A água do Báltico afeta severamente poloneses, estonianos, finlandeses…

Helena Tulve dentro d`água
Helena Tulve dentro d`água

Há talento de sobra em torno do Mar Báltico. Deve haver alguma coisa na água que corre dos rios da Polônia, Finlândia, Letônia, Lituânia e Estônia — estes três últimos chamados de Países Bálticos — para o mar, que faz com que nasçam compositores extraordinários na região. Quem contar a história da música erudita do século XX tem que passar por ali. Mais ainda se a história for dedicada ao final do século e ao início do nosso. Não consultei os anos de nascimento de cada um deles, mas quem pode ostentar um time com Witold Lutosławski, Karol Szymanowski, Krzysztof Penderecki, Henryk Górecki, Wojciech Kilar e Bogusław Schaeffer como pode a Polônia? E, se quiserem mulheres, o país ainda tem Grażyna Bacewicz, que é uma excepcional compositora. Claro que o motivo do surgimento de tantos compositores é educacional e cultural, mas não deixa de ser curioso.

Sem citar compositores menores, a Finlândia, país que investe muito em música desde os tempos de Sibelius, hoje tem Kaija Saariaho — outra mulher — e Einojuhani Rautavaara. E a pequena Estônia ataca com o conhecido Arvo Pärt e Helena Tulve.

Como há muitas mulheres compostoras nestes países, adivinhamos que as sociedades deles não sejam tão machistas. Pois não temos apenas Saariaho, Bacewicz e Tulve, há muitas outras que não vou citar para não encher o texto de consoantes.

Katja Saariaho quando jovem
Kaija Saariaho quando jovem
A tremenda compositora e violinista Bacewicz
A tremenda compositora e violinista Bacewicz
Helena Tulve fora d`água
Helena Tulve fora d`água

Por que fotos só de mulheres? É uma predileção do blog, vocês sabem.

9 comments / Add your comment below

  1. Em 2004, a Orquestra da Unisinos, trouxe um regente polonês e colocaram Górecki (se diz gurétzki) no programa. Música bonita. Pena que tinha mais músicos no palco do que pessoas assistindo no salão de Atos da UFRGS. De vez em quando, doamos CDs para a Rádio da Universidade. Um dos últimos era do Lutoslawski (se diz Lutosuafski).

    1. Ainda lembro, ou guardo, sei lá, os comentários acerca dos “de Nobel” poloneses… Eu tinha mencionado só os de literatura, devidamente desancados pelo blogueiro… Mas ainda há outros, vários… Toda vez que se ouve falar em R-X, elementos Rádio, ou “Polônio” (esse mesmo, daquela tabela nas aulas de química), está Marie Curie… ou Maria Sklodowska. Ela, para gáudio e solenes brindes da comunidade, décadas afora, recebeu não um, mas dois Nobel… Porra, o Brasil não tem nem meio…
      E eu tinha escrito que a pessoa que mais conhece Wislawa Szymborka (se diz Wisuava CHymborska) aqui entre os nacionalistas gaúchos é o Tiago Halewicz. E quem tem escrito bastante sobre ela, ultimamente, é a estimada Letícia Wierzchowski…

  2. Claro que Björk é Islandesa, né, foge ao tema do post… A Islândia é um país nórdico. Mas alguém citou a Björk ali e eu fiquei curioso pra saber a opinião de um dos nossos melhores oráculos internéticos (o Milton Ribeiro).

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