Sugestão para o Natal

É sexta-feira, relaxemos… Aquele seu amigo ou amiga legal merece receber este mimo, vai dizer? Bem, eu gostaria. Trata-se do Grande Livro Vermelho do Monty Python. Você provavelmente já ouviu falar de filmes como Monty Python e o Cálice Sagrado, A Vida de Brian e O Sentido da Vida, não? O grupo Monty Python era formado pelos comediantes Eric Idle, Graham Chapman, John Cleese, Michael Palin e Terry Jones, mais o cartunista e diretor Terry Gillian. O humor dos Pythons beirava ou invadia a insanidade. E era inteligente. Os três filmes citados são clássicos que divertem até hoje os amigos de meus filhos que não apenas os veem e reveem como têm toques de celulares com o “Cruxifiction, good…” e com a ultra super hiper antológica cena da ponte em Cálice Sagrado “What`s you favorite color?”. Não sei muita coisa sobre o livro, já gostei. E é óbvio que, em vez de escrever, fiquei vendo filminhos.

O Monty Python começou na televisão com a série Monty Python’s Flying Circus. Começaram em 1969 e produziram 45 programas em quatro temporadas. Depois, filmes (foram só 4?), shows e livros. O termo pythonesque foi dicionarizado para caracterizar algo realmente absurdo. Houve um quase retorno dos Pythons na excelente comédia Um peixe chamado Wanda, mas aquilo foi seu canto de cisne.

Agora, deixo-vos com a trupe dos Pythons. Comecemos pelo clássico jogo de futebol entre filósofos alemães e gregos. Foi produzido para a TV:

Ainda no tempo do Flying Circus, mais uma para a TV. A piada mais engraçada do mundo:

Passamos pela Ponte da Morte do espetacular Monty Python e o Cálice Sagrado:

E chegamos ao único filme do qual saí meio mal de tanto rir, muito embora de não ter morrido: A Vida de Brian.

O Ao Mirante, Nelson entra pelo MSN e sugere o Ministry of silly walks, que é de chorar de rir.

Há tantas cenas inesquecíveis que agora vou voltar para o YouTube. Tchau.

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  1. Tenho tudo desses caras, Milton! Os filmes do gillian também são muito bons (O barão de munchausen, Brazil, Doze macacos). Recomendo os três dvds duplos, e o quarto dvd simples do Flying Circus. São tantos squetes memoráveis que fica difícil escolher um. Um dos meus preferidos é o concurso de auditório para resumir Em Busca do Tempo Perdido em 10 segundos. Um candidato fracassado é entrevistado pelo apresentador:

    _ Quais os seus hobbes preferidos?

    _ Bridge, surrar animais e masturbação._ responde.

    Soa um gongo e o sujeito é posto para fora.

    _ ah, escolha infeliz de hobbies_ anuncia o apresentador_ o bridge não é tão popular entre os súditos da rainha.

  2. Friday Night Fever

    Muito já se disse sobre a morte da música descritiva, mas tudo isso morre para mim quando ouço a 6º Sinfonia de Beethoven, dita Pastoral. Sim, está certo, alguns dizem ser uma das peças mais fáceis de Beethoven, se não para executar, para ouvir. Já nem discuto mais, ou não discutiria, se o amigo Jorge, meio chapado por três goles generosos de whisky irlandês, não me chamasse de reacionário da música, como Drummond, para quem o repertório erudito mais audível alcança até Brahms, não mais além, enfim, música para madames e homens afetados que, para ser mais direto, são… peralá, Jorge, isso não, imagine o que não diriam as pessoas, mas…

    – Eu sei, eu sei! Esses bostas metidos a intelectuais não passam de uns reaças de carteirinha; ouvem música clássica, jazz e leem romances alemãs no original, mas são racistas, homofóbicos, por aí… Foda-se, e tem mais: sou monarquista desde criancinha!

    – Passa lá a garrafa, você não bebe mais

    – Deixa o cara e fiquem quietos; gosto demais dessa passagem e…

    – É, essa passagem é bem florzinha mesmo…

    Flávio olha com alheio desprezo e não responde; Jorge escancara o riso e eu tento prestar atenção na música, mas as mulheres na cozinha resolveram fazer um puta barulho com pratos, talheres e fofocas.

    – Coisa rica essa spalla, hem?, pergunta afirmando Alfredo, capa do disco na mãe, a violinista é a Leila Josefowicz, faço assim-assim, não gosto muito de loiras, apesar da minha esposa… mas não completo, porque Jorge grita “falsa loira”, o que é intrigante, pois ninguém a conheceu sem os cabelos pintados.

    Bons tempos aqueles em que ficávamos apenas nós, Renata e eu, ouvindo música e bebendo vinho branco, todas as noites de sexta… Agora fica essa turba enriquecida por um bêbado, de quem agora desconfio enciumado, mas não, não é possível, foi mero chute, comparação com o tom das sobrancelhas, certamente é isso.

    Noto que, na cozinha, as mulheres falam agora baixinho, certamente de nós. Flávio sugere que, depois desse jantar-festa improvisado, rumemos para o Bar do Meio, onde há um grupo tocando finamente o repertório de Chick Corea, mas Jorge interrompe a sugestão para dizer que não vai a bar com esse nome e para ouvir música chinfrim, e que está mesmo a fim é de passar o resto da noite aos pulos e gritos ouvindo uma banda cover do Led Zeppelin.

    – Liga não – Renata diz ao meu ouvido – Hoje é sexta-feira, não é dia nem hora de esquentar a cabeça. Relaxa.

    Isso só me deixa mais puto e querendo saber quem foi o viado que me disse isso a primeira vez.

  3. Monty Python entrou na minha adolescência como um furacão. Acho que foi minha mais verdadeira experiência de fã, aquele que coleciona informações e tudo o mais sobre os ídolos. Hoje, está quase tudo perdido, depois de tantas mudanças (pessoais e de moradia), menos o prazer imenso com o humor desses caras.

    A Vida de Brian, sei completamente de memória.

      1. O pior é que, até hoje, eu e minha mulher aplicanos seguidamente as falas do filme a alguma situação cotidiana.

        “Favoritista safado!”

        “Cruxificação é fácil. Pelo menos a gente fica ao ar livre!”

        “Vocês precisam pensar pelas próprias cabeças!” “Sim, mestre, nós vamos pensar pelas prórpias cabeças!”

  4. Ah! O humor dos caras era tão demolidor que no funeral do Graham Chapman, John Cleese faz um discurso de frente ao caixão do amigo tão engraçado, que a toda a sala vai abaixo de tanto rir. A certa hora ele diz: “eu poderia dizer: já vai tarde babaca…”. Esse tá no youtube. Imperdível!

  5. Assiti a um documentário em que o Cleese diz que “os Pytons” nunca gostaram muito dele. Tiveram que aceitá-lo por imposição dos produtores, porque ele já era um comediante conhecido.

    Um deles, acho que foi o Palin, descreveu as sessões de criação deles: disse que Eric Idle e ele viviam implicando com o Cleese, enquanto o Terry Jones tentava conciliar. Enquanto isso, Gillian estava metido em algum lugar criando a sequência de animação.

    Difícil escolher piadas, cenas ou as interpretações mais engraçadas. Mas a mãe do Brian, interpretada pelo Jones, é fantástica: “Seu pai era um romano, Brian” “Quer dizer que foi estuprada, mãe?” “Bom… só no começo…”

    1. Ah… e que o Chapman ficava num canto, fumando seu cachimbo. Quando finalmente abria a boca, normalmente era para a síntese final, que todos costumavam acatar.

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