A obra é do amigaço Carlos Latuff, como não seria? Obrigado.

A obra é do amigaço Carlos Latuff, como não seria? Obrigado.

Eu gosto de manter as 12 abas de meu Google Chrome organizadinhas… Elas sempre estão na ordem que segue: as 4 primeiras são as do Sul21 (post que está sendo trabalhado, capa, geração da capa, Sul21), depois vêm as dos blogs Milton Ribeiro e PQP Bach, PqpShare, Gmail, Feedly, Facebook, Gmail do PQP Bach e Google Calendar. Posso trabalhar com mais, mas estas 12 primeiras são fixas.
Só que frequentemente aparecia um xarope que, depois de meu horário de saída, esculhambava esta ordem de comprovada eficácia, apagando parte das abas ou todas. Então, coloquei um post-it no meu monitor ameaçando os invasores. Ele dizia: EU MATO QUEM APAGAR (EXCLUIR) AS ABAS DO GOOGLE CHROME!
Ontem, na minha ausência, meu pequeno post-it ganhou um desenho do Latuff. Ficou sensacional.
Por Harold Von Kursk | No Diário do Centro do Mundo | A escolha dos esquetes foi do blogueiro
Nos anos 70, a série Monty Python Flying Circus ofereceu uma visão distorcida e absurda sobre o estado das coisas e rapidamente tornou-se um clássico cult. Os Pythons elaboraram um fluxo de consciência que criou momentos inesquecíveis de êxtase cômico. Qualquer busca rápida no YouTube vai encontrar clipes sublimes de seus melhores esquetes — a Loja de Queijos, o Ministério das Caminhadas Idiotas, a Canção do Lenhador, o Papagaio Morto etc.
Os Pythons são deuses imortais do riso. Eles levaram o humor a um estado de arte da mesma maneira que Jackson Pollock evoluiu do “gotejamento” para o expressionismo abstrato. Monty Python tornou-se um ponto de referência cultural, da mesma forma que iconoclastas como RD Laing, Louis Althusser, Albert Camus, Ali Farka Touré, Nina Simone, Andy Warhol, Pete Seeger. Ainda estão na vanguarda da nossa consciência depois de se separarem. O Monty Python foi originalmente concebido como um ataque frontal completo ao que era então conhecido, naquela era, como o “establishment”.
Como Timothy Leary, o professor de Harvard que se tornou um guru do LSD e aconselhou as pessoas a “se ligar, sintonizar e cair fora”, a gangue Python convidou-nos a olhar para a sociedade moderna como uma espécie de gigantesco hospício onde é difícil explicar por que é que nós fazemos o que fazemos. Tudo com inteligência e sem a vontade primeira de ofender, praga de 99% dos comediantes de hoje, que escondem sua falta de talento atrás do politicamente incorreto.
Este mês, os cinco Pythons restantes – John Cleese, Eric Idle, Terry Jones, Michael Palin e Terry Gilliam – estão se reunindo no palco da O2 Arena, em Londres, realizando seus primeiros shows ao vivo em mais de 40 anos. As cinco apresentações iniciais lotaram. Eles tiveram de marcar mais cinco (15, 16, 18, 19 e 20 de julho). O show do dia 20 será transmitido ao vivo para mais de 400 cinemas.
Os Pythons estão até mesmo invocando o fantasma de Graham Chapman (o rei Arthur de “Em Busca do Santo Graal”) através da holografia e convidaram a atriz Carol Cleveland, veterana do programa de TV, para a briga.
Há algo esplendidamente original sobre a marca Python na comédia. Em vez de tornar-se advogados, banqueiros ou burgueses gordos, o bando formado em Cambridge (Cleese, Chapman e Idle) e Oxford (Jones e Palin) desenvolveu uma filosofia em quadrinhos não ortodoxa e irreverente. Terry Gilliam foi o último a se unir ao grupo, um artista gráfico americano que criou o famoso pé roxo que esmagava as coisas na telinha e cujas imagens pop / psicodélicas acrescentaram uma dimensão extra à série (Gilliam viria a se tornar um diretor de cinema conhecido por “Brasil” e “Medo e Delírio em Las Vegas”).
O “Monty Python Flying Circus” passou na BBC entre 1969 e 1974. Seu humor era era tão surreal para os padrões normalmente sisudos que foi quase um milagre que eles atingissem um público de massa.
Os Pythons estavam à frente de seu tempo e ainda hoje o seu humor ressoa. Ninguém foi capaz de imitar ou capturar seu brilho. O Saturday Night Live chegou mais perto durante os anos dourados com Dan Aykroyd, John Belushi, Gilda Radner, Eddie Murphy e Bill Murray, mas não alçava vôos nas mesmas alturas.
O Monty Python capturou a desumanidade e a indecência da sociedade moderna. Odiavam a burocracia, a intolerância, o conformismo, o conservadorismo, a pompa, e o rolo compressor estéril de uma sociedade ocidental decadente que atropelava os valores humanos em prol do expansionismo corporativo. Em sua incursão no cinema, os Pythons amplificaram suas paródias macabras.
Quem pode esquecer quando o rei Arthur e seus seguidores se aproximam de um castelo para ser insultados, atormentados e perseguidos por guardas franceses arrogantes no filme “Em Busca do Santo Graal”? Pode haver algo mais insano do que a idéia de uma turma de cavaleiros gays desonestos e gigantes que habitam a floresta e que dizem “Ni”?
“A Vida de Brian”, que em seu lançamento foi denunciado por direitistas e teólogos, na verdade apresentou um retrato bastante preciso dos movimentos políticos da época. O filme segue um personagem fictício infeliz chamado Brian, que nasceu ao mesmo tempo em que Jesus e está, inadvertidamente, destinado a ser o messias. Recentemente, o Reverendo Professor Burridge, decano do King’s College de Londres, a quem o papa Francisco deu um prêmio por seus estudos, declarou que “a representação de movimentos messiânicos no filme, na Judeia do século I, ofereceu provavelmente um retrato mais preciso do contexto histórico do que muitos filmes de Hollywood sobre Jesus “.
Quem mais poderia encerrar o filme num clímax em que os revolucionários crucificados cantam e pedem para “sempre olhar para o lado mais alegre da vida?”
O mundo ama o Monty Python, tanto por sua capacidade de desafiar formas ortodoxas de pensar e de se comportar como por sua capacidade inigualável para celebrar as contradições fundamentais da existência. Com precisão cirúrgica, eles continuaram martelando nossos ossos até vermos como boa parte do que aceitamos como normal diariamente é de fato lixo absoluto.
Ao vivo, o Monty Python representa seus números clássicos com ajuda de telões e outros recursos modernos. Cantam e dançam. Está lá até o jogo de futebol de filósofos. A rigor, não há novidade. Mas essa é a sabedoria da trupe. Quem vai aos shows dos Rolling Stones esperando ouvir as canções do novo disco está no lugar errado. “O nosso grande problema agora é que a plateia conhece os scripts muito melhor do que nós”, disse John Cleese. No dia 20, o Monty Python estará definitivamente morto. Enterrado. Terá deixado de existir. Longa vida ao Monty Python.

Os telespectadores da — adivinho — maravilhosa novela chamada Meu Pedacinho de Chão (ou seria Meu Pedacinho de Seio?) vêm movimentando as redes sociais nas últimas horas. No capítulo de segunda-feira (30) da novela das seis da Rede Globo, a professora Juliana, interpretada pela atriz Bruna Linzmeyer, abusou do decote e mostrou algo chocante, aquilo que parece ser parte de sua aréola direita.
Os admiradores da Mulata Globeleza ficaram ruborizados, certamente.

Do R7
Na tarde de sexta-feira (13), a Fonte Nova, em Salvador, recebeu um dos jogos mais esperados da primeira fase da Copa do Mundo: Espanha x Holanda. A partida terminou uma inacreditável goleada de 5 a 1 para Robben e cia, e com muitos torcedores lamentando por não ter presenciado essa grande partida.
Porém, ninguém lamentou tanto quanto o casal Orin e Melissa van Lingen. Os dois tinham ingressos para o duelo, mas uma confusão na agência de turismo fez com que eles fossem parar em El Salvador em vez de desembarcar na capital baiana.
— Partimos do pressuposto de que haveria alguma escala, mas quando chegamos no aeroporto, não teve outros voos, afirmou Melissa em entrevista Sunday Territorian.
O casal economizava dinheiro para a viagem desde o casamento em julho do ano passado e sonhava com esse momento desde a Eurocopa de 2008.
De acordo com Melissa, o momento mais difícil foi ver a cara do marido, que estava com “ o coração partido” por ter perdido o jogo.
Os dois ainda aguardam ajuda da agência de viagem, que promete reembolsar o prejuízo e conseguir colocá-los em um voo para o Brasil em breve.
Em versão ultra-light, certamente hipócrita e insincera de tão light, o autor deste blog aparece tranquilamente dando migalhas de pão para os pássaros, peixinhos e tartarugas do Parque da Redenção, em fotos de Elena Romanov. Nas fotos, como alguns sabem, não está presente todo o ambiente envolvido, tal como, por exemplo, o calor senegalês de nossa cidade. Senti-me como a Carlota do Werther de Goethe, dando pão com manteiga às criancinhas, esperando retribuição nenhuma. É minha postagem de Natal, gente!
Ao final da tarde, o autor do blog voltara à normalidade.
Que todos se embebedem pelo Menino Jesus!
Tudo foi perfeito na festa de aniversário da Nikelen Witter, em Santa Maria, para onde fomos no fim-de-semana. Boas conversas, gentilezas e nem vou entrar nos temas gastronômicos. Acho que basta dizer que ganhei 1,3 Kg em dois dias.
Mas houve um momento de choque. Foi quando entramos para tomar o café da manhã no Hotel Itaimbé ou, de forma mais real e pernóstica, no Itaimbé Palace Hotel. A primeira coisa que vimos foi um enorme mural com ninfas de Botticelli tão bombadas quanto as nadadoras da ex-Alemanha Oriental. Uma delas, talvez a famosa Kornelia Ender, curiosamente pilotava uma bicicleta.
Devido aos faltos trajes da moça, pensei no papel que o selim pudesse ter, mas deixa pra lá. Rindo muito, a querida Elena Romanov quis sentar de costas para a telona. Mas este fotógrafo não perdoou e registrou o fato com alegria. Vejam a moldura, a beleza botticeliana de minha fotografia.
E estava se divertindo à beça com as bobagens que eu dizia. Elena é violinista e, casualmente, aparecia um de cartola, bem a seu lado.
Porém, quando a avisei do moço que tocava de cartola sobre seu ombro esquerdo, a expressão que ela apresentou não foi assim tão feliz.

A piada ontem no Sul21 era a de que eu faria a cobertura da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) entre os dias 23 e 28 de julho. Sim, aquele mesmo que promoverá o encontro de jovens de todo o mundo com o Papa Francisco. Seria um repórter gonzo, participando intensamente e até dividiria o quarto com um bispo. Mas não correria risco nenhum porque não sou mais garotinho. Como sou um coroa pra lá dos 50 anos e não sou muito alto, seria chamado de O Repórter Coroinha. Quero tanto conviver com os peregrinos, participar das vigílias, conhecer as católicas mais fervorosas…
Existem diversos pacotes disponíveis, mas o que eu quero mesmo é um kit peregrino “com diversos acessórios inéditos e exclusivos que auxiliarão em sua peregrinação e ficarão de recordação”. Como posso seguir vivendo sem um? No link acima, há também propostas de hospedagem até o dia 30 de JUNHO. Esses católicos são perturbados, né? Tanta fidelidade, casamento e virgindade confunde até o passar do tempo.
O que me interessa é fazer a reportagem gonzo deste verdadeiro sonho do coração de Deus. Na boa, estou preparado e de coração aberto para as maravilhas que Deus tem reservadas para cada um de nós. Para mim, principalmente.
Mas também vou protestar. Afinal, querem canonizar Pio XII ao arrepio da Lei Divina. Este Papa só fez um (1) milagre — um tumorzinho que sumiu numa beata — , não dois (2) dos grandes como manda a lei. Até aceitaria a canonização se o Grêmio ganhasse um campeonato em 2013, mas para sabermos teríamos que esperar até o fim do ano. Se bem que até setembro já saberemos, creio.
Um outro milagre de Pio XII pode ter sido realizado ao final da 2ª Guerra Mundial. Instado pelos aliados a fazê-lo, o Papa Pio XII negou-se a condenar as atrocidades praticadas pelos nazistas contra judeus, acentuando o número de mortes. É um milagre! Vou propor. Quero ir!
