A batalha de La Plata


Ah, que equipazo el inter!! por dios!! mejor que aquel campeón de America inclusive… imparables, e impasables.

O primeiro e-mail do Sr. 1:

Miltão,

estaremos, todo o STAFF colorado, assistindo a Inter e Estudiantes Boca no bar X. Trata-se de um bar sujo, fétido e mal-freqüentado, mas de muita personalidade. Fica na Rua Y, quase esquina com a Z (rua do lado da Igreja tal). Estaremos por lá a partir das 21h45.

A resposta do Sr. 2:

Creio que verei o jogo em casa. Ando precisando ECONOMIZAR um pouco.

O Sr. 1 retorna:

Eu acho temerário não ver o jogo na Estância de Dom A., sempre ganhamos lá, mas tudo bem. Aliás, 2, posso cobrir.

Eu escrevo para os dois:

Eu tb posso dar cobertura financeira… O 1 dá a outra.

O Sr. 2 torna-se épico:

2 a 1 para o Colorado. Será interrompida a seqüência de 43 jogos invictos do Estudiantes em seu estádio e mais um “copero” rastejará diante do gigante de armadura vermelha.

Cada vez mais percebo que me torno uma pessoa extremamente VOLÚVEL quando o assunto é convite para bares. Pois então vamo-nos embora pinchar aquelas ratazanas.

Já estou com uma sede enlouquecedora.

ahuahah

Abraços.

Fomos. Resultado: Estudiantes 0 x 1 Inter

Saio cedo, logo após a partida, à meia-noite. Acordo às 6h30.

Novo e-mail do do Sr. 2:

Eu tento, eu vou atrás dos times COPEROS, mas todos eles querem até a morte se abaixar pra chupar a GLANDE VERMELHA. Continuaremos, sempre e sempre, buscando uma CHINA mais difícil.

Gazela, cabrita, RATAZANA, é tudo a mesma merda.

E DÁ-LHE COLORADO!

Chamas profundas, trago infinito.

Se ganhar a Sul-Americana, o Inter terá conquistado, em 27 meses, todos os títulos internacionais da FIFA possíveis a um suda (*): Libertadores, Mundial, Recopa e Sul-Americana. Das 11 últimas finais que disputamos, vencemos 10. A única exceção foi o Campeonato Gaúcho de 2006, perdido para o Grêmio.

Não dava para escrever muito. Ainda bem que o Monólogo de toda sexta-feira já está escrito, formatado e agendado. Agora, ao trabalho!

(*) Suda: do espanhol “sudamericano”.

A curta primavera da tartaruga

Na semana passada, circulou em Porto Alegre uma engraçada metáfora. Talvez ela tenha surgido em hostes coloradas, mas contou com o apoio gremista. Dizia-se que o Grêmio era uma tartaruga em cima de um poste: ninguém sabia como tinha subido até lá, mas sabia-se que cairia… Ouvi a piada ser contada por muita gente, colorados e gremistas. Parecia haver um consenso sobre a queda da tartaruga. E ontem ela caiu feio.

Foi 4 x 1 ao natural, com direito a gol antes dos cinco minutos de jogo e placar construído no primeiro tempo. Tite entrou em campo com aquela escalação cautelosa de três volantes. Estranhamente, este tipo de escalação parece favorecer a liberdade dos meias de ligação adversários. Vejam o golaço de Tcheco! Ele atravessou o campo, fazendo o mais belo gol do jogo, tendo enfrentado em sua arrancada apenas um jogador: Guiñazu. Aliás, Tcheco parecia ser o único com algum élan e categoria no time do Olímpico. O resto era um amontoado de equívocos: Pereira e Perea entraram em campo lesionados, o primeiro foi substituído a dez minutos e o outro no intervalo; Marcel e Perea formavam um ataque de asma; a saída de bola pelo lado direito com os péssimos Paulo Sérgio e Léo não funcionou, claro; e Celso Roth, após a expulsão de Tcheco e perdendo o jogo de 4 x 1, optou por preservar seu emprego abdicando de atacar. Uma tragédia. Uma tragédia maravilhosa para nós.

Enquanto isso, víamos D`Alessandro, Guiñazu e Alex triturarem o meio de campo defensivo do Grêmio. Foram inúmeras as oportunidades em que esses três e mais Nilmar chegaram tabelando aos três zagueiros de Roth. A atuação de D`Alessandro foi tudo e mais do que desejaríamos. Seu chute no primeiro gol foi espetacular e… Bem, foi um chocolate lindo de se ver.

Com efeito, a tartaruga caiu e o vento que a empurrou nem precisou ser muito forte.

Há oito rodadas, estávamos 18 pontos atrás do Grêmio; hoje, a diferença é de oito. OK, o Grêmio encarou a realidade, mas é indiscutível que estamos jogando mais.