Milton Ribeiro apresenta livro com histórias do fundo da gaveta (Jornal do Comércio de hoje)

Milton Ribeiro apresenta livro com histórias do fundo da gaveta (Jornal do Comércio de hoje)

Leitor inveterado e proprietário da Bamboletras, Milton Ribeiro lança Abra e leia, seu primeiro livro de contos

Por Igor Natusch,
no Jornal do Comércio de hoje

Leitor inveterado e proprietário da Bamboletras, Milton Ribeiro lança Abra e leia, seu primeiro livro de contos | Foto: ANDRESSA PUFAL / JC

Uma gaveta é, muitas vezes, um lugar mágico. Nela, o escritor deposita seu inventário de ideias: textos longos e curtos, promissores ou sem futuro, incontáveis fragmentos de uma imaginação que busca a próxima história. Talvez se possa dizer que a gaveta é a mais fiel leitora de uma pessoa que escreve – e muitas vezes acaba sendo quase que a única, como os incontáveis autores não publicados pelo mundo poderão, com maior ou menor entusiasmo, confirmar.

Depois de décadas alimentando a gaveta, Milton Ribeiro sentiu que era hora de procurar o livro de estreia em meio aos papéis. O resultado está nos contos de Abra e leia (Zouk, 150 págs., R$ 43,90). Adquirir a obra, para moradores da Capital, não será difícil: além do site da editora, há a opção de ir até a Bamboletras (Lima e Silva, 776), livraria da qual o próprio autor é proprietário. “As pessoas parecem ter ficado muito felizes quando souberam que ia sair um livro do livreiro”, comenta Milton.

As histórias presentes em Abra e leia foram escritas durante um período extenso de tempo, que vem das cercanias de 2006 até os dias atuais. “Eu escrevia para a gaveta, sempre tinha sido assim. Na adolescência, era literalmente para a gaveta, porque era tudo papel. Depois comecei a escrever em programas de computador, e a minha gaveta virou o HD. Jamais tentei publicar, não tinha o menor interesse”, relembra, de bom humor.

Foi a pressão da esposa, a violinista Elena Romanov, e de amigos ligados à literatura que impulsionou o leitor inveterado e escritor irresoluto. “Um desses amigos começou a me dar livros: ‘lê isso aqui, quero saber tua opinião’. Me fez ler alguns livros, e depois dizia: ‘pois então, o que tu escreves é melhor do que isso, por que não publica?’ Aí mandei para a Zouk e, em poucos dias, responderam dizendo que queriam publicar. Foi um negócio meio mágico, não passei por aquela coisa de bater na porta, ser rejeitado: mandei para uma só editora, de um pessoal que acho simpático, e deu certo.”

Apesar de titubeante para publicar, não se pense que Milton é um escritor bissexto. Seu blog auto-intitulado é, talvez, um dos mais antigos em atividade no Brasil, com publicações frequentes desde 2003. Parte das histórias do livro, como Passando camisas e Marquinhos e Enzo, o grande, foram parte dos arquivos do blog durante muitos anos. “Costumo dizer que me colecionava no blog. Mas, nos últimos tempos, mudou um pouco a perspectiva. Hoje, eu uso bastante para resenhas dos livros que leio, como parte do trabalho da livraria, além de algumas ironias e provocações. A literatura saiu do blog e voltou para o HD, agora com uma perspectiva mais concreta de virar publicação no futuro”, explica.

Na obra, surgem histórias do cotidiano, com elementos de ironia e observação, não raro inclinadas a uma certa dose de subversão. O discurso que estraga o solene Natal em família, o trabalhador dedicado que deixa clara sua falta de fé, o jogador de futebol que enfrenta uma chance de gol que mudará sua vida: figuras humanas que usam seu temporário e precário controle sobre as situações para gerar rompimentos que rearranjam todo o cenário. “Minha vida nunca foi uma história lisa, tipo um conto de Tchekov em que as coisas avançam com calma, vão caindo na mesmice e acabam com um suspiro. Eu tive tantas viradas espetaculares na minha vida… Basta dizer que tive uma loja de informática, depois fui jornalista e agora sou livreiro. Talvez para alguns isso seja uma vida rica, mas eu não sinto assim. Acho que, de certo modo, é algo até natural, que acontece na vida das pessoas.”

Haverá quem diga que o escritor junta palavras como uma forma de honrar os seus heróis – ou que, por outro lado, esconde as palavras que escreve por não sentir que será aprovado por eles. Para Milton Ribeiro, os heróis podem ser centenários, como Tchekov e Machado de Assis, ou mais próximos no tempo, como Sérgio Sant’Anna, Lucia Berlin e Raymond Carver – o que não quer dizer que não se possa avançar para outros reinos. “Há heróis também fora da literatura. Às vezes, eu quero escrever com o equilíbrio de Bach, com a maturidade do velho Vermeer ou com a raiva de Goya. É claro que todos são heróis distantes, apenas imodestos ideais artísticos que cultivo”, acentua.

Seja como for, agora que Milton abriu a gaveta, não há previsão de fechá-la tão cedo. Além de novas histórias curtas, há um romance já pela metade, em torno dos áudios que uma mãe de terceira idade grava para uma filha com a qual mal chega a conviver. “A comprovação de que eu não pretendia publicar é que é um livro muito difícil de escrever”, admite, dando uma risada. “Mas a minha mulher diz que o ano que vem vai ser o ano do romance. É óbvio que eu não tenho perspectiva de ganhar muito dinheiro escrevendo livros, mas é gostoso dizer que, no momento pelo qual o Brasil passa, com um ministro da Educação com o mesmo nome que eu e fazendo os absurdos que tem feito, consigo viver da cultura. Isso sim é um ato subversivo, uma vida subversiva.”

O vírus está nas minhas roupas? Nos meus sapatos? No meu cabelo? Nas minhas mãos?

O vírus está nas minhas roupas? Nos meus sapatos? No meu cabelo? Nas minhas mãos?

Sim, você precisa ficar em casa o máximo de tempo possível. Sim, você precisa ficar bem longe de aglomerações. Sim, você precisa lavar as mãos ou usar álcool gel várias vezes ao dia.

Mas, como eu venho dizendo para pessoas próximas: enfrentar o novo coronavírus é questão de estar no controle. Da nossa saúde, dos nossos hábitos e da nossa cabeça. E esse artigo do New York Times pode ser uma boa leitura nesse sentido – tranquilizadora, inclusive. É em inglês, então uns breves tópicos (todos sustentados por cientistas e especialistas em saúde consultados pelo jornal norte-americano, um dos mais respeitados do mundo)

—> Introdução e tradução do (excelente) escritor e  jornalista Igor Natusch

Pedimos aos especialistas que respondessem perguntas sobre todos os lugares onde o coronavírus se esconde (ou não). Você se sentirá melhor depois de ler isso.

1 – É pouco provável que você tenha coronavírus em suas roupas após sair para a rua, a menos que alguém tenha tossido ou espirrado em sua direção. Embora o vírus possa ficar suspenso no ar por algum período, ele é tão pequeno que dificilmente vai aderir em sua roupa (o mais provável é que qualquer movimento seu desloque ar o suficiente para espantá-lo para longe);

2 – Da mesma forma, dificilmente cabelo ou barba serão fontes de infecção. É preciso que alguém tenha espirrado no seu cabelo (ou que você encoste em algum lugar onde alguém acabou de espirrar), que você passe a mão exatamente onde as gotículas foram parar e depois passe em alguma de suas próprias mucosas, em um tempo hábil para que o vírus continue viável. Impossível não é, mas o risco é bastante baixo, em especial se você lava as mãos / toma banho com frequência;

3 – Sair para a rua, em si, não é perigoso. Não é como se nuvens gigantescas de coronavírus estivessem flutuando no ar. Se você mantiver o distanciamento adequado, é seguro ir até a rua levar o lixo ou dar uma volta rápida com o seu cachorro (mas, e esse é o único acréscimo meu ao que tem na matéria, lave as patas do bicho depois, e logo ficará claro por quê);

4 – A não ser que você esteja cuidando de um doente, não há necessidade de cuidados especiais para lavar roupas que estiveram na rua – basta colocar na máquina ou no tanque e está ótimo;

5- O risco de ficar doente manipulando pacotes está, atualmente, no terreno da teoria. Ou seja, inexistem casos concretos que apontem para esse risco. Se você recebeu uma encomenda, lave as mãos após abri-la e tudo estará bem. Se ainda achar arriscado, deixe-a num canto por 24h antes de abrir;

6 – Calçados usados na rua devem ser removidos já na porta de casa e, se possível, ainda do lado de fora. Mas essa é uma dica de higiene para a VIDA, que pouco depende do coronavírus. Afinal, sapatos pisam no chão (como as patas do seu cachorrinho, né), e o chão é sujo para caramba.

Ninguém sabe com 100% de certeza como o coronavírus se comporta, e ainda existe muita discordância sobre aspectos importantes envolvendo o vírus. Ou seja, é possível que algumas dessas colocações sejam parcialmente revistas no futuro, ou que outros especialistas tenham visões diferentes a respeito de um ou outro ponto. E VOCÊ PRECISA SEGUIR TOMANDO CUIDADO, PRECISA FICAR EM CASA TANTO QUANTO PUDER, EVITAR AGLOMERAÇÕES E LAVAR AS MÃOS. Mas eu acho que a gente precisa confiar na ciência, acima de tudo – e esses cientistas, ouvidos por um jornal extremamente respeitado, estão nos dizendo isso que citei acima. Se for o caso, fique revoltado com eles e elas, não comigo. Sou um jornalista, e estou apenas trazendo informação, de uma das melhores fontes que pode existir. E tentemos, todos e todas, estar no controle – dos nosso hábitos de higiene, dos nossos comportamentos, da nossa cabeça.

Cuidem-se e fiquem bem!

Foram 8 anos no Sul21

Foram 8 anos no Sul21

A foto abaixo foi tirada na redação do Sul21 no dia 9 de março deste ano. No Facebook, até porque eu não disse nada, o pessoal pensou que era apenas mais uma sexta-feira feliz de uma turma meio festeira. Mas não, era minha saída do jornal. Por isso, estou bem no centro da foto. Era uma retirada voluntária e planejada, sem grandes traumas. É claro que paguei chopes pra galera, deixando todo mundo feliz, ora bolas, inclusive eu.

O dia da despedida na redação do Sul21
O dia da despedida na redação do Sul21 | Foto: Guilherme Santos, com o próprio, Luiza, Matheus, Annie, Luís Eduardo, Milton, Marco, Joana, Fernanda, Giovana e Ana.

Permaneci quase oito anos no Sul21. O jornal começou a publicar diariamente em maio de 2010 e fui efetivado em junho. Foi um período estável trabalhado entre pessoas honestas — a começar pela diretoria da empresa — e de bom nível. Aprendi muito e com muita gente.

Quando entrei, a sede do jornal era numa velha e charmosa casa da Rua Fernando Machado na encosta do morro perto do Alto da Bronze. A casa era pra lá de estranha, tinha uns cinco andares. Na verdade, cada um deles abrigava apenas uma sala ou banheiro. Eram escadas e mais escadas. Tenho lembranças muito boas de lá. Foi um período de enorme crescimento do jornal. Começou ainda na gestão da Núbia Silveira como editora e depois explodiu com o Daniel Cassol, certamente a mais criativa das pessoas com as quais trabalhei no Sul21. O Cassol dava um jeito de tornar interessante a mais chata das audiências públicas. Se houvesse mais gente como ele, as publicações de esquerda seriam bem mais confiáveis e lidas do que são.

Ainda no tempo do Cassol, mudamos para a atual sede da Gen. Câmara, muito mais funcional e próxima de bares, restaurantes e das sedes do governo e assembleia.

Não pretendo escrever aqui a história do jornal, apenas fazer um agradecimento geral, publicar as fotos que tenho e seguir a vida. Trabalhei como editor-assistente, repórter e me metia onde achava necessário dar uma ajuda. Em minha fase final, tornei-me editor do Guia21. Até hoje me pedem para criar um Guia do Ócio no meu blog, mas vai ser complicado. Não tenho muito tempo e teria que voltar aos cinemas.

Dia desses, numa manhã em que acordei cedo, fiquei olhando para o teto, fazendo uma lista de todas as pessoas com as quais trabalhei no jornal. São jornalistas, colunistas e blogueiros que tiveram repetidas participações e que, portanto, fizeram o Sul21. Peço antecipadamente perdão a quem esqueci. Gosto de todo mundo e muitos deles já me deram o prazer da presença aqui na Bamboletras. Vamos à lista e depois às fotos?

Adroaldo Mesquita da Costa
Ana Ávila
André Carvalho
Annie Carolline Castro
Antônio Escosteguy Castro
Augusto Maurer
Astrid Müller
Bárbara Arena
Benedito Tadeu César
Bernardo Jardim Ribeiro
Bruno Alencastro
Caio Venâncio
Carlos Latuff
Carmen Crochemore
Caroline Ferraz
Céli Pinto
Cristiano Goulart
Cristóvão Crochemore Restrepo
Daniel Cassol
Daniela Sallet
Daniele Brito
Débora Fogliatto
Eduardo Silveira de Menezes
Enéas de Souza
Ernani Ssó
Felipe Nino Prestes
Fernanda Canofre
Fernanda Melchionna
Fernanda Melo
Fernanda Morena
Filipe Castilhos
Flávio Fligenspan
Francisco Marshall
Gabriela Silva
Gilmar Eitelwein
Giovana Fleck
Gregório Lopes Mascarenhas
Guilherme Escouto
Guilherme Santos
Igor Natusch
Israel Cefrin
Iuri Müller
Jaqueline Silveira
Joana Gutterres Berwanger
Jorge Buchabqui
Jorge Seadi
Julia Landim Lang
Lélia Almeida
Lorena Paim
Lucas Cavalheiro
Lucia Serrano Pereira
Luís Augusto Farinatti
Luís Eduardo Gomes
Luiz Antônio Timm Grassi
Luiza Bulhões Olmedo
Luiza Frasson
Maia Rubim
Manuela d`Ávila
Marcelo Delacroix
Marco Weissheimer
Mariana Duarte
Marino Boeira
Matheus Leal
Milena Giacomini
Mogli Veiga
Musta Juli
Natália Otto
Nícolas Pasinato
Nikelen Witter
Nelson Rego
Núbia Silveira
Paulo Timm
Pedro Nunes
Pedro Palaoro
Rachel Duarte
Ramiro Furquim
Raul Ellwanger
Roberta Fofonka
Robson Pereira
Ronald Augusto
Rui Felten
Samir Oliveira
Sergio Araujo
Tiago Prosperi
Tyaraju Terra
Vicente Nogueira
Vivian Virissimo
Vlad Schilling
Yara Pereira
Zeca Azevedo

O time crescendo ainda na sede da Rua Fernando Machado
O time crescendo ainda na sede da Rua Fernando Machado | Ramiro, Vlad, Rachel, Seadi, Vivian, Igor, Guilherme Escouto, Prestes e Milton.
Já em nosso escritório extra oficial: o Bar Tuim.
Já em nosso escritório extra oficial: o Bar Tuim. | Samir, Prestes, Rachel, Pedro, Milton, Vivian e Igor.
No restaurante do SindiBancários, comemorando o primeiro mês em que alcançamos 1 milhão de acessos.
No restaurante do SindiBancários, comemorando o primeiro mês em que alcançamos 1 milhão de acessos. | Carmen, Milton, Débora, Igor, Samir, Nícolas, Iuri, Guilherme Escouto e Rachel
Parte do time num encontro no Café Macuco da Jerônimo Coelho.
Parte do time num encontro no Café Macuco da Jerônimo Coelho. | Igor, Milton, Iuri, Bernardo, Fofonka e Débora.
Aniversário do Igor. Nossa chefe tinha viajado e deixado alguma grana pra nós. Sobrou. No último dia...
Aniversário do Igor. Nossa chefe tinha viajado e deixado alguma grana pra nós. Sobrou. No último dia… | Samir, Igor, Débora, Iuri, Nícolas, Milton, Guilherme Escouto e Bernardo.
No elevador voltando para o trabalho após o almoço.
No elevador voltando para o trabalho após o almoço. | Bernardo, Milton, Samir, Débora, Fofonka e Nícolas.
Apesar dos sorrisos, um dia não muito feliz: o da saída do Ramiro Furquim.
Apesar dos sorrisos, um dia não muito feliz: o da saída do Ramiro Furquim. | Caio, Débora, Samir, Yara, Guilherme Escouto, Ramiro, Carmen, Mariana, Milton, Fofonka, Bernardo e Jaqueline.
No primeiro Gre-Nal com torcida mista.
No primeiro Gre-Nal com torcida mista em encontro não combinado. | Latuff, Milton, Igor, Caio e Filipe.
Mil almoços no Tuim.
Mil almoços no Tuim. | Milena, Milton e Luís Eduardo.
Mil e um almoços no Tuim.
Mil e um almoços no Tuim. | Milena, Gregório, Milton e Joana.

Porque hoje é sábado, Sylvia Beach Whitman

Porque hoje é sábado, Sylvia Beach Whitman

Dedicado a Igor Natusch

Não foi a coisa mais simples do mundo encontrar as fotos; afinal, a criança da foto

Clique para ampliar

que é a mesma mulher acima, não é uma modelo, nem uma atriz.

Ela é a livreira Sylvia Beach Whitman — da Shakespeare and Company, de Paris —

a livreira mais charmosa da livraria mais charmosa do planeta e que

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… que coincidência!

Ela me (nos) é irresistivelmente sedutora, pois como disse o Igor,

as mulheres bonitas que são possíveis aos feios são as inteligentes

e apenas elas.

Acompanhem o raciocínio tendo em mente que nós,

em nossa profunda modéstia, sabemos que para burros não servimos.

Uma mulher bonita, mas para quem as luzes da inteligência brilham pouco

ou ficam no pisca-pisca,

vai buscar seu Adônis e, portanto, nos excluirá automaticamente.

Nunca a convenceremos, na conversar, da flor de pessoa que efetivamente somos:

dedicados, meigos, amorosos, solidários, bons de papo, etc.

Já as inteligentes, podemos lentamente convencer ou subitamente

surpreender com uma frase que fará com que elas voltem rapidamente a

cabeça, lançando a fragrância de seus cabelos (curtos) em nosso colo.

Atualização das 10h05 de sábado: mais uma boa foto (na verdade, tenho 34 de SBW)

Apresentamos (ou lançamos) o PUM — Partido Utópico Moderado

Apresentamos (ou lançamos) o PUM — Partido Utópico Moderado

PUM - Partido Utopico ModeradoNo passado, eu e Igor Natusch criamos informalmente o PJS — Partido da Justiça Social. Quem poderia ser contra nós? Quem não estivesse conosco estaria contra o Brasil! Porém, PJS lembrava Juventude Socialista, coisa velha, putz.

Agora, sem Igor Natusch — que tornou-se um odiado dissidente –, lançamos formalmente o PUM — Partido Utópico Moderado.

Acho é até possível que ser contra o PUM, mas ninguém negará sua popularidade. É um partido visceral que se espalhará facilmente pelo país. O PUM abarca todas as nuances, da mais sutil à mais bombástica.

O Partido Utópico Moderado tem um sugestivo paradoxo em seu nome. Trata-se de abismo semântico capaz de abarcar inúmeros outros vieses ideológicos, tais como, por exemplo, a própria justiça social! Ou seja, o PJS e qualquer outra tendência não passará de uma facção do PUM.

Além do mais o PUM já está na b… boca do povo! Estão marcadas concorridas plenárias regadas a ovo cozido, brócolis, batata doce, feijão e repolho.

PUM, mesmo sendo sutil, sempre se espraiará. Por mais secreto que seja, o PUM normalmente é notado, como acontece nos elevadores. O poder do PUM está justamente na sua punjência intrínseca. O PUM estará sempre com você, pois nenhum dos nossos poderá abandonar discretamente o recinto, tal é nosso poder de disseminação.

Em nossa primeira plenária, houve a proposta de mudarmos nosso nome para Partido das Utopias Múltiplas. A proposta era boa, pois no PUM há a já explicada pluralidade de tendências e de sons. Mas foi rejeitada.

Então, criou-se uma tendência interna, a Partícula Antagonista, já denominada de PA-PUM.

O PUM é o partido do calor deste momento difícil que vivemos. Pode parecer efêmero como um gás que flutua no ar, sem consistência, mas, sabem?, o PUM sempre retorna a nós. Em média, uma pessoa produz cerca de um litro por dia, distribuído em cerca de 14 emissões diárias. O efeito pode ser rarefeito, mas nossa militância é fiel.

Nesta altura, já chegada a hora de convocarmos artistas e designers, convocamos Carlos Latuff para desenhar nossa bela bandeira e logomarca. O chargista teve sensibilidade de logo sentir a dimensão, a força, o tanto que o Brasil espera por nosso PUM.

Em breve, lançaremos o PUM-Jovem e o PUM-Maduro, ala da terceira idade de nossas fileiras.

E, num mundo em que apenas os homens se orgulham de seus PUMs, teremos também o PUM-Mulher, nossa ala feminista.

Mas o PJS insiste: quer juntar-se a nós, formando o PUS. Porém, a proposta foi rejeitada, pois…

O Brasil espera por esse PUM. Não por outro.

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O PUM alerta que tem grandes concorrentes. Imaginem se Dilma sofrer o impeachment, se Temer fraquejar, imaginem se Cunha vier a nos faltar? Vocês conhecem o restante da linha sucessória para a presidência? Ora, o PUM informa. A linha sucessória é formada pelos deputados da mesa diretora… Pois bem, oito dos onze integrantes da mesa respondem a processos ou têm condenações na Justiça. Quase todos eles são acusados na Lava Jato.

Por exemplo, o primeiro da linha pós-Cu é Waldir Maranhão (PP-MA). Esta figura é um dos 32 deputados do PP investigados na Lava Jato. Foi citado pelo doleiro e delator do esquema Alberto Youssef como sendo o receptor de pagamentos mensais que variavam de 30 a 50 mil reais. Além disso, ele também responde a dois outros processos no STF, por lavagem de dinheiro e ocultação de bens. Vote PUM!

O segundo na linha de sucessão de Dudu, caso ele seja afastado e Maranhão não possa assumir, é Fernando Giacobo (PR-PR). Atualmente, rola um inquérito contra ele por crimes contra a ordem tributária. No passado, ele já se livrou de outras ações que incluem crimes como sequestro e cárcere privado. Uma das acusações, pelo crime de falsidade ideológica e formação de quadrilha, prescreveu em 2011, o que motivou a absolvição. Vote PUM!

E assim por diante… Só o PUM salva! Só o PUM tem coragem de denunciar. Só o PUM é posicionado!

O Brasil espera por esse PUM. Não por outro.

Bom dia, Diego Aguirre

Bom dia, Diego Aguirre

Meu caro Aguirre, o Gre-Nal de ontem teve seu principal fato nas arquibancadas, não em campo. Foi bonito ver o vermelho e o azul misturados nas arquibancadas. Na saída do estádio, enquanto descia a rampa, surgiu um gremista levando um menino colorado nas costas. Recebeu aplausos. Imaginem só. O Latuff, que estava comigo, fotografou. Talvez tenhamos cura.

Foto: Carlos Latuff
Um gremista tranquilo entre colorados. Imagem impossível nos duzentos (ou mais) gre-nais anteriores | Foto: Carlos Latuff

A ideia colorada da torcida mista saiu aprovada com louvor. É incrível, mas os gremistas são seres humanos que pertencem à mesma sociedade que pertencemos. Vestem-se com aquele pijama horroroso, mas são como nós. Trabalho com vários, sou amigo de muitos e até o aumento das tarifas de energia será sentido por eles. Olha só que linda estava a torcida mista.

Foto: Carlos Latuff
A torcida mista | Foto: Carlos Latuff

Em campo, o Gre-Nal foi entre os reservas do Inter e os titulares do Grêmio. Jogo trancado, de pouca emoção. Nosso time reserva é um total desentrosamento, Aguirre. Isso só aumenta quanto jogadores que aspiram vaga no time titular tentam resolver tudo sozinhos, casos de Valdívia, Anderson e Vitinho. Nilmar esteve mal, mas há que considerar sua solidão entre os zagueiros tricolores.

Num time bagunçado, a gente mal consegue analisar as individualidades. Nico Freitas é um achado teu, Aguirre. O uruguaio joga demais e acabará empurrando algum Nilton ou um dos armadores para fora do time. Alisson Farias entrou muito bem. Géferson parece ser bem melhor do que o famigerado Alan Ruschel. Rodrigo Dourado é outro bom jogador e Luque aprontou algumas com sua velocidade.

Mas foi uma partida jogada por nossos reservas. Não dá para criar teses. O Gre-Nal serviu para um público de 30 mil pessoas ver que colorados e gremistas podem conviver civilizadamente mesmo num ambiente de disputa. O jogo em si será esquecido. A torcida mista e sua lição, não. Ao menos é o que espero.

Foto: Tales Venâncio
Imagem fófis da tarde: os sulvinteumenses Carlos Latuff, Milton Ribeiro, Igor Natusch, Caio Venâncio e Filipe Castilhos | Foto: Tales Venâncio

Bom dia, Abel Braga, meu menino medroso (veja os gols e principais lances)

Bom dia, Abel Braga, meu menino medroso (veja os gols e principais lances)
Abel Braga: quem inventa é inventor.
Abel Braga: quem inventa é inventor.

Aprende Abel:

A obsessão de bloquear todos os caminhos do oponente também significa multiplicar o número de bolas de que ele vai dispor.

Marcelo Bielsa

Abel, agora leia o que o Igor Natusch escreveu ontem em resposta a uma postagem minha no Facebook:

Hoje o Abel foi, para usar o termo técnico, cagão. E burro. O Inter não é um time veloz, isso até os vazamentos do Gigantinho sabem. Um time lento não pode jogar atrás contra um adversário mais forte, porque vai acabar sendo encaixotado; tem que jogar mais à frente, mantendo o controle da bola do meio do campo para frente, sempre o mais longe da própria meta quanto possível. No primeiro tempo, o Inter ficava com a bola na defesa e TROTAVA em direção ao ataque, carregando a bola ao invés de fazê-la rodar em campo – nada mais natural, já que o time todo estava atrás da linha da bola e inexistiam jogadores capazes de ocuparem posições ofensivas com rapidez. Foi só botar Alex e o time melhorou: teve a bola mais tempo, carregou o jogo de forma mais produtiva. Perder para o Cruzeiro fora de casa é normal, mas Abel dificultou as coisas para si mesmo.

Ora, toda a América Latina sabe a posição correta de Aránguiz — um dos maiores jogadores do continente — num time de futebol. Tu, Abel, não sabes e insistes num erro que, aliás, já tinha cometido e corrigido. Com a repetição do erro, isto é, com a colocação de três volantes, tu chamaste o Cruzeiro para o teu campo, “multiplicando o número de bolas à disposição” do adversário. Tu deste a bola para o melhor time do Brasileiro, Abel. Desculpe, mas que burrice.

O mais incrível é que fizeste uma substituição correta — a de Sacha, machucado, por Valdívia –, porém, de graça, pela mais pura covardia, colocaste o volante Willians em campo no lugar de Alex, que vinha sendo o protagonista de várias vitórias recentes do Inter. Incrível! Quase saí da frente da TV quando vi tua novidade. Tu és inventor, inventor, inventor, tolo, cagão e burro.

Quando Alex entrou em campo no intervalo no lugar de um dos volantes… Que coisa, né? O time começou a enfrentar o Cruzeiro de igual para igual, marcando um gol e podendo até empatar. Posso te resumir? Abel, tu és um bom técnico, sabes dar dinâmica a um time, mas fazes péssimas alterações antes e durante os jogos, quando tua fantasia e teus medos desenfreados remexem teus intestinos. Tu precisas de um auxiliar mais corajoso ou, como dizemos um tanto preconceituosamente aqui no RS, mais macho.

Cara, desculpe, mas tu é muito frouxo.

Como escreveu o Emilio Carlos Baino, “acho que o campeonato [a luta pelo título] acabou. Inter, São Paulo, Atlético-MG, Grêmio e Corinthians disputarão as vagas remanescentes para a Libertadores. Do Bahia para baixo, haverá luta sangrenta para o rebaixamento. O Cruzeiro está em outro patamar futebolístico”. E, para piorar, ainda há técnicos vice-líderes que têm medinho da Raposa. Aí acabou mesmo.

http://youtu.be/8ZfNiLVbawE

Bom dia, Abel Braga / Os gols de ontem / As estatísticas atualizadas do clássico Gre-Nal

Bom dia, Abel Braga / Os gols de ontem / As estatísticas atualizadas do clássico Gre-Nal
Abel feliz da vida
Abel feliz da vida | Foto: Marcelo Campos / Divulgação

Ah, o Fernandão morreu,
o Fernandão morreu,
o Fernandão morreu-eu

Da torcida Grêmio no Gre-Nal de ontem

Só por isso já mereciam ter perdido, não? Mas é uma postura que ultrapasse a truculência das organizadas. Ainda na noite de ontem, li vários gremistas pedindo desculpas pelo comportamento de sua torcida.

Me envergonho desses imbecis que estavam lá envergonhando o meu time em mais uma derrota,

disse um deles para mim. Igor Natusch, outro baita gremista meu amigo, escreveu:

Quanto maior a carência de títulos, mais essas criaturas vão tomando conta da torcida gremista. Pobres de espírito, toscos mergulhados na babaquice, gente que vê futebol com rancor. Quero distância desse pessoal, não quero isso aí para a minha vida. Futebol, mesmo na derrota, é prazer, não infâmia. Lamento pelo insulto escroto dessas pessoas e espero que encontrem algum tipo de grandeza pessoal no futuro, se bem que acho difícil.

OK, vamos adiante. Efetivamente, não é uma postura geral. A reação da torcida do Inter foi de aplaudir a imbecilidade. Pois, há ofensas que dizem mais do ofensor do que do ofendido. Foi a resposta mais perfeita para aquele momento.

Falemos do jogo.

Abel, somos obrigados a reconhecer que o Grêmio de Felipão foi bem diferente do de Enderson Moreira. Este marca, não tem a indulgência daquele. O primeiro tempo só acabou em 0 x 0 porque Dudu perdeu um gol feitíssimo. No início do segundo tempo, a coisa piorou para nós. O Grêmio começava a dominar o jogo com base nas excelentes atuações de, num primeiro nível, Felipe Bastos, secundado pelo jovem Walace e por Giuliano. Mas aí ocorreu o que tem sido nossa doce rotina.

Gosto dos jogadores decisivos. Você pode empilhar dez Rodriguinhos no seu time que eles não farão um D`Alessandro. Exagero? Claro que sim, os gregos criaram a figura da hipérbole para intensificar um fato até o inconcebível e os lógicos adoram hipérboles. Por isso, digo que 61 Baideks não fariam o que um Renato fez em Tóquio, por exemplo. Como eu dizia, o Grêmio se esforçava e dominava o jogo, só que, quando menos esperava… Alex driblou meio-mundo, abriu para Fabrício que, livre, cruzou para Aránguiz abrir o marcador. Ter melhores jogadores é uma arma óbvia e decisiva.

O que veio depois foi uma enorme perturbação tricolor e uma festa colorada. É muito chato jogar no limite, com a atenção máxima, e tomar na cabeça. Para piorar, a qualidade do Inter, antes de(re)primida, passou por momentos de euforia com D`Alessandro e Aránguiz no comando. O segundo gol saiu ao natural e, se houvesse mais tempo, chegaríamos aos 7 x 1, tenho certeza. Além dos jogadores citados do Inter, Juan esteve em dia de gênio.

Ah, Abel, pelamordedeus, acho que está na hora de efetivar Cláudio Winck na lateral. Ele é muito melhor do que a concorrência e ainda faz gols. Chega de nabas. Wellington Silva deve ficar ao lado de Alan Patrick, no banco.

http://youtu.be/dPIZW7OldPE

Cláudio Winck em chamas após o segundo gol
Cláudio Winck em chamas após o segundo gol

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HISTÓRICO GERAL DO CLÁSSICO GRE-NAL (après Carta na Manga):
402 jogos
125 vitórias do Grêmio
152 vitórias do Internacional
125 empates
529 gols do Grêmio
574 gols do Internacional

JOGOS OFICIAIS
322 jogos
102 vitórias do Grêmio
118 vitórias do Internacional
102 empates
412 gols do Grêmio
424 gols do Internacional

AMISTOSOS E TORNEIOS NÃO OFICIAIS
80 jogos
23 vitórias do Grêmio
34 vitórias do Internacional
23 empates
117 gols do Grêmio
150 gols do Internacional

POR COMPETIÇÃO
Seletiva da Libertadores: 2 jogos; 2 empates; 2 gols do Grêmio; 2 gols do Inter
Copa Sul-Americana: 4 jogos; 1 vitória do Grêmio; 1 vitória do Inter; 2 empates; 5 gols do Grêmio; 6 gols do Inter
Campeonato Brasileiro: 49 jogos; 19 vitórias do Grêmio; 17 vitórias do Inter; 13 empates; 46 gols do Grêmio; 48 gols do Inter
Copa do Brasil: 2 jogos; 2 empates; 2 gols do Grêmio; 2 gols do Inter
Robertão: 6 jogos; 4 vitórias do Inter; 2 empates; 1 gol do Grêmio; 4 gols do Inter
Copa Sul/Sul-Minas: 3 jogos; 1 vitória do Inter; 2 empates; 2 gols do Grêmio; 4 gols do Inter
Gauchão: 155 jogos; 45 vitórias do Grêmio; 53 vitórias do Inter; 57 empates; 163 gols do Grêmio; 160 gols do Inter
Citadino: 105 jogos; 37 vitórias do Grêmio; 44 vitórias do Inter; 20 empates; 191 gols do Grêmio; 198 gols do Inter

POR ESTÁDIO
Olímpico: 123 jogos; 41 vitórias do Grêmio; 34 vitórias do Inter; 48 empates; 152 gols do Grêmio; 132 gols do Inter
Beira-Rio: 110 jogos; 27 vitórias do Grêmio; 43 vitórias do Inter; 40 empates; 91 gols do Grêmio; 110 gols do Inter
Eucaliptos: 54 jogos; 22 vitórias do Grêmio; 24 vitórias do Inter; 8 empates; 84 gols do Grêmio; 98 gols do Inter
Baixada: 47 jogos; 23 vitórias do Grêmio; 15 vitórias do Inter; 9 empates; 100 gols do Grêmio; 92 gols do Inter
Chácara dos Eucaliptos: 12 jogos; 6 vitórias do Grêmio; 6 vitórias do Inter; 24 gols do Grêmio; 27 gols do Inter
Arena do Grêmio: 3 jogos; 1 vitória do Inter; 2 empates; 3 gols do Grêmio; 4 gols do Inter

POR DÉCADA
1909: 1 jogo; 1 vitória do Grêmio; 10 gols do Grêmio
1910-19: 12 jogos; 7 vitórias do Grêmio; 5 vitórias do Inter; 36 gols do Grêmio; 25 gols do Inter
1920-29: 18 jogos; 11 vitórias do Grêmio; 4 vitórias do Inter; 3 empates; 45 gols do Grêmio; 34 gols do Inter
1930-39: 30 jogos; 14 vitórias do Grêmio; 10 vitórias do Inter; 6 empates; 60 gols do Grêmio; 59 gols do Inter
1940-49: 49 jogos; 7 vitórias do Grêmio; 32 vitórias do Inter; 10 empates; 73 gols do Grêmio; 138 gols do Inter
1950-59: 40 jogos; 11 vitórias do Grêmio; 16 vitórias do Inter; 13 empates; 47 gols do Grêmio; 69 gols do Inter
1960-69: 42 jogos; 16 vitórias do Grêmio; 13 vitórias do Inter; 13 empates; 52 gols do Grêmio; 34 gols do Inter
1970-79: 59 jogos; 12 vitórias do Grêmio; 24 vitórias do Inter; 23 empates; 52 gols do Grêmio; 56 gols do Inter
1980-89: 50 jogos; 16 vitórias do Grêmio; 13 vitórias do Inter; 21 empates; 54 gols do Grêmio; 51 gols do Inter
1990-99: 43 jogos; 14 vitórias do Grêmio; 12 vitórias do Inter; 7 empates; 39 gols do Grêmio; 37 gols do Inter
2000-09: 34 jogos; 10 vitórias do Grêmio; 13 vitórias do Inter; 11 empates; 33 gols do Grêmio; 39 gols do Inter
2010-14: 24 jogos; 6 vitórias do Grêmio; 10 vitórias do Inter; 8 empates; 28 gols do Grêmio; 34 gols do Inter

Sobre o goleiro da Holanda ser uma arma secreta, palpites para as semifinais e outros itens

Sobre o goleiro da Holanda ser uma arma secreta, palpites para as semifinais e outros itens

Sobre o goleiro especialista em pênaltis da Holanda, Tim Krul. Anteontem à noite, meu amigo Ricardo Branco aventara (gostaram?) a hipótese de que aquilo fosse apenas uma inteligente medida de ordem psicológica e intimidatória. Do tipo, “temos uma arma secreta”. Para piorar, o tal especialista era um armário. Hoje, sabe-se que o Branco tinha razão. Tratava-se de uma medida brilhante de Louis van Gaal a fim de deixar os jogadores da Costa Rica de cabelos em pé. “Quem é esse cara que entra só para os pênaltis? Deve ser o próprio monstro que pega todos”. A estratégia está na regra e a Holanda ganhou.

O "especialista" Krul...
O “especialista” Krul…

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Já que, nestes dias antes das semifinais, a Argentina tem mais cara de campeã do que o Brasil, meu amigo Jorge Lima sugere um bombardeio preventivo a Buenos Aires. Acho que nossa Marinha — temos mesmo isso?, como eles passam o tempo? — poderia atacar do Prata, destruindo os restaurantes de Puerto Madero. Pura profilaxia.

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Palpites para as semifinais:

Brasil x Alemanha (Belo Horizonte, 8 de julho, às 17h)
–> Passa a ALEMANHA, infelizmente

Argentina x Holanda (São Paulo, 9 de julho, às 17h)
–> Passa a ARGENTINA.

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Pena que não consegui ver o final do jogo no qual Novak Djokovic venceu Wimbledon e ainda retornou ao primeiro lugar no ranking. Vi só os 4 primeiros sets… Também, né, foram mais de 3h30 e eu tinha que ir ao cinema. Já tinha comprado os ingressos e tudo…

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Esse pessoal que fala em Copa comprada ou é ingênuo ou está fora da disputa. Argentina, Alemanha, Brasil e Holanda pagaram suas vagas? Conta outra. E, se quem comprou foi o Brasil, por que não providenciou adversários mais fáceis? Como disse o Sergio Bomfim, imagina a grana pra subornar 31 seleções. Deve ser o dobro do PIB.

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No ano passado, eu e Igor Natusch criamos informalmente o PJS — Partido da Justiça Social. Quem poderia ser contra nós?

Anteontem, Elena Romanov manifestou desejo de criar o PUM — Partido Utópico Moderado. Agora debato-me entre as duas siglas.

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Olha, o nível dessas eleições é de chorar. Nossa Assembleia Legislativa, hoje já não muito brilhante….

A incrível festa de aniversário do Igor

Iuri, Débora e o pouco feliz aniversariante.
Iuri (esquerda), Débora e o pouco feliz aniversariante.

Hoje é o dia do meu aniversário, mas estou ainda sob o efeito de outro, o do Igor Natusch (2 links). Não tinha planejado fazer festa para mim, mas a Astrid Müller e o Augusto Maurer providenciaram uma ontem. Estou bem, mas deveria estar de luto. Então, como desconfio que uno de los muertos de mi felicidad (como diria Silvio Rodríguez) seja uma das versões de mim, escolhi manter um impossível recolhimento, considerando os queridos amigos que tenho. Gente como o Igor, que tinha uma proposta de aniversário das mais estranhas:

Decidi, pela primeira vez na minha vida, fazer uma festa de aniversário. Completo trinta e três invernos chuvosos no dia 15 de agosto deste ano e decidi fazer uma festinha para comemorar. Todos estão convidados a me encontrar no Largo Glênio Peres na noite fatídica (será uma quinta-feira) trazendo bebidas (isopor ajuda, claro), comidas e lugar para sentar (cangas, cadeira de praia, almofadas, o que quiserem). Evidentemente, todos estão convidados. E a proposta é muito, muito séria.

Eu e a Bárbara nos dirigimos para a festa achando que íamos encontrar o Igor com dois ou três amigos no meio do Largo. Trazíamos um garrafa de bom vinho, abridor e duas taças. Quando dobramos a Borges, vimos que havia uma grande roda de pessoas conversando animadamente. Como o Igor tem 1,90m, foi fácil vê-lo de longe. Logo que cheguei, propus abrir o vinho, mas o pessoal estava todo no quentão. O que era bom, porque parece que estava 5 graus, mas eram 5 graus do bem, sem vento, sem umidade e ninguém tiritava.

O inusitado da festa deixou todo mundo alegre e vários grupos menores foram se formando e alterando durante toda a noite. O álcool rolava em boa velocidade. Logo chegaram vinho e cerveja. Do alto de um edifício, para os lados da Otávio Rocha, vinham alguns flashes, o que indicava a desconfiada presença dos homens da lei. O que fazia aquele estranho grupo ali parado, formando círculos, todos com copos na mão e pegando comida num espetinho ao lado? Mas não fomos abordados.

A coisa ia muito bem quando começou a ficar cômico-poética. Eu vi o cara de longe. Ele vinha completamente bêbado com os braços abertos, como se dançasse. Usava um casaco claro fechado até em cima, tinha uma micro mochila nas costas e uma cara nada rotineira.

Então, parou na frente de nosso grupo e perguntou daquela forma que só os gays muito engraçados conseguem fazê-lo. Mexeu os braços em círculo, deu uma meia volta e disparou em alemão:

— Was ist das? (O que é isso?)

Aparentemente, só eu tinha rudimentos de alemão e respondi:

— É uma festa de aniversário.

Ele deu um sorriso:

— Wie wunderbar! Und warum bin ich nicht trinken? (Maravilhoso! E por que não estou bebendo?)

Fui providenciar uma bebida para o homem, um certo Alexandre, que é esteticista e que se apaixonou imediatamente pela Bárbara. Quando falou com ela, tratou de usar o português.

— Ai, tu é linda e chiquérrima!!!!!! Que roupa perfeita, que cabelo de luxo! Deixa eu dar uma arrumadinha nele?

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E começou a arrumar o cabelo de minha filha, que não parava de rir. Depois de terminar, pediu que algum dos rapazes lhe acendesse o cigarro.

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O Remendão sobre sobras

Eu e o Igor somos coeditores do Sul21. Temos a característica de concordar em quase tudo. Isso é maravilhoso, pois evita brigas, estresse, etc. Também moramos na Zona Sul, mais ou menos perto um do outro, e nosso ônibus vai para o centro da cidade passando pelo Beira-Rio, o qual é observado com expectativa por mim e com prazer por ele. Porque não há mais Beira-Rio e porque numa coisa discordamos — ele é gremista e eu colorado. Quando a gente passa pela Padre Cacique, o que se vê é uma casca com o anel superior completo e com algumas partes do inferior. E só. Tantas paredes foram derrubadas que a gente consegue ver da rua não apenas o outro lado do estádio, mas o rio, ou lago, através do túneis de acesso e do vazio de alguns paredões. Além disso, não há gramado.

Nos últimos dias, eu, que achava até simpático o termo Remendão inventado pelos gremistas, passei a achá-lo inadequado. Remendo é um pedaço de pano que se costura sobre uma base rota. Uma base. Aquilo que está lá nem é uma base, tanto que a cobertura terá fundações próprias. Não será um Remendão, será um estádio construído sobre as sobras do tal anel superior e as rampas. Acho que até teria sido mais produtiva uma implosão. Só que haveria a resistência dos nostálgicos, que acham que as pedras do Beira-Rio lembram de Figueroa e do gol de Tinga no São Paulo.

Ah, estou exagerando? Então vai lá e olha! Ontem, fui comprar um presente na loja do estádio. Cheguei ao Beira-Rio às 18h. Sabem o que me disseram? Que a construtura pedira que a loja fechasse às 16h para evitar o trânsito de pessoas. Voltando ao termo Remendão, aquilo que vi não é uma obra de arte que mereça o nome de Restauro, por exemplo. Merece um nome mais chinelão. Desta forma, não sei que nome sugerir, só sei que está horrível.

Foto do gremista @FTarganski

Festim Diabólico CCXIV

(Por isso é que mantenho a categoria “Amigos, tudo”).

Acho que ainda não chegamos à edição de nº 214, mas certamente já passamos fácil das 50 edições. Os Festins Diabólicos são as festas aqui de casa, sempre com 20 pessoas para fora. Sábado, foram 36. O motivo do nome do encontro é o filme de Hitchcock, que tinha um baú no meio da sala. Já sabem o que temos no meio da nossa, mas sem um morto dentro, se lembro bem. Ultimamente, após o jantar, quase sempre alguém senta em nosso combalido piano ou pega seu instrumento e a música acontece. São amigos, músicos profissionais, que tocam aqui em casa por pura amizade. Poderiam deixar seus instrumentos e partituras em casa. Poderiam dizer que não estavam a fim, poderiam alegar uma tendinite ou simular um desmaio, qualquer coisa que todo mundo compreenderia, mas não, eles tocam pra nós.

No grupo, há o núcleo duro, os que sempre são convidados. Dentre eles, há gente como a Nikelen e o Guto que viajam incondicionalmente por quatro horas com um filho pequeno e o deixa com a avó num hotel. E viajam mais quatro horas de volta, tudo por quatro horas de festa. É maravilhoso isso. Lamentavelmente, alguns dos habituais participantes acabaram ficando de fora no último sábado porque a casa poderia explodir de tanta gente. Fazer o quê? Bem, os dois últimos Festins foram muito particulares, mas o de ontem foi invulgar para mim. Era meu aniversário e houve algumas manifestações que realmente me tocaram.

A Claudia, minha mulher, sempre faz a comida e a bebida é trazida pelos comensais. A “chef” que fica mais próxima dela é a Astrid. Pois ontem ela veio com um exército de canapés. Dizendo assim, parece pouco. Parece até que ela comprou ali na esquina. Nada disso, ela, que está super estressada com uma série de coisas, fez um por um para quase quarenta pessoas. E eram ab-so-lu-ta-men-te geniais. Assim como os músicos que tocam aqui expressam seu carinho através de seu trabalho, há pessoas que o fazem através da comida. É o caso da Claudia e da Astrid. Agora cheguei a um impasse em meu texto porque sou bom para comer mas péssimo para descrever comida. Talvez consiga algumas fotos depois… Para que meus sete leitores tenham uma ideia, no dia seguinte, domingo, quando acordou, o meu concunhado Bruno ligou aqui pra casa perguntando se tinha sobrado canapés. Das centenas, tinha sobrado um (1) e a primeira coisa que fiz ao acordar foi zerar a conta. Peço desculpas a ele.

A música. Deve ter sido ideia da Elena Romanov. De repente, logo após o jantar, ela, que é violinista e seu marido, o violista Vladimir Romanov, prepararam as estantes. Até aí, tudo normal. O pianista Alexandre Constantino estava sentado ao meu lado com uma partitura e me informou vou tocar com eles e eu disse que estava ótimo, ora. Tudo normal. Então, o Alexandre juntou-se ao casal e eles começaram o Andante da Sinfonia Concertante para Violino, Viola e Orquestra de Mozart. A Elena sabe de amor que tenho por esta música, protagonista de minha novelinha O Violista. Foi a coisa mais linda e só pensei que aquilo era endereçado a mim quando estavam terminando. Queria até que repetissem… Eles tocaram uma redução onde o acompanhamento é feito pelo piano. Abaixo, o original.

Tchê, foi lindo. Depois o professor doutor Luís Augusto Farinatti, o Guto, fez mais um de seus tradicionais e irresistíveis stand-ups. A Carmen Crochemore me disse hoje que nunca tinha rido tanto. O curioso é que o Farinatti acha que a gente se incomoda com as repetições. Negativo, rapaz.

E depois para terminar. O Marcelo Delacroix deu um show completo aqui em casa com mais dois músicos seus amigos — o Rodrigo Calveyra e Manuel de Olaso. Confesso que tinha pedido pra ele como presente. A afinação, seu bom gosto e senso de estilo são um verdadeiro absurdo e às vezes tenho que olhar para a sala refletindo que recebi tudo o que ele desempenhou de presente, somado ao Farinatti, ao Mozart do trio e à gastronomia da Astrid e da Claudia. É óbvio que nenhum dos não citados deixam de ser extraordinários; todos são inquilinos de meu ventrículo esquerdo — que é onde o coração bate mais forte (minha irmã me ensinou) — , só que a amizade + a música ou o riso ou a gastronomia tornam tudo mais memorável, não? Ou, melhor dizendo, a amizade mais a arte acaba sendo superior, o que não significa que esta não esteja assentada naquela. Bem, ao menos aqui em casa, sempre está.

A seguir, fotos. Não sei se todos estão nelas, não contei.

Vladimir Romanov e Lia Zanini aguardando o vinho que o Augusto Maurer abre lá atrás.
Astrid Müller e Rovena Marshall: brinde e risadas para alguém fora do quadro.
Augusto Maurer e Marcelo Delacroix em primeira leitura do primeiro.
Meus filhos Bárbara e Bernardo estremecendo a foto.
Os mesmos da foto acima, mas agora absolutamente enfeitiçados pelo Farinatti. Olhem as caras.
Batatas.
Gente falando bobagem, gente ouvindo bobagem. Eu, Dario Bestetti e Luís Augusto Farinatti.
Cadê?
Antônio Castro num impasse: como pegar o garfo? Carmen Crochemore o orienta.
Igor fica aliviado quando Castro logra libertar as mãos. Com Igor Natusch, Bruno Zortea, Nikelen Witter, Farinatti, Carmen, eu e as mãos.
Mãos muito, extremamente bobas. Com Anderson Larentis, Rachel Duarte e Igor.
Claudia Guglieri ensina Vladimir como se bebe o suco.
Credo, como esse cara come (e mente). Nikelen e Farinatti.
Magro de ruim.
Grande momento. Marcelo Delacroix solo.
Uma toca violino, todos tocam piano. Com Elena Romanov, Alexandre Constantino e Liana Bozzetto.
Preparação para o Andante. Com Elena e Vladimir. Adorei.
Credo, se tu soubesses como eu te odeio, Chico Marshall! Com Farinatti , o odioso e Nikelen.
E o impossível acontece. Farinatti para de movimentar os braços.
Sei lá, acho que alguém já bebera um ribeiro de vinho. Com Chico e Astrid.
Aspecto singular da sala dos Antonini Ribeiro.
Todos ouvindo Elena, Vladimir e Alexandre. Em primeiro plano eu a Claudia.
Ah, não. Me sujei de novo! Com Rovena Marshall.
O pé da Bárbara, meu cunhado Sylvio e minha irmã Iracema. Ao fundo, no espelho, o casal Rovena e Chico.
Alexandre, o Cavaleiro das Trevas.
Tão bonita, só que ninguém queria fotografar a Bianca! Lá à direita. Com Claudia Antonini e Bruno.
Apagando a (1) velinha com la Guglieri.

Obs.: Fotos de Liana Bozzetto, Lia Zanini e Augusto Maurer.

Carta na Mesa – Edição 123 – 25/08/2011

Programa em áudio do blog Carta na Manga.

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Gravação: Estúdio de Rádio da Fabico/UFRGS, 25/08/2011
Duração: 42’49”
Mesa: Vicente Fonseca, Gustavo Faraon, Pedro Heberle, Milton Ribeiro, Felipe Prestes e Igor Natusch.
Técnica: Neudimar da Rocha.
Principais tópicos abordados: Inter campeão da Recopa; preparativos para o Gre-Nal.

Aniversário em 25 fotos

Reunir um grupo de amigos como o que reunimos lá em casa no último sábado é motivo de orgulho para este que vos escreve. O pretexto, meu aniversário, era francamente secundário; os amigos que foram à festa, não. Foi uma bela noite com boa comida e pessoas que se conheciam ou que se conheceram e se entrosaram. Éramos quase 40 e fiquei com vontade de convidar mais outro tanto. Selecionei algumas fotos abaixo, mas há gente que some delas. fazer o quê? Muito obrigado pela presença de todos! Foi uma baita festa.

Começamos por uma geral. À esquerda, sentada, a única foto em que aparece Rachel Duarte e, no primeiro plano, Benedito Tadeu César e minha irmã Iracema Gonçalves. Atrás, iluminado por uma aura como se fosse uma espécie de santo agnóstico, Ricardo Branco conversa com Alejandro Borche Casalas. Ao lado, Helen Osório de papo com Jussara Musse.
Claudia explica alguma coisa a Vladimir Romanov. Igor Natusch (esquerda) faz o mesmo, assim como o Felipe Prestes (meia esquerda). Eu (direita) confiro o placar de Brasil x Portugal.
Eu faço o que sei fazer e, em sentido anti-horário, temos Alejandro, Elena Romavov, Rovena Gobbato Marshall, Vladimir Romanov, Francisco Marshall, Jussara e o  Branco.
Animação contagiante: Igor, Prestes, Gabriela Bordini, Adroaldo Mesquita da Costa e Benedito: todos olhando a repetição do segundo gol de Portugal. Depois, ao ouvir o início de Abbey Road em vinil, Igor disse: “Ouvir um som de baixo vindo de um bom disco de vinil me dá vontade de chorar. É lindo.”
Meus filhos Bernardo e Bárbara, esta em momento garçonete. À direita, meu cunhado Sylvio Gonçalves.
Sylvio faz alongamento ao lado de Gabriela, enquanto Claudia traz os doces sob o olhar faminto de Marshall.
Claudia, Augusto Maurer e Vladimir fofocam. Eu explico ao Marshall o funcionamento de nossa mesa. Adoro explicar isso.
Iracema dá uma gaitada de galpão reagindo a algum absurdo dito pelo Augusto.
Elena Romanov troca o violino pelas batatas. Depois até tocou um pouquinho de piano.
Laura Luz e Filipe Gonçalves fazem tudo rapidamente para não perderem a festa do Guilherme Carravetta.
Da série “Paixão de Casais com Menos de 5 anos”: Astrid Müller e Augusto.
Adroaldo, Benedito e eu observamos alguma coisa sob os olhares desatantos de Bergman, Antonioni e Fellini na parede.
Mais um para a série: Dario Bestetti e Cláudia Guglieri.
Mais um: Bruno Zortea e Bianca Antonini casarão em outubro. Fui escalado para padrinho. Gostaria de saber qual é minha função.
Come, Astrid, come.
Bebe, Dario.
Vladimir mostra seu sorriso “Daniel Craig” ao lado do Alejandro.
Arthur Maurer faz cara de doido varrido antes de atacar um prato preparado especialmente. Conversa entre ele e a Bárbara:  “Tu gosta do teu pai?”, “Claro, gosto.” “É, não tem como não gostar dele”. Pô, obrigado, Arthur!
Augusto com seu filho Pedro Maurer. Quem ficou brincando come atrasado.
Rovena e Claudia na hora do chá. Claudia já estava altamente alcoolizada, mas mantinha a dignidade.
Bernardo acerta as pontas com Lia Zanini (autora da maioria das fotos) antes de “chupar” do narguilé.
O último da série “Paixão”: Marcelo Delacroix (Cury) e Lia fotografam-se no espelho, tendo como ornamento uma fogueira de Jussara.
Mais um casal, desta vez mais velho, de irmãos.
Marshall exercita ritual pagão em Vladimir Romanov. Aliás, frase dita pelo Vladimir: “Podem nos convidar sempre para vir aqui. A gente vem”.
O trio russo conta para Rovena como funcionava o Gulag. Ah, as fotos que são não da Lia, são da Elena.

Sei lá, mas acho que este foi um programa bastante bom – Carta na Mesa – Edição 119 – 11/08/2011

Programa em áudio do blog Carta na Manga.

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Gravação: Estúdio de Rádio da Fabico/UFRGS, 11/08/2011
Duração: 32’34”
Mesa: Vicente Fonseca, Samir El Hawat, Milton Ribeiro e Igor Natusch.
Técnica: Neudimar da Rocha.
Principais tópicos abordados: Independiente 2×1 Inter; especulações sobre novo treinador do Internacional; Alemanha 3×2 Brasil

A edição desta semana do programa Carta na Mesa avec Milton Ribeiro

Em última e desesperada tentativa de agradar à Caminhante e ao Charlles Campos e de finalmente parar de escrever sobre futebol neste espaço, talvez passe a participar de um programa gravado em áudio sobre futebol. Fui convidado a retornar sempre, imaginem. Então, em vez de escrever, agora FALARIA SOBRE FUTEBOL. A primeira experiência, na edição 116 do Carta na Mesa, pode ser baixada e ouvida no link abaixo. Aprendam aê…

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Gravação: Estúdio de Rádio da Fabico/UFRGS, 01/08/2011

Duração: 45’55”

Mesa: Vicente Fonseca, Felipe Prestes, Milton Ribeiro e Igor Natusch.

Técnica: Eloí Lopes

Principais tópicos abordados: crise do Grêmio; Inter 0 x 0 Atlético/GO; Santos 4 x 5 Flamengo.

E já mudaram… Agora são duas edições semanais!

The Day the Music Died e outras duas de Don McLean

Pois é, hoje vamos de rock. A canção American Pie (1971), de Don McLean, era algo bonitinho e cheio de referências das quais eu mais ou menos me dava conta quando ouvia seus mais de oito minutos. Porém, esta semana, meu colega de trabalho Igor Natusch me mostrou um vídeo onde tudo o que é citado na música é explicado. Vale a pena.

Abaixo, para quem se interessar, está toda a letra de American Pie.

E agora um roquezinho bem legal de que gostava muito na minha adolescência. Dreidel (a máquina lembra o Colégio Júlio de Castilhos, onde estudei; havia uma dessas lá):

E outra canção estupenda do olvidado McLean, esta em homenagem a Van Gogh, Vincent: