Fotos do aniversário: Sequência XI

Fotos do aniversário: Sequência XI

Fotos: Augusto Maurer

O Augusto deve ter algo contra os mais tímidos ou silenciosos… Fez poucas fotos da Liana Bozzetto, do Alexandre Constantino e do Nikolay, filho da Elena, que recebe alguma justiça abaixo.

NikDepois, vieram as despedidas. Foi uma bela, grande noite.

Rib100O Sylvio, com duas de minhas mais queridas mulheres, Iracema e Bárbara.

Rib101Eu e o Sylvio com a Elena — outra delas — e a Ira.

Rib102O Augusto gosta de tirar fotos iguais.

Roma100Os Romanov.

Roma101E bem, finalizando a série, reafirmo que a única ideologia que sempre segui (e me orgulho dela)

Roma102é a que dá nome a esta seção do blog, chamada simplesmente de

Roma103“Amigos, tudo”.

Fotos do aniversário: Sequência V

Fotos: Augusto Maurer

Esta é a minha irmã Iracema, aquela mesma que viajou pelo mundo comigo durante minha infância. Para a idade que tem, está muito bem.

Ira (2)O garçom que nos atendia era muito confuso. Trazia tudo errado, vou contar pra vocês. Mas era honesto, tanto que impediu que eu pagasse uma conta dupla.

IraIracema é a gentileza em pessoa. Já o Arthur, sei lá.

Lat099Então o Latuff resolver fazer uma charge do Vicente pelo fato de ele ser uma pessoa tão, mas tão má, que aprecia comer coelhos. O onipresente Arhur confere.

Lat100Latuff desenha e diz “pobrezinhos dos coelhinhos, deixam cair lágrimas enquanto são assassinados para o prazer efêmero de seus predadores”.

O making of de uma foto familiar

O making of de uma foto familiar

Era uma festa para o Bernardo carinhosamente preparada pela Astrid Müller e o Augusto Maurer. Ele voltou da Alemanha na semana passada e vai passar uns 40 dias por aqui. Então, fomos tirar uma foto com um instrumento que minha irmã Iracema disse possuir. E ela tirou da bolsa um pau de selfie… Fomos experimentá-lo, claro.

O resultado da preparação foi esta foto com a Elena, eu, Iracema, Bernardo — que passou todo o tempo boicotando a coisa — e a Bárbara.

Elena Milton Iracema Bernardo BárbaraPor alguma razão, fomos um sucesso no Facebook… O Augusto registrou toda a preparação. Acho curiosa.

001002003004005Abaixo, o momento da foto.

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Festa de despedida do Bernardo

Festa de despedida do Bernardo

Um dia antes, a gente não sabia como ia ser nossa pequena festa de despedida do Bernardo, uma das tantas que ele teve nos últimos dias. Explico: após dois anos trabalhando brilhantemente como fotógrafo estagiário do Sul21 e de se arrastar numa Faculdade de Jornalismo — palavras e opiniões todas minhas — ele está indo para um um curso de Fotografia Documental em Berlim. OK, ele ainda tem que passar na entrevista e tudo, mas acho que vai ser aprovado. Se não for, o que o mundo dirá dos alemães? Mas eu dizia que não imaginávamos como seria a coisa. Então, novamente a Astrid e o Augusto abriram generosamente sua casa, ofereceram-nos um churrasco, eu levei uma população inútil de cervejas — pois o Augusto tem um exército de artesanais –, e a coisa toda aconteceu.

Esta festa aconteceu domingo, 15. Foi pequena para os padrões habituais: estavam lá os donos da casa, eu, Elena, Bernardo e Bárbara (com o namorado Vicente), os filhos da Elena Liza (com o namorado Santiago) e Nikolay e os do Augusto, Pedro e Arthur. Espero que os namorados não se importem por terem sido colocados entre parênteses (encarem, por favor, como estilo). Estava tão bom que aconteceu uma coisa inédita. Começamos o churrasco às 3 da tarde, bebemos, conversamos, conversamos, bebemos e acabamos comendo o carreteiro de Astrid, feito das sobras do almoço. Ficamos tanto tempo lá que duvido que nos convidem novamente.

Ontem, o Bernardo veio aqui em casa para se despedir. Eu pedi para não ir ao aeroporto e ele concordou na hora. Eu sou um chorão; ele me sugeriu que também é. Imaginem, nos últimos dois anos vi-o diariamente na Redação e, além disso, não sei quando o verei novamente. Há fiascos desnecessários.

Abaixo, as fotos do super-churrasco.

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Nikolay, Elena, Liza e Santiago em foto nada pousada. Eles andam assim na rua.

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Bárbara, Bernardo e eu. Minha cara de besta se justifica pelo Festival de Cervejas Artesanais. Notem a camiseta retrô do Benfica anos 60 que Bernardo veste e meu Valderrama by Impedimento.

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Bárbara, Bernardo e Vicente. Vicente encarna um bolchevique qualquer. Terá sua imagem retirada das próximas horas por ordem do Partido.

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Os olhares perdidos de Nikolay e Elena.

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O olhar perdido de Santiago.

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Quem olha a foto pensa que eles estão esperando mais comida. Engano, este é um registro daquela burrice pós-prandial — obrigado, Iracema! — que ocorre a todo ser humano que acaba de engolir um boi.

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O setor intelectual-amoroso do encontro com Bernardo, Augusto, Vicente e Bárbara..

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Um esboço sobre minha irmã

Publicado em 31 de julho de 2005

Na minha opinião, estará equivocado aquele que pensar que o melhor de 1952 foi Os Brutos Também Amam ou o musical Cantando na Chuva. Estará mais errado ainda quem lembrar-se daquele ano pelas músicas Índia ou Sassaricando ou pelas Olimpíadas de Helsinki.

Vejam a foto da menina acima. Notem como ela, em fevereiro de 1956, aos 3 anos e meio, precisava de um irmão. Observem o carinho com que ela segura aquela boneca horrorosa. A coitadinha ficava sozinha na escada, sonhando com as alegrias que um maninho lhe daria. Seu olhar é presciente e indica com clareza as delícias do porvir; pois ele chegou:

E, mesmo que a foto de 1958 esteja comida pelas traças, vocês podem ver que sua simpatia, beleza, inteligência e alegria eram autênticas… Tivemos uma infância muito feliz e – fato incrível – nunca brigávamos. Ela sempre foi a melhor aluna da aula, a de melhor caligrafia, a de maior conhecimento, a de melhores dentes e, segundo um rapaz de sua escola, a de melhores beijos e abraços.

Meu pai, quando soube que sua filha de 15 anos estava namorando o Sylvio, perguntou a ela:

– Mas, minha filha, é um namoro platônico, não?

Não chamaria de platonismo aquilo que acontecia lá no sofá de casa, mas era adequado a um pai dos anos 60 fingir cuidar da virgindade de sua pimpolha. O que o pai nunca imaginaria é que ela, em 31 de julho de 2005, amanhã, estaria comemorando seu 53º aniversário e que o jantar da festa de hoje estaria sendo preparado pelo mesmo rapaz sorridente e de calças de atravessar riacho da foto. Hoje, bem mais calvo e de cabelos brancos, esperamos que ele nos prepare um grande jantar.

Nunca soube de outro namorado, mas, naqueles anos em que o rock and roll parecia produzir apenas obras-primas, há registro de festas de arromba e de certa resistência à nova música. Vejam o conflito geracional estampado nesta foto de 1969:

Meu pai faz questão de protestar silenciosa e eloqüentemente contra a música, enquanto minha mãe experimenta os efeitos do barato provocado por uma overdose de laquê e nossa heroína olha para o outro lado com os cabelos alisados e achando tudo aquilo um saco.

O casamento com o Sylvio rendeu-lhe um dividendo barulhento e agitado. Quando Filipe caiu em suas vidas

eu não sabia que estava ganhando – além de um sobrinho -, um companheiro de futebol e nem sonharia de que ele organizaria um site sobre o Sport Club Internacional e que eu seria o comentarista!

Como é inevitável, a vida seguiu seu curso e chegou a minha vez de aumentar a família. Ela recebeu um sobrinho que a adora.

E, depois da morte de nosso pai, recebeu uma sobrinha que, se não tinha seus cabelos castanhos, era crespa como ela e veio com o mesmo olhar, o mesmo jeito, o mesmo comportamento.

Hoje, espero que esta bela jovem senhora nos prodigalize uma grande festa de aniversário.

Afinal, toda esta gente tem que beber bastante e ser bem alimentada.

(Ira, feliz aniversário! Do irmão que te ama.)