A carta de suicídio que Virginia Woolf deixou para seu marido Leonard

Virginia Woolf amava Leonard. Ele era seu grande amigo e editor. Como a escritora não se interessava por homens, o termo amigo serve com exatidão. Eram grandes amigos, grandes companheiros que se amavam e buscavam sexo em outras paragens. Uma curiosidade: como VW revisava, revisava e revisava interminavelmente seus livros, Leonard os “roubava” quando achava que estavam prontos. Simplesmente pegava uma cópia e mandada para o prelo. Virginia seguia mexendo em suas vírgulas, enquanto Leonard só observava. Dias depois, para não torturá-la muito, ele a informava: “Pode parar de revisar. O livro está sendo impresso. Está pronto há semanas!”. Ela ficava puta, mas acabava por agradecer a Leonard, seu adorado marido. Estava livre do livro e podia planejar outro.

Abaixo, a carta que deixou para Leonard quando sentiu que ia entrar em nova crise depressiva e desistiu da vida.

A carta de suicídio de Virginia Woolf

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  1. Tanta preocupação formal até para uma carta de suicídio… Por que não uns garranchos feitos à mão, o papel todo respingado de lágrimas e aguardente, umas gotículas de sangue? Virginia deu sorte: se estivesse no século XXI, seria tratada na base de Prozac. Ficaria retardadamente feliz, o que quer dizer inconscientemente infeliz. Lembro-me da canção:

    Vivia a te buscar
    Porque pensando em ti
    Corria contra o tempo
    Eu descartava os dias
    Em que não te vi
    Como de um filme
    A ação que não valeu
    Rodava as horas pra trás
    Roubava um pouquinho
    E ajeitava o meu caminho
    Pra encostar no teu

    Eu não conheço pessoa que tenha sido tão feliz sem que nunca a tivesse visto.

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