Uma historinha curta de Umberto Eco, lembrada pelo Nelson Moraes

Depois que o Jean-Jacques Annaud filmou O Nome da Rosa, foram perguntar ao Umberto Eco se ele tinha gostado da adaptação cinematográfica. “Você deve estar brincando”, ele respondeu. “Pegaram meu livro, cortaram dois terços dele, tiraram todas as discussões sobre Escolástica e centraram o enredo no crime do mosteiro e na iniciação sexual do noviço, além de colocarem um galã como o Sean Connery para interpretar William de Baskerville — que no livro era um monge baixinho e feioso — para assim chegar a milhões e espectadores no mundo todo, e você pergunta se eu gostei? Eu adorei!”

SPETT.UMBERTO ECO A NAPOLI(SUD FOTO SERGIO SIANO)

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  1. Não me lembro de William de Baskerville “baixinho e feioso”. Li O nome da rosa há uns 4 anos, um livro excelente que tomei emprestado e não sei por qual distração ainda não o tenho em minha biblioteca, e, a não ser que esteja muito enganado, William de Baskerville era esguio e com suaves ares aristocráticos, como o Sherlock Holmes do qual é um êmulo e homenagem. A citação das palavras do Eco me parece truncada.

  2. E é claro que a observação do Eco sobre a adaptação de seu livro é um sarcasmo. O filme é péssimo. Mas, juntando com a frase lapidar dele sobre a oligofrenia das redes sociais, reproduzida no post acima, os comentários no face do Nelson Moraes segue no diagnóstico.

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