Um raro Gre-Nal, um daqueles bem fáceis

Um raro Gre-Nal, um daqueles bem fáceis
Clique para ampliar um pouco este disparate.
Clique para ampliar um pouco mais este disparate.

Sexta-feira, eu avisei a meus amigos gremistas: nós, do Internacional, ganharíamos o Gre-Nal. Ganharíamos porque nosso time estava e está em ascensão — jogando mais do que o Grêmio — e porque a ZH estava ajudando. Explico o caso ZH: na publicação, naquela mesma sexta-feira, de forma inexplicável, quatro analistas escreviam que o Grêmio chegava melhor ao Gre-Nal e era consequentemente o favorito. Eu discordava, sigo discordando e, desculpem, tinha razão. Para fazer valer a forcinha dada pelo jornal, bastaria fazer um poster da página principal de esportes e colocá-lo na entrada do vestiário do Inter. Puro doping.

(Não vou discutir aqui o enganador nível técnico do decepcionante Grupo da Morte da Libertadores, seria entediante).

Mas é claro que Abel contribuiu para deixar o jogo mais emocionante. Com Abel não tem nada de meritocracia, para ele substituir um titular, este há que ser antes execrado publicamente. Às vezes, tal atitude se revela sábia. Ele insistiu com o Rafael Moura e hoje penso em conhecer o desenho do He-man. Hoje já me mostraram a música de abertura. É ruim pra caralho.

Moura marca, para desespero dos quatro articulistas de ZH
Moura comemora, para desespero dos quatro articulistas de ZH

Quando Abel acertou a escalação no início do segundo tempo e mais, a organização do time com D`Alessandro pela direita, Aránguiz solto e Alan Patrick se enfiando, a superioridade de nosso time tornou-se algo constrangedor para os locatários da Arena. Foram dois gols, dois gols perdidos cara a cara (Aránguiz e Alex) e mais aquela bola do Alan Patrick que merecia ter entrado pela magia do futebol. O Inter chega bem no momento da reinauguração do Beira-Rio e do início do Brasileiro, que é o que interessa num ano sem Libertadores.

Achei o Grêmio morto do ponto de vista físico, mas lembrem-se da lição Nº 1 do Andrade quando jogador do Flamengo: “Quem não tem a bola corre o dobro”. E o Grêmio realmente não viu foi a bola. Não obstante, Barcos fez um belo gol. Até eu fiquei feliz de ver, pena que tenha sido no nossa goleira.

Agora, os números do clássico estão bem redondos e justos: são 400 Gre-Nais, com 150 vitórias do Inter, 125 empates e 125 derrotas. Se o Grêmio alcançar o Inter algum dia, é certo que estarei morto. Assim sendo, agora torço pelos empates!

Abel Braga, deixa o Patrick jogar, combinado?
Abel Braga, deixa o Patrick jogar, combinado?