaram de perder gols em rápidos contra-ataques. O juiz também estava engraçadinho. Sem exagero, aconteceram dois pênaltis claros a nosso favor, porém o pênalti que ele marcou favor, no final do primeiro tempo, foi muito duvidoso. Inter 1 x 0.

Voltamos muito melhor na segunda etapa. Mais elétrico e impedindo os contra-ataques chilenos, passamos ao papel da La U, isto é, perdemos gols sobre gols. Quando Alex entrou no lugar de Vitinho, a coisa virou massacre. O próprio Alex deixou Jorge Henrique na cara do gol para fazer 2 x 0.

Então, relaxamos e, bem, a Universidade não é trouxa e não apenas descontou como nos deu sustos. 2 x 1. Meio cagado, tu colocaste Nícolas Freitas no lugar de Jorge Henrique para progeger a defesa e retomar a tranquilidade perdida. Sasha fechou o placar com um golaço.

Saldo: Réver mostrou que não sairá mais do time e Nilton jogou, finalmente, uma partida parecida com as que fazia no Cruzeiro. Léo também esteve bem e Sasha foi o segundo melhor jogador da partida, logo após o sensacional D`Alessandro. (Sasha tentou uma bicicleta impossível e quase acertou. Seria um gol digno de placa e de ser colocado na abertura de todos os programas de TV que falassem de Libertadores). Alex entrou muito bem. A decepção esperada foi Jorge Henrique, errando passes e armando contra-ataques para os adversários. E o inesperado foi a má atuação de Vitinho, excessivamente individualista para o meu gosto.

Estamos em segundo lugar no Grupo 4 da Libertadores. Seria adequado VENCER o líder Emelec na próxima quarta-feira. Será que terei um T5 para ir ao Beira-Rio?

E vamos para o Gre-Nal. Com ônibus ou sem, até a pé venceremos.

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Os melhores lances começam em 1min11.
http://youtu.be/BWg6grfgrJE

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Boa tarde, Diego Aguirre. Mais compostura, por favor, prefeito Fortunati

Boa tarde, Diego Aguirre. Mais compostura, por favor, prefeito Fortunati

Vou escalar o time para ti: Alisson; Léo (já que tu gostas), Ernando, Alan Costa e Fabrício; Freitas, Aránguiz, Dale e Alex; Sacha e Vitinho. E estamos conversados. Deixa o Anderson e o Réver no banco. São craques, mas estão fora de forma. Nilton também está mal fisicamente. Não é hora deles. Rafael Moura nem pensar, deixe-o afastado até do banco de reservas para não dar vontade. Sabe-se, às vezes a gente se desespera e toma decisões equivocadas. Em seu lugar, convide o Bruno Gomes para ficar no banco. Mas só o coloque se estivermos ganhando. Se a coisa estiver complicada, ponha outro, mas nunca Rafael Moura, OK?

Obrigado.

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O Grêmio anda bem divertido. Liguei o rádio ontem à noite — sempre tomo banho com o rádio ligado –, estava na hora das coletivas pós-jogo. O Felipão e o diretor Rui Costa falavam com tamanha tranquilidade que achei que o time tivesse saído vitorioso. Não, a coisa tinha sido um melancólico 0 a 0. Um mau Gauchão não dá nada, o problema é entrar assim no Brasileiro. Bá, eu gosto quando o Grêmio cai.

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Eu jamais iria assistir uma dessas brigas públicas do gênero UFC ou MMA.  Na minha opinião, trata-se de um moderno retorno às arenas, uma espécie de rinha de galos com seres humanos. Ou seja, é uma coisa de gosto pra lá de duvidoso. Sei que é polêmico, mas a maioria das pessoas que tenho como razoáveis concorda comigo. Então acho estranho que o prefeito de Porto Alegre, José Fortunati, vá a um espetáculo violento desses como se fosse a um concerto. Ele tem um cargo importante, de certa forma, ele nos representa. E, no sábado à noite, vai ver um troglodita tentar amassar outro. Para piorar, ainda ufanou-se em seu twitter: “Porto Alegre recebe mais um grande evento internacional: baita público, gente bonita e grandes lutas”. E, como se não bastasse, foi flagrado tirando fotos da gente bonita, mais exatamente das ring girls, as meninas que anunciam os terríveis combates. A tripla baixaria está fartamente documentada.

Olha, eu acho que um sujeito que ocupa um cargo público deveria procurar ter maior cuidado. Há escolhas que uma pessoa pública deveria esconder ou praticar na intimidade.

fortuna

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A defesa masca coca e o The Strongest faz 3 x 1 na estreia do Inter na Lib 2015 (veja os gols)

A defesa masca coca e o The Strongest faz 3 x 1 na estreia do Inter na Lib 2015 (veja os gols)

Neste momento em que escrevo, o Inter já está de volta à Porto Alegre. A logística de ida e volta até La Paz foi perfeita. Se o time tivesse lembrado de marcar o The Strongest, principalmente naqueles primeiros minutos, tudo teria saído às mil maravilhas. Diego Aguirre colocou seu time em campo para fazer o que segue:

— MARCAR a partir da sua intermediária,
— ter a posse de bola,
— deixar a correria para o adversário e
— apostar em contra-ataques.

Só que todo o plano foi abortado pelo fato do primeiro item não ter sido, digamos, contemplado.

É claro que é difícil analisar um time que joga na altitude da capital boliviana e que estava preparado para o fiasco desde o anúncio da presença do The Strongest em sua chave. O presidente Píffero lamentou-se tanto que parecia que os caras eram o Real Madrid. Nossos jogadores estavam há uma semana respirando mal. Lá em La Paz, houve problemas reais. Anderson sentiu-se mal, por exemplo. Mas, a partir de agora, vou tentar mostrar que o pior foi a falta de marcação em função do excesso de zelo com a altitude.

Começamos bem o jogo: aos 4 minutos, Nilmar recebeu de D`Alessandro, partiu em velocidade para cima da defesa boliviana, deixou dois marcadores para trás e ficou cara a cara com o goleiro Vaca, mas concluiu mal.

Algumas luzes e uma explusão injustificada
Algumas luzes e uma expulsão injustificada

Depois, o que se viu foi a liberdade total dos pupilos de Evo Morales em nosso campo. Nossa defesa ficava mascando coca. O primeiro gol foi uma piada. Aos 10 minutos, o centroavante Ramallo recebeu na área, fez o pivô para Cristaldo, livre, enfiar uma bomba, Alisson conseguiu impedir o gol, mas no rebote, havia mais um jogador abandonado pela marcação, Chumacero. 1 a 0. Aos 14, Pablo Escobar recebeu na boca da área — não se sabe onde estavam os três volantes de Aguirre — chutou e deu uma rosca, só que a rosca acabou nos pés de Ramallo, novamente livre, na cara de Alisson, 2 a 0.

Então Anderson sentiu-se mal e saiu. Já no banco, a TV mostrava ele e Paulão usando máscaras de oxigênio. Aliás, Paulão deveria ficar sempre assim em todos os jogos — no banco, com uma máscara de oxigênio. Vitinho entrou melhor e nós conseguimos levar o jogo em 2 a 0 até o final do primeiro tempo.

No intervalo, Aguirre trabalhou bem. O Inter dedicou-se a marcar e poderia ter empatado ou até virado o jogo em 15 minutos. Aos 2, Nilton cabeceou um escanteio cobrado pela direita e um zagueiro do Strongest abriu os braços, tocando na bola com a mão. Pênalti. D’Alessandro foi lá e fez, chutando no seu canto preferido, só que alto. 2 a 1.

Com o gol, começamos a criar chances em sequência. Aos 7, Nilmar arrancou em velocidade pela direita e cruzou para Fabrício na frente do gol, só que este, apertado pela marcação, não conseguiu concluir. Três minutos depois, D’Alessandro cobrou escanteio e Alan Costa mandou bala com a testa, Vaca fez boa defesa. Aos 23, Vitinho quase empatou. Sasha fez o cruzamento e o ex-botafoguense se antecipou à defesa. A bola explodiu no travessão.

Escrevo tudo isso para mostrar como poderíamos ter saído de La Paz com um bom resultado e que nossos problemas são também de estratégia e obediência tática. Outra coisa: jogadores de primeira linha decidem. Nilmar foi brilhante na primeira situação de gol da partida, mas deu um chutinho. O que há?

No final, um espetacular lançamento de Pablo Escobar encontrou Chumacero na cara de Alisson. Foi um belo gol dos bolivianos. Mas bem no finalzinho, para piorar nossa vida, Nilmar resolveu solar um zagueiro e acabou expulso. Não entendi, Nilmar nunca foi de disso.

Bem, agora o Inter tem que pensar sobre seus erros e sobre o próximo adversário. Temos que ganhar em casa para não comprometer toda a Lib 2015. Esperemos um bom trabalho de Aguirre e que o Píffero cale a boca.

P.S. — Temos um goleiraço, não?

http://youtu.be/Y94yiP0mHWQ

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Após crise histérica de Felipão, Inter vence com os reservas

Após crise histérica de Felipão, Inter vence com os reservas
Ai, como "eles" erram!
Ai, como “eles” erram! Não seria a hora de dizer adeus?

Não lembro de ter visto um técnico abandonar seus jogadores antes do final da partida. E, meio louco e descontrolado após nova derrota na Arena, desta vez para o Veranópolis, Felipão disse para todo mundo ouvir:

— Me expulsei. A equipe não apresenta nada daquilo que a gente faz no treinamento. Não adianta ficar enganando a torcida do Grêmio. Não tinha mais o que fazer, fui embora para o vestiário. Acabou o assunto.

Foi uma triste entardece, lá pros lados da Zona Norte. O comandante culpou os jogadores. Isso não melhorará o ambiente interno, certamente. É óbvio que 7e1ipão está sofrendo. Desde 2008, quando deixou a Seleção Portuguesa, o treinador só acumula fracassos. Mesmo quando parecia ter renascido — como naquele Gre-Nal em que o Grêmio fez 4 x 1 –, voltou logo após a cair. Seu comportamento atual é mais de manager do que de responsável técnico. Foi ele quem anunciou que o clube não contrataria no início deste, foi ele quem explicou a estratégia de 2015. Acho que está de saco cheio de jogadores de futebol.

Na opinião deste humilde observador, está na hora de permitir que Felipão direcione sua vida para uma aposentadoria dourada. Assim como o Inter fez nos últimos anos com vários dos seus, o Grêmio e o próprio Felipão, respectivamente, incinera e auto-incinera um grande ídolo do clube. Sei, é complicado demitir um símbolo, mas deu, né?

(Queria ver ele abandonar o posto no jogo contra a Alemanha, frente ao mundo).

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Muita, mas muita pressa
Muita, mas muita pressa

Já o trabalho de Diego Aguirre não deu ainda grandes frutos, mas sabe bem melhor do que o de seu oponente gremista. Parece ter ideia e direção. E pressa, muita pressa. A coisa vai aos trancos. A gente entende claramente o que ele quer obter. Aguirre muda esquema, troca jogadores, mantém o que funciona e vai tentando melhorar a produção em campo antes da estreia na Libertadores contra o The Strongest na Bolívia. Há pressa, muita pressa.

O Inter está conseguindo fazer com que a instituição jogue dois jogos por semana, com dois grupos diferentes de jogadores. As apresentações, apesar de estarem bem longe de serem maravilhosas, são ao menos descansadas. O Inter corre pacas. Ontem à noite, venceu o Caxias na base da correria.

Nosso adversário na estreia da Libertadores, terça-feira às 22h30, não é grande coisa, só que está entrosado e joga em ambiente conhecido, muitas vezes hostil para os visitantes. Vamos como termina nosso Carnaval.

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O Inter é o lanterna do Citadino

O Inter é o lanterna do Citadino

Basta olhar a tabela do Gauchão 2015. O São José, do Passo d’Areia, é o segundo colocado com 8 pontos ganhos. O Grêmio é o quinto com 6 pontos e 2 vitórias. O Cruzeiro é o sexto com 6 pontos, 1 vitória e saldo 2. O sétimo e último é o galático Internacional, com 6 pontos, 1 vitória e saldo 1.

via Telmo Kiguel

lanterna

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Um estranho Campeonato Gaúcho para a dupla Gre-Nal

Um estranho Campeonato Gaúcho para a dupla Gre-Nal

Acho cômico o narrador Paulo Britto insistir em chamar o Gauchão 2015 de “charmoso”, mas seu início dá indícios de que esta edição talvez vá se tornar a melhor desde os anos 80. Finalmente a dupla Gre-Nal tem penado. E muito. De resto, meus sete leitores conhecem minhas opiniões sobre os campeonatos regionais.

Não vi Grêmio 0 x 1 Brasil, mas quem assistiu o jogo do tricolor contra o Avenida sabe que o resultado não é surpreendente. O Brasil é um time consolidado, cheio de veteranos que sabem jogar. Já o Grêmio é um grupo jovem, talvez de futuro. O resultado não surpreende a um macaco velho como eu. Entendo o que Grêmio quer fazer. Quer botar a base para jogar a fim de que apareçam os bons jogadores. Depois, antes do Brasileiro, procurará no mercado as reposições para aquelas posições onde não aparecer ninguém. Está pensando de forma lógica e econômica. O problema é que o futebol pode ser mais rápido do que a estratégia e — pelamor — a base parece ser fraca demais. A impressão que tenho é a de que será necessário contratar muita gente. E justo quando a janela estiver fechada. Acho melhor a diretoria abrir o olho. Nós, colorados, adoramos quando o Grêmio vai para a Segundona. E, se o Romildo não se mexer, vai novamente. Seria o Nirvana. Um conselho a Romildo: esqueça os delírios de Campeonato Brasileiro mata-mata e faça um time de futebol.

E Cruzeiro 0 x 0 Inter? O Cruzeiro é um desses times de empresários, ao que tudo indica. Já o Inter leva jeito de time de futebol. Só o jeito, porque não acontece nada. Deixamos de levar gols, mas paramos de fazê-los. Nilmar está prontinho para ser vaiado. Mas ao menos ele, D`Alessandro, Vitinho e Sasha já entenderam uma coisa: Numa equipe de futebol, o goleiro é o primeiro atacante e o atacante, o primeiro defensorOu seja, eles começaram a marcar. Porém, o Inter é um enigma a ser decifrado. Ninguém sabe onde pode chegar, mas seu futebol sabe melhor do que o do Grêmio.

Contrariamente ao que li na imprensa, gostei da estreia de Anderson. Boas viradas de jogo, bons passes. Ele deu nova inteligência ao setor. Poderia treinar mais as cobranças de pênaltis, não?

Meu segundo time no RS é o líder do Gaúcho. Merece.

Nena comemora o Gol do Brasil de Pelotas e a liderança | Foto: Vinícius Costa / Futura Press
Nena comemora o gol do Brasil de Pelotas e a liderança | Foto: Vinícius Costa / Futura Press

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Bolívar no Beira-Rio

Bolívar no Beira-Rio

BolivarBolívar esteve presente nas duas Copas Libertadores da América vencidas pelo Inter, em 2006 e 2010. Até marcou o gol da vitória na virada contra o Chivas Guadalajara no primeiro jogo da final de 2010, após passe de cabeça de Índio. Esteve no Inter entre 2003 (era lateral direito) e 2006. Retornou em 2008, ficando até 2012. Creio que Abel tornou-o zagueiro lá por 2005. E Bolívar foi um grande zagueiro, um grande vencedor, mas fez duas temporadas lamentáveis em 2011 e 2012, tendo sido negociado com o Botafogo no início de 2013, onde não foi muito mais feliz, tanto que em 2014 participou do time que caiu para a segunda divisão. No Inter, conquistou tanta coisa que ninguém tinha peito de deixá-lo na reserva, apesar das más atuações.

Eu fui um dos que mais criticaram Bolívar ao final de sua segunda passagem no Inter. Mas hoje acho que a torcida colorada deve lembrar não de seus últimos tempos no Inter e sim como aquele zagueiro veloz e vigoroso que dava botes exatos e que sabia sair jogando. Por muito tempo foi capitão do nosso time.

Hoje, Bolívar reaparecerá no Beira-Rio jogando pelo Novo Hamburgo. Tem 34 anos, uma de enorme saldo positivo e a vida certamente feita. Não estarei no estádio às 17h. Espero que a torcida colorada o aplauda muito. Chega de queimar ídolos.

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Acho melhor Diego Aguirre repensar seus conceitos, e imediatamente

Acho melhor Diego Aguirre repensar seus conceitos, e imediatamente
Pensa um pouco, tá?
Pensa um pouco, tá?

Se os treinamentos são cheios de ideias e imaginativos, Diego Aguirre chegou ao Internacional com um contrapeso: veio com esquema de jogo pronto na cabeça. É o esquema do qual ele gosta e que deseja aplicar à fórceps a um bom grupo de jogadores totalmente inadequado a ele. E digo mais, é um esquema inadequado à maioria dos clubes brasileiros. Começo por aí:

O 4-4-2 (ou o 4-4-1-1, com D`Alessandro de enganche): com duas linhas de quatro jogadores, faz com que os membros da linha mais à frente comportem-se ora como volantes, ora como armadores. Algum torcedor colorado consegue vislumbrar Alex, Sasha, Valdívia, Vitinho ou D`Alessandro atuando como frequentemente como volantes? Ora, Aguirre, isso não acontecerá. Simples assim. Mas há mais:

Os laterais fixos: já vi todos os esquemas de jogo darem certo no Brasil, mas ainda não vi um que mantivesse fixos os laterais. Pois talvez a maior distinção que o futebol brasileiro apresente em relação aos outros, é o fato de nossos laterais aparecerem no ataque sempre que este seja realizado pelo lado em que jogarem. Mantendo fixos os laterais, o Inter perde as melhores características do jovem Cláudio Winck, cheio de futuro, e de Fabrício.

D`Alessandro centralizado: Dale está há oito anos no Inter. É um grande jogador, é um sucesso, porém, por algum motivo, apenas mata a pau quando organiza suas jogadas a partir dos flancos, com menor marcação. Aguirre quer vê-lo centralizado. Tudo indica que não funcionará.

Paulão: alguém deveria ter avisado Aguirre que Paulão tem um posicionamento em campo que lhe é habitual e que simplesmente… Vocês viram o segundo gol do Shakhtar, o de Taison? Pois é. Ele tem o vício de ignorar o cara que poderá receber a bola. Como está beirando os trinta anos, creio que jamais aprenderá. Abel já sabia que Alan Costa era uma opção muito mais segura.

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Enquanto o Inter gasta, o Grêmio imita Sartori

Enquanto o Inter gasta, o Grêmio imita Sartori

distintivo-grenalO Grêmio vai cumprindo o que prometeu ao final de 2014. Sem dinheiro, examina jogadores na base e apenas contratará sem custos. Luiz Felipe, dando uma de manager do clube, já antecipara que o ano seria dureza. A estratégia é boa para um clube meio sem grana: avalia o que tem em casa durante o Gauchão — que não vale nada — e contrata depois, apenas para aquelas posições em que o futebol do campo indicar carências reais. O torcedor vai ter de apelar para a paciência e caldo de galinha.

O time perdeu Pará, Bressan, Riveros, Zé Roberto e Dudu, gente que jogou bastante em 2014. Chegou do Bahia o desconhecido Gallardo, emprestado por um ano.

Não sei o Inter tem dinheiro ou se é louco mesmo. Sei que há uma Libertadores e a pressa para acertar o time é maior do que a do Grêmio. O time dispensou dispensáveis como Gilberto e Wellington Silva e não deixou sair ninguém de peso. Hoje, Jorge Henrique foi colocado no mercado após fazer festa durante a pré-temporada. (O cara não sabe que tem sempre gente com câmeras na mão para qualquer eventualidade?)

Para o lugar de Abel, veio o uruguaio Diego Aguirre, o que não deixa de ser uma aposta, considerando-se o péssimo histórico de treinadores estrangeiros em nosso país. Abel vinha de mal a pior e só chegou a Libertadores em repetidas golfadas de sorte. Foi trazido um lateral-direito também desconhecido, Léo, além do volante Nilton e do zagueiro Réver. A direção acena com a jovem estrela De Arrascaeta e Vitinho, outro jovem que surgiu no Botafogo e sumiu nas estepes russas.

São duas posturas totalmente diferentes, indo em direções diversas em 180º. Mas ambas são muito perigosas. Já ouvi torcedores do Grêmio se exclamarem irritados com a lista de jogadores que subiu para a pré em Gramado e colorados achando que vão ver o Real Madrid deslizando no no Beira-Rio.

Observemos.

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Vá entender! Grêmio articula a volta do mata-mata

Vá entender! Grêmio articula a volta do mata-mata
Romildo Bolzan: o mais novo chato a propor retrocessos
Romildo Bolzan Jr, inicia sua gestão propondo retrocessos. Não seria melhor montar um time para o Grêmio?

“Dá muito mais emoção, audiência e equilíbrio técnico ao campeonato”, disse de forma inacreditável o novo presidente do Grêmio, Romildo Bolzan Jr.

Equilíbrio técnico? Ele deve estar brincando, não? Pois, obviamente, o modelo mais simples e consagrado mundialmente, o de pontos corridos com jogos lá e cá, é o mais equilibrado e justo. Além do mais, já há vários torneios mata-mata em nossas vidas: a Libertadores, a Sul-Americana, a Copa do Brasil e até os famigerados Regionais.

Segundo Bolzan, a luta pelas “vaguinhas” na Libertadores e na Sul-Americana é a única coisa interessante nos pontos corridos. Ele esquece simplesmente das duas pontas: a do campeão e a do rebaixamento. Esquece também dos clubes que ficarão fora dos play-offs, obrigados anteciparem as férias em um mês, chorando a falta de renda e o prejuízo com as folhas de pagamento a vencer sem o time jogar. E mais, acho uma piada o Cruzeiro colocar em risco um Brasileiro após permanecer por meses na primeira colocação.

Na minha opinião, mata-mata é coisa para a TV, é para o telespectador, para aquele torcedor que só aparece na hora da final, o torcedor de ocasião. Quem acompanha os pontos corridos — aqui e na Europa — sabe que cada jogo, desde o início, é uma final. Mas, sei, é complicado explicar isso para quem não gosta muito de futebol. Ademais, esquecem que no mata-mata um time pode também disparar e ficar jogando na banguela, só esperando e escolhendo o melhor cruzamento. Pois o mata-mata torna meramente classificatórios os jogos de ida e volta .

E quem compraria um campeonato inteiro na TV se só um mês interessa?

Ora, Dr. Romildo, vai fazer time e não encha o saco.

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A incontornável Liga dos Canelas Pretas

A incontornável Liga dos Canelas Pretas
Provável time da Liga da Canela Preta.
Provável time da Liga da Canela Preta. Qual será?

No tempo que preto não entrava no Bahiano
Nem pela porta da cozinha

Gilberto Gil, em Tradição

Porto Alegre é uma das sete cidades do mundo que têm dois times campeões mundiais — você saberia dizer quais são as outras seis? (*) — e uma história de nosso futebol jamais poderia tangenciar a Liga dos Canelas Pretas, formada por negros em nossa cidade no início do século XX.

A referência feita por Gilberto Gil na canção Tradição, de 1973, é ao Clube Bahiano de Tênis. O tênis é ainda um esporte de elite, mas até 1952 havia clubes de futebol no país que não aceitavam jogadores negros. O último grande clube a incorporar negros a sua equipe foi o Grêmio de Porto Alegre. Na época, por iniciativa do presidente Saturnino Vanzelotti, o clube foi atrás de um grande jogador negro que desse fim, em grande estilo, à discriminação no clube. E contratou o Tesourinha, ex-ídolo do Internacional, que estava no Vasco da Gama do Rio de Janeiro. A chegada dele ao Grêmio seria um choque nos colorados e um grande reforço para o Grêmio. Mas Vanzelotti pensava mais longe: o presidente queria Tesourinha para servir como emblema contra o racismo.

— É de um ídolo como você que eu preciso para provar a todos que esse racismo é errado — teria dito a Osmar Fortes Barcellos, o Tesourinha.

Então, no dia 4 de março de 1952, aos 32 anos, Tesourinha vestiu o novo uniforme para um treino no velho Estádio da Baixada. Um público numeroso nas sociais aplaudiu o novo contratado, enquanto alguns conselheiros reprovaram a contratação, alegando que era a quebra de uma importante tradição do clube. Era apenas um dia de treino, mas uma data histórica para o futebol gaúcho. É incrível pensar que, seis anos depois, o mundo reverenciaria Pelé, um negro de 17 anos, no Mundial da Suécia.

A Liga dos Canelas Pretas

Era o final da longa caminhada iniciada pela Liga dos Canelas Pretas. Este curioso nome era como a população conhecia a Liga Nacional de Futebol Porto-Alegrense, formada no início do século XX na região do antigo bairro da Ilhota, em Porto Alegre, unicamente por “homens de cor”. Também era chamada de Liga “das” Canelas Pretas ou simplesmente Liga Canela Preta.

É muito complicada qualquer pesquisa a respeito dela. Quase não há fotos ou registros escritos e o que conseguimos abaixo é o resultado da consulta a mais de vinte fontes diferentes.

Foto do Sport Club 8 de Setembro
Foto do Sport Club 8 de Setembro

Tudo começou com a discriminação — naturalíssima, na época — praticada pela Liga Metropolitana. Ali, só podiam jogar times de homens brancos. Em resposta, os Canelas Pretas estabeleceram sua liga entre 1910 e 1915, atingindo grande reconhecimento na década de 1920. Como sempre acontece no Rio Grande do Sul, havia dois grandes adversários: o Bento Gonçalves e o Rio-Grandense. Mas havia outras equipes menores, como o Primavera (dos arredores da Rua Gonçalves Dias), o Primeiro de Novembro (formado por funcionários do Forno do Lixão), o Oito de Setembro (da área então chamada de Colônia Africana, hoje o bairro Rio Branco), mais União, Palmeiras, Aquidabã e Venezianos, totalizando nove clubes associados.

Mesmo dentro da Liga havia certa segmentação. O Rio-Grandense (não confundir com outros times homônimos) era um time de mulatos, os chamados “mulatinhos cor-de-rosa”, formado por funcionários públicos e de hotéis. Já o Bento Gonçalves era um time majoritariamente de negros, formado por engraxates e outros profissionais, quase sempre muito pobres.

A discriminação tinha a ver com a sociedade da época, mas também com a estrutura urbana de Porto Alegre. Havia guetos negros como a Colônia Africana, atual bairro Rio Branco, e outros bairros étnicos, o que poderia ajudar a explicar a segregação racial do futebol local. Ou seja, a Liga da Canela Preta e toda a rejeição por parte da liga branca são fatos que não podem ser isolados da dinâmica urbana.

Nos anos 20, a Liga Metropolitana criou sua segunda divisão (a “liga do sabão”, composta pela classe média baixa), absorvendo os melhores jogadores dos Canelas Pretas, o que acabaria por fazer desaparecer a Liga na década de 1930 (possivelmente em 1933, início do profissionalismo no futebol local).

Antonio Carlos Textor, autor do filme A Liga dos Canelas Pretas, fala a respeito das dificuldades que enfrentou na realização da obra:

— Os registros oficiais da liga se perderam na enchente de 1941. Essa história foi praticamente ignorada pela imprensa local e sobreviveu na memória oral da comunidade negra e em raríssimas fotografias. Muita gente, inclusive entidades ligadas ao movimento negro, desconhece esse episódio.

A existência da curiosa Liga de nome peculiar serve apenas deixar evidente as dificuldades dos ex-escravos e seus descendentes para se integrarem à sociedade.

O Internacional

O Internacional teria o primeiro registro de um negro em sua equipe no ano de 1913, o zagueiro Dirceu Alves. Porém, até 1928, apesar de o Internacional possibilitar a inclusão de indivíduos não oriundos da elite em seus quadros, era quase inexistente a presença de jogadores negros em seus quadros. Na década de 30, o Internacional também contribuiu para o fim da Liga dos Canelas Pretas, pois passou a utilizar muitos jogadores negros em seu grupo. A atitude acabou fortalecendo a equipe, absolutamente hegemônica nos anos 40, além de criar o carinhoso apelido de Clube do Povo. Mas os jogadores da Liga não vieram para o Inter por algum amor abnegado. Os atletas negros se transferiam atrás do pagamento de salários, ainda que muito baixos.

O time do Inter dos anos 40, conhecido por Rolo Compressor: negros
O time do Inter dos anos 40, conhecido por Rolo Compressor: negros

O Grêmio

A história da presença de negros no Grêmio é muito contraditória. Além da foto abaixo, que mostra o Grêmio com dois negros em sua equipe nos tempos do lendário goleiro Eurico Lara, que permaneceu no clube entre 1920 e 1935 — quem seriam? –, pesquisas recentes realizadas pelo clube indicam que os primeiros negros (ou pardos) a atuarem foram os Irmãos Carlos e Alfredo Mostardeiro, na equipe principal a partir de 1911 (tendo ingressado no clube em 1909 e participado da segunda equipe em 1910).

O que se sabe é que, a partir dos nos 30, o tricolor não teve negros em suas esquadras até a chegada de Tesourinha em 1952.

Uma crônica do gremista e mulato Lupicínio Rodrigues, publicada no jornal Última Hora em 6 de abril de 1963 (Coluna Roteiro de Um Boêmio) vem em nosso auxílio. Ela está publicada abaixo, finalizando o texto.

Uma foto deveras estranha. O time do Grêmio, com o goleiro Eurico Lara -- que jogou no clube entre 1920 e 1935 -- deitado à frente. Só que há dois negros na foto...
Uma foto deveras estranha. O goleiro Eurico Lara deitado à frente do time do Grêmio. Só que há dois negros na foto…

 

Domingo, estive em um churrasco da Sociedade Satélite Prontidão, onde se reúne a “Gema” dos mulatos de Pôrto Alegre. Lá houve tudo de bom, bom churrasco, boa música e boa palestra. Mas, como sempre, nestas festas nunca falta uma discussão quando a cerveja sobe, lá também houve uma, e, esta foi a seguinte. Uma turma de amigos quis saber porque, sendo eu um homem do povo e de origem humilde, era um torcedor tão fanático do Grêmio. Por sorte, lá estava também o senhor Orlando Ferreira da Silva, velho funcionário da Biblioteca Pública, que me ajudou a explicar, o que meu pai já havia me contado. Em 1907, uma turma de mulatinhos, que naquela época já sonhava com a evolução das pessoas de côr, resolveu formar um time de futebol. Entre estes mulatinhos estava o senhor Júlio Silveira, pai do nosso querido Antoninho Onofre da Silveira, o senhor Francisco Rodrigues, meu querido pai, o senhor Otacílio Conceição, pai do nosso amigo Marceli Conceição, o senhor Orlando Ferreira da Silva, o senhor José Gomes e outros. O time foi formado. Deram-lhe o nome de “RIO-GRANDENSE” e ficou sob a presidência do saudoso Julio Silveira. Foram grandes os trabalhos para escolher as côres, o fardamento, fazer estatutos e tudo que fôsse necessário para um Clube se legalizar, pois os mulatinhos sonhavam em participar da Liga, que era, naquele tempo, formada pelo Fuss-Ball, que é o Grêmio de hoje, o Ruy Barbosa, o Internacional e outros. Êste sonho durou anos, mas no dia em que o “RIO-GRANDENSE” pediu inscrição na Liga, não foi aceito porque justamente o Internacional, que havia sido criado pelo “Zé Povo”, votou contra, e o “RIO-GRANDENSE” não foi aceito. Isso magoou profundamente os mulatinhos, que resolveram torcer contra o Internacional e, sendo o Grêmio seu maior rival, foi escolhido para tal. Fundou-se, por isso, uma nova Liga, que mais tarde foi chamada de “Canela Preta”, e quando êstes moços casaram, procuraram desviar os seus filhos do clube que hoje é chamado o “CLUBE DO POVO”, apesar de não ser êle o primeiro a modificar seus estatutos, para aceitar pessoas de côr, pois esta iniciativa coube ao “ESPORTE CLUBE AMERICANO”, e vou explicar como: A Liga dos “Canelas Pretas” durou muitos anos, até quando o “ESPORTE CLUBE RUY BARBOSA”, precisando de dinheiro, desafiou os pretinhos para uma partida amistosa, que foi vencida pelos desafiados, ou seja, os pretinhos. O segundo adversário dos moços de côr foi o Grêmio, que jogou com o título de “Escrete Branco”. Isso despertou a atenção dos outros clubes que viram nos “Canelas Pretas” um grande celeiro de jogadores e trataram de mudar seus estatutos, para aceitarem os mesmos em suas fileiras, conseguindo levar assim, os melhores jogadores, e a Liga teve que terminar. O Grêmio foi o último time a aceitar a raça porque em seus estatutos, constava uma cláusula que dizia que êle perderia seu campo, doado por uns alemães, caso aceitasse pessoas de côr em seus quadros. Felizmente, essa cláusula já foi abolida, e hoje tenho a honra de ser sócio honorário do Grêmio e ter composto seu hino.

(*) Milão, Madrid, Montevidéu, São Paulo, Buenos Aires e Avellaneda.

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Há oito anos, pela manhã, eu estava muito nervoso

Há oito anos, pela manhã, eu estava muito nervoso

E viva Iarley, grande herói daqueles tensos minutos finais! Eu não conseguia permanecer sentado. Caminhava de um lado para outro, olhando o relógio a cada 5 segundos…

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Começam as especulações

Começam as especulações

distintivo-grenalComeça a parte mais chata do ano, a das especulações da imprensa esportiva. O Inter já teria contratado Tite para técnico, Dudu para seu ataque e Fábio Mahseredjian para a preparação física. Tudo muito adequado não fosse o fato de as eleições para a presidência do clube serem no próximo sábado… Estamos com dois candidatos à presidência que contratam e contratam.

Por falar nisso, votarei em Píffero no próximo sábado. A mim, o acerto — este sim anunciado — entre Abel e o candidato Marcelo Medeiros soa como uma ameaça. Nós vimos como Abel se classificou para a Libertadores. Em bom português, o nome daquilo é casualidade, sorte, rabo, cu. Nada de estratégia, nada de bom futebol, nada de nada do que pareça orientação e treinamento. Abel tem que sair. A grande duvida é como reagirão os jogadores com a saída de seu querido técnico.

Enquanto isso, o Grêmio parece que parte para um desmanche. Oito jogadores de bom salário devem sair e três virão. A venda de Barcos já é admitida abertamente. Vai para o México. Douglas e Maxi Rodríguez voltam. Segundo Felipão, que adquiriu perigosos ares de presidente do clube, serão contratações “cirúrgicas”. Se eu fosse gremista, estaria em pânico.

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Uma espetacular vitória na despedida de Abel Braga e Alan Ruschel (veja os gols da façanha e a fuga alucinada do juiz)

Uma espetacular vitória na despedida de Abel Braga e Alan Ruschel (veja os gols da façanha e a fuga alucinada do juiz)
Valdívia engana e engana-se em Florianópolis
Valdívia engana e engana-se em Florianópolis

Não, infelizmente, Abel não se despediu, nem Alan Ruschel, trata-se apenas de um desejo deste comentarista que quase arrancou os cabelos restantes neste CRUENTO sábado à tarde. Incrível, Abel fez de tudo para ser DEVASTADO neste jogo e eu só o aceitaria em 2015 se ele garantir permanecer com a sorte incrível dos últimos jogos. O que foi a escalação de hoje? Para que três zagueiros? Nós só havíamos jogado (muito mal) contra o São Paulo neste esquema. Hoje, “amparado pela ausência de D`Alessandro”, Abel remontou o que não tinha funcionado e voltamos a fazer uma partida ABOMINÁVEL. Como viramos para 2 x 1, só a Nossa Senhora dos Últimos Minutos, citada por Luís Augusto Farinatti, pode explicar.

Como escreveu o Luís Felipe dos Santos no Facebook:

Resumo do torcedor do Inter em 2014:
– precisamos ganhar! ‪#‎vamointer‬
– nossa, que ataque ruim
– nossa, que zaga horrível
– não tem como ganhar com esse time
– GOL
– NOSSA, COMO ESSE TIME GANHOU DE NOVO?

Quem não viu o jogo, não acredita. Aos 49min59, PAULÃO fez um lançamento TODO TORTO em profundidade para WELLINGTON SILVA. É óbvio que isso só podia acabar em MERDA, mas não no Inter de Abel. Wellington Silva levou no peito como se fosse um jogador de futebol, mas concluiu como Wellington Silva mesmo. Saiu-lhe um chutinho CHOCHO, triste, sem graça. Tão chocho e sem graça que ILUDIU o goleiro, o qual saltou como se estivesse brincando em casa com seu gatinho. Logo depois a câmera mostrou Abel ao lado do campo. Ele parecia o ursinho Puff feliz, ROTUNDINHO, pulando com seus bracinhos no ar, um amor. Parecia até que tinha algum mérito. Nossa, Abel, tu tens muita sorte, és um amuleto, não um técnico de futebol.

Eu penso nesse jogo e… Como explicar o gol de empate do Inter? O pior jogador em campo, Alan Ruschel, deu um cruzamento perfeito num escanteio. Rafael Moura entrou na corrida e cabeceou consciente, no ângulo. Dá pra entender?

Ao final da partida, após o árbitro distribuir RAMALHETES de cartões vermelhos para quatro jogadores — 2 de cada time –, teve que fugir (ver o segundo vídeo) dos jogadores do Figueirense após receber um peitaço de Thiago Heleno. Foi muito engraçado. Demonstrando um talento insuspeitado, Rafael Moura foi seu LEÃO-DE-CHÁCARA durante todo o episódio. Jamais vi tanta ATITUDE nele.

Como comentar um jogo sem sentido? Não sei o que dizer. Só sei que o Inter está no Grupo 4 da Libertadores com Emelec-EQU, Universidad-CHI e o vencedor de Morelia-MEX e The Strongest-BOL. O outro caminho — o que ficou para o Corinthians — é terrível: São Paulo, San Lorenzo do Papa, atual campeão da Lib, e Defensor-URU. E os corintianos ainda terão que vencer um time colombiano antes.

Acabamos bem o ano. Fizemos um check-up cardíaco e ainda ganhamos uma boa vaga.

E viva o Inter!!!

Aqui, os gols e melhores lances:
http://youtu.be/QPrXsaT5Eq4

Aqui, a fuga do árbitro, protegido por Rafa Moura:
http://youtu.be/TLDo-VrUHQI

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Boa noite, Abel Braga (veja os gols de Inter 3 x 1 Palmeiras)

Boa noite, Abel Braga (veja os gols de Inter 3 x 1 Palmeiras)
Taiberson comemora o primeiro gol do Inter sobre o Palmeiras
Taiberson comemora o primeiro gol do Inter sobre o Palmeiras

Foi uma vitória justa, apesar do sofrimento que houve com a apatia do time desde o gol de empate do Palmeiras até o gol de Fabrício, o qual tem um apelido, nome e sobrenome: Valdívia ou Wanderson Ferreira de Oliveira. Após o empate do Verdão — que está mais para Verdinho –, nós estávamos caindo em depressão, o Palmeiras tomava incompreensivelmente o controle da partida e a gente se enrolava nas próprias pernas.

O time do Palmeiras é realmente fraco e merece estar entre os quase rebaixados. Bruno César, jogador que entrou no segundo tempo, mostrava uma barriga de grávido. Parecia uma piada, sei lá. Foi só colocar um pouco de velocidade e acertar os passes, qualidades trazidas magicamente por Valdívia, que os gols recomeçaram a sair.

Agora com 66 pontos, o Inter chega ao domingo em terceiro, mas volta ao quarto lugar se o Corinthians vencer ou empatar com o Fluminense amanhã. Entrando em quarto, teremos que jogar a Pré-Libertadores em fevereiro. Puro estresse. Não acredito que acabemos em terceiro, mas seria excelente. Esse jogo extra para entrar na Libertadores é daquelas coisas são usadas pelos preparadores físicos para justificar todo um ano de lesões musculares. Ah, nós tivemos que acelerar a preparação para aquele jogo no início de fevereiro… Lamentável.

Mas estamos na Lib-2015. Isso é o que interessa!

http://youtu.be/9oRkR5rix7Y

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Boa noite, Abel Braga (veja os gols da odisseia de sábado à noite)

Boa noite, Abel Braga (veja os gols da odisseia de sábado à noite)
Fabrício corre para comemorar contigo o gol salvador | Foto: Autor: Alexandre Lops
Fabrício corre para comemorar contigo o gol salvador | Foto: Autor: Alexandre Lops

O teu, o nosso Internacional jogou muito mal, Abel Braga, mas obteve os três pontos. Neste momento do campeonato, faltando duas rodadas para o fim do Sofredão 2014, pouco importa se jogamos bem ou mal. Aliás, jogar bem é algo que não vemos o Inter fazer desde o Gre-Nal. Este final do ano mostra que teu trabalho de campo foi rigorosamente péssimo, Abel, e que não temos preparo físico para 90 minutos. Atenção: lembro que os preparadores físicos vieram junto contigo, são tua equipe! A coisa só não é uma tragédia porque nossos jogadores se garantem sei lá como. E também porque… Que sorte a nossa! O gol de Fabrício, aos 49 minutos do segundo tempo, feito com um improvável pé direito e garantindo o 2 x 1 a nosso favor, demonstra que os Deuses do Futebol querem nos ver na Bolivariana 2015.

Foi um jogo todo irregular. O juiz errou para todos os lados e, se o que dá merecimento à vitória são as chances de gol perdidas, todos podem comprovar abaixo que a vitória do Inter não foi tão absurda assim. Rafael Moura e D`Alessandro perderam gols incríveis. Não sei se o Atlético-MG B é um time muito bom ou se nós somos ruins. Inclino-me pela segunda hipótese. Mas não interessa, é tarde para saber, apesar de que sei que o jogo foi um ocioso investimento de angústia, pois deveríamos tê-lo ganho facilmente, Abel. Agora temos mais dois jogos: Palmeiras em casa e o Figueirense fora.

Se o Inter vencer o Palmeiras, não poderá mais ser ultrapassado pelo Grêmio. Segundo o Infobola, as chances do Inter ir para a Libertadores são de 91%, as do Grêmio, de 15%. Segundo o Chance de Gol, temos 71 contra 3,5% de chances do tricolor. Mas acho que o Palmeiras será um adversário duríssimo. Eles estão na beirada do rebaixamento, um pontinho acima da degola. Mas há o Atlético-MG e até o Fluminense, que podem incomodar se nossa ruindade nos levar a perder a maioria dos 6 pontos que temos a disputar.

Falar sobre tática, reclamar de teus erros? Olha, é tarde para isso.

Se era noivo, se era virgem,
se era alegre, se era bom,
não sei,
é tarde para saber.

DRUMMOND, fragmento do lindíssimo poema Morte do Leiteiro

http://youtu.be/FVm95W3RmL0

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Boa noite, Abel Braga (veja os melhores lances e a obra-prima de Paulão em Inter 1 x 0 Goiás)

Boa noite, Abel Braga (veja os melhores lances e a obra-prima de Paulão em Inter 1 x 0 Goiás)

Abel, parabéns pela vitória choradíssima. Teu time não foi nada brilhante, mas fez o que tinha que fazer jogando sem Aránguiz, Alex, Nilmar, Fabrício, Cláudio Winck, Juan, Wellington Martins e Sacha. São oito jogadores. O futebol apresentado hoje deu para o gasto, mas, se quisermos a vaga para a Libertadores, há que melhorar. Ah, e voltaremos à questão dos machucados.

Não sei por quê, eu e meu filho Bernardo chegamos ao Beira-Rio às 16h. Uma hora antes do jogo. Digo-te, Abel, que a atmosfera era do mais profundo ceticismo quanto a teu time. Não sei se cético ou não, tinha um fisioculturista sentado com sua filha na minha frente. Usava uma camiseta sem mangas a fim de impressionar quem se impressionasse. Na camiseta, estavam estampadas uma propagandas de suplementos alimentares. Fiquei pensando em como aquele cara faz para coçar a cabeça com tanto músculo sobrando. Mas enfim, cada um com seus dramas e obstinações.

Nosso primeiro tempo foi até bom. Perdemos gols. O goleiro do Goiás praticou uma defesa milagrosa e Ernando acertou o poste após driblar o mesmo Renan. No segundo tempo, começou aquele dramalhão. O time, meu caro Abel, novamente cansou. Enquanto isso, o Goiás só se defendia, sem a mínima pretensão de atacar. Até que, quando as coisas estavam dirigindo-se para um melancólico 0 x 0, eis que Paulão comete uma obra-prima, marcando um gol de bicicleta após um escanteio.

Paulão: saiu da reserva para marcar este golaço.
Paulão: saiu da reserva para marcar este golaço.

Ah, pois é. Paulão saiu da reserva para marcar um golaço. Acho que tens razão, Abel, Paulão é banco mesmo. Porém, o que apavora o torcedor é que o time está estropiado fisicamente mesmo tendo desistido da Copa Sul-Americana e da Copa do Brasil. E hoje, mantendo a tendência de morte física, tu fizeste duas substituições por lesões musculares. Ou seja, o que sobrava para o meu vizinho de arquibancada — se aquilo no Beira-Rio ainda pode ser chamado assim — faltava para os nossos jogadores. Que preparo físico de merda é esse, Abel? Alan Patrick e o excelente Alan Costa saíram de campo com problemas musculares a fim de darem lugar a Valdívia e Paulão. E Bertotto saiu por estar TONTO devido ao esforço. Repito: que preparo físico de merda é esse, Abel? Pois o preparador físico é teu contratado, da tua equipe.

Como acabaremos o Brasileiro? Com todos no Departamento Médico?

Espero que o time esteja um pouquinho mais inteiro no próximo sábado, 22. O adversário não será o Goiás, Abel, será o Atlético-MG no Beira-Rio. Será que eles virão com os reservas, preservando os titulares para a final da Copa do Brasil, dia 26, contra o Cruzeiro? Rezemos que sim.

P.S. — Devo dizer que Rafael Moura jogou bem, assim como Willians, D`Alessandro, Ernando e, ainda mais incrível, Jorge Henrique. Os laterais, ambos, tu deves mandá-los embora amanhã.

http://youtu.be/9Plcopj6pno

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