Bom dia, Diego Aguirre

Bom dia, Diego Aguirre
A agonia de mais um treinador
A agonia de mais um treinador

Já tivemos o Bom dia, Dunga e o Bom dia, Abel Braga. Agora, tudo me diz que esta tua série, Aguirre, vai acabar logo. Afinal, não vou ficar te enviando textos após tua demissão. O mandato de um técnico de futebol costuma ser interrompido por mau desempenho e, neste momento, as deficiências não se mostram apenas no preparo físico, mas no teu time. Saída de bola confusa — nunca treinada, pelo que se pode notar –, uso de jogadores em posições inadequadas — Ernando na lateral esquerda e Anderson de volante –, Lisandro López como único atacante — mas jogando pelos lados… –, uma desanimadora falta de criatividade no ataque — que ronda, ronda e ronda, enquanto o goleiro adversário se entedia –, falta de marcação por parte dos atacantes e meio-campistas avançados, dando liberdade ao adversário… Ou seja, a coisa está muito abaixo do mínimo.

Às vezes, a gente se engana feio. Ao ver Tigres e River, quarta-feira passada, para mim ficou claro que os mexicanos não são tudo aquilo. Nós é que não soubemos marcá-los. O rigor do River fez aparecer falhas que não obtivemos provocar nem vislumbrar. Gignac seguiu fazendo jogadas brilhantes. Houve uma em que ele voou e deu de calcanhar na bola, deixando-a no peito de Sóbis. Só que Sóbis foi desarmado imediatamente e o passe do francês fora feito no grande círculo… Eles nunca estiveram sem marcação próximos da área do River e foram se desmanchando, perdendo o ímpeto. O terrível Tigres quase perdeu em casa, Aguirre.

De outra parte, qualquer Ponte Preta ou Chapecoense cresce contra nós. É uma lástima, Aguirre. Gosto de tuas posições e gostaria que ficasses anos por aqui, mas há o principal é a coisa dentro de campo. Talvez nem um bom resultado no Gre-Nal anime muito uma torcida que sente que não tem time para ser favorito a nada, mas tem para estar sempre no bolo. E para jogar bonito e ser competitivo.

Não acredito em bons resultados com a manutenção da estrutura de time atual. Essa mesmo que defendes em tuas entrevistas. Para começar, precisamos de um lateral esquerdo e de um segundo volante de ofício. Isso é só o começo, pra desentortar. Depois, há as questões de dinâmica de jogo, de treino e retreino. Só que estamos em agosto e os jogos serão quarta e domingo.

Já penso em 2016. Melhor seria trazer já o técnico do ano que vem e iniciar logo o planejamento.

Não, não, este é Marlon Brando
Não, não, este é Marlon Brando

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Bom dia, Diego Aguirre (veja os gols de Tigres 3 x 1 Inter)

Bom dia, Diego Aguirre (veja os gols de Tigres 3 x 1 Inter)
Aguirre, vou dar uma dica: MUDA HOJE  teu preparador físico
Aguirre, vou te dar uma dica: MUDA HOJE teu preparador físico

Os sete leitores que me acompanham sabem que eu dizia — basta conferir nas postagens anteriores que não éramos os favoritos. Sim, o Inter fez uma péssima parada para a Copa América, nunca apresentou um preparo físico comparável a de seus adversários e, bem, o Tigres é um timaço.

Gostaria de deixar claro que não sou apocalíptico. Sigo pensando que Aguirre é um excelente técnico, mas a direção do clube precisa intervir na questão do preparo físico. O responsável pelo setor tem de ser trocado ou então tem de obedecer a ordens de alguém que conheça mais do assunto. O time não apenas não corre como bate recordes de lesões musculares. Ontem, o desempenho físico de Nilmar foi uma verdadeira piada. O do resto foi quase a mesma coisa.

Aliás, outras coisas têm de ser revistas. O que são nossos laterais? William iniciou bem sua carreira e hoje chafurda em suas próprias confusões. Géferson… Géferson? Bem, este Dunga pode levar e guardar para sempre.

Ernando merece reavaliação também. Foi imperdoável o primeiro gol do Tigres. Ele abandonou o setor para Gignac (1,86m e forte) pular com William (1,76m e magrela). Aliás, já fizera isso no gol do Tigres em Porto Alegre, deixando Ayala cabecear livre em seu setor. Duvido, mas duvido mesmo, que Réver cometersse tal “ausência”. Só que Réver é uma das vítimas de nosso preparador físico… E… D`Alessandro no meio com Valdívia pela direita? Por quê, Aguirre?

Para 2016, temos que fazer um Brasileiro digno e olhar bem se algumas promessas, como Valdívia e Dourado, são tudo isso mesmo. Ambos foram engolidos pelo Tigres. Quando lhes falta espaço, erram mais da metade dos passes.

No mais, é chorar a derrota de hoje e aprender com ela sem partir para um esquema de terra arrasada. Há muito de positivo no Inter de hoje. Venceremos.

(A propósito, como disse meu filho, ontem ganhamos o Campeonato Gaúcho de 2016…)

https://youtu.be/vlEqqs4coN8

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Bom dia, Diego Aguirre (veja os frangos de Renan)

Bom dia, Diego Aguirre (veja os frangos de Renan)
Eles já "ganharam", Aguirre.
Eles já “ganharam”, Aguirre.

Mas que sorte tem esse teu time reserva, não? Na troca de jogadores entre Inter e Goiás, Sasha levou vantagem sobre Renan de uma forma, digamos, constrangedora para nosso ex-goleiro, campeão da Libertadores de 2010. Renan tomou dois gols em frangos perfeitos, ambos com duas patas, olhos, ossos, miúdos, bico, penas, peito, coxa, sobrecoxa, coração e vísceras. E o segundo foi doado justamente a Sasha, que jogou no Goiás em 2013.

Tais resultados servem para diminuir a pressão sobre os titulares, que viajam hoje para Monterrey a fim de tentarem uma muito difícil classificação contra os mexicanos do Tigres.

Tenho ouvido e lido as declarações vindas de lá. Há uma total certeza de que o Inter vai tomar uma escovada. Mas, sabe, Aguirre?, nesta Libertadores o Tigres empatou dois jogos em casa, contra River Plate (2 x 2) e Universitario Sucre (1 x 1). Ou seja, nem sempre são tão espetaculares em casa.

O que não gostaria é de perder para eles só no preparo físico. Mesmo com o calor de Monterrey, os caras vêm de férias, Aguirre, férias!

É certo que perdemos o favoritismo, mas acho que nossa história recente — vide a classificação em 2010 contra o Estudiantes — nos dá certa esperança. A esperança é um sentimento meio ridículo e de agonia sempre horrível, mas desistir dela é como morrer na véspera. O importante é manter a compostura e mostrar para eles que o futebol brasileiro não acabou e que eles são apenas mexicanos que nunca chegaram a lugar nenhum.

https://youtu.be/19UQzM7751w

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Bom dia, Diego Aguirre

Bom dia, Diego Aguirre
Com o cabelo, Valdívia esconde a bola de um mexicano |Alexandre Lops
Com o cabelo, Valdívia esconde a bola de um mexicano |Alexandre Lops

Uma mui distinta senhora, amiga de anos, escreveu no inbox do Facebook que teve uma caganeira durante o segundo tempo do jogo de ontem. Uma caganeira, Aguirre. Veja o que o futebol faz com as pessoas.

Vamos para o México com uma vantagem diminuta. Sabemos que tu gostas de contra-atacar, então tens aí uns dias para armar teu time naquele estilo Peñarol-like: fechadinho, saindo de trás rapidamente. O Tigres é muito bom time. Sabe armar e defender-se, além disso, faz tudo com fluência. O time é alto e forte. Sóbis e Gignac são estupendos lá na frente. Já Nilmar parece ter sentido a parada. Sua velocidade será fundamental em Monterrey. Eles vão vir para cima, mas têm que ser punidos por nossa velocidade.

Ao final da partida, vi muita gente brocha com a vitória por escassos 2 x 1. O fato do Tigres ter jogado 30 minutos com 10 homens e ter não somente segurado o Inter, como também criado boas situações, deixou-nos muito incomodados no Beira-Rio. Mas, pensem bem, eu acho que jogamos demais tendo em vista os jogos imediatamente anteriores dos chamados titulares. O que me preocupa é o preparo físico. Ao final da partida, o Tigres é que parecia estar em maior número em campo. Isto pode resultar numa calamidade se pensarmos que a partida decisiva das semifinais será jogada sob os 30ºC noturnos de Monterrey. Também não entendi o ingresso de Rafael Moura. Se tínhamos 11 contra 10, não era hora de botar um centroavantão. Era hora de tocar a bola.

Mas o bom do futebol são as eventuais caganeiras, a absoluta indefinição que acaberá apenas na quarta-feira. O jogo decisivo é talhado para teu estilo, Aguirre, mas jamais diria que somos favoritos para passar. Muito pelo contrário; se passarmos, vou ficar tão agradavelmente surpreso quanto fiquei com aquele gol de Giuliano contra um Estudiantes muito superior a nós na Libertadores de 2010.

E o bom de ser colorado é ver confirmado nosso realismo nas redes sociais. Li várias pessoas dizendo que saíram do estádio com o gosto da eliminação da boca. Então, a única coisa que te peço é: surpreenda-nos, Aguirre! Boa caçada aos Tigres! Vá armado de forte marcação e fulminantes contra-ataques!

Os gols de ontem:

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Boa sorte quarta-feira, Diego Aguirre (com os gols e melhores lances de ontem)

Boa sorte quarta-feira, Diego Aguirre (com os gols e melhores lances de ontem)
Réver: Deus nãop teve nada aver com tua bela cabeçada | Foto: Alexandre Lops
Réver: Deus não teve nada a ver com tua bela cabeçada | Foto: Alexandre Lops

Réver fez seu gol e saiu agradecendo a Deus. Não sei a quem agradece quando toma gols ou perde. Mas ele, Réver, e Vitinho foram os melhores em campo na vitória do Inter contra o fraco Joinville, franco favorito ao rebaixamento neste 2015. O jogo de ontem pouco interessava, contudo está sendo usado como catalisador para o jogo contra o Tigres. É uma estratégia mística e aceitável no mundo esportivo. Sem chances no Brasileiro, só nos resta ficar fora do grupo dos cadentes, coisa que pode ser feita a qualquer momento, dada a ruindade do grupo. Fiquei feliz vendo Réver jogar bem e com força física. É nosso melhor zagueiro depois de Juan.

O que interessa mesmo é o jogo contra o Tigres na próxima quarta-feira. O departamento médico está esvaziando, mas há gente que recém voltou e que deve estar fora de ritmo de jogo. Acho que tu, Aguirre, colocarás Dourado e Aránguiz de volantes e sobrariam quatro vagas para esses cinco: D`Alessandro, Valdívia, Sasha, Nilmar e Lisandro López. Talvez possamos dizer que Dale e Nilmar estejam escalados por serem de nível superior aos restantes e então sobrariam duas vagas para serem disputadas por Valdívia, Lisandro e Sasha. Aposto nos dois primeiros. Creio que Anderson está fora dos cogitados para iniciar a partida, assim como Réver. O fundamental é que o Sobrenatural de Almeida jogue do nosso lado e que Jorge Henrique assista o jogo da arquibancada.

Ontem, a máquina do Flamengo, que nos destroçou no Beira-Rio, perdeu por 3 x 0 do Corinthians. Isso em pleno Maracanã. Nossa façanha foi perpetrada pelo time titular. Quarta-feira, uma semana depois, temos que esquecer o passado recente e ver o jogo como uma continuação das disputas contra o Atlético-MG e o Independiente Santa Fe. Sim, não será fácil, vamos ter que fazer pegar no tranco um carro cuja bateria parece estar sem carga. A torcida e o feitiço da Libertadores será fundamental para dar força e entusiasmo a uma equipe que tem surgido combalida e sem espírito de competição.

Perdemos o favoritismo, mas a taça ainda está lá, nas mãos de ninguém, Aguirre.

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Bom dia, Diego Aguirre (veja os gols e melhores lances do novo fiasco)

Bom dia, Diego Aguirre (veja os gols e melhores lances do novo fiasco)
Ei, vai devagar pra não te machucar!
— Ô rapaz, vai devagar pra não te machucar!

Aguirre, saiu barato o 2 a 1 para o Flamengo ontem à noite, muito barato. Nosso destreinado e desembocado time titular tomou um baile de uma equipe que ocupava a zona de rebaixamento e que agora está à frente do Inter pelos critérios de desempate, pois tem mais vitórias. Bem, e devemos descer ainda mais no próximo domingo, quando entraremos em campo novamente com a baba para perder em Joinville. Será a quarta derrota consecutiva.

O presidente Píffero convidou todos os torcedores foram ontem ao jogo para assistir o próximo jogo do Inter no Beira-Rio, dia 18, contra o Goiás, de graça. “O de hoje não valeu. Não jogamos”, desabafou. Não muda nada, os pontos estão perdidos, mas o presidente admite nossa debilidade atual.

Não jogamos nada, estamos fora de ritmo e o favoritismo que tínhamos foi pras cucuias. Vi o Tigres atuar e, se não houver uma verdadeira revolução e um apoio alucinado da torcida, iremos a Monterrey para cumprir tabela, talvez com os reservas, como tu tanto gostas, Aguirre.

É a mesma receita aplicada recentemente pelo Abel: preservar para perder. Não entendo o Barcelona, o Real e o Bayern. Por que jogam sempre com os titulares? Querem matar os jogadores?

Agora, a pressão para vencer a Libertadores será enorme. Se perdermos, vamos tentar um campeonato de recuperação para chegar novamente ao G-4, tarefa complicadíssima para um time que está num patamar tão baixo. Na minha opinião, as únicas partidas que justificam a utilização de reservas são aquelas imediatamente anteriores a um jogo da Libertadores. Jamais esperaria ver atletas preservados durante a folga da Taça.

No jogo de ontem, Dourado sentiu o adutor — mais uma comprovação de que há problemas no preparo físico — e Rafael Moura entrou no lugar de Allison Farias. Não vi ainda dois centroavantes darem certo, a não ser que um deles seja hábil e generoso para com o outro. Sabe-se que os caras desta posição são normalmente egoístas e até devem ser assim.

O resultado de tanta bobagem acumulada, Aguirre, é que vamos entrar nervosos e sob a desconfiança da torcida na próxima quarta-feira. E será um dia de provável radicalismo, seja para o lado que for.

Boa sorte.

https://youtu.be/W54eWp9oENo

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Há um ano, o Brasil ganhava da Alemanha por 1 x 0

Há um ano, o Brasil ganhava da Alemanha por 1 x 0

A mídia antipetista criou o mito dos 7 x 1. Aqui, a verdade:

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Um ano de Brasil 1 x 7 Alemanha

Um ano de Brasil 1 x 7 Alemanha
Andre Schuerrle comemora o sétimo gol
Andre Schuerrle comemora o sétimo gol

Hoje faz um ano de Brasil 1 x 7 Alemanha. A derrota não mexeu uma palha da estrutura do futebol brasileiro, mas os torcedores mais antenados hoje sabem as razões de cada gol alemão naquele inacreditável fim de tarde. Nada se moverá tão facilmente. A CBF segue mandando no futebol brasileiro e a última novidade é, além das prisões na Suíça, a regra de que quem reclama vai pra rua. O espetáculo, o jogo jogado, este não merece ser preservado. Se alguém me ler ou ouvir falando em Seleção, por favor, faça-me mudar de assunto.

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Bom dia, Diego Aguirre (veja os gols do fiasco de ontem)

Bom dia, Diego Aguirre (veja os gols do fiasco de ontem)
Minhas divas têm músculos de manteiga, e daí?
Minhas divas têm músculos de manteiga, e daí?

Não sou a favor de tua demissão, mas acho que tens que alterar urgentemente duas coisas fundamentais que justifico a seguir. São elas:

1. Preservação de jogadores só na partidas anteriores às da Libertadores e
2. Mudança do preparador físico.

Um time de futebol, Diego Aguirre, não é um botão de Power on-Power off. Não é uma televisão que se liga no momento que vai passar o programa preferido. Depende de ritmo, insistência e entrosamento. Liga, como dizem os boleiros. Ou seja, foi um tremendo erro manter o rodízio de jogadores numa competição em que ninguém mais fazia o mesmo. O Grêmio, por exemplo, que mal tem um time, ficou redondinho jogando quartas e domingos. E nós no rema-rema de preservar. Ontem, Nilmar ficou fora por desconforto muscular… Faça-me o favor, Diego. Será que os jogadores do Atlético-MG não sofrem com suas dorzinhas? O fato é que hoje é dia 6, faltam 9 dias para o jogo contra o Tigres e o time encolheu. A culpa não é somente tua, é também de quem avalizou esta besteira de revezamento. A preservação durante o Brasileiro tirou o tesão e desmobilizou todos os jogadores, à exceção dos poucos de sempre (falo de D`Alessandro, Lisandro, Anderson e Dourado). E o entrosamento? Este foi pras cucuias.

Basta ver que, nos últimos cinco jogos, perdemos três, empatamos uma e ganhamos outra. E levamos seis gols em dois jogos.

Eu, este que te escreve, Aguirre, tenho um sentido bastante desenvolvido de autopreservação e não fui mais ao Beira-Rio desde o jogo contra o Coritiba. Fujo de maus espetáculos. O Inter e tu não me enganaram. Mas estarei lá no dia 15 para a primeira perna da semifinal. Sabes, sabemos, que hoje o Tigres é o superfavorito para chegar à final.

Outra coisa, Diego. Os músculos de nossos atletas parecem feitos de manteiga. A direção diz que as lesões musculares são devidas ao excesso de jogos. Negativo, meu bem. Houve rodízio pesado durante o Gaúcho e este permanece até hoje. Nossos titulares jogam menos do que os dos outros. Nossos boleiros recebem tratamento de divas e, como, elas, não têm lá muito tônus. Até nosso goleiro está fora por distensão. Nossa preparação física é varzeana. O time acaba os jogos completamente morto e só se machuca.

Há que repensar os itens citados.

Abaixo, os melhores lances do banho de bola que tomamos ontem.

https://youtu.be/f-d1l486g6M

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Bom dia, Diego Aguirre (com os gols de sábado)

Bom dia, Diego Aguirre (com os gols de sábado)
Nilmar finaliza para marcar o único gol do Inter no Jogo, um golaço
Nilmar finaliza para marcar o único gol do Inter no Jogo, um golaço

Não se apavore, Aguirre. O desespero de alguns colorados da imprensa, como o do narrador da RBS Paulo Brito, o qual afirma que, se o Inter perder o Brasileirão e a Libertadores, será “mais um ano colocado fora com um grupo milionário”, é bastante ilógico e exageradamente apocalíptico. Chegamos a 2015 vindos de quatro anos de Giovanni Luigi, quando não tínhamos perspectiva nem de uma boa entrevista, quanto mais de ganhar algum título que não fosse o Picanhão. E 2015 está sendo um ano que pode ser chamado de tudo, menos de inútil. Afinal, estamos apenas em junho e temos duas revelações que parecem consolidadas — William e Dourado –, um jovem promissor convocado pela empresa CBF — Géferson — um interessante jogador de lampejos — Valdívia — e a recuperação de Nilmar, além do número de 130 mil sócios, que logo será alcançado. Como assim jogado fora?

A Libertadores está congelada até meados de julho e o Brasileiro vai realmente mal. Temos 9 pontos em 7 jogos, o significa um aproveitamento de 42%. Isso é pontuação suficiente apenas para ficarmos acima da linha do rebaixamento, sempre com o cu na mão. Não jogamos mal contra o Corinthians, mas o time sentiu o gol de empate como se já tivesse perdido a partida. Aguirre, tu tens que enfiar na cabeça de nossos jogadores que tudo, mas tudo o que NÃO pode acontecer é perder a compostura fora de casa. Um time perturbável e mole vai apenas perder e perder fora do Beira-Rio. E bons resultados na casa do adversário são fundamentais para quem queira vencer a Libertadores. O modo como o Inter quis seguir na partida após o gol de Jadson foi inaceitável.

Jogamos bem, concordo, mas não há justiça no futebol. Então dizer que o Inter merecia vencer ou empatar é uma bobagem. Não preciso explicar que o Corinthians venceu porque fez dois gols contra um nosso. Vencer não é um caso de merecimento, é uma simples contagem. Se o que contasse fossem os gols perdidos e as cabeçadas no poste, o Atlético-MG teria eliminado o Inter na Libertadores. O positivo é que jogamos bem fora e, se isso é promissor, o mesmo não se pode dizer do descontrole do segundo tempo.

Entrar em campo com Jorge Henrique nem sempre é fácil. O obediente JH nem sempre está bem, basta ver o gol que perdeu. Espero que Anderson entre em seu lugar contra o Figueirense, na próxima quinta-feira. E deixar Nilton na reserva, com Nico Freitas em campo, faz diferença, sim. Nilton é muito mais jogador. E o que dizer de Ernando improvisado na lateral esquerda com Artur, lateral de certidão, no banco? Às vezes é complicado te entender.

Lisandro López e Anderson, peças fundamentais, devem retornar no próximo jogo, mas os desfalques são em número espetacular. Vamos contar? Aránguiz e Géferson estão na Copa América. D’Alessandro retomou os treinamentos com o grupo na última semana, mas não deve ficar à disposição. Valdívia e Réver estão com lesões musculares. Eduardo Sasha recupera-se de uma cirurgia no tornozelo direito e também é desfalque. Paulão, graças ao bom deus, sente dores no púbis e esperamos que também fique fora. Cláudio Winck, sempre machucado, voltou aos trabalhos na última semana, após três semanas de ausência. E Wellington Martins, recuperado de uma cirurgia realizada em outubro do ano passado, será testado no Inter B antes de retornar à equipe.

Eu, humildemente, espero um meio-de-campo sem Nico nem JH. Na verdade, com todos esses desfalques, gostaria de ver algo assim: Alisson, William, Ernando, Juan e Artur; Dourado, Nilton, Anderson e Alex (Vitinho); Lisandro e Nilmar. Poderia ser, Aguirre?

Boa sorte!

https://youtu.be/i4ssnBp3VsM

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Bom dia, Diego Aguirre (com os gols da vitória de ontem)

Bom dia, Diego Aguirre (com os gols da vitória de ontem)
Numa foto, os nomes do jogo: Anderson, Nilmar e Vitinho
Numa foto, os nomes do jogo: Anderson, Nilmar e Vitinho

Fui ao jogo na hora da missa até porque não vou à missa. Só que as pessoas estavam rezando muito na manhã de ontem. Fazia um ano da morte do Fernandão e a atmosfera era quase de religiosidade. Já eu estava noutra. Tinha bebido bastante na noite anterior, chegara tarde e sem o Batman em casa (vide post anterior), e sofria sob o sol de nosso verão junino, que me incomodou desde o T5 até a superior sul. Chegando ao Beira-Rio, achei melhor tomar uma água. Precisava me hidratar. Depois fui procurar o Farinatti na arquibancada. Até que foi fácil.

Batemos um bom papo e o jogo começou com nossos armadores, Valdívia e Vitinho, sem grande inspiração. Demos nossos primeiro bocejos — o professor Farinatti estivera igualmente na festa de câmara do dia anterior — e vimos que seríamos salvos pela combinação formada pela boa qualidade técnica de nosso time e pela ruindade dos curitibanos. Não deu outra. Logo Nilmar perdeu um gol feito em espetacular passe de Anderson e Vitinho fez um golaço. Para completar, a seguir Anderson — o melhor em campo — fez boa jogada com Vitinho e deixaram Lisandro na cara do gol. O argentino voltou a demonstrar como gosta do poste direito da goleira sul e Nilmar empurrou para as redes no rebote. Intervalo e fim de jogo.

Sim, pois o segundo tempo foi para deixar o tempo passar e receber cartões bestas. Anderson recebeu o seu terceiro e Lisandro acabou expulso… Não enfrentarão o Corinthians sábado. Não falo muito sobre arbitragem, mas como explicar a atuação do Sr. André Luiz de Freitas Castro? O Inter cometeu 4 faltas em toda a partida, foi um time gentil e delicado, só que o juiz deu-lhe 5 cartões — 4 amarelos e 1 vermelho. Destes cinco, três por reclamação. Acho melhor jogarmos de bico calado e todo cuidado com este “árbitro”. Ainda bem que D`Alessandro não estava em campo. Era mais um cartão certo.

Sobre o futebol, não estou convencido de que Nilmar e Lisandro devam jogar juntos na frente. Lisandro acaba voltando muito e não é um armador, é um finalizador. Acho que a dupla merece mais testes, antes de serem aprovados ou desaprovados. Valdívia agora está sendo marcado e sente o fato. É um problema. Mas o maior problema é o fato de Anderson não poder jogar. Com a saída de Dale por lesão, o marrento assumiu brilhantemente o protagonismo enquanto Alex afundou. Vá entender. Teremos Jorge Henrique e Nilton no Itaquerão, tenho certeza.

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Bom dia, Diego Aguirre (com os gols da bobagem de ontem)

Bom dia, Diego Aguirre (com os gols da bobagem de ontem)
Jogada de Vitinho e gol de Moura. Aguirre salvo pelo banco. Escalar mal dá nisso.
Jogada de Vitinho e gol de Moura. Aguirre salvo pelo banco. Escalar mal dá nisso.

Ontem foi complicado de entender, Aguirre. Deixar Dourado e William na reserva para colocar Nico Freitas e improvisar Ernando na lateral direita já foi difícil de engolir. Mas fazer a estreia do jovem Artur na lateral esquerda, deslocando o péssimo Alan Ruschel para o meio-de-campo foi pra matar o time. Ontem, Ruschel só não foi pior do que o irreconhecível, perdido e não substituído Valdívia, a piada do Allianz Parque. E uma piada burra, por que Nilmar tentou deixar o crespóide duas vezes na cara do gol, só que em ambas o recebedor da bola simplesmente não entendeu o que queria o centroavante.

Dizer que foi um pontinho a mais e que o Brasileiro está no início é a bobagem habitual de quem não entende nada de matemática. O mais simples dos cálculos demonstra que 5 jogos é quase 15% do campeonato e que, com nossos 6 pontos, estamos a outros seis do líder e a 3 pontos da zona do rebaixamento. E temos o discurso de quem quer o título. Nada mais efêmera do que esta intenção de ganhar este campeonato que não vemos há 36 anos.

Aguirre, Alan Ruschel não pode ir para o centro das ações. E, se Alex mergulhou em má fase logo após renovar contrato, está na hora de colocar Anderson, muito mais efetivo quando entra. Improvisar Ruschel e deixar Allison Farias fora da lista e Vitinho no banco… Escalar Paulão — culpado pelo gol do Palmeiras — e ver Alan Costa no banco… Francamente!

Então é isso. Estamos na Libertadores e só na Libertadores. Não é pouca coisa, eu sei, mas esse papo de prioridade para o Brasileiro é conversa pra enganar bobo, né? Já vi que vamos passar o mês aguardando o Tigres. Lamentável.

Abaixo, os lances do jogo de ontem. Tivemos muita sorte e fomos salvos novamente por quem saiu do banco — Rafael Moura e Vitinho. Pensa bem, Aguirre. Às vezes tu inventa demais.

https://youtu.be/1_s89rIYils

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Bom dia, Diego Aguirre (sem os gols de ontem, só com os lances)

Bom dia, Diego Aguirre (sem os gols de ontem, só com os lances)
Pouco a pouco, Anderson vai readquirindo seu jogo | Foto: Alexandre Lops
Pouco a pouco, Anderson vai readquirindo seu jogo | Foto: Alexandre Lops

Por Luís Eduardo Gomes

Ontem, não houve gols no Beira-Rio. Também não houve Milton Ribeiro, que sequer assistiu ao 0 a 0 em casa. Felizmente, ele mandou um substituto que, infelizmente, não deu sorte.

Ao Inter não faltou sorte, mas inspiração. Sem a velocidade dos titulares Sasha, Valdívia e Nilmar, foram 415 jogadas na entrada da área do São Paulo, mas apenas uma delas resultou em uma arremate — e daqueles bem fraquinhos que o Rogério Ceni apenas se agachou para fazer uma defesa, mas também poderia ter dominado o chute de Vitinho.

Perigo, o Inter só levou já nos descontos do segundo tempo. Alex, de partida pouquíssimo inspirada, lembrou o velho Alex com uma falta no ângulo. Rogério pegou. Antes, ainda houve uma cabeçada promissora do também pouco inspirado na peleja Lisandro López, mas também defendida por vovô Ceni. De positivo: Anderson. Começa a retomar a penetração no campo adversário que parecia há muito perdida.

O resultado ficou justo, em todos os sentidos da palavra, ainda que o São Paulo tivesse ameaçado em um par de boas oportunidades, inclusive com uma bola no poste.Justo porque os paulistas pareciam felizes com o 0 x 0 a partir de meados do segundo tempo, quanto o eterno interino e xará de blogueiro Milton Cruz começou a trocar seus melhores jogadores – a saber Luís Fabiano, Pato e Michel Bastos – por outros mais recuados.

No fim, com tantos reservas, até que ficou de bom tamanho um pontinho contra um forte adversário. Mas é preciso começar a somar pontos rápido. De preferência, três deles na quinta contra o Palmeiras.

https://youtu.be/9_G-YXcpGOo

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Bom dia, Diego Aguirre (com os gols de ontem à noite)

Bom dia, Diego Aguirre (com os gols de ontem à noite)
Foto: Alexandre Lops
Meu craque Rafael Moura salva o Inter | Foto: Alexandre Lops

Eu sempre disse que o Rafael Moura tinha que permanecer no Inter, Aguirre. É mentira, claro, mas é a verdade de hoje, uma sincera inverdade, se me entendem. Ah, esqueçam. Ele nem tocou naquela bola, mas se não estivesse ali, na posição correta, enchendo o saco, o gol da classificação não sairia. Que venham mais Gabirus!

Bem, agora digo uma verdade. Eu sempre discordava quando alguém dizia que o Santa Fe era ruim. Organizado, forte, de muita marcação, eu sabia que a coisa não ia ser mole. E o Inter não está jogando tudo aquilo. O primeiro tempo, após os dez minutos iniciais, foi dominado pelos colombianos. Não criaram boas chances, mas ficaram rondando perigosamente nossa área.

No intervalo, Aguirre, tu fizeste uma mágica ao adiantar a marcação e o time voltou diferente, passando a massacrar o adversário, que apelava para faltas — algumas de ultra-violência, daquelas de deixar o Alex, de A Laranja Mecânica, envergonhado –, cedia escanteios e não saía mais para o jogo. O Santa Fe ficou encurralado, mas só conseguíamos cruzamentos sem resultados para a área. Então, o Marco Weissheimer, atento à dialética ostermanniana do futebol, gritou no sofá de sua casa pedindo a entrada do He-Man. (Foi o que ele disse que fez). Agachado na escadaria do túnel, tu o ouviste  e nós fizemos o terceiro gol dos dois jogos entre Inter e Santa Fe. O terceiro em escanteio.

Valdívia ganhou o prêmio de melhor em campo da patrocinadora do torneio. Porém, acho que os melhores em campo foram o espetacular Rodrigo Dourado e interminável Juan, a parede que evitava os contra-ataques do Santa Fe. D`Alessandro também foi um monstro.

O Inter não jogou bem, mas talvez tenha feito o máximo possível contra um adversário duríssimo e algo agressivo. Agora, lá em 15 de julho, enfrentaremos o Tigres de Monterrey. A segunda partida será no México, em razão da alta pontuação do Tigres na fase classificatória. Monterrey tem pouco mais de um milhão de habitantes e está a apenas 530 m de altitude. Então, não haverá preocupações com a altitude, mas… Fica longe, quase na fronteira com os EUA, no norte do México, próximo ao Texas e ao Caribe de Cuba e Cancún. Não será fácil e Luís Felipe dos Santos já começou uma pressão particular sobre Rafael Sóbis, o centro-avante do time da capital do estado de Nuevo León.

Caro Rafael Sobis,
Já que você vai enfrentar o Inter na semifinal, espero que lembre sua grande passagem com a camisa colorada.
Especialmente aqueles 580 gols que você perdeu contra o Mazembe.
Um abraço,
LF

Isso mesmo, Sóbis. Pense no Mazembe durante o jogo contra o seu Inter.

https://youtu.be/wzVUHXd51oI

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Bom dia, Diego Aguirre

Bom dia, Diego Aguirre
Diego Aguirre: na Libertadores, só os melhores, tá?
Diego Aguirre: na Libertadores, só os melhores, tá?

Não vi o jogo do último sábado, Aguirre. Na boa, cansei dos reservas. Mas parece que Nilmar foi bem. Era o que interessava, além do pontinho conquistado fora de casa. Só não entendi a escalação de Alan Ruschel no meio-de-campo com Taiberson e Alisson Farias no banco. Mas sei que a mente dos treinadores de futebol passeiam por campos cheios de fantasia e alucinação. Como o previsto por todos os observadores externos, Ruschel não apenas foi o pior em campo como ainda arranjou uma expulsão.

Já dizia o chamado Mestre Cabral: o mau jogador deve ser afastado, retirado do grupo. Se fica por ali, mesmo que só completando o banco, acaba entrando em campo. Tu devias pedir para a direção trazer um dos melhores laterais da segunda divisão brasileira. Bastaria para ser reserva ou disputar posição com o Géferson.

O jogo de amanhã será terrível. Ainda não estou nervoso, mas amanhã estarei. Começarás com Nilmar ou Lisandro López? Nilmar aguentaria 90 ensandecidos minutos ou vai cansar? Melhor entrar de cara ou depois? Bem, confio em ti, cara. Faça as melhores escolhas, motive o time e vamos lá tentar.

Boa sorte.

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Bom dia, Diego Aguirre (com o gol e melhores lances de Santa Fe 1 x 0 Inter)

Bom dia, Diego Aguirre (com o gol e melhores lances de Santa Fe 1 x 0 Inter)
A vida complicou na Libertadores, Aguirre
A vida complicou na Libertadores, Aguirre

A atuação do Inter foi abaixo da linha de pobreza futebolística, foi inaceitável. Tivemos sorte, Aguirre. O 1 x 0 foi injusto. As bolas deles beijaram duas vezes nosso travessão, uma vez nosso poste e houve incríveis gols perdidos. Aquele lateral-esquerdo Mosquera poderia ter saído consagrado de campo. O cara engoliu Sasha e ainda Alan Costa, com que quem dividia — e ganhava — bolas em nossa área, fez o gol e perdeu mais dois. Sei, também desperdiçamos uma chance com Nilmar, mas só por milagre aquele segundo tempo não acabou uns 3 x 0 para o Santa Fe. Apesar da sorte, eles nos colocaram da frente para a porta de saída da Libertadores. Um pequeno empurrão no Beira-Rio e caímos fora do ônibus.

Agora, precisamos vencer por dois gols de diferença. Um 1 x 0 levará a decisão para os pênaltis.

Era previsível que acontecesse e aconteceu: depois de uma semana de estrela em que disse que pretende marcar 25 mil gols em sua carreira, Valdívia entrou em campo como o craque que ainda não é. O que dizer daquele lance no primeiro tempo em que ele não quis deixar o Sasha cara a cara com goleiro para tentar um chute por cobertura, de longe? Uma completa idiotice. O guri pensa que é o Romário? E, céus, o Sasha? Esteve em campo?

Os colombianos são muito bons. Fisicamente fortes, marcam e jogam muito. Omar Pérez é o centro do time e dele saem bons passes. Por falar em passes, nada explica os erros de Valdívia, Sasha e até de Lisandro López, que erravam passes laterais para jogadores livres. Como não tínhamos contra-ataques, é obvio que o Santa Fe, que não é trouxa, realizou um massacre no segundo tempo. Para piorar, Aguirre, tu erraste ao recuar demais o time, inclusive colocando Réver no lugar de Lisandro no final do jogo. Marcelo Bielsa ensinou e tu deves ter lido: o time que abdica de jogar com a bola, multiplica o número de bolas que o adversário terá. Assim, todo rebote, toda iniciativa era deles. E pior, eles tinham qualidade para entrar na nossa área a todo momento. Ficamos acuados, à mercê.

Agora, teremos um filme de terror na próxima quarta-feira. O Santa Fe vai tentar deixar o tempo passar e nós estaremos apressados, querendo fazer logo dois gols. Espero que o susto de Bogotá faça com que alguns jogadores acordem de seus sonhos de grandezae voltem a produzir. Qualquer coisa parecida com o futebol apresentado ontem no El Campí, significará o adeus à Libertadores 2015. Sorte aí, Aguirre.

https://youtu.be/OK4S2PkZOks

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Hoje à noite, Porto Alegre vai parar

Hoje à noite, Porto Alegre vai parar

Certa vez, entrevistei o Zé Victor Castiel e ele me disse que uma das piores coisas que pode acontecer a um espetáculo teatral, em Porto Alegre, é competir com jogos da Libertadores. As pessoas simplesmente somem. A mulher não vai porque o marido quer ver o jogo ou o contrário. A namorada vai acompanhar seu rapaz no bar a fim de assistir a partida. Os gremistas roem as unhas, pedindo aos deuses do futebol que o Inter seja derrotado ou vice-versa. E não saem de casa. Os cinemas e teatros, assim como os restaurantes em que não são mostrados os jogos, ficam desertos. Naquele horário, quem caminha pelas ruas trabalha ou estuda. O dia é ideal para marcar um blind date e não ser visto. Como ficam os motéis? Sei lá, mas acho que é um bom dia, mesmo estejam vendo o jogo na portaria. Os casados que mentiram ver o jogo e foram a um motel também devem ficar de olho para poderem comentá-lo em casa quando chegarem. Só saber o resultado, hoje, não basta.

Sabe o que atrapalha muito o teatro? O calendário do futebol. Temos que pegar a tabela da Libertadores da América e do Brasileiro e fugir daquelas datas e horários. Houve uma vez em que o Grêmio estava nas semifinais da Libertadores e jogaria numa quarta-feira. Nós tínhamos uma apresentação no Bourbon Country na terça e na quarta. Terça tivemos a casa lotada e na quarta, nada. Tabela de futebol é uma coisa que influencia muito. Temos que ficar de olho nela.

Zé Victor Castiel

Perdendo o foco no trabalho | Imagem: Corneta Colorada
Perdendo o foco no trabalho | Imagem: Corneta Colorada

A coisa é tão absorvente que a gente, lá pelo meio da tarde, já vai perdendo o foco no trabalho. Começa a pensar em como será o jogo e, tão importante quanto, no que precisa fazer para ver tudo com conforto. Fui ao supermercado antes da partida contra o Atlético-MG em Belo Horizonte. Um monte de gente comprava cervejas e um idoso, de certamente mais de 80 anos, estava extasiado na fila do caixa, bem na minha frente, contando que seus netos iam ver o jogo na sua casa e que estava comprando aquelas Stellas para eles, todos colorados.

Quem fica de fora não entende. Assim como eu não entendo os religiosos, quem não acompanha futebol deve ficar achando o mundo muito idiota. E somos mesmo um bando de imbecis. Mas nos divertimos.

Ontem à noite, no viaduto para pedestres do Parcão, surgiu uma faixa desesperada, feita por gremistas ou por um colorado muito debochado. Pedia que parassem de falar em imortalidade e contratassem alguém como D`Alessandro, o argentino que tornou-se símbolo do Inter. Eles querem voltar ao protagonismo. Conheço isso de ficar torcendo para um time diferente a cada semana. É mesmo chato. Melhor torcer para o nosso.

gremistas nervosos

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Boa tarde, Diego Aguirre (um bilhete e os melhores lances da pelada de ontem)

Boa tarde, Diego Aguirre (um bilhete e os melhores lances da pelada de ontem)
Vitinho faz careta logo após a ressurreição.
Vitinho faz careta logo após a ressurreição.

Teu Inter, Aguirre, acredita no rumo traçado pela comissão técnica e o resto — Wianey e que tais — deve permanecer como ruído de fundo. Ontem, fizemos um paupérrimo jogo contra o Avaí, mas vencemos e isso é fundamental para que o ruído não alcance o time titular, empenhado na Libertadores. Jogamos muito mal, corremos riscos de perder, só que a boa e velha lei da boa pontaria falou mais alto e, pimba!, gol de Vitinho. E mais nada.

O Grêmio também protege a estratégia colorada das críticas. Afinal, se em duas rodadas está atrás de nós na classificação, o que dizer dos queridinhos da RBS? Alerto que, com o time 100% reserva, o Inter está em 12º lugar no Brasileiro, enquanto que o Grêmio, com o time 100% titular, está em 18º.

Mas, cá entre nós, Aguirre, livre-se de Alan Ruschel anteontem, de Léo ontem, e de Luque (com Rafael Moura) hoje à tarde, por favor. Vitinho e Paulão ficam em observação, mas os 3 citados acima podem ir para o moedor de carne imediatamente.

https://youtu.be/aMANoVMTtyI

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Bom dia, Diego Aguirre (com os gols da epopeia de ontem)

Bom dia, Diego Aguirre (com os gols da epopeia de ontem)

Que jogo, Aguirre! Cada vez que o Atlético-MG vinha, calafrios contrafeitos percorriam minhas costas do cóccix aos primeiros pelos do pescoço. E tu reagiste valentemente aos rasantes que os mineiros nos davam repetidamente e que abalavam as estruturas do bergamotão. Imagino que, em condições normais, ninguém é sufocado sem se debater desesperadamente. E tu te retorceste, jogando pernas e braços para todos os lados a fim de fazer o Atlético parar. Primeiro, colocaste Jorge Henrique para marcar Patric, que penetrava como uma faca quente na manteiga do lado esquerdo de nossa defesa. Não deu certo. Então tiraste o baixinho, colocando o volante Nico Freitas. Melhorou pouca coisa. Depois, inverteste os laterais. Passamos a respirar. E acabamos com a sangria trocando, imaginem, D`Alessandro por Réver.

Mais tinha os outros todos. Então, gostaria de elogiar um cara do qual ninguém fala. Ele é velho, discreto e faz tudo com tamanha naturalidade que até os pênaltis que comete não são marcados. Os juízes observam, duvidam do que veem e deixam pra lá. Ontem, ele fez um desses. Aos 36 anos, Juan deixa Alan Costa e Ernando não apenas mais bonitos, mas cheios de garbo e compostura. Ele engana também os atacantes. Lento, faz-se de rápido ao usar atalhos desconhecidos para chegar nas bolas. Contra o Atlético-MG cumpriu uma partida sem falhas, sendo uma ilha de segurança em meio à balbúrdia.

Valdívia faz Victor voltar correndo para o gol.
Valdívia faz Victor voltar correndo para o gol | SC Internacional / Alexandre Lops

Fui no jogo com o Diego Dutra, zelador do prédio onde moro. Somos uma dupla invicta. Quando saímos do T5, perguntei-lhe quanto seria o jogo. No Sul21, tinham dito que seria 2 x 1, 1 x 1 ou 2 x 0, sempre com o Inter classificado, mas o Diego disse que seria 3 x 1. Acertou. Só que, certamente, não previu do tamanho do sofrimento para um placar tão dilatado. É que nosso aproveitamento foi — tem sido sempre– muito alto. E não adianta dizer que o Atlético teve mais posse de bola e muitas chances. Tu, Aguirre, gostas de dar campo ao adversário. O que Levir e os jornalistas mineiros tiveram que entender é que faz parte do “jogar bem” converter as chances em gols. E isso nós fizemos de forma e beleza alucinantes. Até no gol de Lisandro López, o mais acanhado de todos, tivemos uma conclusão sensacional, com o argentino mandando Victor para um lado, chutando no outro. Ou seja, somos um time complicado como era aquele teu Peñarol, Aguirre, que nos matou no Beira-Rio em dois contra-ataques. Até hoje fico puto quando penso naquele jogo.

victorE D`Alessandro, que fez o seu sétimo gol em Victor? E não foi qualquer gol. Ele girou sobre Thiago Ribeiro e Douglas Costa mandando um chute em curva, no ângulo, uma coisa de grandiosidade e exatidão como só os grandes algozes conseguem. Foi um golpe só, definitivo, indolor, sem piedade. Ocorreu ao final do primeiro tempo, antes que o Galo voltasse a dar as cartas no início do segundo, período de maior terror para a arquibancada colorada, quando levamos um banho de bola sem acertar contra-ataque nenhum.

No T5 da volta, a sensação geral era a de que podemos ser campeões novamente. Talvez o cruzamento com o Santa Fe não nos obrigue a parir outro bebê de 25 Kg. O Marco Weissheimer, atento e caseiro torcedor colorado, me escreveu dizendo que o ataque do Santa Fe é bom, mas a defesa é fraquinha. E terminou citando o inesperado complemento de nossa felicidade de noite de ontem. “A cereja no pudim ontem foi mesmo a eliminação do Corinthians pelo Grêmio Bagé”. Verdade.

https://youtu.be/EprGf3loudA

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Bom dia, Diego Aguirre (com os gols de ontem)

Bom dia, Diego Aguirre (com os gols de ontem)
O indecifrável Cláudio Winck jogou como volante e lateral na derrora por 3 x 0 para o Atlético-PR
O indecifrável Cláudio Winck jogou como volante e lateral na derrota por 3 x 0 para o Atlético-PR

Aguirre, claro que a Libertadores é nosso objetivo, mas há limites para o uso de reservas. Léo, Paulão e Alan Ruschel são casos de irremediável ruindade. Réver, Anderson e Vitinho são casos de desinteresse. Os reservas Nilton (lesionado) e Nico Freitas (suspenso) não fizeram falta, mas esses seis que citei inicialmente jogaram teu time misto no chão.

Não dá para analisar taticamente aquele amontoado de jogadores, até porque algumas péssimas atuações tornaram impossível qualquer vida futebolística. Paulão passou a tarde dando chutões para a frente. Quando resolveu chutar para trás, acabou acertando nosso gol. Léo é o próprio Homem Sem Qualidades: é deficiente na defesa e no apoio. Onde está aquele Diogo que entrou com dignidade em alguns jogos do Gauchão? Alan Ruschel é a mesma coisa que Léo, só que pela esquerda, em versão charmosa.

Já Réver, Anderson e Vitinho vieram para ser titulares, perderam a posição e parecem estar “desmotivados”. Os dois primeiros podem até estar sem ritmo de jogo, mas Vitinho parece ser um caso de desistência. E o argentino Luque?

E Cláudio Winck? Podemos contar com ele? Iniciou bem e depois encolheu-se.

Bem, é claro que toda a nossa torcida e interesse está voltada para quarta-feira, mas um péssimo Brasileiro pode ter como consequência uma Libertadores nervosa. A imprensa já começou a encher o saco, dizendo que Brasileiro não é Gauchão e que tu não és tão brilhante quanto parece. Haja saco, Aguirre, haja saco.

Na quarta, vamos de Ernando pela esquerda, não? Colocar o Alex ali pode ser perigoso, considerando que o Atlético tem Luan e Marcos Rocha no setor. Já sei que JH vai jogar para aumentar nossa marcação no meio. Boa sorte pra nós!

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