Músicos italianos e europeus pedem acesso aos manuscritos de Verdi e Puccini

Músicos italianos e europeus pedem acesso aos manuscritos de Verdi e Puccini

Cinquenta importantes figuras da música e das humanidades — lideradas por Daniel Barenboim, Riccardo Chailly, Placido Domingo, Daniele Gatti, Zubin Mehta, Antonio Pappano, Maurizio Pollini, Christian Thielemann, juntamente com nomes fundamentais da vida pública italiana — como Dario Fo, Bernardo Bertolucci, Andrea Camilleri, Claudio Magris, e Umberto Veronesi — assinaram um apelo ao ministro italiano do Patrimônio Cultural, relativo ao acesso acadêmico aos arquivos dos compositores Giuseppe Verdi e Giacomo Puccini.

As duas coleções — o Verdi Archivio (em Sant’Agata, Piacenza) e o Archivio Puccini (Torre del Lago, Lucca) — pertencem aos herdeiros dos compositores. Muitos manuscritos importantes, fundamentais para o estudo de como estes dois compositores viveram e criaram sua música, estão armazenados lá. Só que os atuais detentores dos materiais não dão acesso adequado a eles. Também não é possível saber das condições em que estão sendo preservados ou não, e muito menos de seus conteúdos.

Giuseppe Verdi & Giacomo Puccini: infelizmente, estes compositores italianos têm parentes também italianos
Giuseppe Verdi & Giacomo Puccini: infelizmente, estes compositores italianos têm parentes também italianos

Por toda a Europa, o acesso dos pesquisadores é livre para estudar os manuscritos de compositores. Porém, os herdeiros de Pucciverdi recusam-se a permitir aos investigadores o exame dos manuscritos. Esta recusa viola Art. n. 127 do Código da Herança Cultural italiana.

O recurso para o ministro italiano do Patrimônio Cultural foi publicado pela revista italiana mensal “Voce Classica”. Os cinquenta signatários são:

Roberto Abbado, Salvatore Accardo, Alberto Arbasino, Rosellina Archinto, Daniel Barenboim, Giorgio Battistelli, Bernardo Bertolucci, Francesco Saverio Borrelli, Mario Brunello, Renato Bruson, Massimo Cacciari, Bruno Cagli, Andrea Camilleri, Riccardo Chailly, James Conlon, Azio Corghi, Plácido Domingo, Ivan Fedele, Juan Diego Flórez, Dario Fo, Carlo Fontana, Luca Francesconi, Daniele Gatti, Gianluigi Gelmetti, Adriano Guarnieri, Philippe Jordan, Raina Kabaivanska, Fabio Luisi, Nicola Luisotti, Claudio Magris, Giacomo Manzoni, Michele Mariotti, Mario Martone , Zubin Mehta, Francesco Meli, Kent Nagano, Gianandrea Noseda, Anthony Pappano, Michele Pertusi, Maurizio Pollini, Salvatore Sciarrino, Renata Scotto, Alessandro Solbiati, Peter Stein, Christian Thielemann, Marco Tutino, Uto Ughi, Fabio Vacchi, Umberto Veronesi e Alberto Zedda.

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É um espanto a Maria João Pires ou o espanto de Maria João Pires

Maria João tinha ensaiado um concerto de Mozart. Foi quando viu Riccardo Chailly fazer, junto com a Orquestra do Concertgebouw de Amsterdam, a introdução de outro concerto de Mozart. Totalmente perturbada, ela diz para Chailly que ia tocar o que desse ou o que lembrava. O resultado é que ela tocou todo o concerto até o final sem cometer nenhum erro. Bem, é a Maria João, mas mesmo assim é espantoso.

Kammermusik, de Paul Hindemith

A série Kammermusik, de Paul Hindemith (1895-1963), tem estrutura semelhante aos 6 Concertos de Brandenburgo de Bach. Só que aqui são 7 Concertos de Câmara para os mais variados instrumentos. A Kammermusik Nº 1, Op.24 n.1 para 12 instrumentos solo (1921) é o cartão de apresentação do que virá em termos de inventividade. Notem, estamos em 1921. Hindemith já é parodístico como grande parte da música do século XX, mas sua sintaxe é barroca, contrapontística.

A seguir, a Kammermusik Nº 1 completa:

1º mvto: Sehr Schnell und Wild
2º mvto: Maessig Schnell Halbe
3º mvto: Quartett: Sehr Langsam und mit Ausdruck

Royal Concertgebouw Orchestra
Riccardo Chailly.

Os filmes apresentados são os seguintes:

“Le Retour a la Raison” di Man Ray (1923)
“Emak-Batik” di Man Ray (1926)
“Anemic-Cinema” Di Marcel Duchamp (1926)
“La Tour” di Rene Clair (1927)

4º movimento da Kammermusik Nº 1.

Obrigado, Wellesz!

Muito mais nervosa é a Kammermusik Nº 5, um vertiginoso Concerto para Viola, cujo primeiro movimento coloco abaixo…

San Francisco Conservatory of Music Orchestra

Jodi Levitz, viola
Andrew Mogrelia, conductor

e, para terminar, o segundo movimento acompanhado de imagens que não sei se agradariam ao autor:

Gioacchino Rossini: uma belíssima adaptação para orquestra do Kyrie da Pequena Missa Solene

Para a Claudia, como tudo o que faço.

Este é o Kyrie, primeiro movimento da Pequena Missa Solene de Rossini, personagem deste conto. O original foi escrito para coro, solistas, dois pianos e harmônica. A gravação — da Orquestra da Gewandhaus de Leipzig e do Coro da Ópera de Leipzig, sob a regência de Riccardo Chailly — é bastante anabolizada, mas, céus, está linda.

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