Um Dyonelio reeditado, jovens mulheres e o elogiado Meia Siza as dicas da Bamboletras

Newsletter de 3 de maio de 2021

Olá!

Toda semana são nova surpresa. “Fada” é um romance imerecidamente pouco divulgado do grande Dyonelio Machado que a Zouk nos traz de volta. “Meia Siza” é uma história familiar pós-abolição, ilustrado por fotos e documentos e “Elas marchavam sob o sol”, um romance sobre a formação de duas jovens. Mais detalhes abaixo.

Boa semana com boas leituras!

Corre para garantir seu exemplar aqui na Bamboletras!
📝Faz teu pedido na Bambô:
📍 De segunda à sábado, das 10h às 19h.
🚴🏾Pede tua tele: (51) 99255 6885 ou 3221 8764.
🖥 Confere o nosso site: bamboletras.com.br
📱 Ou nos contate pelas nossas redes sociais, no Insta ou no Facebook!

Fada, de Dyonelio Machado (Zouk, 262 pág., R$ 49,90)

Última obra editada em vida, em 1982, aos 87 anos de Dyonelio Machado, “Fada” é uma história de amor entre jovens que buscam romper com os ditames patriarcais do padrasto de Jafalda, apelidada Fada, e o casamento arranjado que ele planejava. Ambientado na campanha gaúcha, e por vezes no ambiente universitário, Fada dialoga com o universo fantástico próprio do imaginário local, desmistificando-o a partir de uma análise racional. Uma característica da narrativa é seu caráter metaficional, seja para pensar o ofício literário e a criação artística, seja para sublimar as dificuldades que o próprio Dyonelio sentiu num período de ostracismo que viveu.

 

Elas marchavam sob o sol, de Cristina Judar (Dublinense, 168 pág., R$ 44,90)

Ana e Joan. A primeira é diurna e contemporânea, bombardeada pelo consumismo e por pressões estéticas e comportamentais. A segunda é noturna, influenciada por noções de ancestralidade, ritos de passagem e intuições do inconsciente. Ambas estão prestes a completar dezoito anos e acompanhamos suas histórias em paralelo, mês a mês, até a data de seus aniversários. Mas não se engane: mais do que o relato da jornada de duas jovens mulheres, “Elas marchavam sob o sol” é um romance sobre violência, perseguição religiosa, perda de liberdade e direitos.

 

Meia Siza, de Marieta dos Santos da Silveira (Pradense, 143 pág., R$ 30,00)

Através de ”Meia Siza – Ignácia e Aramis: Mãe e filho na luta pela sobrevivência no pós-abolição”, Marieta dos Santos da Silveira leva ao público seu primeiro trabalho, que são suas memórias de família, desde um tempo em que pessoas eram objetos de compra-e-venda, operação que gerava, a favor do governo, o imposto ”meia siza”. Pelo relato de Aramis, desvelam-se valores, crenças, compromissos e afetos nos quais, certamente, o público leitor se reconhece. Marieta nos convida a acompanhar seu exercício de memória que (re)constitui vivências, materializa lembranças pessoais e também coletivas, desenhando um ambiente, tanto geográfico quanto social e histórico, que nos é relevado de maneira muito envolvente pelas histórias dos diversos personagens.