Bom dia, Renato (com os lances de Grêmio 2 x 1 São Paulo)

Bom dia, Renato (com os lances de Grêmio 2 x 1 São Paulo)

Por Samuel Sganzerla

De volta à Arena, de volta ao caminho da vitória, Renato! Eis que amanhecemos bem nesta sexta-feira, diante do ótimo resultado contra o São Paulo na noite de ontem. Não foi sem levar um susto no início da partida; entretanto, é bom ver o Grêmio não apenas jogar para vencer, mas também ter o poder de decidir para triunfar. Cebolinha ontem provou mais uma vez que vem sendo um dos melhores atacantes do futebol brasileiro nesta temporada.

Éverton salva | Foto: gremio.net
Éverton salva | Foto: gremio.net

O horário do jogo e o clima dessa última não ajudaram muito, né?! Como a partida se iniciava às 19:30, nem pensei em tentar me dirigir à Arena. Até porque talvez seria necessário tomar um catamarã para chegar lá – mas parece que a Prefeitura ainda não viabilizou o trajeto Cais Mauá-Humaitá. Então, rumei para o bar mais próximo, depois da jornada diária de labuta.

No começo, a coisa mais rara destas últimas temporadas aconteceu: Geromel cometeu uma falha grosseira. Deu um golpe de vista para deixar a bola passar para Marcelo Grohe, mas que apenas permitiu que Arboleda chegasse antes e fizesse o cruzamento para Diego Souza empurrar sozinho para as redes. Mas é isso que no futebol chamamos de CRÉDITO, não?! Se tem alguém que erra, e a gente praticamente não dá bola, é o Geromito (já te contei, Renato, que o nome do meu filho vai ser Pedro?).

Contudo, bastou que o adversário saísse na frente para, novamente, como tem sido tão comum nesta temporada, o filme se repetir: time adversário retrancado, Grêmio com mais de 70% de posse de bola, girando a área de ataque, mas criando poucas chances efetivas de gol. Ainda teve a agravante de que o gol sofrido no começo manteve o time nervoso por uns minutos, errando muito.

Kannemann ainda salvaria a pátria Tricolor no primeiro tempo, num perigoso contra-ataque são-paulino. Um daqueles lances lindos, em que o zagueiro se joga com precisão cirúrgica para tirar a bola quase de cima da linha. Digno de nos fazer questionar de novo, Renato, o porquê de ele nunca ter recebido uma chance em meio aquela NABA que é a zaga da Argentina.

Apesar da desvantagem temporária, felizmente ontem era o dia de Everton brilhar mais uma vez. Já nos aproximávamos do final da primeira etapa, quando Maicon viu o espaço livre no flanco esquerdo da zaga e fez um lançamento primoroso. Cebolinha dominou a bola e foi para cima da marcação, ENTORTANDO Éder Militão e fintando novamente, antes de bater entre o lateral e o zagueiro, no canto oposto do goleiro. Golaço!

Na volta da segunda etapa, o São Paulo precisou mudar um pouco de postura, já que o empate tirava sua chance de assumir a ponta da tabela. Um caso curioso, inclusive, porque parece que o gol de empate repentinamente curou as câimbras que os jogadores do time paulistano vinham sentido. De chamar o Ministério da Saúde para averiguar o caso, Renato.

Bueno, apesar do jogo um pouco mais aberto, o Grêmio praticamente não correu riscos. O São Paulo teve uma única boa chance no segundo tempo, mas Diego Souza desta vez parou nas mãos de Milagrohe. O Tricolor começou a ter mais espaços e mais chances, embora sem conseguir transformar isso em chutes a gol.

Foi então numa baita dormida da zaga adversária que Luan roubou a bola no nosso campo de ataque e fez a assistência para Everton. Outra vez o Cebolinha foi para cima da marcação, driblou e finalizou letalmente. O cara tá demais, Renato! O jogador que sabe driblar e consegue definir a jogada em pouco espaço é o diferencial nestes tempos de linhas de marcação muito fechadas, de priorização do sistema defensivo.

A partir daí, desenhou-se a vitória do Grêmio. Não foi das atuações mais brilhantes deste ano, mas o time teve consistência para superar a adversidade do gol sofrido logo cedo. E contou com a individualidade de um jogador habilidoso e de finalização precisa para vencer. Em tempos de times bem montados na defesa, é fundamental tê-lo na equipe – além de saber usar mais as bolas paradas e aéreas.

No mais, foi bom ver que o Imortal soube transformar em vitória o seu domínio tático sobre o adversário, diferentemente do que tinha ocorrido no último domingo. Neste campeonato, estamos indo bem contra a parte de cima da tabela, mas perdendo pontos importantes para a parte de baixo. Um filme que infelizmente se repete há tempos, Renato. Quando isso mudar, a gente volta a levantar esse caneco também.

Agora, imagino que, a despeito do discurso protocolar, a cabeça já esteja pensando no duelo contra o Flamengo, pelas quartas de final da Copa do Brasil, na próxima quarta-feira. O que não é errado, Renato, porque sei que não vai ser possível jogar “às ganhas” as três competições. Mas seria bom se o time misto/reserva que vai a Chapecó neste fim de semana trouxesse de lá mais três pontos na bagagem.

Por fim, queria comentar contigo sobre o fato lamentável de o Raí ter culpado o apito pelo resultado. Que a arbitragem brasileira é fraca, todos sabemos, mas nada que indicasse favorecimento a nós e que afetasse o placar. O dirigente são-paulino queria o quê?! Que os jogadores dele baixassem o sarrafo à vontade, sem levar cartão?

Acho que isso é costume de quem é muito mais beneficiado do que prejudicado. Até porque é fácil narrar teses conspiratórias para encontrar culpados pela derrota, quando teu time entrou em campo com a covardia de um moleque que bate numa mulher (peço licença aqui: que eu nunca cruze com o infeliz que motivou esta livre associação, para o bem dele). De toda forma, nessa história de “apito amigo”, só posso dizer ao Raí: procura um espelho, camarada!

Saudações Tricolores, Renato!

Segue o baile…

https://youtu.be/gQJK_xBSANY

Bom dia, Odair (com os principais momentos de Inter 1 x 0 Ceará)

Bom dia, Odair (com os principais momentos de Inter 1 x 0 Ceará)

Com grandes dificuldades, o Inter acabou vencendo a boa retranca do Ceará no Beira-Rio. Estes garantem, após a 14ª rodada, um total de 26 pontos e o terceiro lugar isolado na tabela de classificação.

Foi complicado. No primeiro tempo, o Inter teve plena posse de bola, mas também foi plenamente improdutivo. Jogando no esquema 4-1-4-1, o colorado tem, na linha mais ofensiva de 4, dois volantes de origem atuando pelo meio — Edenílson e Patrick — e dois atacantes pelos lados — Nico López e Rossi. Os volantes deixam lenta a armação. Edenílson é um condutor de bola bastante comum e errático. Patrick é bem melhor, mas é homem de pisar na bola e pensar. Ou seja, escalado assim, somos um time muito lento, ineficiente para enfrentar retrancas.

Tivemos apenas uma chance de gol. Mas que chance! Num dos poucos contra-ataques que conseguimos, Rossi passou por dois dentro da área do Ceará e mandou a bola no travessão. Porém, no restante do tempo, só ficamos rondando.

Foto: Ricardo Duarte / SC Internacional
Foto: Ricardo Duarte / SC Internacional

Estava na cara que algo precisaria se alterado. Com D`Alessandro e Damião no banco, era claro como a coisa ia acontecer. Odair retiraria um dos volantes e substituiria outro da linha de quatro. Dale entrou no lugar de Rossi e Damião no de Edenílson. A coisa melhorou, mas o Ceará não estava para brincadeiras e começava a gostar no jogo, tanto que chutava em nosso gol, mesmo sem perigo.

O gol do Inter surgiu em bela jogada. Depois de boa trama pelo meio, D`Alessandro lançou Patrick na área. Este encostou de cabeça para Damião que, atuando como pivô, fazendo a parede, deu um passe sensacional, ajeitando para o chute de Nico López. No rebote, William Pottker mandou para o fundo das redes.

E foi só. Mas foi tudo o que precisávamos.

Continuamos sem entender o que faz Danilo Silva no time, enquanto Klaus permanece sentadinho no banco. Até Fabiano poderia jogar em seu lugar, penso. Também Iago fez péssima partida. Parece estar mais atento à Copa do Mundo que já acabou. Enquanto isso, Nico e Dourado — que não estará no jogo seguinte pelo terceiro cartão — seguem bem, assim como Pottker, que ressurgiu das cinzas em que se encontrava no período pré-Copa.

A próxima partida será na quinta-feira, às 20h, contra o América-MG, em Minas Gerais.

https://youtu.be/6C5Tgi1yKJE

Bom dia, Renato (com os lances da derrota para o medíocre Vasco da Gama)

Bom dia, Renato (com os lances da derrota para o medíocre Vasco da Gama)

Por Samuel Sganzerla

Quer dizer, nem tão bom assim, convenhamos!

Renato, eu vou ser curto e grosso: é de desistir de acreditar que o Grêmio pode ser campeão do Brasileirão. Ano após ano, é uma história que se repete. Com todo o respeito ao Vasco da Gama, que já viveu tempos bem melhores, mas não dá para perder para aquele time medíocre, tendo um jogador a mais durante dois terços da partida.

Foto: gremio.net
Foto: gremio.net

Acho que os deuses do futebol estão sendo bem claros em seu recado: deixemos o Campeonato Brasileiro de lado e foquemos na Copa do Brasil e na Libertadores da América, que é onde nos saímos melhor. Pelo menos enquanto essa fórmula de pontos corridos e a possibilidade de fazer 10 jogos por mês perdurarem (razão pela qual eu entendo tu teres poupado o Maicon).

Enfim, era só isso que eu tinha para dizer: foco na busca pelo hexa da Copa do Brasil e pelo tetra da América. A partida de ontem não me permite dizer mais. Pelo menos nada que seja publicável aqui. Que m…

Saudações Tricolores, Renato!

E segue o baile…

https://youtu.be/oNvJYi4uDgk

Bom dia, Odair (com os melhores lances da tua doação de dois pontos de ontem à noite)

Bom dia, Odair (com os melhores lances da tua doação de dois pontos de ontem à noite)

O Inter abriu mão de dois pontos ontem à noite em sua partida contra o atualmente fraquíssimo Atlético-PR. Acabou 2 x 2, mas o que poderia ter sido um passeio quase acabou em derrota.

Antes do jogo, eu pensei que, num grupo de mais de 30 jogadores, jamais um lateral como Zeca deveria ser improvisado como meio-campista. É claro que os caras do setor de meio-de-campo devem ficar putos, ainda mais vendo que o beneficiado que entra no time, na lateral, é o péssimo Fabiano. Pensei que tu, Odair, dás merecida importância à ausência de Patrick, um jogador que se tornou fundamental, mas que errarias ao colocar Zeca no meio.

Não deu outra. E logo no início do jogo se viu que Zeca, desadaptado, seria um peso morto. Mas tu só tiraste Fabiano, recolocando Zeca em sua posição, depois que o Atlético-PR virou o jogo para 2 x 1. Lamentável.

Fotos: Ricardo Duarte
Zeca no meio revelou-se uma grande mancada | Foto: Ricardo Duarte

Mas ainda pior foi a colocação de Danilo Silva no lugar de Moledo. Seu substituto natural era Klaus, que é bem melhor. Danilo esteve presente nos dois gols do Atlético-PR, sempre fazendo merda. Ou seja, sua colocação foi determinante para o empate de ontem. Mas o Inter gosta disso. Danilo é um veterano que já tinha demonstrado sua ruindade com o Inter na segundona. Só que não gostamos de colocar jovens no time para deixar um (pseudo) medalhão no banco. Então, Klaus devia estar dando risada no banco, vendo as cagadas de Danilo.

Para piorar as coisas, Danilo joga ao lado de Fabiano…

Ah, e Lucca? Bah, esse não jogou nada e acabou sendo bem substituído por Wellington Silva. Lucca ainda recebeu o terceiro cartão, o que pode ser positivo para teu time.

Pelo lado positivo, tivemos uma atuação aceitável de Pottker e uma bela participação de Nico López, que finalmente está tendo merecidíssima sequência.

Como foi ontem? O jogo estava parelho até que Nico López fez boa jogada, chutou a gol e a bola rebotou num zagueiro, sobrando para Pottker marcar. Foi com a mão? Sim, mas o braço de Pottker estava junto ao corpo. Ou seja, se não estivesse ali, provavelmente o gol seria de barriga.

Depois começou a tragédia. Fabiano errou um passe, dando um contra-ataque para os paranaenses. Danilo foi recuando, recuando, recuando até que o cara chutou para marcar. Ah, essa duplinha…

No inicio do segundo tempo, num escanteio, Paulo André pulou sozinho no setor de Danilo. 2 x 1.

Então tu corrigiste o time, fazendo a obviedade que citei acima. Entrou Rossi no lugar de Fabiano e o Inter não apenas empatou com Wellington Silva como poderia ter virado o jogo. Mas não houve tempo. Então, Odair, te responsabilizo pelos dois pontos que deixamos de ganhar ontem.

Estamos em quinto lugar com o mesmo número de pontos de Atlético-MG e Grêmio, todos com o baixo aproveitamento de 59%. Nossa próxima partida é contra um time bem parecido com o Atlético-PR. O adversário será o fraco Ceará, último colocado na tabela de classificação. O jogo será na segunda-feira, 23, às 20h.

Espero que tu não inventes de deixar Danilo Silva no time.

Bom dia, Renato (com os melhores lances de Grêmio 2 x 0 Atlético-MG)

Bom dia, Renato (com os melhores lances de Grêmio 2 x 0 Atlético-MG)

Por Samuel Sganzerla

Renato, eu amo a Copa do Mundo, mas preciso confessar: que saudades que eu tinha da Arena e do Grêmio! Sinceramente, eu sinto uma dor profunda, um pesar por todas aquelas pessoas que não gostam de futebol.

É gol! | Foto: gremio.net
É gol! | Foto: gremio.net

Ontem nosso Imortal voltou a campo e mostrou que ainda mantém o ímpeto dominador que nos encheu de orgulho e de esperança de vermos a conquista de pelo menos mais um título neste ano. A amiga e querida torcida do Galo mineiro que nos perdoe, mas ontem foi para mostrar que ainda estamos com ganas.

Olha, Renato, foi bom ver que o Grêmio tomou algumas lições desta última Copa. Porque, no primeiro tempo, pareceu um resumo do final do primeiro semestre: muita posse de bola e domínio do Grêmio, mas que não se reverteu em vantagem no placar. Contudo, na segunda etapa, a coisa foi diferente.

Se tem algo que este último Mundial nos mostrou, foi que, nestes tempos em que todos os times têm aprendido a montar um bom e compactado sistema defensivo, a bola parada e a bola aérea estão retomando um papel central no jogo. Não por nada que nossos dois gols saíram de cabeça: o primeiro num escanteio (grande Bressan, baita partida!), e o segundo depois de uma falta rapidamente cobrada.

Fiquei feliz de ver o André voltar a marcar. Mesmo que não tenha feito uma partida de encher os olhos, vale o ditado: centroavante vive de gol. E por pouco ele não guardou o seu segundo, pouco antes de ser substituído. Mas foi fantástico foi ver a volta do Maestro Pifador. Mesmo que só para matar um pouco a saudade que tínhamos do nosso camisa 10, depois de ano e meio longe dos gramados.

Por sua vez, Luan continua sendo nossa peça fundamental na armação das jogadas de ataque. Um jogador muito importante para o esquema tático como um todo. Precisa, contudo, melhorar nos pênaltis. Ontem perdeu mais um (tudo bem que já estava 2 a 0). O aproveitamento do guri nas penalidades é baixo, Renato. Porém, sei que tu podes arrumar isso.

Ainda, vale registrar a saída de nosso querido Rei Arthur, que nos deixou um pouco mais cedo do que o esperado. Torço para que ele brilhe lá no Barcelona. Certamente será um dos melhores do mundo na sua posição. Torço para que o Capita Maicon continue jogando tudo que sabe, para suprir essa função no meio. Que ele e Cícero, que também fez boa partida, se entendam bem naquela linha do meio de campo.

E que coisa boa ver o Geromel de volta. Um zagueiro que parece que ocupa o espaço de três jogadores em campo. Merece os parabéns nosso capitão do Tri, que teve o mérito de fardar a Amarelinha numa Copa do Mundo – ainda que infelizmente o hexa não tenha voltado junto com ele e com os demais que foram para a Rússia.

Enfim, Renato, assim como sei que tu deves lembrar com tristeza em 1986, quando o Telê te cortou daquela Copa, imagino que volta e meia passa pela tua cabeça treinar a Seleção. Sei que um dia vais ter tua oportunidade, mas te peço que fique o máximo possível no Grêmio antes disso.

Ver o Tricolor de hoje jogar é um prazer enorme. É como reviver uma paixão eterna. É como se acomodar no colo de uma mulher sensual (algo tão belo como uma ruiva de olhos verdes, como sempre diz um amigo meu). É um delírio prazeroso, como esses que se sente quando se atravessa as ruas de Porto Alegre sozinho pela madrugada e sem medo, sentindo-se dono delas.

No fundo, sentimos que pudéssemos ser donos da América novamente, Renato! E vemos um Grêmio que mostra que sabe jogar, que pode trazer mais uma taça neste 2018. O time aproveitou bem a parada da Copa para aprimorar sua efetividade. Tomara que seja um feliz presságio de que mais boas coisas vêm por aí.

Saudações Tricolores, Renato!

Segue o baile…

https://youtu.be/YLRRFIt54DQ

Bom dia, Odair (com os gols do promissor Inter 3 x 1 Vasco)

Bom dia, Odair (com os gols do promissor Inter 3 x 1 Vasco)

Numa noite fria, sob o olhar de 22,5 mil torcedores, o Inter realizou uma bela exibição antes da parada da Copa do Mundo. Venceu o Vasco por 3 x 1. Odair surpreendeu ao escalar Nico López no lugar do suspenso Edenílson. E Nico fez o que sabe: abriu o marcador logo de cara, acertando um violento chute cruzado de dentro da área.

Enfim, iniciamos uma partida com Nico López. Deu no que deu | Foto: Ricardo Duarte
Enfim, iniciamos uma partida com Nico López. Deu no que deu | Foto: Ricardo Duarte

Mas o que importa é que, apoiado em boa solidez defensiva e com atuação fundamental de Dourado, o Inter está crescendo, mesmo sem os bons Zeca e Dale.

Claro que o Vasco não é nenhuma Brastemp, mas quando se está mal até peido descadeira.

Com a entrada de Nico no time ontem, abrem-se novas possibilidades para ti, Odair. Edenílson pode entrar na lateral direita quando Zeca não jogar, com Nico Lopes no enganche. Com todos os titulares, querendo um futebol ofensivo, pode-se jogar com Zeca de lateral, com Nico como jogou hoje e com D’Alessandro no lugar do Pottker. Ah, e teremos Rithely. Interessante, né?

Pottker voltou a jogar coisa nenhuma. Mas coisa nenhuma mesmo!

Achei ridículo o cartão amarelo recebido por Patrick. O futebol tem que ter humor e símbolos. Além disso, todo mundo sabe que o Pantera Negra tem a ver com o orgulho negro. Não é mera frescura nem coisa de guri.

Agora temos 22 pontos em 36 disputados (12 jogos). São 61% de aproveitamento. É bom notar que quase 1/3 do Brasileirão já passou. Destes 12 jogos disputados, já jogamos contra 7 do G-10, faltando apenas Atlético-MG e Botafogo (o décimo do G-10 somos nós). Faltam 23 pontos para ficarmos livres da Serie B e uns 37 para estarmos no grupo que vai para a Libertadores 2019.

Ou seja, a situação é boa por todas as perspectivas que possamos analisar. Ainda há o fato de muita gente boa, estar envolvida com Copa do Brasil e Libertadores. Bem, vamos ver a Copa e treinar em Atibaia para os outros 2/3 do Brasileiro.

Dá-lhe, Odair.

Bom dia, Odair (com os melhores momentos de Santos 1 x 2 Inter)

Bom dia, Odair (com os melhores momentos de Santos 1 x 2 Inter)

Com o gol de ontem, Odair, Damião chegou ao mui exclusivo Clube dos 3 Dígitos. Em 109 anos, são apenas 13 jogadores. Parabéns a ele!

1 Carlitos 327
2 Bodinho 233
3 Claudiomiro 202
4 Valdomiro 191
5 Larry 181
6 Tesourinha 179
7 Villalba 149
8 Ivo Diogo 123
9 Jair 118
10 Adãozinho 112
11 Alfeu 108
12 Escurinho 106
13 Damião 100

Destes, apenas Claudiomiro, Valdomiro, Jair, Alfeu e Damião estão vivos. O último que entrou na lista? Faz mais de 40 anos.

De pênalti, Damião marca seu 100º gol jogando pelo Inter | Foto: Ricardo Duarte
De pênalti, Damião marca seu 100º gol jogando pelo Inter | Foto: Ricardo Duarte

.oOo.

O fato acima é uma coisa… Muito outra é que Damião vem jogando mal, tendo feito apenas dois gols neste Brasileirão. Alcançou a marca por seu passado, não por seu complicado presente.

Atualmente, o Santos é muito fraco. Controlamos a partida e poderíamos ter uma vitória mais simples, não fossem os inúmeros contra-ataques desperdiçados por erros de passes, lentidão e pela ruindade de Pottker e Damião.

No primeiro tempo, por exemplo, perdemos gols feitos por Damião, Patrick e novamente Damião.

Pottker voltou a ser o pior em campo. Está assim a 13 jogos — nenhum gol, nenhuma assistência para gol –, mas parece ser intocável. Tu retiraste Damião e Lucca, mas mantiveste o 99. Acho que ele tem um grande empresário, mas gostaria de crer que Pottker só fique em campo em função da sua capacidade física. Tem sido só isso.

O que foi aquele gol que ele perdeu no final da partida, o gol que nos tiraria do sufoco?

O excelente Cuesta desempatou a partida a nosso favor | Foto: Ricardo Duarte
O excelente Cuesta desempatou a partida a nosso favor | Foto: Ricardo Duarte

Do lado positivo, temos nossa zaga — novamente muito firme — que mandou nas duas áreas. O gol de Cuesta, logo após o empate do Santos, foi fundamental, ainda mais se pensarmos na baixa efetividade de nosso ataque. Notem que o pênalti que originou nosso primeiro gol foi sofrido por Iago, outro jogador de defesa. Ou seja, nosso ataque pouco fez, nossa defesa resolveu a partida.

Rodrigo Dourado também voltou a jogar muito. Tem feito excelentes atuações.

Iago também está subindo de produção. Deu um cruzamento para o Damião abrir o placar, só que…

O curioso é que estamos a 7 jogos sem perder e… Sempre sem D`Alessandro. É claro que o gringo dá uma qualidade superior ao time, mas é algo para refletir melhor. Será que é mais vantagem ter mais marcadores na frente?

Zeca fez muita falta na lateral direita. Fabiano, apesar de ter melhorado no segundo tempo, é um horror. Mas o ex-santista só retorna depois da Copa. Uma pena.

Quinto colocado — com 19 pontos em 11 jogos, 57,6% de aproveitamento, a um de distância do vice-líder –, o Inter recebe o Vasco da Gama na quarta-feira (13/6), às 21h45, na última partida antes do recesso do campeonato por 30 dias por conta da disputa da Copa do Mundo da Rússia.

Faltam 26 pontos para ficarmos livres da Serie B e uns 40 para estarmos no grupo que vai para a Libertadores 2019.

https://youtu.be/-dr7E71y5z4

Bom dia, Odair (com os lances de outro 0 x 0, desta vez contra o São Paulo, no Morumbi)

Bom dia, Odair (com os lances de outro 0 x 0, desta vez contra o São Paulo, no Morumbi)

Pottker saiu jogando nos 11 últimos jogos. Não fez nenhum gol e nem deu passe para algum companheiro marcar. É titular absoluto.

Vejam a cara de amor com que Pottker olha para a bola | Foto: Ricardo Duarte
Não permita que teu amor te olhe com a cara com que Pottker olha para a bola | Foto: Ricardo Duarte

Damião marcou 2 gols em 2018. É titular absoluto.

Nico López, o goleador de 2017 e 2018, é reserva. Mas não apenas é reserva como está depois de Pottker, Damião, Lucca, Rossi, talvez até de Camilo. Sempre joga uns minutinhos na tentativa de salvar o time. É compreensível que sempre entre, já a situação geral é incompreensível.

A defesa funciona bem, a armação e o ataque não.

Acho que tu, Odair, não deve ser tão burro, deve estar obedecendo ordens superiores. Algum dirigente-empresário quer aquecer Pottker e Damião. Digo que estão sendo congelados.

E sugiro dar uma olhada no ótimo Richard, que faz tabelinha com Nico no banco.

Nem vou comentar muito o jogo de ontem porque os comentários de hoje seriam muito semelhantes aos de ontem e anteontem. Entramos com medo do SP e fomos dominados no primeiro tempo. No segundo, vimos que o bicho não era tão feio assim e até fizemos uma pressão pela vitória. Mas, com nossas armação e ataque, é complicado vencer.

Até temos um bom time, só que não utilizamos nosso potencial.

Edenílson tem contribuído pouco. Charles substituiu bem ao suspenso Dourado.

Pelo lado positivo, não perdemos há seis jogos e devemos acabar esta 10ª rodada lá pelo 8º lugar. Temos 16 pontos em 10 jogos, o que dá 53,3% de aproveitamento. É médio. Temos grupo para mais, mas tu e a diretoria querem ficar por aí mesmo.

No domingo (10/6), às 19h, jogamos outra fora de casa, desta vez contra o Santos, na Vila Belmiro.

.oOo.

Meu amigo Julio Linden fez uma PREVISÃO CORRETÍSSIMA de como será Santos x Inter:

1 – Pottker sai jogando.
2 – Por volta de 25 minutos do segundo tempo entra o Rossi no lugar do Lucca.
3 – Por volta de 35 minutos do 2º tempo entra o Nico no lugar do Pottker.
4 – Se o Juan Alano estiver no banco, Odair dará mais uma oportunidade para o guri o colocando em campo aos 42 do segundo tempo. Como o jogo terá 4 minutos de acréscimo, o rapaz terá intermináveis 7 minutos para provar que poderá ser um bom jogador quando ficar MADURO.

Bom dia, Odair (com a Paixão de Odair por Pottker e os melhores lances de Inter 0 x 0 Sport)

Bom dia, Odair (com a Paixão de Odair por Pottker e os melhores lances de Inter 0 x 0 Sport)

Odair, nada tenho contra o cidadão William Pottker. Também nada tenho contra o jogador William Pottker, que às vezes é muito bom, apesar daquela bunda de marido. Só que ele passa por péssima fase e foi o responsável pelo mau empate de ontem. Os três gols que recebeu de presente e se ATRAPALHOU foram patéticos. No primeiro, ele chutou contra o corpo do goleiro sem tentar esquivar-se. Pô, o cara estava a dois metros e seria simples dar um toque e depois chutar. O segundo foi mais vergonhoso. Estava quase na pequena área e tentou colocar no ângulo. Errou POR 5 METROS. Mas o pior foi o terceiro: ele não conseguiu matar uma bola que recebeu novamente cara a cara com o goleiro. Tem que se recuperar fora do time, ninguém se recupera passando vergonha em campo, Odair. O Valdomiro foi um caso único.

Victor Cuesta sonhanco com um armador decente | Foto: Ricardo Duarte
Victor Cuesta corre sonhando com um armador decente para o Inter | Foto: Ricardo Duarte

Antes do início da partida, todos os colorados que têm alguma consciência do time já sabiam: teríamos 60 minutos de sofrimento com WP e uns 30 para que Nico ou Rossi tentassem corrigir as cagadas do primeiro. Mas tu insistes com Pottker.

Sim, sei que Nico e Rossi são meio loucos, mas e daí? Nico quase marcou ontem quando entrou. Foi dele aquela bola no poste, no único ataque decente que tivemos no segundo tempo.

No mais, vimos nosso conhecido time fraco, quase sem ataque e com armação deficiente. A defesa nos salva. Um time de pouca dinâmica de jogo e que tem pouca possibilidade de beliscar uma boa colocação e que por isso não pode ser mal escalado por ti, Odair.

O resultado de 0 x 0 contra o Sport deve deixar o Inter lá entre o quinto e o sétimo lugar com 15 pontos. Na terça-feira (5/6), às 21h30, enfrentamos o São Paulo, no Morumbi, sem Rodrigo Dourado, suspenso pelo terceiro amarelo. Espero que jogue Charles. Nada de Gabriel Dias, Dadá. Depois, no dia 19, vamos à Vila Belmiro encarar o Santos. O próximo jogo em casa é diante do Vasco da Gama, no dia 13, antes da parada para a Copa do Mundo.

Bom dia, Odair (com os lances de Vitória 2 x 3 Inter)

Bom dia, Odair (com os lances de Vitória 2 x 3 Inter)

O Inter desejava fazer mais uma entrega à domicílio, mas Nico López e Cuesta impediram um empate bobo fora de casa. A propósito, Diogo Oishi, um dos moderadores da @ComuDoInter no Facebook fez um levantamento demonstrando que Nico López faz gols entrando tanto no início do jogo como em meio à partida, tanto faz. Copiei o texto dele aqui neste post, basta procurar o irmão gêmeo deste asterisco, lá antes do compacto do jogo (*).

O jogo com o Vitória foi assim:

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Foi um sofrimento incrível. O primeiro tempo estava terminando com 0 x 2 e o Inter tinha um pênalti ao seu favor. Era a hora de terminar com o jogo. O Vitória é fraquíssimo, como sabemos. Só que… Rossi pediu para bater. Era a hora do treinador ou o capitão entrarem em ação e mandarem bater quem tivesse treinado para isso, ou seja, Lucca. Mas os comandantes ficaram olhando Rossi chutar a bola em direção à lua. Na sequência, o Vitória descontou e, na volta do segundo tempo, só os baianos jogaram, chegando logo ao empate. Nos descontos, graças a uma grande jogada de Cuesta, o melhor do Inter, Nico López desempatou.

Abaixo, a jogada de Cuesta e gol de Nico:

A gente não precisava ter sofrido tanto. Nosso time se apavorou, perdeu inteiramente a compostura após o 1 x 2, deixou o Vitória empatar em nova falha de Danilo Fernandes e poderia ter levado a virada. Seria até natural. Parecia o filme 2016, o Mais Indesejável dos Retornos. Mas vencemos pela iniciativa dos platinos e, como diria Shakespeare, All’s well that ends well (Bem está o que bem acaba ou Tudo está bem quando termina bem). Que sufoco desgraçado!

Espero, Odair, que tenhas aprendido mais estas lições: (1) Nico pode ser titular, (2) Pottker e Damião estão mal, muito mal e (3) quem bate pênalti é quem treina para batê-los.

Estamos em 5º lugar com 14 pontos em 8 jogos. Vamos bem — com 58,3% de aproveitamento –, mas há que ter cuidado, a tabela está muito achatada. Antes da Copa, temos ainda 4 compromissos:

Sport (c)
São Paulo (f)
Santos (f)
Vasco (c)

O ideal quase impossível seria se fechássemos a 12ª rodada com 24 pontos (66%), mas será complicado, pois acho que vamos perder para o São Paulo no Morumbi.

Nico López | Foto: Ricardo Duarte
Nico López preparando o chute decisivo | Foto: Ricardo Duarte

.oOo.

(*)

“Ain, porque Nico López só rende quando vem da reserva”
Será mesmo?

Gols de Nico López enquanto titular:

– (2) Bahia (Inter 2 x 0 Bahia) // 2018
PS: Considerei como titular pois ele entrou aos 11 do 1º tempo, ou seja, jogou boa parte do jogo.
– (1) Grêmio (Inter 2 x 0 Grêmio) // 2018
– (1) Novo Hamburgo (Inter 3 x 0 Novo Hamburgo) // 2018
– (2) Guarani (Inter 2 x 0 Guarani) // 2017
– (1) Ceará (Inter 2 x 0 Ceará) // 2017
– (1) América-MG (Inter 1 x 1 América-MG) // 2017
PS: Considerei como titular pois ele entrou aos 8 do 1º tempo
– (1) Juventude (Inter 1 x 1 Juvntude) // 2017
– (1) Palmeiras (Inter 2 x 1 Palmeiras) // 2017
– (2) Londrina (Inter 3 x 0 londrina) // 2017
– (1) Novo Hamburgo (Inter 2 x 2 Novo Hamburgo) // 2017
– (1) Cruzeiro-RS (Inter 2 x 0 Cruzeiro-RS) // 2017
– (1) Cruzeiro-RS (Inter 1 x 2 Cruzeiro-RS) // 2017
– (1) São Paulo-RS (Inter 1 x 0 São Paulo-RS) // 2017
– (1) Sampaio Corrêa (Inter 4 x 1 Sampaio Corrêa) // 2017
– (1) Novo Hamburgo (Inter 1 x 2 Novo Hamburgo) // 2017
– (1) Brasil de Pelotas (Inter 2 x 1 Brasil de Pelotas) // 2017
– (1) Fortaleza (Inter 3 x 0 Fortaleza) // 2016
Total: 20 Gols

Gols de Nico Lopez enquanto reserva:
– (1) Vitória (Inter 3 x 2 Vitória) // 2018
– (1) Juventude (Inter 3 x 1 Juventude) // 2018
– (1) América-MG (Inter 2 x 1 América-MG) // 2017
– (1) Figueirense (Inter 3 x 0 Figueirense) // 2017
Total: 4 gols


Nico López fez seu primeiro gol, saindo da reserva, apenas em 16/09/2017. Mais de um ano depois da sua contratação

Nico López goza desse suposto prestígio de ser um bom reserva porque entre a 19ª rodada e a 26ª rodada da série B, quando virou reserva de Eduardo Sasha, fez nada mais nada menos do que: 1 Assistência, 1 chute na trave e 2 gols (em coisa de 7 rodadas. Ou seja: Em pelo menos 4 ele entrou durante o jogo e fez algo de produtivo).

Apenas como parâmetro:
Nico López entrou por 15 vezes como titular e 17 vezes como reserva na série B em 2017 (16×16 considerando o jogo do américa-mg como titular)

Não, gente, Nico Lopez NÃO É melhor vindo da reserva. Por uma condição óbvia: Nico Lopez tem um índice de efetividade baixo (ele não é um matador), mas tem um índice de produção alto (ele é um criador de oportunidades). Ou seja: Ele não é o cara que entrará no jogo, incendiará e precisará de uma bola para matar. Ele será o cara que talvez até incendeie, mas precisará de vários chutes até acertar. E, tendo 15 minutos, pode ser que ele não tenha chutes o suficiente.

Então assim: Se você realmente acreditava que “Nico jogava melhor/nico produzia mais” quando saia da reserva. Pare de acreditar, você está simplesmente errado. Os números mostram isso.

Bom dia, Renato (com os principais lances de Grêmio 0 x 0 Flu)

Bom dia, Renato (com os principais lances de Grêmio 0 x 0 Flu)

Por Samuel Sganzerla

Então, eis que tivemos mais um capítulo desse recente drama que o Grêmio vive: a inglória missão de furar retrancas. Ontem à noite, lá na Arena, o Fluminense entrou em campo de forma semelhante aos times que enfrentamos nas últimas rodadas do Brasileirão – e ao Defensor, que também chegou todo fechado lá atrás, para nos encarar na Libertadores.

Éverton contra as retrancas | gremio.net
Éverton contra as retrancas | gremio.net

Muito provavelmente, Renato, tudo isso seja reflexo lá do início deste mês que hoje se encerra. Após uma sequência de grandes goleadas nossas, todos os times que nos encararam, principalmente aqui em casa, estabeleceram um padrão tático que faria inveja a Karl Rappan, o técnico inventor do “Ferrolho Suíço”.

Chegando no estádio com dois amigos que foram assistir à partida comigo, comentei com eles: “O jogo de hoje vai ser um saco! Tenham certeza que o Fluminense vai entrar numa formação defensiva com uma linha de 5 atrás e uma linha de 4 logo à frente, no meio, com um jogador do setor se deslocando para pressionar a bola e o resto fechando”. Dito e feito!

Ao longo dos 90 minutos de partida, nós tivemos 70% de posse de bola, 20 finalizações e oito escanteios (contra nenhum do Fluminense). Apesar do grande número de chutes, foram apenas seis a gol, sendo poucas chances claras para marcar. Novamente, Renato, tivemos o predomínio absoluto do jogo, mas não conseguimos transformar isso em vitória.

Num primeiro tempo em que praticamente apenas nós jogamos, nossa melhor oportunidade veio num cabeceio do Kannemann, que passou rente ao travessão, por cima do gol. André teria feito um dos grandes golaços de sua carreira, se não estivesse ligeiramente impedido antes de matar no peito e mandar uma bicicleta para as redes da meta do time carioca.

O segundo tempo mudou um pouco de figura. Se o adversário não tem um grande elenco, tem pelo menos um técnico que sabe “tirar leite de pedra”. Diferentemente dos confrontos contra Atlético-PR, Inter e Paraná, em que ficamos no 0 a 0, mas não corremos risco nenhum, os cariocas souberam propiciar alguns bons contra-ataques, que levaram perigo à nossa meta. Agradecemos mais uma vez ao Grohe, por sinal.

O meio campo com Maicon e Cícero na volância certamente ganha qualidade na armação, Renato, mas perde um pouco em marcação – e dali e do mau posicionamento do Madson é que nasceram as jogadas de perigo do adversário. Sinto que o Arthur faz falta não somente pela sua importância na equipe, mas porque o próprio futebol do nosso capitão não tem a mesma desenvoltura sem ele – ontem o Maicon cometeu alguns erros de passe e demarcação que não costuma cometer, mas foi bem mesmo assim.

Luan, apesar de criticado pelos analistas dos botecos dos arredores da Arena, é sempre uma peça fundamental no time. Mesmo não produzindo tudo que pode, as jogadas das melhores chances sempre passaram por seus pés, terminando em passes precisos que carregavam o time para o ataque com mais qualidade. Mas, como ele mesmo sabe, pode fazer mais, apesar da ferrenha marcação que sofre.

E as nossas melhores chances de vencer o Fluminense vieram na metade da segunda etapa, pelos pés do Everton. Contudo, ontem ele não conseguiu ser decisivo, como tem sido neste 2018. O destaque vai para dois lances: o primeiro no contra-ataque fulminante, em que deixou o marcador na saudade e encobriu o goleiro, que conseguiu dar um leve desvio na bola, fazendo-a sair caprichosamente, na rede pelo lado de fora; a segunda foi a grande chance do jogo, em que ele perdeu um gol que não é do seu feitio, com a bola sobrando dentro da área e o goleiro já vendido no lance (bateu novamente na lateral de fora da rede).

Eu entendi a tua opção por Lima no lugar do Ramiro, Renato, procurando dar mais ofensividade ao Grêmio, que sabia que enfrentaria um ferrolho. Mas não funcionou muito bem, porque o garoto teve boa movimentação, até desenvolveu bem algumas jogadas, mas nenhuma produção efetiva. Pepê entrou bem em seu lugar, mas também não fez muito. O destaque negativo da partida vai para Madson, que APANHOU da bola, e para os escanteios mal batidos pela equipe – hora de voltar aos treinamentos!

Enfim, mais um 0 a 0. Contudo, apesar de também estar insatisfeito com o resultado, gostaria de dizer que não faz o menor sentido esse clima de “queda” que alguns estão tentando criar. Se o Grêmio não reproduziu seu melhor futebol nas últimas rodadas, também não se pode dizer que não manteve uma vitoriosa sequência, atrapalhada por empates com times que entraram com o único objetivo de não perder o jogo para nós.

Neste mês de maio, o Grêmio fez nada menos do que nove partidas, tendo seis vitórias e três empates – sabendo que poderíamos ter saído vitoriosos de todos estes. Fez 17 gols e sofreu apenas três (um no time reserva, um contra e aquele azarado na goleada contra o Santos, em que a bola desviou no Kannemann e interrompeu o recorde de invencibilidade do Grohe). E isso tudo lembrando que não conseguimos colocar os 11 titulares em campo há dois meses.

Temos que ter em mente, Renato, que nossa missão até a parada da Copa do Mundo vai ser enfrentar, em meio a todo esse desgaste, times que entrarão em campo contra o Grêmio para fazer um ponto (talvez o Palmeiras fuja dessa lógica). Até que as outras equipes comecem a precisar construir o resultado, buscar a vitória, a nossa realidade será continuar encarando adversários que se contentam em empatar conosco no Brasileirão.

Quero dizer, com isso tudo, que obviamente gostaria de estar na liderança, agora um pouco distante por conta desses pontos perdidos. Mas que não há qualquer motivo para desesperança, visto o alto padrão de jogo que o time tem mantido e as circunstâncias atuais. Mudanças pontuais e alguns reforços no elenco podem muito bem nos colocar na ponta da tabela, visto que não há nenhuma equipe disparando neste início de campeonato. Que venham os próximos jogos! Até domingo e boa viagem a Salvador, Renato!

Saudações Tricolores!

E segue o baile…

https://youtu.be/HBrYVZCJI4c

Bom dia, Odair (com os principais lances de Inter 2 x 1 Corinthians)

Bom dia, Odair (com os principais lances de Inter 2 x 1 Corinthians)

Aquele gol do Rossi aos 92 minutos… Foi tão Champions League, né, Odair?

A comemoração do gol decisivo de Rossi | Foto: Ricardo Duarte
A comemoração do gol decisivo de Rossi | Foto: Ricardo Duarte

E foram 30 mil pessoas ao Beira-Rio durante a crise dos transportes! Nossa torcida é maravilhosa, mas o time tem que trazê-la para o seu lado. Jogando bola.

Pois bem, iniciamos o jogo pressionando o Corinthians até Klaus e Danilo Fernandes fazerem uma lambança antológica. Um esperou pelo outro, ninguém foi na bola, Mateus Vital foi: 0 x 1. O maior culpado foi o zagueiro, que surpreendeu o estádio inteiro ao se omitir.

Jogamos bem mais do que o Coringão. Nosso principal problema foi a péssima atuação de Pottker. Com Damião isolado, o Inter tinha dificuldades para atacar. Lucca era o melhor da frente, mas estava sozinho. O que está acontecendo com Pottker? O moço dá boas entrevistas e não parece burro. Mas quando entra em campo, tenta arrancadas individuais que não dão certo. Nem olha para os companheiros de time. Tornou-se totalmente improdutivo.

Nosso meio de campo permanecia sem armação. A coisa só avançava pelas laterais. Não temos um meio produtivo. Com todo mundo pelos lados, há um Saara entre Dourado e Damião. Não melhoramos muito neste quesito no segundo tempo, mas pressionamos bastante.

O segundo tempo trouxe o Corinthians ainda mais recuado e o Inter com absoluta segurança defensiva. Mas sem força no ataque. O gol saiu quando tu tiraste Iago para colocar Nico López. O time melhorou muito. Com companhia Damião começou jogar. Num lance muito bem realizado, Lucca cruzou e Damião marcou. Então os ingressos de Rossi e Juan fizeram aumentar a pressão sobre os paulistas. Passamos a criar e perder gols. Um foi justamente anulado.

O gol que nos deu a vitória nasceu de um constrangedor erro defensivo do lateral Mantuan. Mas demonstrou que Rossi é um cara ligado, prontinho para deixar Pottker na reserva.

Meu amigo Julio Linden faz uma observação importante: o perfil de jogadores como Moledo, Zeca, Lucca e Rossi tem feito uma diferença brutal em relação aos grupos de jogadores de anos anteriores. Eles não são acomodados e resignados com derrotas.

Odair, teu trabalho começa a aparecer, mas há que afastar esses medalhões e ter uma conversinha ao pé do ouvido do lateral esquerdo Iago. Zeca parece que vai resolver o problema do outro lado. Participou maravilhosamente nos momentos de pressão sobre o Corinthians.

O resultado deixa o Inter na oitava posição do Brasileirão, com 11 pontos em 7 jogos. Faltam 34 para nos livrarmos da Segundona… Na quarta-feira (30/5), o Inter vai a Salvador enfrentar o Vitória pela oitava rodada. No Beira-Rio, volta a atuar no dia 2 de junho contra o Sport.

https://youtu.be/aR4ftw_8mI8

Bom dia, Renato (com os lances de Ceará 0 x 1 Grêmio)

Bom dia, Renato (com os lances de Ceará 0 x 1 Grêmio)

Por Samuel Sganzerla

Renato, tu sabes que não sou caminhoneiro, mas estive parado semana passada. Todavia, as últimas três partidas do Grêmio merecem um comentário comum: foram três ocasiões em que o Grêmio precisou furar uma retranca. Felizmente, tal quarta passada, na Libertadores, conseguiu ontem, lá em Fortaleza.

Thonny Anderson comemora seu gol ao final da partida em Fortaleza | Foto: gremio.net
Thonny Anderson comemora seu gol ao final da partida em Fortaleza | Foto: gremio.net

É verdade que nossa vitória deste domingo saiu num contra-ataque já nos 15 minutos finais de jogo. Algo que eu tenho até dificuldades de me lembrar quando aconteceu pela última vez. Nosso Tricolor, em seus triunfos recentes, vence se impondo sobre o adversário ou na base do ABAFA.

Agora, Renato, eu me permito ser sincero contigo: o Grêmio dos últimos jogos tem ficado abaixo das exibições que nos fizeram criar tantas expectativas para esta temporada. Apesar de ainda manter o padrão tático e o controle do jogo, o time tem sido mais lento nos ataques e errado mais passes.

Claro, vamos dar um desconto: já faz dois meses que não conseguimos entrar com todos os titulares em campo. A ausência do Arthur é muito sentida no meio campo. Ontem, ao menos tivemos a volta do Everton. E que diferença com ele no ataque!

O Cebolinha foi simplesmente o homem do jogo. Infernizou a defesa adversária do início ao fim, metendo uma bola na trave na primeira oportunidade, com nem três minutos se partida. Ainda sofreu dois pênaltis, sonegados pelo senhor Wagner Reway (esse cidadão não ia tomar uma geladeira mais severa, depois da LAMBANÇA que fez em Vitória e Flamengo, na primeira rodada?).

De qualquer forma, a despeito da péssima arbitragem a que estamos acostumados, merece destaque o gol da partida. Não sei se foi precipitação do Jorginho ao mandar o time do Ceará para cima do Grêmio no fim do jogo, mas o Everton, que nada tem a ver com isso, fez uma jogada espetacular no contra-ataque.

Como um velocista, atravessou mais de meio campo, para servir a bola cabeça de Thonny Anderson, que tinha acabado de entrar (que estrela, hein, Renato?!), para marcar com o gol livre. O meu elogio maior, porém, vai pelo fato de que o defensor do Vozão tentou fazer falta no Everton no meio-campo, no início da jogada, que preferiu a jogada a tentar cavar um cartão. Garantiu nossa vitória assim.

Se o Cebolinha continuar com essa bola toda, vai acabar mais cobiçado do que frentista de posto com gasolina. Merece todo nosso reconhecimento, então. Por outro lado, o destaque negativo vai para André, que sabemos que tem muito mais potencial do que o futebol que tem mostrado. Te liga, guri!

Enfim, apesar de não ter sido uma grande atuação, o 1 a 0 protocolar garantiu os três pontos, que era o mais importante. Graças aos resultados paralelos, acabamos nos mantendo a apenas dois pontos da liderança – que, sabemos, poderia ser nossa. Mas não é hora de ficar chorando sobre leite derramado.

Depois de amanhã, quarta-feira, retornaremos ao gramado da Arena. Enfrentaremos o Fluminense, adversário direto pela ponta da tabela. Renato, sei que o calendário é complicado e que o time vem sofrendo com o desgaste (10 jogos e mais de 30 mil quilômetros a serem percorridos neste mês que antecede a parada da Copa do Mundo).

Renato, com foco total no Brasileirão agora, faremos cinco jogos em duas semanas, três deles em casa. É a oportunidade de buscarmos a liderança do campeonato – ou de ficarmos o mais próximo possível dela, pelo menos. Depois de podermos curtir a Copa do Mundo, torcendo por Geromel e companhia (não sei os outros, mas eu irei), esperamos retornar com o time completo e preparado para um segundo semestre, que, tomara, seja de muitas alegrias também.

https://youtu.be/Jt2Dpue5aRU

Bom Dia, Odair (com os principais lances de Inter 3 x 0 Chapecoense)

Bom Dia, Odair (com os principais lances de Inter 3 x 0 Chapecoense)

Seis jogos, oito pontos. Uma campanha modesta, mas temos que considerar que, destas seis partidas, enfrentamos quatro dos cinco favoritos ao título: Palmeiras, Cruzeiro, Flamengo e Grêmio. Da lista dos cinco melhores times do país, só não enfrentamos o Corinthians, cuja partida será no próximo domingo. Depois, a tabela fica mais fácil.

Bem, então a tabela faz com que joguemos cinco jogos complicadíssimos nas primeiras sete rodadas. De fáceis, há apenas Bahia e Chapecoense. E vencemos ambos. Não dá para reclamar muito de ti, né, Odair?

Se Renato fosse técnico do Inter (tesconjuro!) ficaria possesso durante o jogo de ontem. Imaginem que a Chape se fechou atrás, com todos os seus jogadores atrás da linha da bola, fazendo uma incrível retranca! Comportou-se como um time de segunda divisão! Não deveria ser permitido fazer isso…

Só que fizemos três gols.

Moledo comemora seu gol. Está jogando muito | Fotos: Ricardo Duarte
Moledo comemora seu gol. Está jogando muito | Fotos: Ricardo Duarte

Apresentamos as falhas de sempre: com a bola, fomos lentos, tivemos criatividade nenhuma e erramos passes e mais passes fáceis. Também não é crível que entremos em campo com 3 volantes para enfrentar a Chapecoense, um dos favoritos ao rebaixamento. Jogando juntos, Dourado — que fez excelente partida –, Edenílson e Patrick são um exagero apenas justificado quando o adversário é alguém como o… Corinthians, por exemplo.

Quem está mal mesmo são Damião e Pottker. Espero que tais medalhões nao venham a incomodar a ascensão de Lucca e Rossi.

De positivo, alem da boa atuação de Dourado, tivemos os chutes de fora da área de Lucca e a confirmação da segurança de nossa defesa. (Cuesta levou o terceiro cartão e não enfrentará o Corinthians). Zeca também foi bem e deverá crescer. (A troca dele pelo Sasha foi o negócio do ano ou foi a troca de Roger por Lucca?). O passe melhora com ambos, Zeca e Lucca. Outro fato legal foi que, mesmo ganhando, o time continuou em ritmo acelerado e marcando muito.

Goleamos. 3 x 0. Achamos um gol no final do primeiro tempo com Lucca e depois a coisa andou naturalmente. Com isso, pulamos do 17º lugar para o 10º. Se conseguirmos certa regularidade, acabaremos loguinho no meio da primeira página da classificação. Há um perde e ganha muito grande. O próximo adversário é o Corinthians, domingo (27/5), às 16h, no Beira-Rio. Por mim, um empate está bom. Mas uma vitória poderia dar uma nova feição para nosso combalido Inter, Odair.

https://youtu.be/fs0bLaCFvWo

Bom dia, Renato! (com os “melhores lances” do Gre-Nal)

Bom dia, Renato! (com os “melhores lances” do Gre-Nal)

Por Samuel Sganzerla

Renato, estou preocupado com o Grêmio! Mais uma vez perdemos pontos em casa, deixando de vencer um time que se mostrou nitidamente inferior no campo a nós! Hehehe!

Cornetas à parte, eu te confesso que imaginei que o jogo seria como foi: Odair lembraria da célebre frase de José Mourinho e estacionaria o ônibus do Inter na pequena área. Um esquema 8-1-1 de fazer inveja aos saudosos do Ferrolho Suíço e do CATENACCIO.

Foto: gremio.net
Foto: gremio.net

De nossa parte, não entramos com o mesmo ímpeto do domingo passado, na goleada contra o Santos. Talvez os que tomaram o avião logo depois do clássico já estivessem um pouco com a cabeça na Venezuela.

O fato, porém, é que sabemos que o Grêmio pode produzir mais do que isso. Mesmo que o adversário entre com o objetivo de não deixar ter jogo, que seja daquelas partidas em que o Marcelo Grohe não faz nada além de ser um espectador privilegiado.

Claro, Renato, tivemos o infortúnio de o André perder um gol relativamente fácil. O time inteiro que falhou na pontaria ontem, na verdade. E teve também, em homenagem à data comemorativa do fim de semana, o senhor Wilton Pereira Sampaio sendo uma mãe para o coirmão, deixando de marcar duas penalidades a nosso favor. Mas poderíamos ter vencido independentemente disso.

No final, também não faltaram os elementos tradicionais do clássico Grenal: bate-boca, reclamação, corneta, confusão. Aliás, muita confusão! O imbecil que atirou um sinalizador em campo, podendo prejudicar o clube, fica como meu destaque negativo.

E houve o estranho “desconforto” do argentino há poucas horas antes da partida – o que eu destaco apenas porque me chamou a atenção, domingo passado, que pareceu que ele fez de tudo para cavar sua expulsão contra o Flamengo. Mas isso não é problema nosso. Só comento porque, mesmo não estando em campo, lá estava ele para tumultuar depois do apito final. Normal.

Enfim, Renato, os resultados paralelos nos mantiveram a apenas dois pontos da liderança. Poderia ser nossa já, não deixo de pensar. Agora, contudo, é voltar novamente a cabeça para a Copa Libertadores, quando entraremos em campo lá em Maturín, Venezuela.

Temos uma maratona de jogos neste mês. Serão oito partidas até a parada da Copa, e as duas da Libertadores não podem ser menosprezadas, apesar da liderança no grupo e da fragilidade do próximo adversário.

Renato, queremos a vantagem de trazer as decisões para a Arena. Assim como tu, queremos levantar de novo a Copa este ano, de preferência em boa casa. Até terça-feira, nossa cabeça é apenas “Rumo ao Tetra!”. E vamos que vamos!

Saudações Tricolores!

E segue o baile…

P.S.: “Deixando a rivalidade de lado, foi muito bonita a merecida homenagem das duas equipes e da torcida a Fábio Koff. Momentos de grandeza da história da Dupla, em respeito a um grande homem.”

https://youtu.be/zTXzd86jBl8

Para onde vai o Inter?

Para onde vai o Inter?

É chato ver o Inter jogar. É sempre a mesma coisa — um time lento, previsível, com dificuldades para atacar –, ingredientes que agora receberam também um mau preparo físico. O time treina pouco, sabemos. Os jovens Damião e Pottker cansam… Sem falar do velho Dale.

Sem ataque, não marcamos gols há três jogos e seguem faltando 41 pontos para não cairmos. A bagunça é deprimente. É claro que a desorganização da instituição invadiu o gramado, isso faz tempo.

Patrick, uma das raras boas contratações do clube | Foto: Ricardo Duarte
Patrick na derrota do último domingo para o Flamengo. Ele é uma das raras boas contratações do clube | Foto: Ricardo Duarte

Os dirigentes dizem que precisam vender 2 ou 3 jogadores na janela de junho, mas talvez nem isso consigam. Hoje, nossos atletas são cavalos cansados e mal alimentados. Não valem nada. Precisaremos da indignação de um Michael Kohlhaas logo após o Gre-Nal que devemos perder no próximo sábado, pois a possibilidade de Série B é real novamente.

Odair Hellmann… Este vai receber uma boa rescisão.

O Inter é um time mal pensado e concebido. A confusão dos dirigentes é clara. Eles queimam técnicos que provavelmente sejam apenas marionetes deles. Vejamos.

Desde o início de 2016 foram escalados 12 laterais direitos: Winck, Alemão, Junio, Dudu, Ruan, Fabiano, Ceará, William, Fabinho (este e os próximos improvisados), Edenilson, Danilo Silva e Gabriel Dias.

Os atacantes foram 17: Damião, Pottker, Roberson, Carlos, Cirino, Nico Lopez, Marcinho, Brenner, Brenner (outro), Sasha, Wellington Silva, Rossi, Lucca, Diego, Joanderson, Roger e Ronald.

São números razoáveis? Pode dar certo? E quanto custou toda essa gente?

Mas o principal problema é o meio de campo. Este é praticamente ignorado. Anotem o número de armadores: D’Alessandro, Juan Alano, Camilo, Richard, Valdívia e Mossoró (apenas 6). E o setor nunca funcionou. Talvez possamos colocar Patrick nesta lista, mas ele é um volante improvisado.

Tudo isso com três treinadores.

Ou seja, Marcelo Medeiros, Roberto Melo e seus homens estão perdidos. Gastam e a coisa não anda. Gastam muito. Gastam mal. O descritério reflete-se em um deficit de 62 milhões só no ano de 2017.

Não sei para onde vamos. O Inter é hoje dominado por empresários que tentam colocar seus “produtos” numa vitrine que está bem feia. Só tal fato explica a loucura nas contratações. Além dos jogadores citados, houve levas de jovens contratados para as divisões inferiores. Nem conseguiria citá-los.

E assim vamos nós. Jogando no lixo ano após ano com o Conselho — cheio de famosos alguéns que desconhecem  futebol — apenas observando.

Bom dia, Renato (com os principais lances de Grêmio 5 x 1 Santos)

Bom dia, Renato (com os principais lances de Grêmio 5 x 1 Santos)

Por Samuel Sganzerla

Eu sei, fazia tempo que eu não aparecia por aqui, né?! Ocorre, Renato, que atletas de fim de semana também se lesionam às vezes. No meu caso, uma pelada com uns amigos há umas duas semanas me causou um edema ósseo no cotovelo direito (aquela TRINCADA básica). Como sou destro e fiquei bom o braço engessado por duas semanas, nem conseguia escrever e digitar. Felizmente, nada mais grave e já estamos de volta.

Foto: gremio.net
Foto: gremio.net

E que forma de voltar a conversar contigo por aqui, né?! Com uma goleada em casa que seguiu outra. O torcedor que foi à Arena nos dois jogos desta última semana comemorou dez gols (no meu caso, metade deles na arquibancada, ontem, graças à minha lesão). Um número impressionante, tal qual o futebol que o Grêmio vem jogando. 2018, que já começou muito bem, vem prometendo ser mais um ano memorável na história Tricolor.

Se na terça-feira a superioridade sobre o Cerro Porteño, adversário da Libertadores, foi muito evidente, no jogo de ontem não foi diferente. O que surpreende até mais no caso do Santos é que é um forte e tradicional rival nas competições nacionais e internacionais. Neste ano, o time paulista buscou um excelente e promissor técnico para comandar um elenco de qualidade e faz boa campanha na Libertadores. E não tomamos conhecimento de nada disso neste domingo.

Renato, uma goleada de 5 a 1 do Grêmio sobre o Peixe seria histórica em quaisquer circunstâncias. Mas, além de tudo aquilo que eu já disse, a forma com que ocorreu nos empolga inevitavelmente. Foi um baile durante os 90 minutos. Um Tricolor que colocou o adversário na roda, mantendo a posse de bola por dois terços da partida, quase sem errar passes, sempre no campo de ataque, criando oportunidades naturalmente e praticamente sem dar chances de ataque ao time santista. O famoso ARRODIÃO, na definição do dicionário ludopédico gaudério.

Com um pouco de paciência e muito trabalho, o Grêmio furou o bloqueio da defesa do Santos e abriu o placar com um chutaço do Maicon. Golaço do nosso Capita, que vem jogando o FINO da bola. Enquanto ainda comemorávamos, a equipe santista se aproveitou daquele momento de euforia e descuido para empatar o jogo logo em seguida. Um acidente de percurso, que em nada nos abalou.

E foi possível sentir isso forte nas arquibancadas, Renato. Aquele gol contra poderia ser um balde de água fria na torcida, mas a gente seguiu cantando, alentando e comemorando, como se não tivesse sido nada. Porque é isso que esse time fantástico do Grêmio causa na gente! O momento atual nos faz sentir essa vibração intensa, essa coisa que nos faz confiar incondicionalmente no time, acreditar que a vitória logo mais se desenhará.

Foi o que aconteceu, quando Everton nos colocou novamente em vantagem, no apagar das luzes do primeiro tempo. Veio o intervalo, e todos tínhamos expectativas boas para a segunda etapa. Naquele momento, o otimismo pelo futebol jogado trazia nas arquibancadas a certeza da vitória – e de que ali não é a melhor hora nem o lugar para abordar assuntos mais delicados, mas divago, que isso é história para outro dia…

O fato é que o Grêmio voltou com a mesma intensidade e, logo aos 10 minutos do segundo tempo, o Capita mostrou mais um recurso e fez outro golaço, agora de falta. E o ritmo de baile seguiu, em homenagem ao menino dançarino de valsa, que ontem o assistiu em lugar privilegiado – sim, Renato, o Luan tem razão sobre ele. Aliás, nosso Rei da América, em mais uma boa atuação, daria assistência para o gol de André logo mais. E o outro Rei, o magistral Arthur, fecharia a conta, para encher a mão do torcedor. Fim de jogo, goleada convincente e torcida para lá de feliz. Rumo à minha casa, fui travando uma longa reflexão comigo mesmo.

Sabe, Renato, havia um tempo em que eu acreditava que tudo daria certo para o Grêmio, assim como na vida (que são praticamente a mesma coisa, eu sei). Aquele guri que tinha recém saído da casa dos pais e descido a Serra rumo à Capital quebraria muito a cara no decorrer dos anos e também cometeria muitos erros. Felizmente, aprenderia alguma coisa com eles, talvez. Mas algo do qual jamais se arrependeu foi de carregar com orgulho esse sentimento pelo Imortal Tricolor.

Lá em 2016, quando saímos da seca e ganhamos a Copa do Brasil pela quinta vez, muito se falava nos tais “15 anos”. Eu só conseguia pensar na década. Nos 10 anos em que tinha vindo morar em Porto Alegre, justamente num ano que simbolizaria a virada da gangorra Grenal para o lado deles (não que isso me incomode… muito). Ontem, doze anos depois, gangorra de volta para o nosso lado, muito lembrei daquele maio de 2006. Do alto dos meus 18 anos, tinha certeza de que, mesmo perdendo, sendo eliminado e até rebaixado, no final, as coisas dariam certo para o Grêmio (e errado para o coirmão, porque era parte da aura do gremista criado nos anos 90).

Acreditava nisso, Renato, da mesma forma em que acreditava que as escolha de um recém saído da adolescência seriam todas acertadas. Ingenuidade típica do furor da juventude, regada a festas, dramas brevemente intermináveis e pouca responsabilidade. O que se preservou intacto, dentre as coisas daquele tempo, foi aquela palpitação no peito em cada ida às arquibancadas, do Velho Olímpico à nossa nova e atual morada.

Eu já não acho que todas as minhas escolhas serão acertadas, Renato. O que é muito bom, claro, assim como saber reconhecer as próprias falhas. Também já não sou um poço de romantismo e otimismo com a vida e com o mundo que, noutra época, eu queria mudar do meu quarto. Mas, de alguma forma, Renato, hoje, em maio de 2018, boa parte de mim, que vem aqui escrever sempre contra o sentimento de euforia, contraditoriamente voltou a acreditar que, no final, tudo vai dar certo para o Tricolor. Muito obrigado por isso, de coração! É nessas horas que eu relembro o real significado do Grêmio ser chamado de Imortal.

Saudações Tricolores!

E segue o baile…

Bom dia, Odair (com os principais lances de Inter 2 x 0 Bahia)

Bom dia, Odair (com os principais lances de Inter 2 x 0 Bahia)

Torcer para o Inter é complicado. Ninguém sabe porque Nico López saiu do time após o Gre-Nal para dar lugar a Roger. Então Roger foi para o Corinthians e Rossi entrou no ataque. OK, ele teve boa atuação contra o Vitória, mas e Nico? O uruguaio não é craque, perde gols às pencas, mas faz outros tantos. Num time tão deficiente como o nosso, deveria jogar sempre. É complicado de entender. Dizem que Nico não é muio “apegado” ao Inter. Acho que se trata apenas de um sujeito tímido. Corre e se esforça muito. Reclamam do quê? Dizem que ele é peladeiro e pouco inteligente. Só que é o melhor que temos para jogar ao lado de Pottker.

Nico López sai do banco para marcar. | Foto: Ricardo Duarte
Nico López sai do banco para marcar. | Foto: Ricardo Duarte

Pois ontem Rossi saiu machucado aos 10 min de jogo. Entrou Nico López, fez dois gols e vencemos por 2 x 0. É claro que isso não soluciona nada. O time jogou mal. Apenas ganhou pela fraqueza do Bahia. Deste modo, cumprimos nosso papel de ganhar dos muito fracos. Creio que não podemos esperar muito mais deste ano. É ganhar dos — teoricamente — times mais fracos. É ganhar de Bahia, Vitória, Sport, Paraná, Ceará, Chape, América-MG, essas coisas. Ou seja, nosso campeonato é ficar na frente desta turma, a nossa.

O Inter não tem boa dinâmica de jogo, é lento e previsível. Além do mais, a teimosia reina há anos no Beira-Rio.

Tenho que retirar minhas criticas a Moledo. Ele esteve muito bem. Já Edenílson… Ah, Patrick foi a melhor contratação do ano.

O Inter volta a jogar na próxima quinta-feira, às 19h15, pela Copa do Brasil. É o jogo de volta contra o Vitória. Vencemos o de ida por 2 x 1 no Beira-Rio, lembram? No Brasileiro, voltamos domingo, às 16h, contra o Palmeiras em São Paulo. A vida vai ficar difícil no Brasileiro. Depois virão Cruzeiro, Flamengo, Grêmio, Corinthians…

https://youtu.be/3WCAADxBr_M

Bom dia, Renato! (com os melhores lances de Cruzeiro 0 x 1 Grêmio)

Bom dia, Renato! (com os melhores lances de Cruzeiro 0 x 1 Grêmio)

Por Samuel Sganzerla

Bom dia, Renato!

É bom começar a semana (e o campeonato, obviamente) com uma baita vitória! Primeira rodada do Brasileirão, e voltamos de Belo Horizonte com três pontos, graças ao grande resultado do Grêmio contra o Cruzeiro, lá no Mineirão. Placar mínimo, mas fora de casa, contra um dos favoritos ao título.

O goleador André | Foto: gremio.net
O goleador André | Foto: gremio.net

Claro, preciso ser sincero contigo, Renato: eu não parei para ver o jogo no sábado. Meus pais estavam de aniversário na semana passada (sim, coincidentemente nasceram no mesmo dia, mas em anos diferentes), então juntamos a família lá em Serafina Corrêa, ao lado da tua terra natal, para passar o fim de semana comemorando.

Entretanto, os anseios de torcedor pseudo-cronista me permitiram analisar o jogo pelos melhores momentos. O time mineiro tem um dos melhores elencos do país, mantendo sua base e comissão técnica já pela terceira temporada. Partida longe da Arena, contra um velho algoz nos mata-matas. Somando a toda essa fórmula, uma péssima arbitragem. E ganhamos, Renato!

Por mais que enraiveça ver a falta de critério na expulsão do Kannemann, anima saber que seguramos um grande ataque com um a menos e com Bressan e Paulo Miranda na zaga. E nada melhor para um atacante do que fazer gol na sua estreia com o sagrado manto Tricolor. Torcemos para que André tenha vindo para reviver suas melhores fases de goleador.

Ao fim e ao cabo, largamos bem! Pelo menos até os jogos de hoje à noite, fomos a única equipe a vencer fora de casa. E, como já dito, contra um adversário muito difícil, ainda com as ausências de Geromel e Luan. Do jeito que tem que ser nos pragmáticos pontos corridos: placar suficiente, pontuação garantida, superação sobre os concorrentes. Baita resultado!

Foi um início alentador! Claro, o Brasileirão é longo, neste ano tem a parada da Copa do Mundo (que tende a quebrar o ritmo das equipes que vêm bem, como vimos nas últimas edições), muitas coisas acontecem no decorrer de uma temporada e ainda temos nossas pretensões focadas na Libertadores e na Copa do Brasil. Mas nos permitimos sonhar!

Renato, sejamos francos: a torcida gremista, como tu bem sabes, gostaria de ganhar tudo. O mesmo sentimento deve pairar no vestiário, não tenho dúvidas. Contudo, o campeonato nacional tem sido um assunto recorrente entre nós, nos últimos dias. Seja porque nossa última conquista foi em 96, seja porque foram diversas boas campanhas que nos permitiram almejar esse título nas últimas décadas. Com o futebol consolidado que o Grêmio vem jogando nos últimos dois anos, a expectativa aumenta, como não poderia ser diferente.

E ainda tem, como sempre, a boa e velha mística. O último Brasileirão veio justamente num ano em que também ganhamos a Recopa, posterior às conquistas em sequência da Copa do Brasil e da Libertadores. Curiosamente, naquela mesma temporada fomos campeões gaúchos em cima de um time do interior, com o placar agregado da final em 7×0 (naquela vez contra o Juventude, igualmente por 3×0 fora e 4×0 em casa).

Quando a gente vê que a racionalidade (traduzida nessa possibilidade de ver claramente um grupo forte, consistente e de futebol bem jogado há mais de ano) e a superstição andam juntas, aí a gente se sente imbatível! Tu, como gremista, sabes bem o que é isso, né, Renato?! Não é à toa que somos o Imortal Tricolor!

Que tenha sido o primeiro passo rumo ao Tri! Que possamos continuar buscando o hexa da Copa e o Tetra continental! E que venha o que vier! Seguimos no alento!

Saudações Tricolores!

Segue o baile…

https://youtu.be/e0LMIucyoG8