A Ospa e a inação como método

Não sei como é para vocês, caros amigos da OSPA, mas a mim, que sou um pouco inquieta, o que mais irrita em tudo o que debatemos neste grupo (fim da escola, nenhuma sensibilização de públicos, escassos concertos para a juventude, inexistentes palestras pré-concerto, etc.) é ver a enorme falta de flexibilidade e criatividade para se empreender qualquer ação que seja diversa aquela prevista no papel. Isto vai desde formalizar e ter este grupo reconhecido e integrado à orquestra até atuar pequenas idéias como publicar previamente no grupo a música dos concertos para preparar o público interessado para a audição e parabenizar os ospianos pelos aniversários. “Mas estas são bagatelas!”, vocês dirão.

Posso até desconhecer todos os mecanismos, necessidades técnicas e outros meandros do métier… Ok, sei bem que não sou perfeita e não sei tudo! Mas, pela vivência em associações e trabalhos de voluntariado sei que muitas coisas podem ser feitas com um pouco mais de boa vontade.

Me angustia o foco unidirecional e restritivo, voltado quase exclusivamente para a construção do teatro, que parece aniquilar a possibilidade de qualquer outra ação. Obviamente, ninguém quer a OSPA e seus integrantes trabalhando em condições adversas e em locais impróprios mas, tenho certeza, haverá espaço ocioso em outras estruturas do estado e do município (CCMQ, Gasômetro, etc) que poderiam ser usados para atividades. Eu, inclusive, acredito que a atual administração seja muito enxuta e não consiga dar conta de tudo mas então, porque não usar as ofertas voluntárias de ajuda? Centralização de poder e de fazer não está com nada!!!Imagino que palestras, concertos didáticos com grupos menores e até pequenos cursos poderiam ser ministrados deste modo. Pode até ser que eu esteja errada mas a sensação que tenho é que estamos desprezando as excelências da OSPA e perdendo grandes oportunidades. Sem formação de público e sensibilização quem vai frequentar o novo teatro???