Dois jogadores do Inter foram flagrados pelo antidoping. E, bem…

Nem tudo que parece doping é doping. Por exemplo, lembram do caso Anderson, aquele alemão, ex-volante do Inter, ocorrido lá em 1998? Pegaram-no no antidoping, mas ele acabou absolvido porque ficou provado que a morfina detectada em sua urina era resultado de um pão com sementes de papoula que ele havia comido. Da papoula extrai-se o ópio, que origina a morfina. Os médicos do Inter deram o mesmo pão para alunos de Medicina e todos deram positivo em exame antidoping. Isso livrou a cara de Anderson.

Bem, agora, dois jogadores do Inter, Nílton e Wellington Martins, foram acusados de terem jogado dopados e estão suspensos preventivamente por 30 dias. Pegaram Nilton contra o Corinthians, pelo Brasileirão, e contra o Palmeiras, pela Copa do Brasil, nos dias 16 e 30 de setembro. E Wellington contra o Palmeiras, dia 23, pela Copa do Brasil. Os dois teriam usado um diurético (hidroclorotiazida) que mascara substâncias proibidas.

Nilton devia tomar diuréticos como um louco. Afinal, foi flagrado em dois testes separados por duas semanas. O mais provável é que estivesse se tratando fora do controle dos médicos, porque eles sabem quais substâncias estão na lista do doping e jamais desejariam ver seus nomes envolvidos em confusão. O Inter pediu que fosse verificada a contraprova, o que já foi realizado em laboratório especializado de uma universidade de Los Angeles. Mesmo resultado. O clube trata de elaborar a defesa de seus jogadores para evitar uma longa suspensão. Não há risco de perda de pontos pelo time.

Sábado, Nilton devia já saber da merda que fizera. Ele fez uma partida miserável contra a Ponte Preta. Não creio que os tribunais considerem isso, mas, coincidência ou não, setembro foi um grande mês para o volante colorado. Foi o mês em que ele conseguiu um lugar no time. Não estou dizendo que ele tomou algum estimulante, ainda mais que se sabe que se usa diuréticos simplesmente para perder peso. Tal fato, somado com a parca condição física do grupo, talvez recoloque os médicos do clube na jogada. Espero sinceramente que não. Mas tudo isso são impressões de quem está longe.

Deste modo, o eficiente Nilton, titular de Argel, está fora do Brasileirão. E Wellington, reserva, não joga mais pelo clube, porque tem rendimento deficiente e seu empréstimo vai só até o fim do ano. Que volte para o São Paulo, de onde nunca deveria ter saído!

Espero que Argel finalmente utilize o bom Bertotto. No ano passado, o cara fez boas partidas com Abel Braga, mas Aguirre e Argel esqueceram dele na reserva. Imaginem que ele foi cotado atrás até do morto do Nico Freitas…

Nilton contra a Ponte Preta: diuréticos fatais
Nilton contra a Ponte Preta: diuréticos fatais

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