Beira-Rio — 55 anos

Beira-Rio — 55 anos

Há 55 anos, no dia 6 de abril de 1969, eu estava na inauguração do Beira-Rio. Inter 2 x 1 Benfica, gols de Claudiomiro (foto), Eusébio (Benfica) e Gilson Porto. Eu tinha 11 anos.

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Registros fotográficos familiares da época da construção do Beira-Rio

Registros fotográficos familiares da época da construção do Beira-Rio


Milton Nerd dentro do Beira-Rio em construção em setembro de 1968 (eu tinha 11 anos). A época era de ditadura, mas os óculos são do Realismo Socialista.


Eu e minha irmã …


E meu pai, falecido em 1993 e que infelizmente não pode ver Campeão do Mundo o clube que me inoculou com tanta competência.


Orgulho após impedir o octacampeonato do Grêmio (foto de janeiro de 1970, 12 anos)

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4 drops aleatórios de 5 de outubro

4 drops aleatórios de 5 de outubro

Se construírem aquelas torres ao lado do Beira-Rio, gostaria de ver a torcida invadir sem violência a torre que tivesse bandeiras do Grêmio. Isso me divertiria.

Por quê? Ora, pelas manchetes da RBS. O fato uniria duas coisas que eles detestam: ocupações e Inter.

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Dois dos autores mais citados por Karl Marx em todos os seus escritos são Miguel de Cervantes e William Shakespeare. Menos difundido, mas igualmente conhecido, é que ele falava quase todas as línguas europeias, que relia os clássicos gregos com gosto (uma vez por ano ele lia Ésquilo no grego original) e que recitava longas passagens de memória para sua família e amigos de A Divina Comédia, bem como versos de Heine e Goethe. Fora do alemão, seus favoritos eram o poeta escocês Robert Burns, Walter Scott e Honoré de Balzac. Certa vez, ele escreveu que, terminada sua obra econômica, escreveria uma obra crítica sobre A Comédia Humana. Sua filha mais nova, Eleanor, diz: “Para mim e minhas irmãs, ele lia o Homero inteiro, todo o Nibelungen, Dom Quixote, As Mil e Uma Noites , etc. Mas Shakespeare era a Bíblia de nosso lar, sempre na boca de alguém e nas mãos de todos. Quando eu tinha seis anos, sabia de cor todas as cenas de Shakespeare”.

Por Mario Goloboff, no Página 12

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Se a questão é tentar acertar o Nobel de Literatura de 2021 a ser anunciado quinta-feira pela manhã, o cara que fede a prêmios é Mia Couto. A russa Liudmila Ulítskaia pode vencer e a francesa Ernaux tb. Mas acho que ganhará alguém obscuro, como tantas vezes.

Ou Joni Mitchell, já que premiaram Dylan…

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Eu lembro que jamais ia nas palestras matinais da FLIP de Paraty em razão das cachaças ingeridas na noite anterior. Só voltava a funcionar ao meio-dia. E meio mal.

 

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Bom dia, Aguirre ou Futebol, futebol e (pouco) futebol

Bom dia, Aguirre ou Futebol, futebol e (pouco) futebol

O Inter venceu ontem à noite o Fluminense por 4 x 2, placar que não espelha a dificuldade do jogo, que estava 2 x 2 aos 90 minutos e que ficou 4 x 2 aos 93 e 95. Meio envergonhado com os olhares, o Inter está amamentando um recém-nascido espírito vencedor — o qual ontem não se abateu com o gol de empate do Flu aos 38 do segundo tempo.

Só os bons: Edenílson Cuesta e Bruno Méndez | Foto: Ricardo Duarte / SC Internacional

Aguirre também está conseguindo que o time não pare de criar chances de gol. Antes criávamos e desperdiçávamos, agora criamos e fazemos. Durante a época de desenfreado despilfarro, a sombra do Z-4 aproximou-se e eu tinha receio de que o time desanimasse de vez. (Sabemos que os times grandes que caem passam por esta fase de nervosismo, perdendo gols incríveis a cada jogo). Mas o fato é que fizemos 8 gols  contra 2 times nada ruins.

Deste modo, Aguirre e o departamento de futebol tiveram o mérito de umedecer o chão, fazendo a poeira baixar, de acalmar os ânimos de quem estava deslumbrado com a janela de transferências e de deixar o grupo respirar. Tenho certeza de que em nosso sorriso de hoje há boa dose de alívio.

Cuesta voltou a fazer seu jogo de grandes acertos e algumas falhas. Dourado e Lindoso estão cobrindo direitinho os avanços do argentino — que ontem deu os passes para os dois gols de Edenílson. (Aliás, Ed jogou demais ontem e já é um dos goleadores do Covidão 2021). Yuri se encontrou. Taison começa e voar. Bruno Méndez é um verdadeiro achado. Daniel é outro acerto. Só Moisés e Patrick não conseguem acompanhar os outros. Por que tu não escalas Paulo Victor no lugar do Moisés, Aguirre?

E afastaram o Galhardo. Bom jogador, só que um baita de um chato, basta olhar pra cara dele para saber que adora azucrinar.

Estamos com 21 pontos em 16 jogos. É uma campanha fraca (44% de aproveitamento), mas é ascendente.

E la nave va. Ainda não sabemos claramente para onde vai, só que não é para o Z-4.

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Há exatos 15 anos, eu, meu filho Bernardo e o amigo Milton Saad fomos juntos ao Beira-rio. Tinha chovido durante o dia, mas parou de chover ali pelas 17h, enquanto nos deslocávamos para o estádio a fim de ver o Inter ganhar nosso primeira Libertadores. Ficamos horas na fila, mas como valeu a pena!

Dois causos daquele dia:

~ 1 ~

Meu sobrinho Filipe — na época um adulto de 22 anos e que assistia o jogo em outro local do estádio — não suporta a tensão e resolve “ver” o final da partida fechado no banheiro. Entra no malcheiroso recinto com o rádio a todo volume. Como consequência, vê saírem das privadas e de todos os cantos pessoas gritando para ele desligar aquela porcaria. O banheiro estava lotado.

— Aqui ninguém ouve rádio, caralho! Se quiser ficar com a gente, desliga!

Filipe desligou. Todos ouviam o som do estádio, esperando os gritos da comemoração do título. Sim, é uma espécie de seita da qual ignoramos a existência. Eles ficaram ali parados, os nervos à flor da pele, aspirando à vitória e a inolvidável fragrância de um banheiro masculino de estádio de futebol. (Nada como saber usar crases).

~ 2 ~

Eu pergunto para o Bernardo, no finalzinho do jogo.

— Dado, quantos minutos?

Ele consulta o relógio.

— 42.

Depois de meia hora e de uns duzentos ataques do São Paulo, pergunto novamente:

— Dado, quantos minutos?

Ele consulta o relógio.

— 43.

— Não pode, merda! Tu não sabe nem controlar o tempo, bosta!

(Como se mede o “tempo emocional”?).

15 anos. Saudades daquele dia.

Sim, Tinga fez este gol bem na minha frente

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O Grêmio está louco para cair. Dei gargalhadas com a entrevista de Felipão após a partida. Segundo o mestre, o Grêmio tinha perdido porque não se esforçava nem cometia faltas nos momentos fundamentais. Interessante. Ele vive nos anos 90.

Fico feliz de ter previsto as dificuldades tricolores. Quem lê minhas bobagens, sabe que eu escrevi que Geromel, Rafinha, Diego Souza e Maicon completariam 36 anos neste segundo semestre e não aguentariam as exigências físicas do Brasileiro. O Grêmio conseguiu substituir bem Rafinha, mas Diego e Maicon sumiram e Geromel está Geromal.

É claro que nós desejamos a terceira queda, só que esse Campaz que eles contrataram é muito bom e pode acertar o time e enterrar de vez Jean Pyerre — o bom jogador que parece não querer jogar. Acho que, para livrarem-se do Z-4, eles precisarão ganhar mais ou menos a metade dos pontos que disputarão a partir de agora. É simples, mas sabemos como é. Quando estamos mal, até peido descadeira.

O Inter estava caindo e reagiu. Eles deram uma broxada violenta, daquelas que o cara até para de se mexer. Que permaneçam assim.

Quem tem medo de Felipão? | Foto: Sergio Barzaghi / Gazeta Press

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Bom dia, Miguel Ángel Ramírez (com os lances de Inter 0 x 0 Always Ready)

Bom dia, Miguel Ángel Ramírez (com os lances de Inter 0 x 0 Always Ready)
É, Taison, pensa que é mole? | Foto: Ricardo Duarte / SC Internacional

Não sei é ele o cara certo para isso, mas a mudança que Miguel Ángel Ramírez está tentando implantar é necessária. Esta é apenas a MINHA opinião. Sim, sei, não é muita coisa.

Eu preferia ser mais jovem, só que realmente vim de outra época e não suporto ver meu time medroso, reativo, jogando por uma bola, como fazíamos desde Argel até Abel. Marcávamos um gol e corríamos para “fechar a casinha”, ganhando por diferença mínima ou deixando o adversário empatar ou virar ao chamá-lo para o nosso campo. E gosto de futebol, não somente de resultados.

MAR não me parece ser o cara para isso, mas está tentando. Não ganhamos o Brasileiro por vários pontos perdidos ao longo do campeonato, mas os mais claros foram aqueles não ganhos contra o Corinthians, quando vimos um time acostumado a se fechar sendo obrigado a atacar pela proposta de jogo do adversário. Lembram? Quase perdemos o jogo no primeiro tempo. E o que estávamos decidindo era uma taça que não vemos há 41 anos. Agora são 42.

O Corinthians não é muito melhor do que o Always Ready. Nem o Sport é.

O problema maior não é a intenção de Alessandro Barcellos de bancar a ruptura — acho que isto é correto –, mas sim a falta de dinheiro. Lomba e outras ruindades deveriam estar longe do Beira-Rio, só que não conseguimos contratar chegando aos outros clubes com o pires na mão. Também os jovens estão vindo MUITO mal formados. Peglow, Caio, Johnny, Roberto, Zé Gabriel e outros não respondem, deixando jogadores de postura duvidosa, como Edenílson, Dourado e Galhardo, surfando em suas titularidades.

O caminho será um longo e difícil e espero que Barcellos não recue. É claro que eu chamaria Bielsa ou Guardiola e contrataria um monte de caras bons, mas nego-me a pedir cabeças quando é impossível contratar e mesmo dispensar — pois dispensar também é caro.

Acho que o período que vem pela frente não nos levará à segunda divisão, só que, concordo, finalizar 20 vezes e perder 5 gols cara a cara num joguinho contra o Ready é para irritar mesmo. E quem toma na cabeça, no Brasil, é o técnico, não o Galhardo e outros.

Agora o Inter vai jogar só contra nordestinos: Sport (C), Vitória (F), Fortaleza (F), Vitória (C) e Bahia (F).

Se não aprender a jogar, talvez aprenda a votar.

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Bom dia, Miguel Ángel (com os lances de Inter 2 x 0 Caxias)

Bom dia, Miguel Ángel (com os lances de Inter 2 x 0 Caxias)
Edenílson: ontem teve gol de craque | Foto Ricardo Duarte / SC Internacional

Miguel Ángel Ramírez está fazendo testes bem interessantes. Ontem, ficou claro que ele não está muito preocupado com o placar, que quer mais a assimilação dos novos conceitos. Por exemplo, ontem tirou Guerrero e colocou Galhardo e Maurício, nada de Yuri. (Maurício entrou muito bem). Miguel Ángel está seguindo um planejamento que não é claro para nós, mas que já pode ser auscultado.

O time mudou muito em pouco tempo. Agora jogamos com dois pontas bem abertos, os laterais avançam preferencialmente pelo meio, o time chega tocando bola com os jogadores muito próximos um do outro e com um ou dois afastados, todos pedem a bola e a recuperação da mesma é tentada onde ela foi perdida. Mais: a saída de bola é feita pelos dois zagueiros e mais o volante, mas quem sai para o ataque não é necessariamente o volante. Muitas vezes quem saiu foi Lucas ou Zé Gabriel. As viradas de jogo — fundamentais do esquema — também foram raras.

É o tal jogo de posição em que a posse de bola é fundamental.

Eu estou gostando, apesar de que criamos e chutamos muito pouco e nada, por exemplo, de fora da área. A falta dos chutes de longe pode ser justificada pela incrível retranca do Caxias. Nossos zagueiros iam até a intermediária adversária, demonstrando o absoluto encolhimento do pessoal da Serra. Não havia espaços, mas sou torcedor e sempre quero mais. E, insisto, criamos pouco.

É um início promissor que apresenta ainda muitos erros. Acho que se houver calma da torcida e pouca RBS vai dar certo.

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Boa tarde, Coudet (com os gols de Inter 2 x 2 Flamengo)

Boa tarde, Coudet (com os gols de Inter 2 x 2 Flamengo)

Paulo Cobos escreveu:

Escrevo esse texto minutos depois de Internacional e Flamengo fazerem o jogo do ano. E faço isso sem olhar as estatísticas. Não importa posse de bola, finalizações, etc. Elas podem até traduzir o que aconteceu no Beira Rio (ou não).

Mas o que importa é a aula de futebol que dois técnicos estrangeiros deram para seus colegas brasileiros.

Aleluia! Marcos Guilherme jogou bem! | Foto: Ricardo Duarte / SC Internacional

O VT do empate de 2 a 2 deveria ser aula obrigatória para todos os treinadores nacionais. Se pelo menos um terço de todos os jogos realizados no Brasil fossem como este muito mais gente gostaria de futebol.

E não é por que foi um jogo em que todo mundo atacou. Coudet, com um elenco muito mais modesto, mostrou que é muito mais completo que Jorge Sampaoli. Seu Internacional sabe atacar, e defender (nesse ponto o Atlético-MG é bem fraco).

O espanhol Domènec Torrent mostrou de novo que tem personalidade. Não faz mal que ele herdou a máquina mais azeitada do futebol brasileiro. Seu Flamengo promete ser tão bom quanto o de Jorge Jesus.

Que sonho se todo domingo de futebol brasileiro fosse assim.

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Pois é. E a gente reclama das entradas de Pottker, Musto e Moisés… E talvez tenhamos razão, pois são umas nabas. Só que Rodrigo Caetano afirmou ontem, com ar de defunto, que é quase certo que o Inter atrasará os salários de outubro. Nas trocas, tínhamos que colocar Johnny, Leo Borges, Praxedes, Nonato, Peglow… Nunca os coitados que entraram ontem. E mais, hoje não era jogo para D’Alessandro entrar. A partida necessitava de força e nosso velhinho não conseguiu acompanhar.

Bem, quanto mais leio críticas a jogadores do Inter mais valorizo o trabalho de Coudet. Quase no final do 1º turno (18 jogos), ainda somos líderes.

Foi um mesmo um jogão. O time titular do Inter realmente sabe o que faz, mas quando entram os reservas escolhidos por Coudet parece o fim do mundo. Jogamos bem e deveríamos contratar, mas não há como. Os jogos da semana são fora de casa e viáveis de vencer. Resta saber como reduzir os danos de tantos jogos com um grupo tão reduzido.

Importante dizer que — além das habituais boas atuações dos conformados — Heitor, Abel e Marcos Guilherme jogaram muito bem, com destaque para o primeiro.

Sempre às 19h e fora de casa, pegaremos o Atlético-GO e o Corinthians — nunca esqueçamos dos árbitros que amam o Coringão — na quarta e sábado. É semana de jogar fora e de ver como Coudet irá usar o pequeno grupo do qual dispõe. Mas o homem é um baita técnico.

Fizemos um grande primeiro tempo. Eles tiveram melhor a bola no segundo. Muitas situações pelos dois lados. Com um rival desta hierarquia, necessitava concretizar as chances. É um rival com muito talento, é um timaço. Tivemos que mudar à medida do jogo. Trocamos a estratégia. Repito: não temos a sorte de contar com jogadores das mesmas características de quem inicia. Sabemos nossas limitações, mas que podemos dar um pouco mais. Temos feito um grande torneio. Não é fácil somar 35 pontos. É difícil falar agora. Estamos com a dor de escapar dois pontos no final, mas reconhecer que o Flamengo tem um grande time, com jogadores de muita qualidade. Quando troca, segue entrando jogadores muito bons. Os dois queriam os três pontos“.

Eduardo Coudet

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Bom dia, Coudet (com os lances de Inter 2 x 0 Vasco)

Bom dia, Coudet (com os lances de Inter 2 x 0 Vasco)

No último domingo, vencemos o Vasco por 2 x 0. Vencemos um time que não ganhava há sete rodadas e que nem tinha treinador efetivado. Vencemos podendo assumir a liderança e estreávamos um novo uniforme. Foi deste modo que Coudet rasgou o Estatuto do clube. E, vajem bem, somos líderes jogando com as nabas Rodinei, Uendel, Lindoso e Marcos Guilherme. Uma coisa de louco, considerando-se nosso histórico.

“Não faço intencionalmente, é minha maneira de sentir o futebol, fazer parte do grupo, tirar o melhor de cada jogador. Infelizmente, eles (jogadores) têm que me aguentar, como aguentaram os outros grupos que dirigi. Sou intenso, insuportável, mas quero o melhor para eles”, disse Coudet na coletiva pós-jogo.

Galhardo parece não saber errar pênaltis | Foto: Ricardo Duarte / SC Internacional

Fizemos um belo primeiro tempo, abrimos 2 x 0 e tivemos um segundo tempo “de Minelli” — só para garantir o resultado, mas sem dar chances ao adversário. Não apertamos o ritmo pensando no jogo de quinta-feira, quando precisamos de um empate para nos classificarmos na segunda colocação do Grupo E da Libertadores. O adversário é a Universidade Católica, em Santiago do Chile. E domingo teremos o jogo contra o vice-líder e favorito para levar o Covidão 2020, o atual campeão Flamengo. Não vai ser fácil.

Mas estamos bem e alcançamos tudo isso tendo o fraquíssimo Marcelo Medeiros na presidência e um departamento de futebol desestruturado pela recente saída do diretor Alessandro Barcellos.

Tomara que os candidatos à presidência do clube — haverá eleições em dezembro — tenham a lucidez de dar continuidade ao trabalho do Coudet.

Aliás, teremos dez dias agitados pela frente.

Na quinta-feira, como disse, definiremos a classificação à próxima fase da Libertadores contra o já eliminado Universidad. A vaga está praticamente garantida. O desastre teria que passar por derrota no Chile, combinada com uma goleada do América sobre o Grêmio em Canoas. Sempre esperamos o pior do tricolor e raramente nos decepcionamos.

Na volta, o time nem terá tempo de treinar. Enfrentaremos o Flamengo em um confronto que vale a liderança do Brasileirão.

Para completar, passados os dias de Libertadores e Brasileirão, o Inter tem um terceiro campeonato. Vai na quarta-feira seguinte a Goiânia para o início dos jogos em mata-mata contra o Atlético Goianiense, pelas oitavas da Copa do Brasil. É jogo para seguir seguir sonhando e mais: há uma cota generosa envolvida. Pensem na crise…

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Boa noite, Coudet (com os principais lances de Inter 2 x 1 Athlético-PR)

Boa noite, Coudet (com os principais lances de Inter 2 x 1 Athlético-PR)

O jogo de ontem do Inter foi um sufoco. Saímos de um primeiro tempo fácil a um dramalhão no final.  O fraco Athlético-PR nos deu a maior pressão no fim. Teve travessão e milagres.

Parabéns ao Lomba, nosso goleiro, que garantiu a vitória à base de grandes defesas nos descontos e antes. Parabéns ao Heitor, que está mostrando futebol para substituir Saravia e para impedir que Rodinei nos torture em campo. Espero que a lesão que o tirou do time no intervalo não seja grave. E parabéns ao ultra efetivo Thiago Galhardo.

Entramos com os poucos jogadores que tínhamos disponíveis e, quando fomos obrigamos a mexer, vejam só, Coudet chamou do banco o pior jogador da América Latina, William Pottker. Mas quais eram as alternativas?

Com Peglow, Johnny, Nonato, Edenílson e Dourado fora de jogo, quem poderia entrar?

Inacreditavelmente, vencemos um jogo que terminamos com Rodinei, Moisés, Lindoso, Musto, Pottker e Marcos Guilherme em campo. 6 indiscutíveis nabas!

Faltam dois aí.

Musto é um capítulo à parte. Além dos cartões, errou todas ontem. Na primeira participação, fez falta na entrada da área… Coudet poderia ter colocado Zé Gabriel mais à frente e colocado Moledo, não? Mas Musto é, inexplicavelmente, bruxo do homem.

Já Yuri voltou a mostrar qualidades. Ele e Peglow poderiam deixar Pottker mais longe das quatro linhas, não?

O próximo jogo é na quarta-feira, às 21h30min, na Ilha do Retiro, contra o Sport.

Apenas para controle, deixo aqui a escalação do Inter de ontem: Lomba, Heitor (Rodinei), Zé Gabriel, Cuesta e Moisés: Lindoso, Praxedes (Musto), Marcos Guilherme e Patrick (Yuri Alberto); Thiago Galhardo (Pottker) e Abel Hernández (D’Alessandro).

O Inter é terceiro por aproveitamento no Covidão 2020 e o Grêmio de Renato, o qual prometia estar entre os primeiros colocados na 15ª rodada, está em 12º pelo mesmo critério. Lembram de sua declaração após a 5ª rodada?

Renato: o bolsomínion bom de previsão…

Muita gente fala mal do Coudet e tem saudades do Odair, mas…

Inter 2019 vs Inter 2020

15 rodadas de Brasileirão:
(2019 – 2020)

Aproveitamento: 53.3% – 62.2%
Gols pró: 17 – 21
Gols sofridos: 12 – 10
Chances de gol criadas: 19 – 29
Conversão de chances: 42% – 52%
Chutes p/ marcar: 9,0 – 5,7
Chutes sofridos: 137 – 101
Chances de gol cedidas: 23 – 13

Fica, Coudet!

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Bom dia, Coudet (com os lances daquilo de ontem)

Bom dia, Coudet (com os lances daquilo de ontem)

Meu caro Coudet. Acho que tu tens boas ideias e gostaria que permanecesses no clube, mas as boas ideias têm de ser acompanhadas de bons resultado. Se não for assim, o treinador dança. Estamos no Brasil e aqui os ignorantes parecem ter calma só com o governo. O romantismo da agressão vale apenas para o futebol, de resto, somos uma comunidade pacífica de indignados, como escreveu o grande Miguel Torga.

Foto: Ricardo Duarte | SC Internacional

O fato é que, apesar da segunda colocação no Brasileiro e da liderança na Libertadores, tu estás nocauteado pelos fatos e o que tens feito não te ajuda em nada. E tem Gre-Nal no próximo sábado, depois do jogo contra o América em Cali pela Libertadores.

Sim, tens pouco time, mas escalar Musto e Lindoso juntos… Insistir com Marcos Guilherme… Colocar Moisés em campo… Às vezes, tu escalas Rodinei… E, pior, insistes com o tal do Zé Gabriel…

Só falta tu entrares com Musto, Zé Gabriel e Marcos Guilherme em Cali.

Sim, há uma campanha para te derrubar. Ela parte da imprensa e de uma boa fatia da torcida. Virá um merda para o teu lugar, claro. Depois eles colocam a culpa no Guerrinha (outro incompetente) e nos diretores. Lembro do que foi feito com o Aguirre, lembro das consequências. Tudo começou naquele 5 x 0 e acabou na Série B. Mas a maioria é burra e não liga fatos.

Os dirigentes também são péssimos. Tu tens um presidente que está fechando 4 anos de gestão sem nenhum título. Nem Gauchão ele conseguiu! Marcelo Medeiros é patético. Tinhas um cara razoável do teu lado — Alessandro Barcellos –, mas o presidente não suportou ficar ao lado de quem será candidato a presidente, mesmo que ele não possa mais ser reeleito graças a deus.

Agora, leio que Dale não viajou para Cali por problemas particulares. Sei… Entendi… Num time que conta com um presidente tão fraco e ainda bolsonarista tudo pode acontecer, né? Vai ver o gringo foi franco.

E assim vamos em queda livre.

Faça algo pela vida, Coudet. Tens pouco tempo!

E aprenda:

(1) Com bons resultados, com treinador e grupo fechados, a direção não consegue demitir.

(2) Vocês são profissionais, é diferente, mas saiba que colorados mesmo só na torcida… Hoje, na gestão do clube, só temos gente interessada em dinheiro e manutenção de poder.

Boa sorte na terça!

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Bom dia, Coudet (com os melhores lances da mais nova derrota para o Grêmio)

Bom dia, Coudet (com os melhores lances da mais nova derrota para o Grêmio)

Coudet, mesmo considerando que perdemos os atacantes Guerrero, Yuri, Peglow e Pottker (esse não faz falta), mesmo considerando que Edenílson e Moisés (esse também não faz falta) estão suspensos, mesmo considerando que Patrick e Uendel (por incrível que pareça, esse fez falta!) foram problemas de última hora, teu time foi mal escalado.

Desde a tua chegada, Lindoso jamais conseguiu fazer aquela função central no trio que fica atrás dos dois atacantes. Praxedes e Nonato seriam melhores tentativas. Nem vou falar em Johnny mais atrás. Também escalar Marcos Guilherme foi um erro. Não sei quem poderia ter entrado em seu lugar no começo do jogo, pois estamos com poucos atacantes. Talvez um cara mais defensivo, sei lá. Porque o cara driblador, que vence a marcação, esse não temos MESMO.

Como se não bastasse, eu e as redes sociais que comentavam o jogo estavam achando que o Grêmio estava subindo de produção e que tu deverias ter mudado o time, colocando D`Alessandro desde os 20 do segundo tempo. Muita gente — inclusive eu — estava berrando, pedindo a entrada do gringo. Aí o Grêmio marcou e tu fizeste o que deverias ter feito antes. No desespero, tudo ficou mais complicado, mas mesmo assim perdemos gols com Musto e Galhardo. E o que é aquele Leandro Fernández? É o novo Pottker?

Último gol do Inter no Grêmio.

Nossa situação no Grupo E da Libertadores complicou. Temos duas partidas FORA DE CASA contra os ressuscitados América e Universidade Católica, o Grêmio tem os mesmos jogos, mas em casa. Esperar ajuda do tricolor? Tá louco, né? Inter (saldo 3) e Grêmio (1) têm 7 pontos, América (-2) e La U (-2) têm 4. Como os parênteses mostram, temos melhor saldo, mas isto foi conquistado faz tempo, agora só temos obtido escores apertados.

Sim, complicou. Seria bem constrangedor cair fora da Libertadores na primeira fase, não? Vamos ter que segurar a onda fora do Beira-Rio. Terça-feira que vem teremos o América em Cali, às 21h30. E, infelizmente, não temos outro time.

Mas o pior é que entramos sempre medrosos em campo nos Gre-Nais. Somos um time disponível, dócil. O número de passes errados é algo de abobar. Ontem, nossas saídas de bola eram sempre na base de um chutão do Cuesta. Não parece haver aproximação nem ângulos para passes. Ingênuo, pensei que a ideia era a de jogar com a bola no chão e não a de entregá-la para o cabeceio da zaga adversária. E isso se acentua quando vemos o Grêmio na nossa frente.

E o Jussa, Coudet? O que é aquilo? E o Lomba anda esquisito, não achas?

Bem, nosso próximo jogo é pelo Covidão, sábado, às 19h, contra o São Paulo, no Beira-Rio. Nem imagino quem irás escalar. Tanto a recuperação no Brasileiro quanto um um bom resultado em Cali são urgências.

Te vira, meu.

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Bom dia, Coudet (com os lances de Inter 4 x 3 América de Cali)

Bom dia, Coudet (com os lances de Inter 4 x 3 América de Cali)

Quando Uendel deu dois belos passes para os primeiros gols do Inter, deu para sentir que teríamos uma noite estranha pela frente. Eram menos de 20 min e já estava 2 x 0 (Hernández e Boschilia) contra o América de Cali. Jogávamos muito bem até que Zé Gabriel resolveu dar dois gols de presente para os colombianos. Recebendo um lançamento óbvio e sem ser acompanhado pelo jovem zagueiro do Inter, Vergara fez 2 x 1. Mas o jogo era todo do Inter e logo Hernández fez o terceiro, o segundo dele.

Hernández faz o terceiro, mas nada de tranquilidade | Foto: Ricardo Duarte / SC Internacional

Era um jogo tranquilo. 3 x 1 no primeiro tempo com ampla superioridade. Só que não contávamos com novo desligamento colorado. O time simplesmente parou… Aos 3 min do segundo tempo, Zé Gabriel deu novo presente ao errar um passe na saída de bola, permitindo um contra-ataque fulminante do América. Gol de Ramos, 3 x 2.

E seguimos meio parados, tentando adormecer sobre aquele instável 3 x 2. Mas haveria mais emoção. Moreno empatou o jogo aos 32. O jogo ficou tão difícil que o América era quem pressionava e ameaçava virar. Já imaginaram? De 3 x 1 para 3 x 4?

Com o jogo empatado, Coudet tacou D’Alessandro no lugar de Lindoso. E foi dali — dele, de Dale — que surgiu nosso gol da vitória em jogada finalizada por Boschilia. Para nosso gáudio, o camisa 21 chutou de fora da área, a bola desviou na zaga e tomou endereço não previsto pelo bom goleiro Chaux. 4 x 3 e mais três pontos.

Parece mentira, né, Boschilia? | Foto: Ricardo Duarte / SC Internacional

Para completar o Nirvana, o Grêmio perdeu por 2 x 0 de La U, porém tudo isso certamente está dentro dos cálculos do infalível Renato Gaúcho.

Agora somos líderes do Grupo E da Libertadores  com 7 pontos e saldo +4. O Grêmio está em segundo com 4 pontos e saldo 0. Seguem América e La U, ambos com 3 pontos e saldo -2. A próxima rodada será no dia 23 (quarta-feira) às 21h30: América x La U em Cali e Inter x Grêmio no Beira-Rio.

Mas ficam sempre as perguntas:

— Por que o Inter desliga?
— Por que tantas falhas defensivas?
— A culpa seria mesmo de Cuesta?
— Por que tantos passes errados?

“Feliz pela vitória, pelo esforço que fizeram os jogadores. Tínhamos muitas baixas. Fizemos uma boa partida, mas cometemos erros conceituais, como estar posicionados no ataque com vantagem no marcador. Os detalhes dos gols, eu vou ver depois. Mais que intensidade ou parte física, perdemos muitas bolas sem necessidade. Conceitualmente temos que repassar um monte de coisas. Como, por exemplo, sofrermos empate em um jogo com os dois laterais no ataque. São coisas conceituais que temos que repetir, coisas conceituais na saída que temos que melhorar. Mas corrigir ganhando é muito mais fácil. A Libertadores é muito dura. Tem que ganhar e nós fizemos. Uma partida que parecia muito tranquila e terminou com demasiada emoção para o meu gosto”.

(Eduardo Coudet, sobre a vitória sobre o América e o susto que levou)

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Ficha técnica:

Internacional (4): Marcelo Lomba; Saravia, Zé Gabriel, Rodrigo Moledo e Uendel; Rodrigo Lindoso, Boschilia (Lucas Ribeiro), Nonato (Johnny) e Patrick (D’Alessandro); Thiago Galhardo e Abel Hernández (Leandro Fernández). Técnico: Eduardo Coudet.

América de Cali-COL (3): Chaux; Ureña, Torres, Segovia e Velasco; Carrascal, Paz (Jaramilla) e Sierra; Pérez (Moreno), Ramos e Vergara. Técnico: Cruz Real.

Gols: Abel Hernández, a um minuto e aos 31 minutos do primeiro tempo e Gabriel Boschilia, aos 18 minutos do primeiro tempo e 45 minutos do segundo tempo (I). Vergara, aos 27 minutos do primeiro tempo, Adrián Ramos, aos três minutos do segundo tempo, e Moreno, aos 32 minutos do segundo tempo (A).

Cartões amarelos: Patrick e Moledo (I). Segovia, Sierra e Paz (A).

Arbitragem: Facundo Tello apita, auxiliado por Gabriel Chade e Facundo Rodriguez, trio argentino.

Estádio: Beira-Rio.

 

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Bom dia, Coudet (com o melhor de Inter 3 x 0 Católica)

Bom dia, Coudet (com o melhor de Inter 3 x 0 Católica)

Coudet tem a enorme tarefa de limpar da cabeça dos jogadores do Inter os anos em que marcávamos um gol e íamos “proteger nossa casinha”. E, ao menos ontem, essa nojeira implantada por Fernando Carvalho, Roth, Argel, Odair e outros menos votados não apareceu no Beira-Rio.

A personalidade do SC Internacional é vermelha, viva e alegre. Fica mal calcular. Não nos cai bem. Enfiem a calculadora onde quiserem, porque agora, com Coudet, a gente joga 90 minutos do mesmo jeito, dentro e fora de casa.

Alívio | Foto: Ricardo Duarte (Divulgação / SC Internacional)

Dia desses, estava com saudades de Minelli — até lembrei de seus 91 anos — ou seja, estava com saudades de um técnico que não parecesse um inimigo na casamata.

Escrevam: acho que Coudet acabará sendo muito amado pela torcida. Enquanto isso acontece, nos últimos dias, parte da imprensa dedicava seu desconhecimento futebolístico a atacar Coudet.

Por exemplo, ontem, ficou claro para mim que Musto (ou quem jogar naquela função) é um líbero, mas quantos da imprensa gaúcha sabem sobre como jogavam Giacinto Facchetti ou Franz Beckenbauer, que faziam funções atrás, ao lado e à frente da zaga? Não, minha gente, ele não joga de volante, joga como LÍBERO. Quantos viram Figueroa fazendo o mesmo com Minelli?

Só que no passado havia o volante. O volante de Coudet avança conforme o líbero avança. O líbero o empurra à frente. E vou contar um segredo pra vocês: daqui algumas semanas esse cara — o volante móvel — será Praxedes, OK?

Bem, ontem foi um jogo muito enervante. Juca Kfouri disse que a partida deveria ter sido 9 x 0. Pois é. Poderíamos ter feito uns 3 já no primeiro tempo, mas a bola não entrava ou não caía no pé de quem tem intimidade com as redes. Falta-nos artilheiros. Marcos Guilherme é bom jogador, mas me parece exímio em perder gols.

E então, após 60 minutos de massacre, com as nuvens da desgraça do 0 x 0 se aproximando do Beira-Rio, finalmente Guerrero marcou. E poderíamos ter feito mais 5, tal o volume de jogo e a surpresa dos chilenos, que nunca viram atacantes marcando como se fossem defensores. Não, não fomos proteger a casinha. Ganhávamos o jogo, atacávamos e marcávamos na área do adversário. Lembro que no Gre-Nal que perdemos também pressionamos. Com 10 jogadores, pressionamos e atacamos.  É outro treinador.

A atuação de Thiago Galhardo fará Coudet coçar a cabeça em dúvida. Ele pressionou a defesa, armou, correu, chutou, foi inteligente e me pareceu uma boa alternativa a nosso craque D`Alessandro. Essa tem toda a pinta de ser a nova “crise” a ser adubada por jornalistas com pouca farinha no saco: Galhardo ou Dale? Dale no banco? Oh, meu deus!

Na verdade, bom era quando Parede substituía Dale… Não achas, Roberto Melo?

Para terminar, digo que Coudet sabe lançar os guris da base. Faltavam 15 minutos, o jogo era importante e estava ganho. Quem entra? O menino Praxedes. Lembram de como Odair queimava os guris? Colocando-os nos minutos finais a fim de virar jogos. Quantas vezes Papito lançou Sarrafiore e outros no crematório? Pois é.

Até Rodinei jogou bem. O único senão foi Bruno Fuchs. Ele estava nervoso, hesitante e errando passes. Mas nada que não possa ser corrigido. Ele não é Bruno Silva.

Desculpem as referências a treinadores anteriores. É que aguentei anos essas pragas. É natural que lembre do holocausto.

Abaixo, os melhores lances de ontem à noite:

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Bom dia, Coudet (com os lances de Inter 3 x 1 Pelotas)

Bom dia, Coudet (com os lances de Inter 3 x 1 Pelotas)

O Inter entrou com teu time deste inicio de trabalho: Rodinei e Moisés nas laterais, Johnny como um dos armadores, Dale na frente e, bem, Patrick. O esquema-base é o teu habitual: 4-1-3-2.

Desde o começo do jogo ficou claro que há muito a ser treinado. O time foi lento. Gostei das arrancadas de Rodinei, ele fez boas trocas de passes, mas errou todos os cruzamentos. Todos. Já Moisés foi melhor, se impôs mais, apesar de também ter errado bastante. Gosto dele desde a época do Botafogo e espero confirmar minhas impressões. Johnny foi muito discreto, só que é um garoto em dia de estreia.

No primeiro tempo, o goleiro do Pelotas não fez nenhuma defesa. A única bola chutada foi o gol de Edenílson após sensacional passe de Dale. Tivemos sempre a bola, mas nada de pressão ou agressividade. Um time lento, repito.

Edenílson recebendo o passe genial de D`Alessandro para marcar o primeiro gol | Foto: Ricardo Duarte / SC Internacional

Patrick foi Patrick, só ficou se enrolando e atrapalhando Moisés. Deve ser um bom sujeito, boa praça. O pessoa de lá gosta de ter ele por perto.

No segundo tempo, coisa foi igualzinha, até no aparecimento da genialidade de Dale, que marcou o segundo gol. De falta em falta sofrida por ele. Dependemos de um cara que fará 39 anos em 15 de abril. Se somos inteligentes em manter D`Alessandro, somos muito burros em não trabalhar um substituto.

Depois, sabem o que houve? Novamente Dale. Ele bateu um escanteio na cabeça de Guerrero para fazer 3 x 0. No final, o Pelotas descontou numa saída em falso de Lomba. Moisés, que é alto, também não pulou. Resultado: gol do Pelotas. Acabou 3 x 1.

Sempre, sempre Dale | Foto: Ricardo Duarte / SC Internacional

Tem gente falando em show do Inter. Não vi nada disso. Achei tudo muito normal, uma continuação melhorada do ano passado. Os laterais são superiores, mas a armação segue pouca e lenta. Johnny foi discreto; Patrick, confuso; Rodinei, estranho.

Bem, sigamos.

O compacto do jogo começa aos 30 segundos.

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Bom dia, Zé Ricardo (com os lances de Inter 1 x 1 Athlético)

Bom dia, Zé Ricardo (com os lances de Inter 1 x 1 Athlético)

Para usar um termo que está na moda, o Inter é tóxico, faz mal. Na verdade, a diretoria e seu guru Fernando Carvalho fazem mal. Pois só uma pressão de cima justifica certas escalações. Pô, Patrick a esta hora? Ele só poderia jogar na lateral esquerda, naquele lugar para onde temos Natanael, Uendel, Zeca Oktoberfest, etc.

Já pensaram em somar os salários deles? Acho que dava um, digamos, Filipe Luís + um guri da base na reserva. E se somássemos os salários de Sóbis, Trellez e Parede? Acho que teríamos um bom reserva pro Guerrero. E se pegássemos o Bruno Silva e o Rithely? Bem, não me digam que estas contratações eram loteria, que poderiam dar certo. Quem apostava em Sóbis (há anos não faz um bom jogo), Trellez (idem) e Parede (reserva no Ypiranga), quem conhecia Natanael ou acreditava em Uendel? Ninguém. A margem de erro das contratações pode baixar sim.

Lindoso: um dos poucos acertos da diretoria | Foto: Ricardo Duarte

Ontem jogamos muito, mas muito mal. O primeiro tempo foi de rara pobreza. A saída de bola estava um caos. Lindoso simplesmente deixou de circular entre os dois zagueiros para fazer a saída de bola — ordem de Zé Ricardo? Como consequência, Moledo e Cuesta passaram a dar chutões, no que foram auxiliados por Lomba. Já disse, o Inter é tóxico. Uma providência singela — pedir para que Lindoso fosse uma opção segura de passe — não foi tomada.

Só que Lindoso fez um golaço, mas Zeca Oktoberfest providenciou o empate do, falemos sério, fraco time do Athlético-PR. Os curitibanos jogaram muito mal, se esforçaram para perder, mas nós não sabemos ganhar.

Jogamos 12 pontos contra o Athlético-PR e ganhamos 1. O time deles tem Wellington Martins de volante e capitão. E mais não digo.

No segundo tempo, pressionamos bastante. Perdemos gols e até um pênalti batido por Guerrero. Não sei o que houve com Nico, mas o gol perdido por ele no final da partida — coisa bem comum — foi diferente: Nico queria o gol bonito, não o gol, se me entendem.

E assim seguimos para o Gre-Nal. Estamos prontos para tomar nova goleada. Algo há naquele vestiário, certamente insatisfação, brigas, má gestão. Cada vez fica mais complicado pagar a mensalidade para ver tanta confusão espirrando para dentro do campo.

PS: o Inter teve 6 pênaltis a seu favor em 2019. Errou 4. Devemos treinar muito este e outros fundamentos…

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Como vais, Ricardo Cobalchini?

Como vais, Ricardo Cobalchini?

Antes do jogo, soubemos que o Sub-23 do Inter, sem seu técnico Ricardo Cobalchini, tinha vencido o Gre-Nal decisivo do Brasileiro de Aspirantes. Nada mal, já que os comentaristas diziam que a gente levaria um ARRODIÃO do Grêmio. Afinal alguém profissional é campeão no Beira-Rio! Foi outra grande atuação do goleiro Keiller e, pô, aquele pênalti que não foi marcado a nossa favor…

Explicar Guilherme Parede é mais complicado do que entender Física Quântica | Foto: Ricardo Duarte

Mas o que interessa é Inter x Santos no Beira-Rio. O Inter foi escalado por Ricardo Cobalchini com Heitor na lateral direita (tínhamos um lateral direito na base e gastaram um monte com pernas de pau), Roberto na zaga e Zeca na lateral esquerda. D’Alessandro voltava a começar uma partida depois da lesão. Ao menos o interino não foi doido de escalar Klaus e Uendel. Mas escalou Parede, deixando Neílton e Sarrafiore na reserva. Ou seja, Cobalchini também não é tão normal assim.

No primeiro tempo, nada de armação de jogadas e nenhum chute a gol. Uma vergonha digna do ex-técnico, em realidade o culpado por isso.

No final do primeiro tempo, perdemos uma substituição, pois Lindoso sentiu algum problema físico e entrou Bruno Silva, que jogou bem.

Como Patrick estava horroroso, havia dois grandes problemas em campo e duas substituições possíveis: Parede, totalmente inoperante e até errando em bola e Patrick, naqueles dias de errar ABSOLUTAMENTE tudo.

(Eu gostaria de saber o que acontece no Departamento Médico do Inter, com o perdão da expressão: Dourado foi operado… E reoperado. Matheus Galdezani sofreu uma grave lesão em janeiro e nunca mais. Acho que será operado novamente qualquer dia desses. E Nonato está sendo “tratado”. Medo.)

Fazia muito tempo que o Inter não voltava melhor no segundo tempo, muito tempo. Pressionamos, chutamos, criamos, marcamos dois gols, ambos anulados pelo VAR. Só que a bola não entrou em jogada válida. Acabou sendo um 0 x 0 digno, num jogo que poderíamos ter vencido.

Na próxima rodada, a 26ª, o Inter visita o Avaí, em Florianópolis. O jogo será às 19h15 de quinta-feira (17/10).

Com o empate e sem vencer os últimos cinco jogos, saímos fora do G-6. O Grêmio nos passou. Com o que estamos jogando, vai ser difícil voltar à zona da Libertadores. Na sétima posição, temos 39 pontos contra 41 do Grêmio (6º) e 43 de São Paulo e Corinthians, quinto e quarto colocados. Para nós, G-4 já é uma quimera.

Como escreveu o amigo Jerônimo Santanna, quem perde para Goiás com um a mais, quem perde para o pândego CSA e ainda tem Parede como titular no ataque, não pode querer vaga em Libertadores. Futebol também tem lógica.

Sobre o novo técnico: depois de Aguirre — técnico bem mais ou menos, mas que conhecia seu ofício — tivemos Argel, Falcão, Celso Roth, Lisca, Zago, Guto e Odair. Uma lista apavorante. E digo-lhes: nenhum treinador inteligente vai pegar o Inter, com o histórico que tem, em final de temporada, sem um contrato longo. Meus nomes são Roger Machado, Thiago Nunes, Heinze, Coudet e Holan.

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Bom dia, Odair (e uma proposta para a diretoria do Inter)

Bom dia, Odair (e uma proposta para a diretoria do Inter)

Odair é uma ameba atrapalhada. O que ele fez ontem foi verdadeiramente irritante. Já que Patrick fazia finalmente boa partida jogando pela esquerda, em cima de Marcus Rocha, nossa sumidade tirou Patrick de lá enfiando Wellington Silva em seu lugar. Como tem acontecido, WS sucumbiu. E Patrick também. WS tem uma jogada terminal. Ele dribla para o meio e chuta para fora. Tudo acaba ali.

O Inter atuava bem no primeiro tempo. O 1 x 0 saiu barato. Tinha mudar, né, Odair?

Heitor, Fuchs e Nonato. A dose de jogadores das categorias de base foi demais para Odair. Seu bom futebol foi um exagero. Tinha que mudar. | Fotos: Ricardo Duarte / SCI

Se realmente Nonato tinha que sair — teria pedido para sair no intervalo, fato do qual duvido muito, mas OK –, o substituto natural seria Neílton, mas este parece que foi punido por entrar bem em dois jogos consecutivos. Ou seja, Odair acabou com o time numa substituição. Alguém tinha dito que o guri se sentira mal, só que… Só que na coletiva Odair disse que o retirou para dar mais intensidade ao time. Bem, isso já é do campo das piadas.

Ontem o Odair criticou Nonato, falou que Fuchs e Heitor sentiram o jogo. Nunca vi o Odair falando dos passes errados do Patrick, nem da inoperância do Parede, da atual inutilidade do Sóbis, do péssimo preparo físico do Uendel e nem da ruindade do Klaus. Queimar guri é fácil. Cagão.

E entramos no segundo tempo completamente batidos. Estávamos vencendo o jogo. A formação mais ofensiva e “intensa” fez o Inter recuar. É muita burrice. O gol de empate do Palmeiras saiu em jogada de Marcus Rocha…

E tomamos o maior sufoco, com direito inclusive a gol do Palmeiras anulado pelo VAR. Quanto a nós, nem chutamos mais no gol deles.

Depois, quando o bom Bruno Fuchs sentiu cãimbras, Odair completou a obra. Em vez de colocar um armador, colocou em campo o péssimo Klaus, que quase entregou o jogo duas vezes. Sim, novamente. Ora, era o final do jogo, por que não recuou Lindoso e botou um atacante?

Bem, Heitor, Nonato, Patrick, Lindoso, Fuchs e Nico fizeram boa partida. Já Sóbis, Uendel, WS e Odair…

Sim, Patrick fez bos partida | Foto: Ricardo Duarte / SCI

Então, estou fazendo uma proposta para a comissão técnica do Inter. O amado Odair segue treinando o Inter, mas eu faço as trocas durante os jogos. Por R$ 1.000 cada partida, pagos em dinheiro no dia seguinte ao jogo, sob pena de multa cavalar, faço o favor de pensar pela Ameba Hellmann. Não me custa nada. Sou barato e o passaremos menos vergonha.

E as vaias ao Odair vão diminuir. É um bom negócio!

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Agora, teremos uma semana livre de jogos até o fim de semana. Um perigo, pois dará mais tempo a Odair. A próxima partida é sábado, 05/10, às 21h, contra o Cruzeiro, no Mineirão.

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O Brasileiro e o Foco na Véspera da Decisão

O Brasileiro e o Foco na Véspera da Decisão

Os colorados não estavam dando grande atenção ao Campeonato Brasileiro e, agora, nervoso, na véspera do jogo mais importante do ano — a decisão da Copa do Brasil no Beira-Rio — olho para o que vem depois e… Puxa, estamos bastante bem no Brasileiro! Mesmo jogando quase sempre com os reservas, estamos isolados no quarto lugar, com poucas chances de sermos campeões, mas vivos. Interessante.

No último domingo, pela manhã, vencemos o Atlético-MG em BH por 3 x 1. Foi uma vitória indiscutível de um time com bons jogadores como o lateral direito Heitor, o meio-campista Nonato, o lateral esquerdo Zeca, o armador Neílton — eu gostava muito dele no Vitória — e, pasmem, a ressurreição de Pottker, que fez boa partida e dois gols.

O time reserva repete a mania dos titulares. Somos o melhor time do Brasileiro no enfrentamento com os dez times da parte de cima da tabela e o 13º contra os mortos da segunda página.

É a eterna mania de fazer bondades aos moribundos. Cuidado, domingo, às 11h, pegamos a Chapecoense no Beira-Rio.

Mas o que interessa hoje, nosso FOCO tem que ser o jogo de amanhã, onde decidimos se vamos ficar mais um ano sem títulos importantes — já são 8 — ou se vamos mudar a história recente. É dia de esquecer as cagadas de Odair e dar total apoio ao time. O Athlético é um time pra lá de nojento em vários sentidos. É rápido e bem treinado, mas também é a instituição que apoiou Bolsonaro e ainda tem o patrocínio da Havan. Ou seja…

A questão política me afeta, mas o jogo poderia ser contra o querido St. Pauli (*) que eu desejaria vencer com todas as minha forças. Nossa questão é o nosso retorno não só à primeira divisão como ao convívio com os  vencedores. Nossa questão é demonstrara que nosso DNA de vencedores está em plena validade. Nossa questão é aumentar a sala de troféus.

Eu estarei lá, atento e na expectativa, com a camisa vermelha e sem cachaça na mão. OK, talvez depois. Antes só uma cerveja para entrar no clima.

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(*) O St. Pauli (Fußball-Club Sankt Pauli von 1910) foi o primeiro clube alemão a banir o ingresso no próprio estádio de torcedores adeptos do nazismo. Em 2005, o clube começou também a organizar obras de beneficência para terceiros. Por exemplo, a equipe e os torcedores criaram a iniciativa viva com água de sankt pauli, uma colheita de fundos para a aquisição de distribuição de água para as escolas de Cuba. No último domingo, O St. Pauli venceu o clássico citadino contra o Hamburgo por 2 x 0, pela segunda divisão alemã.

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Bom dia, Odair medroso (com os lances de Inter 1 x 1 Flamengo)

Bom dia, Odair medroso (com os lances de Inter 1 x 1 Flamengo)

Infelizmente, Odair, das duas uma: ou tu és muito burro ou estás na mão dos jogadores mais velhos e influentes do elenco. Só isto explica o fato de que contra o Corinthians, o Flamengo e em alguns momentos de algumas outras partidas, tenhas escalado Dale (38), Guerrero (35) e Sóbis (34) juntos no ataque.

Resultado?

Zero gols marcados. E como iniciaste ontem? Ora, com Dale, Guerrero e Sóbis. Agora tu somas mais os lentos laterais Uendel e Bruno, joga Patrick na receita e queres ganhar do Flamengo? O time se arrastava no primeiro tempo… Não fode, né, Odair?

Odair Hellmann ou A arte de jogar fora 51 minutos e permanecer no cargo | Foto: Ricardo Duarte / SCI

Deste modo, perdemos 51 minutos de jogo atendendo os veteranos e tua “política de vestiário”. Dale e Guerrero são ótimos, mas Sóbis só pode jogar de centroavante. Ele jogou pelos lados, com incrível lentidão, muito mais atrapalhando do que ajudando. E ainda nervoso.

Então, para ter o tal “vestiário na mão”, tu nos eliminas da Libertadores. Que maravilha.

Nos primeiros minutos do segundo tempo, como também já tinha acontecido no Maracanã e em outros jogos, tu tiras Sóbis e Uendel para colocar Nico López e Wellington Silva… E o que acontece? Passamos a dominar o jogo, pois o adversário passa a se preocupar com a rapidez de ambos. Curioso, não?

Sempre dá certo! Poderíamos até perder do mesmo modo como perdemos, mas atacaríamos, tentaríamos algo.

Então marcamos um gol e só tomamos o empate quando tu, loucamente, retiraste Cuesta para colocar Sarrafiore. Por que tanto desespero? Claro, quem perde 51 minutos de jogo fazendo política de vestiário, fica apressado e come cru no final. Ou nem come, né?

Tu és duplamente cagão. Cagão ao não escalar um time ofensivo e cagão ao escalar um time de medalhões.

Mesmo a manutenção de Zeca na reserva é uma burrice. Perdemos Iago (vendido) e agora temos dois laterais lentos. É óbvio que Zeca tem que jogar. Assim como os jovens tem que ter mais chances.

No critério de reservas tu também erras. Klaus está à frente de Roberto e Bruno Fuchs por antiguidade… Zeca não é reserva de Uendel. Seu reserva é o péssimo Natanael, que a direção trouxe da Bulgária. Mais política, agora com a direção.

Ontem entramos em campo com 10 jogadores de mais de 30 anos e Patrick, de 27. Média de idade do time titular ontem: 32 e uns quebrados…

Eu te mandaria embora hoje, mas sei que tu és obediente e querido da direção e a única chance de nos livrarmos de ti será no final do ano e mesmo assim duvido muito.

(E não adianta perguntar pra mim quem viria como técnico. Essa pergunta não é o torcedor quem deve responder, né? Se me pagassem salário, acho que teria a resposta).

Levo muito medo deste jogo contra o Cruzeiro. Será que vamos nos defender em casa com o nosso time de velhinhos?

Agora ficamos tontos e meio sem foco. Eu, pelo menos. Bem, temos o jogo contra o Cruzeiro no dia 4 de setembro a fim de tentar uma vaga na final contra o Grêmio. Vencemos a primeira partida no Mineirão por 1 x 0.

No próximo sábado, o Inter pega o Botafogo, pela 17ª rodada do Brasileirão, no Beira-Rio. Eu jogaria esta partida com os titulares. Afinal, estamos MUITO MAL E TEMOS QUE TREINAR UM TIME DIFERENTE.

Odair burro e politiqueiro! E cagão, é óbvio.

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Bom dia, Odair (com os lances de Inter 1[5] x 0[4] Palmeiras)

Bom dia, Odair (com os lances de Inter 1[5] x 0[4] Palmeiras)

Foi um jogão. Caminhei 5,5 Km de minha casa até o Beira-Rio a fim de aproveitar o ambiente e para manter alguma coisa parecida com forma física. O Beira-Rio estava lindo, mas não lotado. Começou o jogo e só dava Palmeiras, que parecia que ia nos cozinhar os 90 minutos. Mas logo passamos a dominar o jogo, empilhando chances de gol perdidas.

Weverton pegava tudo no gol do Palmeiras, enquanto Felipe Melo mandava no juiz. Não sofríamos com ataques perigosos do Palmeiras, só que não fazíamos gols até o momento em que Patrick acertou um chute que encobriu o bom goleiro palmeirense. 1 x 0 no final do primeiro tempo.

Patrick e Uendel comemoram o gol do Inter | Foto: Ricardo Duarte / SCI

Na minha opinião, Patrick estava jogando mal, porém não pensem que vou reclamar dele. Aliás, os construtores da vitória foram D`Alessandro, Lindoso — a melhor contratação do Inter em 2019 — e Edenílson, além da dupla de zaga Moledo e Cuesta. (A propósito, Moledo ensinou a todos como Felipe Melo deve ser tratado).

Lindoso, a melhor contratação do clube em 2019. Até Marcos Rocha se surpreende | Foto: Ricardo Duarte / SCI

Nico López foi obrigado a uma partida tática. Encheu o saco de Marcos Rocha de tal forma que o lateral do Palmeiras jamais criou jogadas pelo lado direito. Não fez nada pelo ataque do Inter, só incomodou e evitou que Rocha viesse junto com Dudu contra o fraco Uendel. Foi útil.

Aliás, os laterais. Uendel simplesmente não dá mais. Bruno foi um pouco melhor, mas seu futebol é apenas singelo. Acho que Heitor e Erik — e talvez Natanael — vão engolir não somente os dois como Zeca junto.

Mas estava 1 x 0 e o Inter iniciou o segundo tempo forçando o jogo, mas sem chutes a gol. Nico quase marcou em dois chutes após cruzamento da esquerda para que víssemos mais duas grandes defesas de Weverton.

Jogo fora de casa e Felipão pensou como o Odair quando fora do Beira-Rio… A minha defesa é intransponível, então vou esperar… Então tomou um gol e não soube o que fazer.

Então, veio o crime. Naquela pressão de final de jogo, de cruzamentos alucinados e sequências de escanteios, Cuesta marcou de cabeça. O argentino não é catimbeiro, jamais foi expulso, joga de terno e gravata, é leal e cabeceou com a habitual correção e tranquilidade. Só que Felipe Melo MANDOU o juiz olhar o VAR e a alguém lá de cima disse que Cuesta empurrara Felipe. O juiz, incrível, também viu o que não acontecera. Olha, não, ninguém nada nunca aconteceu falta.

Para pasmo e desespero nosso na arquibancada, o gol foi anulado. E fomos para os pênaltis.

Deu para sofrer? Sim, mas nunca estivemos atrás. Tivemos um match point nos pés de Patrick — estava 4 x 3 para nós e o Pantera fazia nossa 5ª cobrança. Porém, nervoso, ele chutou muito mal. E William empatou logo depois. Na primeira série de cobranças alternadas, Nonato marcou e Moisés chutou no travessão. Vitória!

Odair? Olha, ele foi bem, mas manteve Uendel. E não anula as numerosas cagadas em outros jogos. E por que o time joga tão mal fora de casa? Se temos que elogiar Odair, devemos também ressaltar nosso papel como torcedor. Contribuímos muito!

O Cruzeiro será o adversário na fase seguinte da Copa do Brasil, nos dias 7 e 14 de agosto, com os mandos de campo sendo definidos em sorteio na próxima segunda (22). Agora, tem Gre-Nal no Beira-Rio. Acho que vamos com os reservas, mas soy contra. Por mim, fingia que ia com os reservas mas botava titulares. Sem Dale porque temos que cuidar bem de nosso bom velhinho.

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