Bom dia, Odair (com os melhores lances de Inter 3 x 1 Bahia)

Bom dia, Odair (com os melhores lances de Inter 3 x 1 Bahia)

Evitei escrever após Vasco 2 x 1 Inter. Estava muito irritado. Tu, Odair, não és um bom técnico. Precisarias de alguém para dialogar, mesmo durante as partidas. Ontem mesmo, em nossa vitória contra o Bahia, fizeste substituições erradas, chamaste os baianos para nosso campo e eles podiam ter empatado. Contra o Vasco, então, nem se fala: a escalação de Parede para marcar o lateral de um time que é o lanterna do Brasileiro foi uma piada. E deixaste a bola para o Vasco, quando tínhamos que ter tomado a iniciativa. Perdemos 3 pontos que todos os líderes vão ganhar.

O primeiro gol do Inter, marcado por Lindoso, foi BEM duvidoso. | Foto: Ricardo Duarte / SC Internacional.

Melhor dialogar com alguém da comissão técnica a fazer bobagens. Ontem, Roger te deu um baile tático e vencemos em razão das individualidades que felizmente possuímos. Brincar com a sorte contra times melhores pode ser complicado.

O grande destaque de ontem foi novamente D`Alessandro. Jogou demais. Lindoso foi efetivamente uma bela contratação. Também Patrick entrou muito bem.  Fez toda a jogada para o gol de Dale, quando o jogo ficou perigoso com a colocação de Fernandão ao lado direito, atacando diretamente Uendel, sem uma reação tua, Odair.

Neste momento, com a 9ª rodada longe de seu final, estamos em 4º lugar com 16 pontos. Se não fosse tuas duas patacoadas fora de casa, se tivéssemos vencido a Chapecoense e o Vasco, teríamos 22 pontos e seríamos líderes. Só isso, Odair.

Bom descanso. Pense num auxiliar técnico que te fale ao coração. Assim como estamos acabaremos multi-eliminados em julho. Leia esta verdade que salva e liberta.

Bom dia, Odair Hellmann (com os principais lances de Inter 2 x 0 Avaí)

Bom dia, Odair Hellmann (com os principais lances de Inter 2 x 0 Avaí)

O Avaí entrou em campo como 19º colocado no Brasileiro. Claro que entrou fechado, buscando um empate ou uma vitória num contra-ataque. O Inter estava em 10º podendo subir muito com uma vitória.

Grandes atuações de Edenílson e Dale, com golaço marcado pelo primeiro após bela jogada coletiva | Foto: Ricardo Duarte / SC Internacional

Como quase sempre acontece conosco, no primeiro tempo não conseguimos furar a defesa dos homens do 50º estado norte-americano e, pior, tomávamos contra-ataques. A vida de um colorado é difícil. Eram 18 min e eu já pensava na injeção de ânimo que deveria ser dada apenas no intervalo. Complicado iniciar o jogo e querer que o primeiro tempo logo acabe. Isto foge da definição de diversão e entretenimento. E, com efeito, o Inter está muito mais para sofrimento do que para festas.

De novo ficou clara a má fase em que submergiu Nico López, nota dez em esforço e zero em inspiração. Já Nonato errava demais, perdendo bolas fáceis. Eram 30 minutos e não tínhamos chutado a gol. Se o goleiro do Avaí fosse eu, o placar seria o mesmo.

Lá pelos 40 min, houve pênalti em Lindoso. A TV mostrou claramente, mas o juiz não deu. Vou lhes contar. O juiz nem foi olhar o VAR.

A verdade é que o Inter não conseguiu se impor em todo o primeiro tempo. E o adversário era o Avaí…

Como o previsto, após a palavra (ou os gritos) do vestiário, voltamos bem melhores no segundo tempo. Aos 6, Nonato perdeu um gol incrível. E abrimos o placar logo depois da entrada de Sarrafiore no lugar de Zeca. Guerrero marcou. Como é bom ter centroavante!

A participação de Guerrero em todas as partidas tem sido esplêndida. A bola é passada a ele, mesmo às vezes alta e sem jeito, e o peruano a disputa de verdade com os zagueiros. Não tem aquele negócio de pular só para constar como fazem tantos de seus falsos pares. Ele tenta matar a bola ou dar o passe e normalmente consegue, mesmo tendo menos corpo. Além disso, é hábil, chuta e cabeceia bem. Trata-se de nossa melhor contratação em anos.

Jogando bem, marcamos mais um em uma obra-prima de  feitura coletiva — Dale, Sarrafiore, Parede e Edenílson — e poderíamos ter ampliado.

Pra que tanto sofrimento?

Com o resultado, chegamos aos 13 pontos, ficando na 5ª colocação na tabela, além de manter 100% de aproveitamento dentro do Beira-Rio. Antes da parada para a Copa América, ainda temos dois jogos: sexta-feira contra lanterna Vasco da Gama, em São Januário — local onde costumamos nos enrolar ou sermos roubados como no ano passado — e o Bahia, na quarta-feira seguinte, em Porto Alegre. E atenção: estaremos sem Guerrero, que estará servindo à seleção peruana na Copa América.

Os melhores lances começam aos 45 segundos do vídeo abaixo:

Bom dia, Odair (com os principais lances de Inter 2 x 1 Flamengo)

Bom dia, Odair (com os principais lances de Inter 2 x 1 Flamengo)

Que grande jogo foi Inter 2 x 1 Flamengo! Mas não dá para recuar contra eles, que têm um ataque poderoso. Esse negócio de ficar só contra-atacando não funciona quando o adversário é Flamengo, River, Palmeiras, etc.

Quando o jogo começava, novamente me veio aquela sensação estranha — afinal, havia um árbitro tranquilo que comandava e fazia tudo conforme o habitual. Não adianta, o Campeonato Gaúcho é uma VÁRZEA, com seus juízes burros, formatados e atrapalhados demais.

Fizemos um grande primeiro tempo. Disse que D`Alessandro deveria entrar somente durante o jogo, mas ele me fez engolir a opinião. Jogando sem preocupações com marcação — deixando a função para os mais jovens Nico e Patrick –, Dale fez muito boa partida. Na verdade, o esquema mudou. Dourado e Edenílson ficaram protegendo a zaga, enquanto Nico, Dale (pelo meio) e Patrick formaram uma linha mais à frente.

Foi num cruzamento perfeito dele que Guerrero fez nosso primeiro gol aos 5 min e, puxa, poderíamos ter ampliado o placar. Na verdade deveríamos, considerando a história do jogo. Perdemos gols com Dale e um incrível com Nico López após lançamento de Iago.

Para variar, Odair resolver iniciar o segundo tempo acadelado, no velho esquemão reativo. Claro que o Flamengo nos empurrou para trás, mas não tínhamos nenhum contra-ataque e parecíamos conformados com o 1 x 0.

E tomamos o gol de empate.

E então Odair acertou duplamente. Trocou o já cansado Dale por Sarrafiore e Patrick, de péssima partida, por Parede. E voltamos a pressionar até Sarrafiore marcar um golaço.

Se Moledo foi o melhor em campo, foi Sarrafiore quem decidiu o jogo | Foto: Ricardo Duarte / SC Internacional

Logo depois do gol, lembrei que Camilo jogou o Gre-Nal do Gaúcho com o Sarrafiore no banco. Ah, Odair.

Os destaques da partida foram a zaga do Inter. A dupla esteve sensacional, com Moledo jogando muito. Zeca foi bem. Dale, Guerrero, Sarrafiore, Nico e Parede também. Quem esteve mal? Só Patrick.

Com a vitória, somamos nossos primeiros três pontos no campeonato, subindo para a 12ª posição da tabela. Cabe destaque também para o grande público presente. Ao todo, mais de 40 mil pessoas tomaram as arquibancadas do Beira-Rio. Sábado, teremos uma baita pedreira: o Palmeiras, às 19h, em São Paulo.

E a vida segue.

No vídeo abaixo, os melhores lances começam aos 17 segundos.

Bom dia, Odair (com os lances do Gre-Nal de ontem)

Bom dia, Odair (com os lances do Gre-Nal de ontem)

Há um grave problema no Inter. D`Alessandro está completando hoje 38 anos e é inevitável que não seja mais o mesmo jogador de antes. A idade pesa e ele tem de ser substituído em todos os jogos. Entramos em campo sabendo que Dale vai sair ali pelos 15 do segundo tempo. É claro que ele — com sua qualidade técnica superior — deveria entrar durante as partidas e não o início das mesmas, Odair, pois já pegaria os adversário cansados, mas… Mas este é apenas o primeiro dos problemas.

Parabéns pelo 38 anos completados hoje, D`Alessandro! | Foto: Ricardo Duarte | SC Internacional

Veja bem, nossa segunda linha de 4 é formada por Dale, Edenílson, Patrick e Nico. A ordem de substituições parece ser imutável: o primeiro da fila é, incrivelmente, Parede, depois vêm Pottker e Camilo. A ordem é finalizada por Nonato e Sarrafiore. É uma tremenda injustiça para com os jovens. Na minha opinião e na de quase toda a torcida, esta ordem deveria ser simplesmente invertida.

Ou deveria ser mais criteriosa. Nonato seria o substituto natural de Edenílson e Patrick, mais afeitos à marcação. Sarrafiore ou Camilo seriam SEMPRE os suplentes de Dale, e Pottker e Parede os de Nico. Mas como enfiar simplicidade na cabeça de um técnico amedrontado?

Parede na posição de Dale? Meu deus, ele é grosso de dar dó, muda toda forma de atacar do time. E gosta mais de marcar zagueiros do que construir jogadas…

No mais, seis coisinhas sobre o Gre-Nal:

(1) Inter fez uma partida apenas média. O empate foi justo. Nosso esquema foi o mesmo dos jogos anteriores, apenas com maior proteção a Zeca, mas isto só foi feito quando Éverton começou a reinar, fato facilmente previsível, não Odair?

(2) A arbitragem foi puramente política. Não me serve. Não expulsar Renato foi a piada do ano. Só no RS um técnico invade o campo para bater boca e fica tudo por isso mesmo.

(3) O Grêmio não marca muito. Gosta só de ter a bola. E o Inter gosta de entregá-la. O jogo foi gostoso de ver do ponto de vista tático, mas nada emocionante. As únicas emoções eram os erros de Vuaden.

(4) Na minha opinião, perdemos o Vaziozão 2019 ontem. Mas eu treinaria bastante cobranças de pênaltis para o segundo Gre-Nal quarta-feira, nas Arena, às 21h30.

(5) Os empates voltaram a ficar na frente do Grêmio na história dos Gre-Nais.

(6) Melhor jogador do Gre-Nal? Victor Cuesta, sem dúvida.

P.S. — E li no twitter de @dimibarcellos: “Hoje foi o quarto jogo quase em sequência onde o Inter teve que queimar uma troca ainda no primeiro tempo por lesão. Patrick contra Alianza Lima, Bruno contra River e Rithely hoje foram por problemas musculares na coxa. Isso não é normal”.

Bom dia, Odair (com os lances de Inter 2 x 2 River Plate)

Bom dia, Odair (com os lances de Inter 2 x 2 River Plate)

Que chocolate tático tu tomaste ontem, hein, Odair? E nem conseguiste ver o que estava acontecendo. Acho que precisas de alguém que fique no telefone te dizendo, poe exemplo, no início do segundo tempo:

— Odair, o Marcelo Gallardo colocou três zagueiros, tá no 3-6-1, povoou o meio-de-campo, o número 11 (Nicolás de la Cruz) é bom e está sempre livre, tu tens que marcá-lo de cima, etc.

Essas coisas, entende?

Ontem, tivemos um belo jogo no Beira-Rio. Belo e decepcionante.

Edenílson vai marcar seu golaço | Foto: Ricardo Duarte

O Inter pressionou e logo fez 2 x 0. Um gol de oportunismo de Nico e outro — um golaço — de Edenílson. O River achou um gol ao final do primeiro tempo. Lucas Pratto fez 2 x 1.

No início do segundo, Odair pensou que podia recuar e explorar contra-ataques, mas do outro lado tinha Gallardo. E o treinador do River fez duas trocas no intervalo, deixou seu time num 3-6-1 e o Inter não teve nem a bola nem o contra-ataque. Tudo sem reação tua, que parecia não entender o que estava acontecendo. Por isso, alguém com maior conhecimento tático deveria te ajudar.

Logo aos 15min, o River empatou com o excelente De la Cruz, um dos que entrara. Enzo Pérez começou a mandar no jogo e, se os argentinos tivessem um ataque melhor, talvez tivessem virado o jogo.

Para completar, Odair, tu erraste ao substituir Dale por Wellington Silva. Dale retém a bola, WS vai pra cima. Como estávamos muito bem marcados, a bola voltava imediatamente. Perdemos o meio-de-campo e ficamos sem ataque. A única chance que tivemos foi com Sóbis, que errou a passada — quase tropeçou — na hora de finalizar jogada de Patrick pela esquerda.

O melhor teria sido colocar Sarrafiore ou Camilo, mais parecidos com Dale. Até Nonato, de bom passe, teria sido melhor.

Tu segues o estilo Abel. Perdes o meio-de-campo trocas atacante por atacante. Meu deus, para que botar Parede???

Odair, meu filho, olha pro Gallardo e imita, vê se aprende, por favor. 2 x 2 justo, mas decepcionante. Afinal tivemos um 2 x 0 de vantagem e deixamos o River chegar. Nosso time não é tão ruim quanto tu.

Pela Libertadores, nossa próxima partida é contra o Palestino, em casa, na terça-feira (9) às 21h30. Vai ser complicado, pois não sabemos atuar bem no Beira-Rio contra times fechados. O mesmo vale dizer para o perigoso jogo de sábado (6), às 16h30, também no Beira-Rio. Acho que o Caxias jogará melhor aqui do que jogou no Centenário e devemos ir com os reservas. Acho ambos jogos muito perigosos.

(Hoje o Inter completa 110 anos. O Grêmio joga contra a Universidad Católica em Santiago. Aguardamos um presente da Cordilheira).

Os melhores momentos começam aos 26 segundos:

Bom dia, Odair (com os lances de Inter 2 x 0 NH)

Bom dia, Odair (com os lances de Inter 2 x 0 NH)

Jogando pessimamente no primeiro tempo e melhorando um pouco no segundo, o Inter fez o suficiente para vencer o Novo Hamburgo pela rodada final da primeira fase do Falso Charmosão 2019. Os gols foram de Guilherme Parede e Wellington Silva, ambos no segundo tempo. 2 x 0.

Com o resultado, terminamos a fase classificatória na segunda colocação, com 22 pontos ganhos. O adversário das quartas de final será novamente o Novo Hamburgo, com o jogo de ida sendo disputado no findi lá no estádio do Vale, e o segundo no Beira-Rio no meio da semana. As datas e horários exatos ainda não foram divulgadas pela justa e imparcial Federação Gaúcha de Futebol.

Em ascensão, Sóbis fez boa partida | Foto: Ricardo Duarte

Odair, tu voltaste a escalar um time sem armadores. Atacantes colocados como armadores não armam o jogo. Mais uma vez? Atacantes colocados como armadores não armam o jogo. Outra vez ainda? Atacantes colocados como armadores não armam o jogo.

Quando tu colocaste o jovem Sarrafiore e o rodado Camilo — jogadores nada excepcionais, mas articuladores natos –, o time passou a respirar e a criar oportunidades de gol. D`Alessandro, Odair, tem que ser a cerejinha do bolo, jamais a função de armação pode ser colocada exclusivamente nas costas de um jogador que fará 38 anos em 15 de abril.

Mas tu não aprende, eu sei. Sei também que a diretoria só contrata atacantes, mas fazer o que se só tem lugar para um ou dois no time?

Parede fez boa partida. O mesmo se pode dizer de Wellington Silva. Sóbis foi o melhor de todos.

Pottker e Dale foram mal.

A defesa não apresentou problemas.

No mais, foi um joguinho bem desinteressante.

Oremos para que sigamos com sorte na Libertadores. Porque futebol… Temos muito pouco.

Posso te ensin… Ops, posso fazer uma humilde sugestão, Odair? Tenta Dourado e Edenílson; Nico, Nonato, Wellington Silva ou Parede; Rafael Sóbis.

Bom dia, Odair (com os lances do sufoco de ontem)

Bom dia, Odair (com os lances do sufoco de ontem)

Surpresa das surpresas, tu escalaste Nonato no lugar de Nico López. Parabéns, Odair! Ficamos encantados de finalmente poder ver este jovem precedido de tantos elogios. E ele mostrou naturalidade, rapidez, bons desarmes, passes certos e um estilo que poderia ser comparado ao do ex-gremista Arthur. Gente, falo do estilo como referência, não estou dizendo que Nonato acabará no Barcelona.

O bom Nonato finalmente apareceu para a torcida | Foto: Ricardo Duarte

Pedro Lucas também estreou iniciando uma partida. Me pareceu muito mais nervoso do que Nonato. Escondeu-se atrás dos zagueiros, esperando que a bola lhe fosse oferecida pela sorte. Evitou toda a disputa aérea jogando num time que ama cruzamentos. A vida não é o pudim da mamãe, Pedrinho, há que lutar e cravar as unhas para não escorregar. Dentro da grande área, tem que lutar contra dez esfomeados que querem o mesmo pedaço da sobremesa materna.

Jogamos miseravelmente ontem no Beira-Rio. Fomos muito mal. O Caxias tocava a bola e ficávamos impotentes. Nunca tivemos a bola, exceto no final da partida, na pressão, com um a menos.

A rigor, no primeiro tempo, as chances do Inter resumiram-se ao gol de Pottker. Nada mais houve em nosso ataque. Se estávamos mancos com Nico em campo, imagina sem. Nosso atacante mais efetivo foi Pottker. Neílton ficou na posição de armação, se fazendo de craque. Se é para tentar lançamentos, melhor ir para o meio.

Nossa saída de bola é lenta, incrivelmente lenta e temos um grave problema de concepção. Zeca, Bruno, Iago e Uendel não são bons laterais. Erram passes, atrasam tudo, marcam de longe. Ao menos Zeca demonstra vontade. Não me surpreenderá se Emerson Santos e Patrick acabarem nas posições deles.

O primeiro tempo foi assim: o Inter não conseguia atacar, o Caxias tocava a bola e nosso furo defensivo era a dupla pelo lado esquerdo, Cuesta e Uendel.

Fomos para o intervalo e pensei que, jogando como estávamos jogando, seria complicado ampliar.

No início do segundo tempo, tivemos ainda menos a bola. O Caxias era soberano e logo empatou, em jogada começada lá no setor de Uendel. Para piorar, ali pelo 15 min Edenílson foi expulso com justiça. Aos 23, Dale entrou no lugar de Neilton. As outras substituições foram a troca de Nonato por Patrick e a de Pedro Lucas por Sóbis.

Tudo se encaminhava para um fiasco. Ali pelos 40, houve uma falta perigosíssima a nosso favor. Dale deveria batê-la, claro, mas a ascendência de Sóbis sobre seus companheiros parece avassaladora. Ele bateu bem. A bola passou por baixo da barreira e talvez acabasse em gol, só que, atrás da barreira, Patrick evitou que a bola seguisse seu destino.

Tudo se resolveu na sorte, daquele jeito. Pottker cavou uma falta pelo lado esquerdo. Sóbis bateu e Patrick — que finalmente entrou bem — marcou de cabeça.

Patrick entrou bem | Foto: Ricardo Duarte

Gente, o adversário era o Caxias. Apenas o Caxias. Tivemos uma semana para treinar e só corremos atrás. Estamos muitíssimo mal. É, sim, preocupante. Deveríamos estar em outro nível para entrar na Libertadores.

A próxima partida é domingo, às 17h, em Santa Cruz, contra o Avenida.

Bom dia, Odair (Inter 1 x 0 Brasil-Pel)

Bom dia, Odair (Inter 1 x 0 Brasil-Pel)

Inter iniciou o jogo com Bruno e Tréllez. Isto além de D`Alessandro, que deveria entrar no segundo tempo. Essa escalação é quase como entrar com 9 homens. Ou com algumas substituições certas para corrigir o time no segundo tempo. (Isso eu escrevi no twitter antes da partida. Adivinha se os dois primeiros não foram substituídos?).

Só o Inter escala Tréllez e deixa Pedro Lucas (foto) no banco | Ricardo Duarte (SC Internacional)

O jogo iniciou com o Inter sem soluções ofensivas. Porém, em lance isolado, aos 14 min, D`Alessandro chutou no travessão. Na sobra, Moledo marcou, mas estava impedido.

Aos 15, novo gol perdido. Tréllez não entendeu a jogada de calcanhar de Nico López e não fez o gol por desatenção.

A defesa do Brasil-Pel mostrava não ser lá essas coisas. Os pelotenses erravam muitos passes, mas o Inter, para organizar contra-ataques, antes tinha que carimbar um memorando pedindo licença. Entendam, é um time burocrático.

Ademais, as jogadas de ataque acabavam sempre em Tréllez, que perdia todas.

Aos 32, Neílton deixou Edenílson na cara do gol, mas ele perdeu a bola para o goleiro.

Um minuto depois, Iago cruzou sem goleiro para Tréllez. Adivinha o que aconteceu? Nada, pois a forma com que Tréllez disputa as bolas na área é digna de um bêbado.

Graças a deus, acabou o primeiro tempo.

A mediocridade acentuou-se no segundo tempo. Havia tantas opções melhores no banco — Falo sério, ou seja, o Inter está muito mal escalado — que nem sabia o que sugerir.

Aos 13 min do segundo tempo, Odair tirou Tréllez — finalmente! — para colocar Pedro Lucas. Aos 20, já desesperado, nossa sumidade colocou Sarrafiore no lugar de Neílton.

Tudo porque nosso time parecia uma lixeira. Com Pedro Lucas e Sarrafiore, tudo melhorou. Então, Pedro tomou uma falta na entrada da área. Na cobrança, Dale bateu mal, mas no rebote Dourado tentou o gol e Moledo marcou.

O namorado da filha da minha mulher é colombiano e acompanha MUITO futebol. Ele me disse que não entende a contratação do Tréllez. Disse que ele JAMAIS se destacou por lá. Um dia — quem sabe o que houve? — , talvez o MP se interesse pelo caso. Custou R$ 1,5 milhão.

Nosso time segue mal, mas ganhará uma semana para treinar. Espero que Odair possa dar alguma dinâmica a ele e que vá retirando os inúteis. Ah, Zeca entrou bem na de Bruno.

O próximo jogo é domingo, às 17h, no Alfredo Jaconi, contra o Juventude.

Bom dia, Odair (Inter 1 x 2 Pelotas)

Bom dia, Odair (Inter 1 x 2 Pelotas)

Eu sou contra mudar técnicos, OK? Mas hoje descobrimos que tu, Odair, passaste as férias sem pensar. Patrick não pode jogar na armação. É um volante. Ou joga ali ou é banco. Pottker não é para o Inter. E talvez Dale deva entrar só no segundo tempo. Mas como convencer um cabeça dura como tu a iniciar o jogo com Neilton e Sóbis? Enquanto isso, Nico López joga sozinho, coitado.

Pottker e nada. Qual é a diferença? O nada não atrapalha.

E o time fica sem ataque, se atrapalha em casa contra times fechados, blá-blá-blá. Sim, blá-blá-blá porque isso a gente já sabia do ano passado, né? Cansei de repetir os mesmos argumentos. Novidade nenhuma. Os jogos em casa eram um parto porque não sabíamos atacar. Ontem PERDEMOS para o PELOTAS.

Sei que é cedo, mas acredito que vale o alerta. Não estamos mais em época de reconstrução e temos jogadores e possibilidades melhores do que as que são escaladas.

Será que será mais um ano de ir atrás de uma vaga na Libertadores 2020? Porque, desse jeito, vamos cair na fase de grupos.

O Alexandre Perin acaba de contar a seguinte história:

o São Caetano tinha 2 jogadores de meio campo promissores e negociou um com o Grêmio e um com o Inter.

Matheus, o que foi pro Grêmio, teve 1195 minutos em campo em 2018 com o time principal.

Nonato, o que foi pro Inter, teve ZERO minutos em campo em 2018 com o time principal.

Assim é o Inter. No nosso time só jogam medalhões como Patrick e Pottker. Os guris que se ralem.

Bom dia, Odair, (com os melhores lances de Inter 2 x 0 Flu)

Bom dia, Odair, (com os melhores lances de Inter 2 x 0 Flu)

Meu caro Odair.

Tu gostas de perder tempo. Ou respeitas algum acordo equivocado com teus jogadores. Pois passar o primeiro tempo com o atual Patrick no time é pura perda de tempo. Não sou favorável a fazer uma troca de técnico para 2019 — teu trabalho foi antecedido por diversas tragédias –, mas, credo, tu és muito lento na mudança de escalação.

No início do segundo tempo, quando entrou Rossi, que não é nenhuma Brastemp, no lugar de Patrick, o time respirou melhor e reais jogadas de linha de fundo apareceram, apesar de que os bons cruzamentos do bolsomínion eram desperdiçados Jonatan Álvez, outro problema.

O primeiro gol de Nico foi uma obra de arte. | Foto: Ricardo Duarte / SC Internacional

Mas quem resolveu o jogo foi o artilheiro, né? Que golaços fez Nico López! Digam o que disserem, jogadores como Nico são imprescindíveis. Tem gente que não chuta, que tem medo de errar, que é cagona. Outros, como Nico, não tem o menor receio de errar e acaba salvando o time por ter um chute violento. Grande Nico!

As outras observações são repetições. O Inter é leeeeento. Dale jogou bem, Fabiano foi Fabiano, Dourado jogou muito, Iago foi mal (e fez várias opções tolas em passes). Ou seja, não houve grandes surpresas.

Então, faltando apenas uma rodada para acabar o Brasileiro,  já conquistamos a vaga direta para a Libertadores 2019. Com o resultado de ontem, o Inter chegou aos 68 pontos, ficando definitivamente com a terceira posição na tabela de classificação.

A última partida será no dia 2 de dezembro, às 17h, domingo, diante do Paraná, fora de casa. É quase um jogo amistoso, no qual poderíamos ver Sarrafiore, Richard e outros jogadores secretos, né, Odair?

Bom dia, Odair (com os lances da queda livre — Inter 1 x 2 Atlético-MG)

Bom dia, Odair (com os lances da queda livre — Inter 1 x 2 Atlético-MG)

Odair, acredito que tu és o responsável por nossa vaga para a Libertadores 2019. E também por nossa decadência atual. Na tua entrevista, justificaste a manutenção de alguns jogadores no time porque “estes jogadores são também responsáveis pela posição do Inter na tabela”. Que bobagem! Futebol é momento, é um esporte coletivo onde o mau rendimento individual repercute nas ações dos outros. Ou seja, as fracas atuações de gente como Fabiano, Iago, Patrick, etc. estão afundando teu bom trabalho e o Inter neste final de Brasileiro.

Lambança no final do Brasileiro | Foto: Ricardo Duarte

De resto, nem adianta reescrever coisas. O Inter permanece lento e previsível, chato mesmo, como já cansei de escrever. E perdeu o jogo merecidamente para o Atlético-MG, apesar dos incríveis gols perdidos por Damião.

Ontem, já poderíamos ter sido ultrapassados pelo Grêmio, que jogou meio Brasileiro com reservas. Veja bem, preste bem atenção à superioridade deles, Odair.

O próximo jogo também será no Beira-Rio. Será domingo, dia 25 de novembro, às 19h, diante do Fluminense. Com nosso péssimo futebol atual, é jogo perigosíssimo, ainda mais que o Grêmio pega o fraco Vitória. Será que eles e o São Paulo vão nos tirar do G-4?

Estamos em 3º lugar com 36 jogos e 65 pontos. O Flamengo, em segundo lugar, já tem 69 e é melhor esquecer. O Grêmio está com 62 em quarto e o São Paulo também tem 62, mas faz seu 36º jogo hoje contra o Vasco. Pode encostar em nós. Vamos cair para o 5º lugar com teus Patrick, Iago e turma?

Bom dia, Odair (com os melhores lances de Inter 2 x 0 América-MG)

Bom dia, Odair (com os melhores lances de Inter 2 x 0 América-MG)

Ontem à noite, tivemos um jogo um pouco mais tranquilo do que o normal. É incrível como o Inter tem dificuldades para marcar gols. Não obstante, Damião foi o grande destaque da partida. Fez o primeiro gol em passe milimétrico de Edenílson e devolveu a gentileza ainda no primeiro tempo. O jogo virou 2 x 0.

Damião prepara-se para arrematar e marcar seu 108º gol pelo Inter | Foto: Ricardo Duarte (SC Internacional)

Damião, ao marcar (foto acima), chegou a seu 108º gol com a camisa do Inter. Assim, entrou na lista dos 10 maiores artilheiros do clube. Está empatado com Adãozinho, jogador histórico do Rolo Compressor, que defendeu o clube entre 1943 e 1951.

Os maiores goleadores da história do Inter:

  • 1º – Carlitos – 485 gols
  • 2º – Bodinho – 235
  • 3º – Claudiomiro – 210
  • 4º – Valdomiro – 191
  • 5º – Tesourinha – 178
  • 6º – Larry – 176
  • 7º – Villalba – 153
  • 8º – Ivo Diogo – 118
  • 9º – Jair – 117
  • 10º – Adãozinho – 108
  • 10º – Leandro Damião – 108

No segundo tempo, tivemos mil oportunidades para contra-atacar o desesperado time do América-MG — que está indo para a Segunda Divisão –, só que tudo foi desperdiçado. Tomamos até sufoco por pura inabilidade de manter a posse de bola. Sinceramente, não consegui ver grande superioridade nossa, mesmo jogando em casa contra o 19º colocado do Brasileiro.

Há um longo caminho a percorrer até chegarmos a ter um bom time. Os laterais Fabiano e Iago, por exemplo, têm sido ridículos e são titulares absolutos. Uma tragédia.

A próxima partida é contra o bom Botafogo, domingo, às 17h, no Engenhão. Voltaremos a jogar em casa na 36ª rodada, quando enfrentaremos o Atlético-MG, dia 21 de novembro, no Beira-Rio.

Estamos a 5 cinco pontos do Palmeiras. Na minha opinião, está é uma diferença definitiva, tendo visto os últimos 4 jogos do Verdão: Paraná (F), América-MG (C), Vasco (F) e Vitória (C). Ou seja, pegam 3 rebaixados e o Vasco. Nossa tabela é bem mais complicada: Botafogo (F), Atlético-MG (C), Fluminense (C) e Paraná (F). Já era, né?

The Who, a lenda

The Who, a lenda

Antes do show do Who em Porto Alegre, a emoção era bem identificada e localizada. Os mais desatentos não sabiam bem quem eram aqueles dois senhores sobreviventes de um grupo original de quatro, mas já os que gostam e acompanham o movimento musical sabiam que iam ver verdadeiras lendas. The Who é um grupo realmente único. Pode soar como heavy metal e já foi classificado como tal, mas muitas vezes apresenta um espírito de punk rock com letras sensacionais, porém, você não estará errado se considerá-lo o grupo que faz o rock mais complexo que existe, tirando do jogo os progressivos.

Roger Daltrey e Pete Townshend. The Who em ação | Foto: Site do grupo

Sim, não é fácil classificá-lo. Afinal, The Who tem em seu acervo duas esplêndidas óperas-rock que viraram filmes — Tommy e Quadrophenia — , mas também tem notáveis discos de canções avulsas e o verdadeiro torpedo que é Who`s Next.

The Who surgiu em 1964 na Inglaterra. Sua formação clássica tem Pete Townshend (guitarrista e compositor praticamente único do grupo), Roger Daltrey (vocais), John Entwistle (baixo) e Keith Moon (bateria). O grupo alcançou rapidamente fama internacional em razão da qualidade de sua música e também por fatores extra-musicais. Suas apresentações eram pura energia, era o grupo que se apresentava com o volume de som mais alto de todos e ficou famosa por quebrar seus instrumentos ao final dos shows — especialmente Townshend, cuja destruição de guitarras tornou-se um clichê, e Keith Moon, que costumava mandar sua bateria pelo ares, aos pedaços. Seus primeiros álbuns eram cheios de canções curtas e agressivas, usando principalmente os temas da rebelião juvenil e da confusão sentimental.

The Who em 1964: Townshend, Moon, Daltrey e Entwistle

Para ser mais exato, a origem do Who foi um grupo de jazz do qual participavam Pete Townshend e John Entwistle quando adolescentes, chamado The Confederates. Townshend tocava banjo e Entwistle trompete, embora também estudasse baixo, imaginem. Já o vocalista Roger Daltrey conheceu Entwistle na rua enquanto este caminhava com seu baixo pendurado no ombro. Este convidou-o para um teste no grupo de jazz. Daltrey foi aceito e os três logo saíram do Confederates. Moon foi último a aparecer. Veio através de um anúncio no jornal. Daltrey descreve o teste do genial Moon para entrar na banda: “Foi como se tivessem ligado um motor atrás da gente”.

Em setembro de 1964, na Railway Tavern em Harrow and Wealdstone, Inglaterra, Pete Townshend destruiu sua primeira guitarra. Tocando num palco baixo demais, se mexendo e dançando muito, Pete bateu com o braço da guitarra no teto, o que resultou no descolamento deste do corpo do instrumento. Furioso com as risadas da plateia, Townshend arrebentou a guitarra em pedaços, pegou outra e continuou o concerto. Por conta disso, o público no show seguinte aumentou consideravelmente, mas ele se recusou a destruir outro instrumento. Então foi Keith Moon quem arrebentou sua bateria… A destruição de instrumentos se tornaria um destaque dos shows ao vivo do Who pelos anos seguintes, e o incidente na Railway Tavern acabaria entrando para a lista de “50 Momentos que Mudaram a História do Rock ‘n’ Roll”.

Calma, nada disso ocorreu no Beira-Rio nesta terça-feira (26/09/2017). Mas você viu o windmill (moinho de vento) de Townshend. O windmill é aquele clássico giro de braço que Pete Townshend usa pra tocar guitarra. A lenda diz que seria uma resposta a Jimi Hendrix. “Como ele tacava fogo na guitarra”, brincou o Pete uma vez numa entrevista à Rolling Stone, “eu fazia o moinho de vento pra apagar o fogo”. Só que, tempos depois, no programa de David Letterman, o mesmo Townshend contou que copiou o gesto do Keith Richards, já que o The Who, bem no início da carreira, abrira alguns shows pros Stones. Ele viu Keith fazendo isso no palco e, no dia seguinte, mandou um windmill na abertura. No fim do espetáculo perguntou a Keith se ele tinha gostado da homenagem, mas Keith não lembrava ter ter feito o gesto e comentou: “Aquela hora em que você pegou no pau, no fim da apresentação… Foi pra mim?”.

Todos os integrantes do The Who eram muito diferentes entre si. Sempre brigaram bastante e Pete afirma ainda hoje que jamais um grupo deve se separar enquanto está brigando. “É quando tem mais pegada”. Townshend era o compositor e inovador (embora Entwistle também contribuísse com canções). Pete também era uma central de novidades, enquanto Daltrey preferia ficar só com os rocks agressivos. Moon amava a surf music norte-americana e Entwistle a elegância do jazz. É estranho dizer isso hoje, mas, no começo, Daltrey era considerado o patinho feio do Who. Ele via que estava entre três virtuoses em seus instrumentos e sofria com a silenciosa desaprovação. Achava que seria chutado. Ontem, estava com Pete do Beira-Rio.

O primeiro sucesso retubante veio na estreia do LP My Generation. O álbum trazia canções que se tornariam hinos, como The kids are alright e a faixa-título com o famoso verso I hope I die before I get old (“Eu espero morrer antes de envelhecer”). Outros êxitos seguiram-se com os compactos simples Substitute, I’m a boyHappy Jack (1966), Pictures of Lily, I can see for miles (1967) e Magic bus (1968).

Apesar do grande sucesso alcançado com seus compactos simples, o Who, ou mais especificamente Townshend, queria mudar, achava o modelo esgotado. Ao mesmo tempo que o som da banda evoluía e suas músicas se tornavam mais provocativas e envolventes, Townshend passava a tratar os álbuns do Who como projetos unificados, ao invés de meras coleções de canções desconexas. O primeiro sinal desta ambição surgiu como LP A Quick One (1966), que trazia uma coleção de canções que, reunidas, contavam uma história. A Quick One, While He’s Away foi chamada de “mini-ópera”.

A seguir veio The Who Sell Out (1967), um álbum que pretendia simular a transmissão de uma estação de rádio pirata, incluindo jingles e propagandas.

Nessa época, os ensinamentos de Meher Baba — sim, a cultura dos anos 60 reverenciava os gurus orientais — passaram a exercer influência importante nas composições de Townshend, e essa conjunção de ideias acabaria desaguando em Tommy (1969), sua primeira ópera-rock completa e a primeira a alcançar sucesso comercial, imenso sucesso comercial. O indiano é creditado como “Messias” na contra-capa do álbum Tommy. No mesmo ano, o grupo esteve em Woodstock tocando basicamente Tommy. As canções Pinball Wizard, See me feel me, Go to the mirror e The Acid Queen, entre outras, tornaram-se clássicos.

Em fevereiro de 1970 o Who gravou Live at Leeds (1970), considerado por muitos o melhor álbum ao vivo de rock de todos os tempos, tocando basicamente Tommy… Na verdade, Live at Leeds foi lançado originalmente sem nenhuma canção de Tommy em um LP com apenas 6 músicas — sendo 3 covers, My Generation, Substitute e Magic Bus. Só na segunda edição em CD que todo o show pôde ser ouvido, com a execução da ópera Tommy no segundo disco.

Na época, todos os integrantes da banda — principalmente o autor, Townshend — estavam cheios de tocar Tommy e mais Tommy. O álbum tinha sido considerado o melhor da década de 60 junto com Sgt. Peppers e todos só queriam ouvir Tommy. Pete queria partir para outra e o Who preparou um grande disco sob a produção de Kit Lambert em Nova York.  Só que Lambert, então viciado em heroína, era de pouco auxílio e a banda retornou à Inglaterra para regravar o material com o produtor Glyn Johns. O resultado, Who’s Next (1971), acabaria por ser o trabalho mais aclamado do The Who entre os críticos e fãs.

É difícil destacar alguma coisa em Who’s Next, o álbum mais parece uma coletânea de melhores canções, apesar de não ser. Bastaria dizer que o disco começa com Baba O’Riley e Bargain e acaba com Behind Blue Eyes e Won’t Get Fooled Again, OK?

Após Who’s Next a banda voltaria ao estúdio em maio de 1972. Essas sessões dariam origem a mais uma ópera-rock de Townshend, Quadrophenia (1973), a história de dois dias na vida de um adolescente mod chamado Jimmy, sua luta contra todo gênero de inquietações, mas principalmente sua busca por um lugar na sociedade. Quadrophenia tem o mesmo nível de Who`s Next, é um notável trabalho, daqueles onde a cada audição são descobertos novos detalhes. O Who tocou Love, reign o’er me e Cut my hair nesta terça-feira.

Os álbuns seguintes do Who traziam canções mais pessoais de Townshend, dentro do estilo que ele eventualmente transferia para seus álbuns solo. The Who by Numbers, de 1975, traz diversas canções introspectivas e maravilhosas, como Blue, Red and Grey.

A qualidade do somatório de canções originais do Who são comparáveis ao acervo criado pelos Beatles e Rolling Stones. Se acrescentarmos o Led Zeppelin, com uma produção menor em número, temos aí o quarteto intocável do rock e talvez da música inglesa dos últimos 50 anos. Se o Who inventasse de tocar todas as clássicas do grupo, iam precisar de várias noites.

Em 1978 a banda lançou Who Are You, distanciando-se do estilo épico das óperas rock, enquanto se aproximava do som mais comum das rádios. O lançamento do álbum foi ofuscado pela morte de Keith Moon devido a uma overdose acidental de um remédio prescrito para o combate ao alcoolismo. Kenney Jones, ex-Small Faces, assumiu seu lugar. No ano seguinte, a tragédia voltou a rondar o grupo: no dia 3 de dezembro de 1979 um tumulto no lado de fora do Riverfront Coliseum, em Cincinnati, Ohio, provocou a morte de onze fãs que aguardavam o início de um show. A banda soube do incidente somente após a apresentação.

O último ano de Moon. The Who em 1978: Daltrey, Townshend, Moon e Entwistle

Depois veio o declínio, a separação e o retorno. Lançaram o médio Face Dances em 1981 e o melhor It’s Hard em 1982. Após estes trabalhos, passaram a se reunir apenas para grandes eventos e só lançaram mais um álbum de inéditas, Endless Wire, em 2006.

Porém, após participar do encerramento dos Jogos Olímpicos de Londres, em 2012, o Who voltou com força total. Pete e Roger anunciaram que uma nova e esperada turnê de Quadrophenia aconteceria. The Who tocou pela Europa em novembro e dezembro e pela América do Norte em janeiro e fevereiro de 2013. A turnê seguiu pela Inglaterra e França.

Hoje, o baterista Zak Starkey — filho do beatle Ringo Starr — substitui Moon à altura, mas nada substitui a inalcançável classe e os solos do baixista John Entwistle, nem o bom Jon Button. E há mais um guitarrista no grupo: Simon, irmão de Pete Townshend.

Foto: Site do The Who

A entrevista de Pete Townshend (72) após o concerto do Rock in Rio foi curiosa. Não é sempre que se ouve um sujeito que diz que se divertiu tocando coisas que escreveu há 50 anos. Mas fazer o quê?, é verdade. Ele parecia um menino solando e regendo sua tremenda banda. E Roger Daltrey, do alto de seus 1,68 m e 73 anos? O timbre áspero e forte permanece, mas às vezes ele falha. Querem saber? Grande coisa!

Para finalizar, ressaltamos que ouvir Won`t get fooled again (Não seremos feitos de trouxas novamente) no país de Michel Temer e Bolsonaro soa pra lá de estranho. Mais estranho ainda é ouvir Daltrey dizer na mesma canção: Meet the new boss, same as the old boss!” (Conheça o novo chefe, igual ao antigo chefe!).

Bom dia, Odair (com os melhores lances de Inter 3 x 1 São Paulo)

Bom dia, Odair (com os melhores lances de Inter 3 x 1 São Paulo)
A comemoração do segundo gol do Inter e de Damião: tivemos sorte com a lesão de Potttker e a entrada de Damião | Foto: Ricardo Duarte

Em primeiro lugar, parabéns pela bela e merecida vitória. Corremos riscos, recuamos demais no final da partida, mas o saldo de nossa atuação foi altamente positivo.

Tomara que a lesão do Pottker seja grave, né, Odair? Tu escalas e escalas o cara, mesmo com a gente contra. Aí o cara sai machucado e o ataque funciona melhor… Quem tem razão, Papito?

E, na boa produção ofensiva, temos ainda que colocar o gol mal anulado de Nico López no primeiro tempo e aquela falta batida por D`Alessandro antes do 2 x 1. Aquela bola entrou, meus amados irmãos, prestem bem atenção.

Sim, cinco gols (três válidos) e finalmente uma atuação em alto nível. Sabemos que a tendência era de queda e conseguiste invertê-la.

Revendo os lances do jogo, chego à jogada do primeiro gol, que golaço! A ação de Nico López foi simplesmente perfeita, linda. Ele levantou a bola com enorme acerto para Damião. Três defensores tentaram cortar de cabeça e não conseguiram. O cruzamento-passe era mesmo para o D9.

Mas o destaque máximo foi a linda atuação de Dale. O cara é um monstro.

Após 29 rodadas, faltam 9 jogos para cada time. O Palmeiras tem 59 pontos e 27 gols de saldo. Nós temos 56 e 19 de saldo. Ou seja, só passando na frente deles, pois o saldo palmeirense é um absurdo de alto. O Flamengo cresceu muito e agora tem 55 pontos, com saldo de 22.

Nossas chances de sermos campeões são pequenas, mas acho que pegamos uma vaga direta para a Libertadores. Não podemos esquecer que, no início do campeonato, falávamos em apenas não cair para a Série B. Ou seja, nosso desempenho é excelente se comparado com o que esperávamos.

Lembram que nem chegamos à final do Gaúcho? Lembram que esperávamos tomar uma goleada no Gre-Nal do primeiro turno deste Brasileiro?

Pois é. E estamos tentando ser campeões. Temos que tentar, claro. É do DNA. Dá-lhe, Inter!

Nosso próximo jogo é contra o Santos, segunda-feira, dia 22, às 20h.

Bom dia, Odair (com os gols de Inter 2 x 1 Vitória)

Bom dia, Odair (com os gols de Inter 2 x 1 Vitória)

Deliciosa entrevista de Dale após o jogo:

— Vc era o mais velho hoje em campo.
— Não, acho que o juiz era mais velho.
— Ele tem 33 e vc 37.
— Porra, vcs querem me matar! Mas os treinadores eram mais velhos. O Carpeggiani e o Papito (Odair) têm mais que 37!

Ele falou também sobre a nova fase de sua vida. Como encara a reserva.

— Olha, fico no banco sem poder falar com o juiz, é difícil! Tava com saudade. Hoje falei bastante.

Dale foi perfeito na sua entrevista. Disse que o que se fala dentro de campo morre dentro de campo senão os torcedores se matariam.

Ah, sobre a partida, Odair: na última segunda-feira, Pai Milton da Bambô já tinha dito:

Não sou apocalíptico, sei que ainda estamos bem, mas acho que temos que melhorar. As últimas atuações não apontam para um futuro brilhante. São muitos passes errados, jogo atabalhoado e uma notável dificuldade na criação de jogadas de ataque. Teremos muito trabalho nos jogos no Beira-Rio contra os pequenos times retrancados. Aí vem o Vitória, Odair!

Agora, imaginem a dificuldade do Inter após fazer um ridículo gol contra aos dois minutos de jogo?

Quem, neste momento, não lembrou do pênalti mal batido contra a Chapecoense? Poderíamos ser líderes isolados, Odair… | Foto: Ricardo Duarte / SC Internacional

Foi um parto ganhar do Vitória, ainda mais com um árbitro fraco que anulou um gol legal e depois inventou um pênalti que nos salvou. Eu achei que “os boi já tinham ido embora com a corda toda” e que não viriam os três pontos. No início do segundo tempo, com o Vitória ainda na frente, já estava puto com todo mundo. Depois empatamos — linda cabeçada de Damião! –, mas voltei a me enfurecer com a anulação do gol de Nico López, uma pintura. Mas a sorte tem-nos sorrido mais do que merece nosso rostinho comum e desajeitado. Aquele pênalti… Nem vou falar nele.

Odair, acertaste ao preencher a ausência de Patrick por um D`Alessandro esforçado e um pouco fora de embocadura, mas que permaneceu em campo para bater o pênalti da virada. Acho que, como Edenílson receber o terceiro cartão amarelo, nosso jovem de 37 anos merece mais uma chance contra o Sport fora de casa, não?

Depois quando todos estiverem aptos, Dale poderia entrar no lugar de Pottker, né Odair? Pottker não está jogando nada assim como Zeca não jogava. Zeca saiu e olha que bela partida fez Fabiano na lateral direita! Quem não produz merece banco, não achas?

Agora temos 53 pontos em 27 jogos. Somos líderes ao lado do Palmeiras, que nos vence no saldo por 23 a 18. Logo atrás vêm São Paulo (52), Grêmio (50) e Flamengo (49).

Nosso próximo jogo é contra o Sport, sexta-feira, às 19h, fora de casa, sem Cuesta e Edenílson, ambos suspensos por um jogo. No dia seguinte, em São Paulo, no Morumbi, jogam São Paulo e Palmeiras, o que torna importantíssima nossa partida em Recife.

Bom dia, Odair (com os melhores lances de Inter 1 x 0 Grêmio)

Bom dia, Odair (com os melhores lances de Inter 1 x 0 Grêmio)

O domingo vinha bem calmo, bom e rotineiro, Odair, até a entrevista de Renato. Aquele retrato de dor, frustração e despeito me animou de tal modo que acho que bebi demais com a maravilhoso borscht que os filhos da Elena fizeram. Obrigado, Renato! Ao menos hoje, estou agradecido a ti. Tu deste a nossa vitória uma dimensão que ela não tinha — afinal de contas, era só mais um Gre-Nal vencido por nós. Agradecemos.

Pois é, doeu neles e eu nem sei bem por quê.

Antes do jogo, escrevi o que segue: “Se der a lógica, será 0 x 0. São as duas melhores defesas do campeonato. Deverá ser um jogo de poucos gols, com vitória nossa, espero”. E deu 1 x 0 pra nós. Acho que o Grêmio tem que ser MUITO melhor para ganhar um Gre-Nal no Beira-Rio. E atualmente não é.

Edenilson comemora o único gol do jogo | Foto: Ricardo Duarte / SC Internacional

A entrevista do Renato após o jogo foi a pior e mais primária que ouvi dele como técnico. Cruzei com o gremistão Moysés Pinto Neto no super e ele disse que o técnico tinha ligado o “modo jogador”. Pode ser, e concordo com meu filho Bernardo Jardim Ribeiro que, chutando mais forte, disse quarta-feira que achava uma penitência para os gremistas terem Renato como ídolo.

O jogo foi o esperado. Tudo muito trancado, com os ataques produzindo pouco. Seguimos com um departamento de criação muito insatisfatório. Após o belo gol de Edenílson, a coisa ficou mais aberta e tivemos um bom jogo com grande pressão do Grêmio.

Dourado e Moledo e Cuesta e Lomba voltaram a jogar muito. Zeca voltou a decepcionar e Uendel entrou muito bem no lugar do suspenso Iago, tendo inclusive dado o passe para o gol de Edenilson. Sabemos, nosso time tem uma excelente defesa, mas sua armação e ataque funcionam apenas mais ou menos.

A estatística atualizada do Gre-Nal agora tem 417 jogos, com 156 vitórias do Inter, 131 empates e 130 derrotas. A disputa está no Gre-Pate, como veem.

O Inter segue em primeiro lugar com 49 pontos em 24 jogos, — 68% de aproveitamento. O São Paulo está grudadinho em nós, perde por um gol no saldo, 18 a 17. Acho que o Palmeiras (3º com 46 pontos) é o melhor time do campeonato e será o campeão com Inter e São Paulo na cola. Mas não custa tentar, né?

Os três líderes jogam fora de casa na próxima rodada: o Palmeiras pega o Bahia (domingo, às 16h), o São Paulo o Santos no mesmo dia e horário, e o Inter a Chapecoense na segunda-feira, às 20h.

.oOo.

De olho no título, o amigo Mahrcos Caniggia dá uma passada nas rodadas até o final:

Tava analisando as rodadas. Em 2016 comecei a analisar as últimas 13 pra não cair, hoje as últimas 14 pra ganhar.

Inter, São Paulo e Palmeiras são os 3 candidatos. Pra mim, eliminamos Flamengo e Grêmio na mesma semana. A partir de agora, cada um tem 7 jogos em casa e 7 fora.

Analisando os jogos fora, os do Inter são os mais acessíveis. Contei 6 vencíveis, contra 5 do São Paulo e 4 do Palmeiras.

Nota: o São Paulo ainda joga os três clássicos, o Palmeiras dois. Ambos jogam contra o Santos fora, São Paulo pega o Corinthians fora e o Choque-Rei entre eles é no Morumbi. No meio disso tudo, Palmeiras tem uma agenda absurda. Porém, não esquecer que os dois pegam o Grêmio em casa e obviamente LOUCO pra entregar, como sempre fazem.

A reta final de São Paulo e Palmeiras é ruim de secar, começa a ficar fácil. Então a ideia é mesmo abrir margem agora.

Se der pra ser campeão com 76 pontos, o Inter precisaria vencer 9/14. 7 em casa + 2 fora. Ou 6 em casa + 3 fora + 2 empates + 3 derrotas = 78.

Bom dia, Odair (com os melhores lances de Inter 2 x 1 Flamengo)

Bom dia, Odair (com os melhores lances de Inter 2 x 1 Flamengo)

Quinta-feira pré-feriado. Dia de muito trabalho para um livreiro como eu e de curtir nossa efêmera liderança do Brasileiro. Afinal, Renato disse que somos um time de segunda divisão. Sinto-me como uma tartaruga lá no alto de um galho de árvore. Sei o que vai acontecer, mas hoje sou uma tartaruga feliz. Bom dia, Odair!

Um flamenguista amigo diz que a tartaruga não subiu na árvore; por lerda, praticamente parada, viu a árvore crescer sob ela, até que se viu na condição de passarinho. Qual é a árvore que sustenta o Inter? Bem, até arriscaria uma resposta — Lomba, Moledo, Cuesta, DOURADO — , mas deixa pra lá.

Dourado após marcar o segundo gol do Inter. O cara defendeu demais e ainda marcou | Foto: Ricardo Duarte / SC Internacional

Bem, após 23 jogos e 46 pontos, podemos afirmar que não cairemos em 2018. Uma queda já é uma impossibilidade matemática. A liderança? Isso é um detalhe.

Foi uma excelente e emocionante partida que assisti com meu filho. Digo isso porque somos uma dupla de sorte. E o Inter venceu o Flamengo com 33,6 mil pessoas no Beira-Rio. Com a vitória por 2 a 1, ficamos com 66% de aproveitamento e assumimos a liderança da Brasileiro, superando o São Paulo no saldo de gols (17 contra 16).

Saímos na frente com William Pottker aos 5 minutos. No segundo tempo, tomamos um golaço de Vitinho — coisa típica nossa isso de sempre levar gols de ex-jogadores do clube. Foi o primeiro gol sofrido pela defesa colorada após 621 minutos. Mas Vitinho, um baita jogador, merece. A reação foi instantânea. Na jogada seguinte, Nico cavou um escanteio que ele mesmo bateu para Rodrigo Dourado subir alto e decretar a vitória.

O quarteto final — os citados Lomba, Moledo, Cuesta e DOURADO — novamente jogou demais. Zeca foi decepcionante, passando enorme trabalho com Vitinho e Moreno. Atualmente, ele é o furo em nossa defesa. Iago foi discreto e Jonatan Álvez fez boa partida, se considerarmos sua média. Patrick alternou bons e maus momentos e Edmílson, apesar de ter jogado bem, deixou de chutar uma bola decisiva para tentar dribles e simular um pênalti. Aquele lance poderia determinar o terceiro gol do Inter.

Agora é Gre-Nal. Neste domingo, às 16h, o estádio Beira-Rio recebe o clássico de número 417 na história. Nos 416 anteriores, o Inter tem 155 vitórias, enquanto que o excelso Grêmio tem apenas 130. O empate, que ocorreu 131 vezes, está na frente do tricolor. Deve ser duro perder até para os empates.

Bom dia, Odair (com o melhor de Inter 0 x 0 Palmeiras)

Bom dia, Odair (com o melhor de Inter 0 x 0 Palmeiras)

Desta vez, tivemos muita sorte, não, Odair? Aquele primeiro tempo era para ter terminado uns 2 x 0 pro Palmeiras, só que não é culpa nossa se as bolas passavam raspando o poste do Lomba, que só olhava, totalmente batido. O placar do jogo foi muito injusto, Odair.

Foste surpreendido pelo meio de campo do Palmeiras, muito mais ativo, marcador e hábil que o nosso. Foi até bom ver aquilo, pois talvez sirva para baixar a crista de certos jogadores — como Patrick — que já se considera craque de bola. Há que estar sempre atento e forte, gente. Acho que erraste feio ao não colocar D`Alessandro logo de cara no início do segundo tempo. A entrada do argentino fez com que mantivéssemos mais a bola e equilibrássemos a partida.

Foi um jogo de 0 x 0 entre duas das melhores defesas do campeonato (a outra é a do Grêmio): não podemos esquecer que o Palmeiras não toma gols há dez jogos consecutivos e o Inter há seis.

Rodrigo Moledo: desta vez, os dois times tinham solidez defensiva | Foto: Ricardo Duarte / SC Internacional
Rodrigo Moledo: desta vez, os dois times tinham solidez defensiva | Foto: Ricardo Duarte / SC Internacional

O fato é que entregamos o miolo do campo para o Palmeiras. O fato é que Zeca jogou muito mal, levando um banho de bola de Hyoran. O fato é que Jonatan Álvez fracassou totalmente e a entrada de Brenner… O fato é que um time que faz a substituição de Jonatan Álvez por Brenner pode ficar feliz de conseguir um 0 x 0, como escreveu o Corneta Colorada.

Então, Odair, abra o olho. Teu time fez uma partida pobre contra o Bahia e ontem, meu deus… Acho que Brenner é um braço roubado à agricultura e pode ser arquivado por um longo tempo. Álvez também é muito fraco. Já que Guerrero está impedido, talvez seja o caso de recolocar Pottker de centroavante.

Sobre o Palmeiras: o time de Felipão me animou muito. Está na Libertadores e é bem melhor do que o Grêmio.

Agora, o Inter tem 42 pontos em 21 jogos, ou seja, exatos e periódicos 66,6% de aproveitamento. Temos ainda 17 partidas por jogar. Dentre estas, 9 em casa e 8 fora. Faltam apenas 3 pontos para passarmos a linha dos rebaixados e 23 para a classificação direta à Libertadores.

O próximo jogo é no dia 2 de setembro, domingo, às 19h, contra o Cruzeiro em BH. Sim, este anos os inícios de turno são complicadíssimos. Na sequência, virão Flamengo e Grêmio no Beira-Rio.

E, já disse, cuide muito bem do time, Odair. Estamos claramente decaindo.

Bom dia, Odair (com os melhores lances de Inter 1 x 0 Paraná)

Bom dia, Odair (com os melhores lances de Inter 1 x 0 Paraná)

Em jogo emocionante, decidido nos descontos, o Internacional fez 1 x 0 no Paraná na manhã deste domingo (19/08), em partida válida pela 19ª rodada, a última do primeiro turno do Brasileiro. O resultado deixa-nos na segunda colocação, com 38 pontos, ou seja, com exatos 66% de aproveitamento. O líder São Paulo tem 41 e somos seguidos por Flamengo (37), Grêmio (36), Atlético e Palmeiras (ambos com 33).

A partida de ontem foi uma loucura absoluta, de cabo a rabo. Aliás, antes já estava espetacular. Quando saí de casa fiquei uns 20 min na calçada da Rua Santo Antônio, com minha camiseta vermelha, na parada de ônibus esperando o T5. Ia pro Beira-Rio, claro. Então passou um carro, parou, perguntaram-me para onde estava indo e me ofereceram carona. Devia ser sorte de aniversariante. Agradeço aos Drs. Glayton e Arthur, seu filho. Pessoas gentis, que não conhecia, gente de primeiríssima linha.

No primeiro tempo, dominamos inteiramente o jogo. Perdemos muitos gols em situações bem construídas, mas não marcamos. É claro que, com o passar do tempo, o Paraná foi ficando alegrinho e acabou criando algumas situações complicadas para nós.

O segundo tempo foi um horror, passamos 30 minutos sem dar um chute a gol até que a entrada de Rossi começou a fazer a diferença. Nem falo agora de Camilo e Lucca: ambos entraram mal, só que Camilo bateu uma falta e…

O gol de Camilo, que deu o segundo lugar ao Inter | Foto: Ricardo Duarte / SC Internacional
O gol de Camilo, que deu o segundo lugar ao Inter | Foto: Ricardo Duarte / SC Internacional

Como disse, o problema foi termos perdido aquele monte de gols no primeiro tempo. O time estava bem. No segundo tempo, o excelente Patrick afundou, Nico e Pottker desanimaram, Jonatan Álvez nem tocava na bola, estávamos sem jogadas e, pior, sem rebotes. A entrada de Rossi empurrou o time e a torcida e a de Camilo colocou um cara num local que era de amplo domínio do Paraná. Com ele, passamos e lutar pela segunda bola. Lucca nada fez.

Em outras palavras, meu caro Odair, tu mexeste bem no time. Mesmo a a ideia de Lucca foi boa, apesar de não ter funcionado.

O time está bem ajeitado, jogando com segurança defensiva e boas soluções na frente. Apenas demonstrou ontem que se deprime com as chances perdidas. Há que treinar essa pontaria. Parece que o Camilo treina. Que golaço de falta!

Jonatan Álvez — três cartões em três jogos e o cara é centroavante… –, Fabiano, Nico López receberam o terceiro cartão amarelo e não jogam a próxima rodada contra o Bahia em Salvador, no dia 22, às 19h30, na Fonte Nova. O negócio é manter a defesa fechadinha e especular lá na frente. Hoje, somos um adversário muito chato. Sigamos assim!

(Viste como o Grêmio adiar o Gre-Nal, Odair? Viste que eles recém descobriram que as rodadas do Brasileiro às vezes coincidem com as datas da FIFA? Ou estariam com medinho de nosso time, ao qual Renato chamou de “time de segunda divisão”?).