Acima, a proporção de mortos brasileiros em relação aos mortos do mundo inteiro, em comparação com o tamanho da população brasileira em relação ao resto do mundo.
E a proporção da população já vacinada em Israel, Reino Unido, Chile, EUA, Canadá, União Européia e, lá embaixo no gráfico, o Brasil.
Sim, você precisa ficar em casa o máximo de tempo possível. Sim, você precisa ficar bem longe de aglomerações. Sim, você precisa lavar as mãos ou usar álcool gel várias vezes ao dia.
Mas, como eu venho dizendo para pessoas próximas: enfrentar o novo coronavírus é questão de estar no controle. Da nossa saúde, dos nossos hábitos e da nossa cabeça. E esse artigo do New York Times pode ser uma boa leitura nesse sentido – tranquilizadora, inclusive. É em inglês, então uns breves tópicos (todos sustentados por cientistas e especialistas em saúde consultados pelo jornal norte-americano, um dos mais respeitados do mundo)
—> Introdução e tradução do (excelente) escritor e jornalista Igor Natusch
Pedimos aos especialistas que respondessem perguntas sobre todos os lugares onde o coronavírus se esconde (ou não). Você se sentirá melhor depois de ler isso.
1 – É pouco provável que você tenha coronavírus em suas roupas após sair para a rua, a menos que alguém tenha tossido ou espirrado em sua direção. Embora o vírus possa ficar suspenso no ar por algum período, ele é tão pequeno que dificilmente vai aderir em sua roupa (o mais provável é que qualquer movimento seu desloque ar o suficiente para espantá-lo para longe);
2 – Da mesma forma, dificilmente cabelo ou barba serão fontes de infecção. É preciso que alguém tenha espirrado no seu cabelo (ou que você encoste em algum lugar onde alguém acabou de espirrar), que você passe a mão exatamente onde as gotículas foram parar e depois passe em alguma de suas próprias mucosas, em um tempo hábil para que o vírus continue viável. Impossível não é, mas o risco é bastante baixo, em especial se você lava as mãos / toma banho com frequência;
3 – Sair para a rua, em si, não é perigoso. Não é como se nuvens gigantescas de coronavírus estivessem flutuando no ar. Se você mantiver o distanciamento adequado, é seguro ir até a rua levar o lixo ou dar uma volta rápida com o seu cachorro (mas, e esse é o único acréscimo meu ao que tem na matéria, lave as patas do bicho depois, e logo ficará claro por quê);
4 – A não ser que você esteja cuidando de um doente, não há necessidade de cuidados especiais para lavar roupas que estiveram na rua – basta colocar na máquina ou no tanque e está ótimo;
5- O risco de ficar doente manipulando pacotes está, atualmente, no terreno da teoria. Ou seja, inexistem casos concretos que apontem para esse risco. Se você recebeu uma encomenda, lave as mãos após abri-la e tudo estará bem. Se ainda achar arriscado, deixe-a num canto por 24h antes de abrir;
6 – Calçados usados na rua devem ser removidos já na porta de casa e, se possível, ainda do lado de fora. Mas essa é uma dica de higiene para a VIDA, que pouco depende do coronavírus. Afinal, sapatos pisam no chão (como as patas do seu cachorrinho, né), e o chão é sujo para caramba.
Ninguém sabe com 100% de certeza como o coronavírus se comporta, e ainda existe muita discordância sobre aspectos importantes envolvendo o vírus. Ou seja, é possível que algumas dessas colocações sejam parcialmente revistas no futuro, ou que outros especialistas tenham visões diferentes a respeito de um ou outro ponto. E VOCÊ PRECISA SEGUIR TOMANDO CUIDADO, PRECISA FICAR EM CASA TANTO QUANTO PUDER, EVITAR AGLOMERAÇÕES E LAVAR AS MÃOS. Mas eu acho que a gente precisa confiar na ciência, acima de tudo – e esses cientistas, ouvidos por um jornal extremamente respeitado, estão nos dizendo isso que citei acima. Se for o caso, fique revoltado com eles e elas, não comigo. Sou um jornalista, e estou apenas trazendo informação, de uma das melhores fontes que pode existir. E tentemos, todos e todas, estar no controle – dos nosso hábitos de higiene, dos nossos comportamentos, da nossa cabeça.
Acho que são simples as providências a serem tomadas contra o coronavírus e espero que todos os meus amigos estejam tomando precauções. Lavar as mãos, usar álcool gel, tossir para o ladinho e não tocar em corrimãos, trincos ou outros lugares onde as pessoas colocam as mãos, esquivar-se 2m de quem tosse, tirar a mão do rosto, etc. Um álcool naquele teclado que todo mundo usa não faria mal. Ah, digitar a senha do cartão em farmácias e outros locais também merece uma boa lavada.
No RS, há quatro casos confirmados e, sei lá, imagino que haja mais umas 40 pessoas incubando a coisa. Você provavelmente não irá cruzar com esses caras, mas é não bom apertar o botão do elevador e depois lamber o dedo para virar a página de seu livro sem lavar as mãos direito.
Vocês sabem que a peste bubônica matou 100 mil pessoas em Londres lá por 1665? 100 mil era 20% da cidade. E eles não sabiam porque morriam. Isolavam os pacientes, mas era bobagem, porque a doença contaminava os ratos, as pulgas sugavam o sangue deles contendo bacilos e picavam os homens, inoculando-os. A contaminação dava-se de rato para homem através da pulga. Em 70% dos casos, a morte acontecia entre três e quatro dias.
Nossa situação é muito melhor, basta não ser burro. Ei, tira o dedo do nariz, idiota!
Ontem, após quase dois meses de otite, resolvi ir ao médico. Só faltou o cara me ameaçar fisicamente. Por que não veio antes, hein? Começou o exame dizendo que, provavelmente, eu perfurara meu tímpano esquerdo. Depois, fez uma coisa incrível. Botou uma espécie de aspirador na minha orelha. Foi algo espantoso. Nunca tinha ouvido barulhos tão altos. Eram placas tectônicas de cera que se desprendiam das paredes internas de meu ouvido, provocando sons de pororocas. Depois notei como sou (somos) um (uns) cabeça (s) de vento. Sentia o ar entrar pelo outro ouvido, puxado pelo aspirador. Também entrava pelo nariz, aumentando a certeza de que minha cabeça é vazia. Então o cara ligou uma luz e observou o que sobrara lá dentro. Disse que eu era um sujeito de muita sorte. O tímpano estava intacto. Agora, finalmente sem dores, estou tomando um monte de remédios pra coisa não voltar.
KOSICE, Eslováquia – Sobre suas pequenas cabeças, os recém-nascidos na sala de maternidade usam fones de ouvido estereofônicos e suas minúsculas mãos parecem se movimentar no ritmo da música. Desde as primeiras horas de suas vidas, os bebês estão sintonizados com Mozart dentro do hospital Kisica-Saca, leste da Eslováquia.
Não se trata de uma experiência para a criação de uma geração de gênios musicais. As crianças escutam o compositor clássico para o estímulo de suas funções físicas e mentais graças aos benefícios da musicoterapia. O trauma do nascimento é “extremamente estressante para o bebê”, disse Slanka Viragova, médica responsável pela unidade de maternidade do hospital que lançou o projeto de música. “No útero, a criança ouve o coração da mãe bater, o que representa uma fonte de proteção e boas sensações. Colocamos o bebê para ouvir a música, assim ele pode se lembrar de sua mãe no período imediatamente após o seu nascimento, quando já não está mais com ela”, disse.
Numa sala onde as paredes e as janelas são cobertas de desenhos de animais de contos-de-fada, cerca de vinte crianças em duas filas de berços ouvem música e dormem calmamente. Perto de um outro quarto com incubadoras, crianças prematuras e aquelas com problemas de saúde também são expostas à música de Mozart, que tem se mostrado útil na estabilização de suas respirações, disse Viragova. “Em geral, a musicoterapia ajuda o bebê a ganhar peso, a se livrar do estresse e a lidar melhor com a dor”, afirmou.
Viragova disse ter usado a terapia da música com seus próprios filhos, que agora são adolescentes, quando eram bebês. Novamente a escolha musical foi Mozart. “Descobriram que a música de Mozart produz um efeito muito positivo no desenvolvimento do quociente de inteligência (QI)”, disse ela. No hospital, os recém-nascidos ouvem diariamente de cinco a seis vezes ao dia um trecho de 10 minutos de um dos trabalhos clássicos de Mozart, uma composição para piano executada pelo pianista francês Richard Clayderman (COMO É QUE É????), ou uma mistura de sons naturais da natureza ou qualquer outra música calma.
“A música é muito leve e relaxante. Sua intensidade está entre 30 a 50 decibéis, que podem ser comparados ao som de passos normais ou de uma porta sendo aberta”, disse. Na maior parte do tempo, a música é reproduzida no aposento inteiro e também ajuda a aliviar o estresse das enfermeiras, que cuidam de 20 a 30 bebês.
Mas os aposentos do hospital também são equipados com um conjunto sistemas estereofônicos; assim, quando as crianças estão com suas mães, podem ouvir juntos a músicas calmas escolhidas pela mãe. O projeto de musicoterapia começou cerca de dois anos atrás e foi bem recebido pelos expectantes e novas mães.
“Certamente trata-se de uma ideia muito boa e que afeta o bebê de uma forma muito positiva”, disse Lívia Oliarova, 30, que acabou de dar à luz a seu segundo filho, Adrian. “Definitivamente continuaremos a fazê-lo ouvir música em casa”, acrescentou. Atualmente, o hospital Kosice-Saca está fazendo bastante barulho. Algumas mulheres estão preparadas para viajar muitos quilômetros para darem à luz neste hospital.
Seria Viragova apenas uma mozartófila ou há ciência nisto?
Tudo certo, mas se agora você já sabe tudo sobre o Efeito Mozart — o poder transformador da música na saúde, educação, bem-estar, etc. –, aposto não ouviu falar destes outros efeitos que encontrei há anos num site.
Importante: acabo de dobrar o número de efeitos do site e de apimentar os originais:
EFEITO PAGANINI: a criança fala muito rápido e em termos extravagantes, mas nunca diz nada importante.
EFEITO BRUCKNER: a criança fala bem devagar e se repete com frequência. Adquire ureputação de profundidade.
EFEITO WAGNER: a criança se torna megalomaníaca e sonha com coleguinhas narigudos e cinzeiros. Há a chance de que se case com sua filha (ou irmã).
EFEITO MAHLER: a criança grita sem parar – a plenos pulmões e por várias horas -, dizendo que vai morrer.
EFEITO HAYDN: a criança é feliz, felicíssima. Mesmo quando vai à missa.
EFEITO SCHOENBERG: a criança nunca repete uma palavra antes de usar todas as outras palavras de seu vocabulário. Às vezes fala de trás para diante. Com o tempo, as pessoas param de lhe prestar atenção. A criança passa a reclamar da burrice dos outros, que são incapazes de entendê-la.
EFEITO RICHARD STRAUSS: a criança sempre pede para comer o último doce. Quando termina procura por mais últimos.
EFEITO BOULEZ: a criança balbucia bobagens o tempo todo. Depois de um tempo, as pessoas param de achar bonitinho. A criança não está nem aí, porque seus colegas acham que ela é o máximo.
EFEITO TCHAIKOVSKI: os meninos abandonam seus carrinhos e passam a brincar de boneca.
EFEITO IVES: a criança desenvolve uma habilidade fenomenal para manter várias conversas diferentes ao mesmo tempo.
EFEITO PHILIP GLASS: a criança costuma dizer tudo de novo de novo de novo de novo de novo de novo de novo de novo de novo de novo de novo de novo.
EFEITO STRAVINSKY: a criança tem uma pronunciada tendência a explosões de temperamento selvagem, estridente e blasfemo, que frequentemente causam pandemônio na escolinha.
EFEITO NYMAN: a criança começa bem mas depois só repete o que os coleguinhas de aula disseram. Ao final, você nunca sabe o que saiu de sua cabecinha e o que saiu da dos outros.
EFEITO BRAHMS: a criança fala com maravilhosa gramática e vocabulário desde que suas frases contenham múltiplos de 3 palavras (3, 6, 9, etc.). No entanto, suas frases de 4 ou 8 palavras são bobas e pouco inspiradas.
EFEITO STOCKHAUSEN: a criança chama Osama bin Laden de tio.
E, claro, o EFEITO JOHN CAGE: a criança não fala nada por 4 minutos e 33 segundos. É a criança preferida por 9 entre 10 professores.
Pesquisadores italianos descobriram a verdadeira origem do Mal de Alzheimer. Diferentemente do que se acreditava até então, a doença não surge na área do cérebro associada à memória, mas sim da morte de neurônios da região vinculada às mudanças de humor. Coordenado pelo professor associado de Fisiologia Humana e Neurofisiologia da Universidade Campus Bio-Médico de Roma, Marcello D’Amelio, o estudo, que revoluciona a maneira como entendemos e tratamos a patologia, foi publicada na revista científica “Nature Communications”.
Até agora, o Alzheimer era considerado uma doença que surgia devido à degeneração das células do hipocampo, área cerebral da qual dependem os mecanismos da memória. O novo estudo, conduzido em colaboração com a Fundação IRCCS Santa Lucia e do CNR de Roma, no entanto, aponta que a doença surge na área tegmental ventral, onde é produzida a dopamina, neurotransmissor vinculado às mudanças de humor.
Segundo os pesquisadores, como um efeito dominó, a morte dos neurônios responsáveis pela produção de dopamina desacelera a chegada desta substância ao hipocampo, causando assim uma falha que gera a perda das lembranças, principal sintoma da doença.
A hipótese foi confirmada em laboratório, onde várias terapias destinadas a restaurar os níveis de dopamina foram administradas em animais. Nos testes, foi observado que tanto as memórias quanto a motivação de viver, cuja falta causa depressão, foram recuperadas. “A área tegmental ventral relança a dopamina também na área que controla a gratificação. Na qual, com a degeneração dos neurônios dopaminérgicos, também aumenta o risco de perda de iniciativa”, explicou D’Amelio.
Isso explica porque o Alzheimer é acompanhado, grande parte das vezes, pelo desânimo e pela depressão. Contudo, os estudiosos ressaltam que as mudanças de humor associados ao Alzheimer não são uma consequência do surgimento da doença, mas sim um “alarme” sobre o início da patologia. “Perda de memória e depressão são duas faces da mesma moeda”, concluiu o italiano.
Uma leitora de nosso blog — autodenominada “Nojentinha” — observou atentamente seu marido quando este entrou desnudo no quarto. Recém saído do banheiro, ele se deitou ao lado dela. Ela então viu que na ponta do seu pênis havia uma gotinha de cor amarela. Pior, havia pentelhos polvilhados de gotículas de mesma coloração. Houve choque, gritos, rejeição. O pobre homem foi chamado de nojento, assim como toda a raça masculina — a nossa, imaginem. Sem dúvida, um sério problema matrimonial. Ela me pergunta se tais fatos são normais na vida de casal.
Ora, Nojentinha, infelizmente minha resposta é SIM. Trata-se de um simples problema hidráulico. Imagine uma mangueira com um dos lados fechado. Não adianta atirá-la para todos os lados a fim de que a água saia. Não funciona nem para o mangueirão do jardim nem para a mangueirinha de seu marido.
Então você provavelmente perguntará: se o porco do meu marido não consegue livrar-se dos pingos logo após a mijada libertadora, por que eles molharão a cueca dali a alguns minutos?
A explicação é simples: a coisa é lenta, Nojentinha. Na medida que algum mililitro (ml) de líquido seja reabsorvido pela uretra marital (ou na medida em que o líquido evapore), estará criada a condição para que o pingo seja substituído pelo ar. Então, quando o pênis ficar em determinado ângulo favorável à entrada de ar, o pingo marital, amarelo e brilhante, pingará sobre a cueca. É tão inevitável quanto a mangueira de seu jardim, que fica mijona após alguns minutos.
Há duas soluções: (1) o seu marido permanecer no banheiro aguardando por todos os pingos ou (2) troque-o por uma mulher.
Os leitores que desejarem outros esclarecimentos sobre a vida adulta podem usar a caixa de comentários. Eu explico tudo.
Uma equipe internacional coordenada pelo investigador português, Rodrigo Cunha descobriu como eliminar os primeiros sintomas de Alzheimer em modelos animais o que é considerado como um “avanço extraordinário” no combate à doença.
A Universidade de Coimbra (UC) revelou que esta descoberta foi possível porque “pela primeira vez os cientistas focaram o estudo na causa dos primeiros sintomas da doença”, que são as perturbações na memória, causadas por modificações da chamada “plasticidade das sinapses no hipocampo”.
“O hipocampo desempenha um papel essencial na memória, funcionando como o gestor do gigantesco centro de informação recebida pelo cérebro. Das dezenas de milhões de sinais recebidos, o hipocampo tem de selecionar a informação relevante e validá-la, atribuindo-lhe uma espécie de ‘carimbo de qualidade’. Quando ocorrem falhas, este gestor assume que toda a informação é irrelevante”, revela uma nota da UC, citada pela Lusa.
Recuperação do sistema sináptico
Sendo as sinapses “as responsáveis pela transmissão de informação no sistema nervoso”, ao garantirem a comunicação entre neurônios, “a equipe utilizou um modelo animal duplo mutante – com a modificação de dois genes da proteína APP, que causam doença de Alzheimer em seres humanos – para rastrear toda a atividade destas ligações e identificar o que impede o hipocampo de processar e gerir corretamente” a informação obtida.
Os resultados desta investigação representam “um avanço extraordinário para o desenvolvimento de estratégias de combate à doença de Alzheimer, pois conseguiu-se recuperar o funcionamento sináptico”, sublinhou Rodrigo Cunha.
O investigador considera que, “do ponto de vista ético, é criticável se não se prosseguir para ensaios” em humanos e garante que estes são seguros para os doentes, tendo ainda acrescentado que em Coimbra há “todas as condições para avançar”, embora seja necessário assegurar financiamento.
Este estudo foi realizado ao longo de três anos pelo Centro de Neurociências e Biologia Celular da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra e contou com a participação de 15 investigadores portugueses e franceses tendo sido financiado pelo Prémio Mantero Belard de Neurociências da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa e pela Association Nationale de Recherche de França.
Pisando a linha do vulgar, sem jamais ultrapassá-la.
Foi no início dos anos 90. Repentinamente, eu passei a sentir fortes dores. Não conseguia sentar direito, era obrigado a sentar de lado, levantar da cama exigia um esforço de rolamento especial, qualquer caminhada de uma quadra era difícil e ir aos pés era algo indizivelmente desagradável e penoso. O alívio só vinha mesmo se eu ficasse deitado de bruços.
Meu pai logo fez o diagnóstico: era uma crise hemorroidária. Vocês sabiam que por culpa de suas hemorróidas Napoleão ficou impedido de montar em seu cavalo e que, para aliviar as dores, ele teria ficado por horas e horas em posição fetal, ou genupeitoral, perdendo com isso tempo precioso para aplicar sua estratégia militar em Waterloo? Vocês sabiam que essa posição acabou conhecida como “a posição em que Napoleão perdeu a guerra”? Vocês sabiam que tal posição apenas agrava o problema? Pois é. Resolvi marcar uma hora no proctologista. Perguntei a uma amiga médica o nome de um. Ela me disse:
— Vai no Ignácio Mallmann. É muito bom.
Confesso que queria evitar, mas a dor era violenta e persistente.
— Sabe qual é o apelido do Ignácio?
— Não — respondi.
— É tala larga… Ele tem mãos grandes!
Arrã. Engraçadinha. Fui perguntar para minha irmã, que também é médica e ela confirmou que Ignácio era excelente médico.
— Diziam que ele era apaixonado pela M., mas não deu certo.
Eu não estava nada preocupado com a vida sexual do Dr. Ignácio… Ou deveria?
— Ele é muito hábil. O apelido dele é Paganini.
Sempre foi assim, sempre estive cercado de piadistas que não me levam a sério nem quando caminho todo torto, de lado, tentando não movimentar as pernas.
— Ah, é?
— Sim, ele é bom com dedos, além de acromegálico.
— Que interessante!
— Ele tem as mãos, os pés, o nariz e todas as extremidades gigantescas!
Ri de minha adorável irmã e marquei hora com o já lendário Ignácio. Devo ter chegado lá com ar de súplica. Contei para ele a desgraça enquanto media seus dedos. Não eram nada excepcionais e só naquele momento dei-me conta de que deveria ter ido numa doutora tamanho mignon, de delicadas e diminutas mãos. Se fosse um pouquinho inteligente, nunca escolheria um homem. Ele era simpático e eu nem por sonho falaria na sua paixão adolescente por minha amiga M. Imagina se ele pensasse nela durante o exame? Seria empalado.
Depois daquela conversinha que para mim assemelhava-se àqueles acertos que alguns fazem com as putas na janela de seus carros. Entrei no car…, digo, fui para uma salinha auxiliar onde havia uma espécie de poleiro de formato ameaçador. Logo imaginei a posição que ficaria, já a tinha visto no Kama Sutra. Olhei em volta procurando correntes, roupas de látex, chicotes ou algemas, mas era mesmo só o poleiro.
Deveria ter pedido um mordedor, mas nem pensei nisso. Tirei a roupa e fui para o poleiro ouvindo vozes do filme A Vida de Brian.
— Crucifixion?
— Yes, please.
— Good!
Ignácio começou a rir. Eu recém tinha me empoleirado, de pernas abertas, mostrando com toda a clareza o problema para ele. Mas ele estava rindo de pena.
— Nossa, deve estar doendo muito. É aparente e está muito inchada. Dá para ver daqui.
Não sei a quantos metros ele estava de mim, mas achei que, já que era visível a olho nu, podíamos encerrar sem utilizar a luneta. Mas vocês conhecem os médicos. Como eu não estava ali pelo SUS, ele faria o serviço completo. Senti algo. Olha, a coisa doía tanto que não vou negar que a luva úmida e gelada do médico foi até agradável. O local parecia queimar. Ele disse que não era grave. Limpeza local e uns quinze meses de antiinflamatório resolveriam. Não, nada a ver com comida. Era constitucional, ou seja, a culpa era minha. Em três dias eu estaria bem.
Seu discurso era tranquilizador e eu ia pouco a pouco relaxando, entrando no clima. No clima de Waterloo. Olha, conversamos muito. Eu na posição napoleônica, ele na do Duque de Wellington. Mal sabia eu que aquelas eram as preliminares, pois, sem maior aviso, enquanto eu sustentava uma opinião qualquer, ele subitamente pontificou com tudo, ao mesmo tempo que dizia animadamente
— vamos aproveitar para dar uma olhada na tua próstata!
Não lembro se doeu muito ou não, só sei que pensei
— que merda, esse cara está me enrabando!
E acho que pus as mãos no rosto em gesto de absoluto pasmo. Minha honra, meu reto antes inexpugnável! Ele ainda falava, agora dizendo maravilhas de minha próstata, tão pequenininha em comparação a seu dedo. Eu devia ser muito bonito por dentro pois seu entusiasmo era realmente contagiante, se houvesse por ali alguém a fim de contágio. O exame finalizou como finalizamos qualquer ato sexual, com a retirada do dito cujo.
Após a curra, podia vestir-me, mas havia um problema. Eu ficara sem graça, meu rosto deixara de se mexer e a fala tornara-se monocórdica. Passei a responder a tudo sem sorrir, pensando porque diabos M. não curara aquele tarado em seus dias de juventude. Saí de lá direto para meu trabalho na Hewlett Packard. Sentei na minha mesa. Nem sentia mais dor. Ou não me importava mais. Foda-se… quero dizer… Ah, sei lá. Olhei para o lado e disse para meu amigo Dario:
— Porra, Dario, fui enrabado!
Quase vinte anos depois, no ano de 2007, durante a festa de aniversário do Dario, estávamos numa situação em que faríamos qualquer bafômetro acender a luz vermelha a cinquenta metros. E ainda havia aquele narguilé… Bom, o fato é que tínhamos nadado num mar de espumante da melhor qualidade. Repentinamente, o Dario olhou para mim e deu uma trovejante gargalhada. Não sei por quê, adivinhei na hora o motivo. E ele começou a contar para TODOS minha reação ao Dr. Ignácio Mallmann e, pior, confessou que rira alto quando fizera seu primeiro exame de toque retal. Por quê?
Ora, porque lembrara de minha cara ao chegar na HP.
Podemos, todos nós, fazer suposições sobre o que o médico dele pensa de uma pessoa que dá risadas durante o ato, digo, exame, mas não explicito as minhas em respeito a um grande amigo.
Dedicado ao Dario. Abaixo, uma foto muito bonita de seu casamento.
Obs.: Ignácio Mallmann é excelente médico e espero que, se ele vier um dia aqui, perdoe-me a brincadeira. Afinal, o primeiro a gente nunca esquece.
Muitos estudos sustentam que os homens são mais propensos a comportamentos arriscados que as mulheres. O que não fica tão claro é que pratiquem também mais atos temerários e estúpidos que não lhes tragam nenhum benefício. Um estudo publicado nesta sexta-feira traz uma das primeiras provas a favor dessa hipótese, que os autores batizaram de teoria da imbecilidade masculina, ou MIT, na sigla em inglês. O trabalho, assinado por vários médicos do Reino Unido, é publicado nesta sexta-feira no número especial de Natal da prestigiosa revista British Medical Journal, que contém estudos que seguem os padrões de qualidade científica e revisão por pares, mas com um enfoque mais livre.
Os autores buscaram provas de imbecilidade nos arquivos do prêmio Darwin. Essa sardônica distinção é dada a indivíduos que deram uma contribuição à humanidade ao morrer de forma absurda, o que em princípio evita que seus genes passem para gerações posteriores. Para dar ideia do que seja um prêmio Darwin, seu site destaca a história de um terrorista que enviou uma carta bomba sem os selos suficientes para chegar ao destinatário. Quando a carta foi devolvida, o terrorista a abriu e morreu despedaçado.
É provável que a história seja falsa, mas o prêmio coleta há anos demonstrações similares de estupidez no mundo real. Uma delas é de três homens no Camboja que jogavam num bar uma espécie de roleta russa. Eles tomavam um gole e pisavam numa mina antitanque colocada embaixo da mesa. Os três foram pelos ares, junto com o resto do bar, relato o estudo, que não informa se eles tinham tido filhos. O site do prêmio também lista dez agraciados no Brasil.
O estudo, encabeçado por John Isaacs, diretor do Instituto de Medicina Celular da Universidade de Newcastle (Reino Unido), analisou todos os premiados entre 1995 e 2014, separando-os por sexo. Dos 318 casos confirmados e válidos para a análise estatística, 282 eram homens e 36, mulheres. Os homens protagonizaram mais de 88% dos casos, o que, dizem os autores, é um resultado “estatisticamente muito significativo”.
“Esses resultados são totalmente consistentes com a teoria da imbecilidade masculina e fundamentam a hipótese de que os homens são imbecis, e os imbecis fazem idiotices”, concluem os autores. Só que eles identificam muitas ressalvas. O prêmio Darwin é dado por votação anônima, e é possível que as mulheres votem mais em homens que em mulheres. Talvez também haja influência do sexo da criadora e coordenadora do prêmio, a bióloga molecular Wendy Northcutt, e parte da diferença pode ser explicada pelo maior consumo de álcool por homens que por mulheres. Em todo caso, especulam os autores, os homens premiados com um Darwin podem ter uma vantagem evolutiva sobre os outros, caso consigam sobreviver a seus atos estúpidos, embora isso ainda precise ser comprovado.
Pois nós abandonamos ontem nossos vibradores quando eles eram enormes mesas cujo uso podia ser dividido por várias “pacientes” (talvez não fossem de uso exclusivo feminino, mas o que podemos garantir?). Esqueçamos esta hipótese que só nos atrapalha. Bem, aquilo era mais ou menos como uma “lan house” onde as usuárias — todas mulheres satisfeitas com seus diagnósticos de histeria — iam ter seus orgasmos.
Então, a empresa americana Hamilton Beach, especializada em equipamentos para cozinha, patenteou o primeiro vibrador portátil. Estávamos em 1902.
Como vocês podem ler na propaganda acima, era a Maior Descoberta Médica de Todos os Tempos. E, por favor, vejam a discrição do médico da propaganda à direita. A máquina deveria provocar o tal paroxismo que curaria as histéricas. Era uma coisa tão boa que a literatura consultada diz que, em 1917, havia mais vibradores nos lares americanos do que torradeiras. Descobriu-se que quase todas as mulheres era histéricas e deveriam ser necessariamente levadas ao paroxismo.
Porém, os anos 20 trouxeram o filme pornográfico e, nele, as “atrizes” curavam sua histeria frente as câmaras. Os filmes fizeram com que o vibrador ficasse estigmatizado como coisa de mulheres da vida. Nenhuma mulher fina ou mãe de família poderia ter uma histeria tranquila sabendo que a rameira da esquina fazia uso do mesmo instrumento. A venda de vibradores foi então disfarçada sob formas de discutível sutileza.
Posso imaginar a felicidade daquela esposa que, tendo recebido um aspirador de pó como presente de aniversário de seu marido mongo, se deparasse com a panaceia ao abrir a caixa.
— E aí, amor, o aspirador é bom?
— Uma maravilha. Nossa casa ficou na maior paz!
E ficava mesmo pois, ao comprar-se um aspirador, recebia-se isso:
Como já lhes disse, não sou mulher e não sei o grau de sedução que um instrumento desses tem. Para mim, assemelha-se a um maçarico.
Já o instrumento acima não tem muito jeito de que vá acordar aquele clitóris mais preguiçoso e sim moê-lo a pancadas. Bem, já disse que minha capacidade de entendimento é limitada e que esta matéria serve apenas para disponibilizar cultura a meus sete leitores.
Havia propagandas mais escondidas, que permaneciam nos classificados dos jornais, tal como a desta senhora que faz vibrar sua caixa craniana com numa britadeira doméstica. Sua postura é tão confortável que só mesmo uma histérica faria a compra da geringonça. E como havia!
Nos anos 40, 50 e 60, a utilização diminuiu muito. O conservadorismo e a religião — a mais sem graça das invenções humanas — tornaram cada vez mais deselegante o aparelho. Concluo que é mais provável que sua avó usasse um vibrador, mas não sua mãe! Minha mãe, por exemplo, é tão santa que nem imagino como estou aqui. Porém, o vibrador voltou com tudo nos anos 70 e nos 80, principalmente nos 80, quando a música tornou-se tão chata que era melhor divertir-se privadamente. Em 1973, a Hitachi lançou um vibrador revolucionário. Abaixo, a foto da propaganda…
Quem ergue o mixer acima é Betty Dodson, uma moça que criou grupos de masturbação em Nova Iorque. No mesmo ano, também em Nova Iorque, foi fundada a primeira sex shop feminina. A fundadora foi Eves Garden.
Hoje, com a eletrônica fazendo coisas cada vez menores — nem sempre, nem sempre — e livres das tomadas, os vibradores são… ou seriam… ou talvez devessem ser… Bem, traduzo a seguir uma propaganda dos anos 40 (EUA):
… os vibradores são implementos necessários à vida de toda jovem educada. Os vibes estão destinados a fazerem parte da paisagem urbana e um namorado sensível certamente dará um a sua amada no Dia dos Namorados. O vibrador é, muito possivelmente, o mais potente símbolo de independência feminina. A posse de um vibrador diz ao mundo (ou pelo menos você diz a si mesma!) que não só você está confortável com sua sexualidade, mas que você é capaz de dar satisfação sexual a si mesma sem ficar esperando a boa vontade de um homem.
A última novidade é que um executivo aposentado da indústria petrolífera patenteou um tipo de vibrador com o qual a mais preguiçosa das mulheres chegará ao orgasmo, mesmo que não queira! O fabricante diz que seu vibrador “empurra e gira, eliminando dessa forma qualquer necessidade de trabalho da usuária”. Custa 139 dólares. Só Deus sabe se é verdade. Pesquisem aí.
E abaixo nós temos o famoso vibrador batom, motivação da série de dois artigos, aqui finalizada. Trata-se do “Vibrador em Formado de Batom Multivelocidade À Prova D’água da Studio Collection”. Não, não recebo comissão.
Revisado e republicado atendendo a pedidos.
Afinal, o filme Histeria tem passado na Net e as pessoas perguntam.
O espírito que norteia nosso blog sempre foi o de ilustrar seus e suas visitantes. Ademais, aprender história dá-nos outros horizontes e podemos captar repetições e nuances que nos permitem fazer projeções para o que vivemos e vamos viver. É rigorosamente dentro deste propósito que contaremos a nossos leitores e leitoras a história do vibrador. Ora, a ideia me surgiu a partir de uma amiga que possui um vibrador-batom… Isto é, se alguém abre sua bolsa, não encontrará algo de grandes proporções e formato suspeito, mas um aparelho fabricado na China, semelhante a um batom. Digamos que não há nada ali para pintar os lábios. Não lhe perguntei se tamanho era algo importante em tratando-se de vibrador, pois, sabem, até minha cara-de-pau de historiador conhece limites e não sou tão íntimo da moça para lhe perguntar sobre o uso de produto tão íntimo.
Antes de chegar a esta solução pequena e elegante, oculta dentro de uma pequena bolsa que pode ser aberta sem constrangimentos, o vibrador percorreu notável história a qual começa, obviamente, pelos nossos espertos psiquiatras. Ao final do século XIX, vivíamos uma das épocas culturalmente mais florescentes. Havia Brahms e Mahler, Thomas Mann e Kafka eram crianças, Dostoiévski e Tolstói produziam como nunca e, prova da inteligência daquele tempo, a histeria era considerada uma doença exclusivamente feminina. Ou seja, a medicina também era a melhor possível e só decaiu com aqueles médicos vienenses que não apreciavam Richard Wagner.
A massagem vulvar foi descoberta como tratamento eficaz para a histeria e a neurastenia. Claro que aquilo não era nada sexual, era antes algo essencialmente técnico. Era como alongar ou tirar nós musculares nos dias de hoje. Mas as mulheres gostavam e as mais espertas rolavam no chão à menor contrariedade, atrás de um libertador diagnóstico de histeria. O tratamento era aquele mesmo: a massagem vulvar. Era uma máquina de fazer dinheiro e, é claro, a massagem só acabava no momento em que acabava ou, melhor dizendo, no momento em que a paciente chegava ao orgasmo. Mas os médicos achavam que passar dez horas por dia atendendo a vasta clientela das massagens vulvares era cansativo e tedioso, além de que muitos temiam ver crescer pelos na palma de suas mãos. Então, os neurologistas inventaram uma forma de mecanizar o processo: a hidroterapia. Era como molhar as plantas: o médico ajustava o jato, regulava sua força do jato e deixava um (ou uma) auxiliar segurando a mangueira:
Observem atentamente a figura acima. Vejam bem o lado esquerdo. O médico ou auxiliar, certamente inglês, preferia pegar numa mangueira. Eu nunca fui mulher, mas imagino que esta troca não tenha sido muito legal para o publico aficionado. Imagino que houvesse variáveis que poderiam dificultar as coisas: a temperatura da água, por exemplo, poderia ser fatal para as friorentas; também acho que os constantes erros de mira do(a) auxiliar do médico obrigavam a paciente a rebolar sobre a cadeira a fim de que o jato alcançasse de forma produtiva o local exato da histeria. E se, na hora da histeria, algo chamasse a atenção do homem da mangueira e este a apontasse para a parede? Ora, neste caso, tudo teria de começar novamente! Afora isso, havia a absurda conta d`água e aquela molhaçada, já pensaram?
Mas voltemos aos vibradores. Em 1880, novamente os ingleses…
… inventaram uma máquina elétrica que, ao menos, não molhava tudo. E a geringonça — espécie de Orgasmotron, lembram de O Dorminhoco de Woody Allen? — podia atender várias pacientes ao mesmo tempo. Imaginem o ganho de produtividade? Foi um enorme sucesso, apesar do enorme risco dos médicos confundirem os êxtases de suas pacientes com meras eletrocuções. As pacientes passaram a chegar ao êxtase em 10 minutos e as mãos dos médicos, assim como suas mangueiras, puderam finalmente descansar.
(continua amanhã, com muito mais informações e fotos)
O escritor Bernardo Guimarães (1825-1884), nascido em Ouro Preto e cuja notável austeridade pode ser apreendida na foto abaixo, escreveu A Escrava Isaura. OK, mas comecemos a leitura de seu clássico poema Elixir do Pajé.
Que tens, caralho, que pesar te oprime
que assim te vejo murcho e cabisbaixo,
sumido entre essa basta pentelheira,
mole, caindo pela perna abaixo?
Ao mesmo tempo em que escrevia o citado romance e também O Seminarista, O Garimpeiro e O Ermitão de Muquém – todos romances medíocres filiados à vertente regionalista da ficção romântica brasileira -, Bernardo….
Nessa postura merencória e triste
para trás tanto vergas o focinho
que eu cuido vais beijar, lá no traseiro,
teu sórdido vizinho!
…criou uma obra poética dotada de dimensão crítico-humorística incomum em meio aos indianismos, arroubos de eloquência e subjetividades lacrimejantes do romântismo brasileiro. (Flora Sussekind).
Que é feito desses tempos gloriosos
em que erguias as guelras inflamadas,
na barriga me dando de contínuo
tremendas cabeçadas?
O Elixir do Pajé, assim como o extraordinário A Origem do Mênstruo, só teve impressões clandestinas em folhetos de poucas páginas.
Qual hidra furiosa, o colo alçando,
co`a sanguinosa crista açoita os mares,
e sustos derramando
por terras e por mares,
aqui e além atira mortais botes,
dando co`a cauda horríveis piparotes,
assim tu, ó caralho,
erguendo o teu vermelho cabeçalho,
faminto e arquejante,
dando em vão rabanadas pelo espaço,
pedias um cabaço!
Um escritor da época, Artur Azevedo, nos revela que “de todos os livros de Bernardo Guimarães, o escrito mais popular é um poema obsceno intitulado Elixir do Pajé, que nunca foi impresso com o nome de seu autor. Porém é raro o mineiro que não o saiba de cor. Há na província um sem-número de cópias desse Elixir inútil e brejeiro.”
Um cabaço! Que era este o único esforço,
única empresa digna de teus brios;
porque surradas conas e punhetas
são ilusões, são petas,
só dignas de caralhos doentios.
A edição oficial das “poesias completas” de Bernardo Guimarães pelo Instituto Nacional do Livro, com data de 1959, omite sem (ou com) pudor alguns de seus poemas e mantém uma atitude de incompreensão diante de sua veia satírica e humorística.
Quem extinguiu-te o entusiasmo?
Quem sepultou-te neste vil marasmo?
Acaso para teu tormento,
indefluxou-te algum esquentamento?
Ou em pívias estéreis te cansaste,
ficando reduzido a inútil traste?
Porventura do tempo a dextra irada
quebrou-te as forças, envergou-te o colo,
e assim deixou-te pálido e pendente,
olhando para o solo,
bem como inútil lâmpada apagada
entre duas colunas pendurada?
Mas além de banir a produção satírica e humorística de Bernardo, os critérios românticos também não se ajustavam à sua lírica, nem sempre em consonância com os padrões da época.
Caralho sem tesão é fruta chocha,
sem gosto nem cherume,
linguiça com bolor, banana podre,
é lampião sem lume,
teta que não dá leite,
balão sem gás, candeia sem azeite.
Coube a Haroldo de Campos, em linhas sumárias mas decisivas, apontar de modo pioneiro a importância deste novo e ignorado Bernardo Guimarães.
Porém não é tempo ainda
de esmorecer,
pois que teu mal ainda pode
alívio ter.
…..
Terá Bernardo descoberto um Viagra indianista e romântico?
Eis um santo elixir miraculoso,
que vem de longes terras,
transpondo montes, serras,
e a mim chegou por modo misterioso.
…..
Com mais de cem anos de clandestinidade e antecipação, o Elixir impõem-se como a manifestação mais integral e debochada daquele indianismo às avessas que Haroldo de Campos teria visto em Oswald de Andrade.
Esse velho pajé de piça mole,
com uma gota desse feitiço,
sentiu de novo renascer os brios
de seu velho chouriço!
…..
No Elixir, uns dos alvos de Bernardo é o ritmo e a retórica de Gonçalves Dias em poemas como I-Juca-Pirama e Os Timbiras. E olha o ritmo do I-Juca-Pirama chegando aí, gente!!!
E ao som das inúbias,
ao som do boré,
na taba ou na brenha,
deitado ou de pé,
no macho ou na fêmea
da noite ou de dia,
fodendo se via
o velho pajé!
…..
E, na sátira ao indianismo, o índio vira sátiro.
Vassoura terrível
dos cus indianos
por anos e anos
fodendo passou,
levando de rojo
donzelas e putas,
no seio das grutas
fodendo acabou!
E com sua morte
milhares de gretas
fazendo punhetas
saudosas deixou…
José Veríssimo declarou que a metrificação de Bernardo é em geral mais rica, mais correta e mais variada que a de outros românticos. E completa dizendo que a forma é também mais clássica, mais simples, mais calma e mais fria. Sintam a calma do próximo trecho.
Feliz caralho meu, exulta, exulta!
Tu que aos conos fizeste guerra viva,
e nas guerras de amor criaste calos,
eleva a fronte altiva;
em triunfo sacode hoje os badalos;
alimpa esse bolor, lava essa cara,
que a Deusa dos amores,
já pródiga em favores
hoje novos triunfos de prepara,
graças ao santo elixir
que herdei do pajé bandalho,
vai hoje ficar em pé
o meu cansado caralho!
Só em Oswald de Andrade (O Santeiro do Mangue) e Gregório de Matos, encontra-se algo próximo a esta grossa prosa de palavrões, erotismo satírico e escatológico, tramada em tão inventiva poesia antipoética.
Vinde, ó putas e donzelas,
vinde a mim abrir as vossas pernas
ao meu tremendo marzapo,
que a todas, feias ou belas,
com caralhadas eternas
porei as cricas em trapo…
Graças ao santo elixir
que herdei do pajé bandalho,
vai hoje ficar em pé
o meu cansado caralho!
…..
Sem mais interrupções, deixo vocês com o final da epopeia.
Este elixir milagroso,
o maior mimo da terra,
em uma só gota encerra
quinze dias de tesão…
Do macróbio centenário
ao esquecido marzapo,
que já mole como um trapo,
nas pernas balança em vão,
dá tal força e valentia
que só com uma estocada
pôe a porta escancarada
do mais rebelde cabaço,
e pode um cento de fêmeas
foder de fio a pavio,
sem nunca sentir cansaço…
Desculpa, tive que interromper novamente. Quinze dias de tesão? O Cialis dá umas 6 horas, o Viagra menos!
Eu te adoro, água divina,
santo elixir da tesão,
eu te dou meu coração,
eu te entrego minha porra!
Faze que ela, sempre tesa,
e em tesão sempre crescendo,
sem cessar viva fodendo,
até que fodendo morra!
Sim, faze que este caralho,
por sua santa influência,
a todos vença em potência,
e, com gloriosos abonos,
seja logo proclamado
vencedor de cem mil conos…
E seja em todas as rodas
d`hoje em diante respeitado
como herói de cem mil fodas,
por seus heróicos trabalhos,
eleito – rei dos caralhos!
Os fragmentos do Elixir aqui publicados foram copiados do livro “Poesia Erótica e Satírica” de Bernardo Guimarães (Imago, 1992). Esta edição tem organização e prefácio de Duda Machado, do qual roubei algumas interrupções que fiz ao clássico Elixir.
O termo daltonismo deriva de John Dalton, um cientista inglês que estudou teoria atômica, autor da lei de Dalton (algo sobre pressão, se não me engano) e que foi o primeiro a estudar a anomalia de que sofria. Atualmente, o termo mais utilizado não é mais daltonismo e sim Color Blindness ou Cegueira para Cores. Uma vez que esse problema está geneticamente ligado ao cromossomo X, ocorre mais frequentemente entre homens pois, no caso das mulheres, seria necessário que os dois cromossomos X contivessem “gens daltônicos”.
Curiosamente, os daltônicos muitas vezes apresentam genitália avantajada. Seus filhos, não.
Você reconhece um daltônico quando ele, ainda adolescente, morando na casa da mãe, sai de casa bem arrumado para alguma ocasião especial trajando estranhas combinações, como calça verde e camisa vermelha. No meu caso, a Dra. Maria Luiza Cunha Ribeiro dizia para mim:
– Pelo amor de Deus, muda de roupa, Miltinho. Tu mais pareces um periquito – não estranhem, minha mãe sempre falou um português perfeito, com todos os verbos bem conjugadinhos…
E o periquito voltava para seu quarto, acompanhado de sua mãe, dentista e consultora cromática, a fim de trocar de roupa. Mas nunca o fazia na frente dela, pois tinha vergonha de mostrar a característica secundária que os daltônicos carregam consigo.
Outra forma de identificar um daltônico é quando pedem a ele um objeto mais ou menos assim:
— Vai lá no quarto e pega a caixinha lilás.
Para nós, uma caixinha lilás ou marinho ou azul ou cor-de-burro-quando-foge é exatamente o mesmo. Ou, melhor dizendo, são diferentes, bem diferentes, o que não significa que eu saiba qual é especificamente a lilás (cor especialmente complicada). Quando eu não sabia que era daltônico, pensava que era apenas idiota, impressão que até hoje não se desfez inteiramente. Concluí que era incapaz de aprender as cores e ficava mal-humorado quando via algum mapa cheio de legendas coloridas no livro de geografia. Enchia os livros de flechinhas e anotações…
Porém, meu colega de daltonismo, fique sabendo que a culpada é sua mãe e desta forma ela não pode ficar irritada quando você não pega as meias nem as toalhas certas ou ameaça explodir a casa se errar aquela ligação elétrica identificada por fiozinhos coloridos. Neste momento, você deve mandá-la examinar seu cromossomo X — que você herdou exatamente dela — ou a puta que a pariu. Tudo depende do contexto.
Mas depois você casa e sua mulher lhe grita do banheiro para pegar no quarto a calcinha rosa e você lhe traz uma igual só que verde azulada, na opinião dela. E ela vai lhe dizer mui compreensivamente:
— Que má vontade, hein? Pegaste a primeira que te apareceu na frente! Isso demonstra teu desinteresse por mim — sem imaginar que você quase morreu dentro daquela gaveta colorida e que, de tão angustiado, esqueceu de mergulhar o nariz nela (no meu caso, um nariz igualmente avantajado).
Mas observem a imagem acima. À esquerda, está a imagem normal; à direita, as pessoas que não são daltônicas verão a imagem que nós, daltônicos avantajados, vemos. Pois é, dizem que para nós o mundo é mais feio, mas você só diz isso porque você não revisou em detalhes nossa anatomia.
A mesma mágica acima. A do lado esquerdo é a sua; a do direito, a nossa. Minha mulher tirou esta foto de minha filha para mostrar que eu não vejo o vermelho, cor do Sport Club Internacional, minha maior paixão. Diz ela que, à esquerda, o sofá é vermelho e, à direita, é outra coisa que esqueci. Talvez não esteja mentindo; afinal, aprendi a distinguir os gremistas por seu comportamento. Eles nem sempre estão fantasiados com seus pijamas.
Acima, foto de meu filho com sua ex-namorada Carol. Bernardo e Carol, aos 16 anos (isso em 2007), são certamente virgens – nem imagino outra hipótese! Acontece que dizem que o verde dos daltônicos (lado direito) é uma coisa desmaiada e seca, fato que nos torna mais concentrados, desligados do mundo exterior, das coisas materiais, mais reflexivos e inteligentes. Além, claro, de termos aquilo que vocês, pessoas espertas, já sabem.
Voltamos ao infeliz tema do vermelho. Agora, em nova e elegante referência subliminar ao casalzinho anteriormente citado, vemos uma maçã ainda intacta, claro. Ao lado direito está a maçã normal… Não brincadeirinha, a do lado direito é a nossa, a do esquerdo é a de vocês.
Eu adoro quindim. A simples visão de um, mesmo num bar de beira de estrada, mesmo que este seja imundo e pouco freqüentado, com milhares de quindins esperando uma meia dúzia de clientes diários, mesmo que haja mofo no doce vizinho, eu como com enorme prazer. Simplesmente amo e você não vai dizer que o quindim que vejo (foto à direita) não é bem amarelo.
Em pé, da esquerda para a direita: Filipe (sobrinho), Iracema (irmã) e Bárbara (filha). Agachados: George Clonney e Bernardo (filho).
Esta foto lamentável de colorados foi tirada por uma gremista. Vejam como ficamos feios e fora de foco. E iríamos mandá-la para um amigo português que encontrou a certidão de nascimento de meu avô em Lisboa, o que nos permitirá a dupla cidadania. Pois mesmo nesta foto de agradecimento por parte dos beneficiários da gentileza de um bom amigo, manifestou-se o ruindade gremista. Ela tremeu, desconfigurou a câmera e deixou-nos horrorosos, com caras de néscios sifilíticos. Resultado: ainda não mandei a foto, nem os mimos para o amigo. Não conte com gremistas para nada.
Vemos perfeitamente o azul. É importante reconhecer claramente…
… o inimigo.
Abaixo, o teste de Ishihara para identificar homens de genit… vocês sabem.
Obs: o software que transforma as fotos foi tirado daqui. E o teste do japa daqui.
Perdi 8 kg desde o último dia 13 de junho. Não que eu tenha planejado. Crescentes fatores enervantes tiveram preponderância e não os indico ao pior de meus inimigos. Com boa dose de ironia, minha filha elogia o resultado. Os chineses também, pois… Não, antes dos chineses, mais uma coisinha. Fui fazer uma corrida domingo. Os 11% a menos de peso fizeram enorme diferença. Fiz 8 km em tempo recorde, mas falemos dos chineses. A matéria é do publico.pt.
Restringir a quantidade de alimentos ingeridos pode ser a chave para uma vida prolongada, segundo dados de uma equipa de cientistas chineses que acabam de publicar um estudo na revista científica Nature Communications.
A equipa da Universidade de Jiao Tong, em Xangai, explica que fez uma série de experiências em 150 ratos ao longo de três anos e que foi possível estabelecer uma relação entre comer pouco e viver mais tempo nos ratinhos que foram sujeitos a uma restrição das calorias ingeridas por dia.
Zhao Liping, coordenador do estudo e investigador da Escola de Biotecnologia e Ciências da Vida da universidade chinesa, em declarações ao jornal Shanghai Daily, citado pela Lusa, adiantou que as conclusões se podem aplicar a outros animais e também a humanos – ainda que sejam necessárias investigações adicionais já que os resultados em pessoas devem ser personalizados. Além disso as experiências decorreram apenas em ratinhos machos, já que o sexo poderia ser um fator que poderia influenciar os resultados.
De acordo com o cientista, a restrição calórica favorece a expansão da flora bacteriana saudável presente no sistema digestivo, nomeadamente os lactobacilos, o que ajuda a combater e a reduzir o número de bactérias nocivas para o organismo. Zhao assegura que estas bactérias “boas” são um elemento determinante na saúde e tempo de vida.
Eu queria algo de primeiro de abril, mas, bem… O fotógrafo Clayton Cubitt montou uma interessante exploração da relação inter-prazeres. Mulheres foram filmadas lendo, enquanto um misterioso dispositivo estimulava-as ao orgasmo. Pensamos que o misterioso dispositivo atenda pelo nome de vibrador.
Tradicionalmente, o Ocidente, sob a indiscutível e perniciosa influência católica, considera que a relação entre mente e corpo seja de conflito perpétuo, que um tentaria subjugar o outro. Nas pessoas religiosas e virtuosas, a mente dominaria o corpo e os desejos; os outros seriam perfeitamente felizes. O autocontrole — esta superestimada bobagem — seria a soberania da mente sobre os sentidos inferiores que aprisionariam nossas almas, se deixados livremente.
Com base nesta oposição, o fotógrafo estadunidense Clayton Cubitt realizou uma experiência única: colocou três mulheres lendo textos que são considerados sensuais ou francamente eróticos: Folhas da Relva, de Walt Whitman, Necrophilia Variations, de Supervert e Still Life with Woodpecker, de Tom Robbins. O tal misterioso mecanismo estimulava continuamente a área genital da leitora até que ela atingisse o orgasmo — o que marca o fim de cada experiência.
Entre outros fins, Cubitt procurou explorar as áreas limítrofes onde a mente não governa mais o corpo, apesar de todas as solicitações do superego pela compostura.
É muito interessante ouvir o que estavam lendo quando perdem a noção. Elas asseguraram que a experiência foi como um transe religioso e elas não lembraram da segunda metade do que leram.
Stoya — aqui, um depoimento — visita o estúdio e lê Necrophilia Variations de Supervert.
Alicia com Folhas da Relva, de Wait Whitman.
Danielle vai ao estúdio e lê Still Life With Woodpecker, de Tom Robbins.
Cientistas islandeses descobriram uma mutação genética que serve de escudo à doença de Alzheimer e à degradação cognitiva causadas pelo envelhecimento, noticiou a revista científica britânica “Nature”.
Pela primeira vez, foi detetada em idades mais avançadas uma mutação genética relacionada com a Alzheimer, doença degenerativa que afeta sobretudo os idosos.
Uma equipa do centro deCODE Genetics, de Reiquejavique, Islândia, estudou o genoma completo de 1795 islandeses e descobriu uma mutação do gene APP que reduziria até 40% a formação da proteína amilóide em idosos saudáveis.
A proteína é uma substância insolúvel que se acumula no cérebro dos doentes, formando placas, e é responsável pelo aparecimento da Alzheimer.
O estudo revelou que a função cognitiva dos idosos entre os 80 e os 100 anos, que tinham a mutação no gene APP, funcionava muito melhor do que a dos que não a possuíam.
“Pelo que sabemos, até agora, [a mutação] representa o primeiro exemplo de uma alteração genética que confere proteção forte contra a doença de Alzheimer”, sustenta o coordenador da equipa de investigação, Kari Stefansson.
Segundo os especialistas, a mutação genética permite travar a deterioração cognitiva nos idosos sem Alzheimer.
O investigador islandês Kari Stefansson defende que a Alzheimer pode representar o caso mais extremo da degradação da função cognitiva relacionada com a idade.
Até à data, os cientistas tinham descoberto 30 mutações do gene APP, 25 das quais tidas como causadoras da doença de Alzheimer em idades menos avançadas.
Em Portugal, estima-se que existam cerca de 153 mil pessoas com demência, das quais 90 mil com doença de Alzheimer, de acordo com a associação Alzheimer Portugal.
Fonte: Copiado do site da Rádio Tabajara (banhos de audiência), de São Benedito (CE).
Pesquisa comprova que mulheres não fazem sexo apenas por amor
O papinho mole de que mulher só faz sexo quando ama é uma daquelas patacoadas que nem deveriam existir. Mulher transa quando sente tesão, vontade, desejo — igualzinho aos homens. Mulheres buscam prazer e não deveriam ter nenhuma vergonha disso.
No livro “Why Women Have Sex?”, Cindy Meston e David Buss, psicólogos da Universidade do Texas, descobriram 237 motivos pelos quais mulheres resolvem ir pra cama com um cara. E o amor não aparece nem como último colocado dessa disputa!
Alguns dos motivos são melhorar a autoestima, deixar o cara seguro, fazê-lo acreditar que a relação vai bem, conseguir uma promoção, por dinheiro ou drogas — na lista também aparecem as tristes opções “porque são forçadas ou violentadas”, o que não deveria existir nunca! Outras das inspirações para o momento são vingança, agradecimento e tédio.
A novidade do comportamento feminino — que nem deveria ser tão novidade assim — já era esperada pelos pesquisadores, que a chamam de “benefícios genéticos”. Geneticamente as mulheres buscam um homem capaz de dar filhos e crescimento para o casal mas, hoje, nós preferimos seguir a razão e buscar outras coisas um pouco mais interessantes.