Falcão, volta pra Globo. Já.

Cavenaghi não entra porque é 9. Ontem foi segundo homem de ataque. Ricardo Goulart mudaria o jogo da vida. Ontem, nem entrou. Quarta, sobrou o D’Alessandro. Ontem, foi o primeiro a sair.

Sobre a coerência de Falcão, lido ontem no tuíter

Quando Falcão “ameaçou ter vontade” de retornar ao Inter, fiquei quieto. Dentre as escolhas mais divulgadas, ele era a minha última, pois fracassara, anos atrás, no Inter, na Seleção Brasileira, no América do México e na Seleção do Japão. Não é pouco. Mas é um sujeito simpático, bem falante, ídolo da torcida e não treinava um time de futebol há vinte anos. Ele, de certa forma, me seduziu, apesar da desconfiança que congelava meus comentários. Infelizmente, vejo agora que devia ter combatido a ideia com minha pistola d`água. Nem no grupo de discussões dos novos conselheiros do Inter eu disse alguma coisa contrária. Deixei-me engambelar pelo pensamento mágico do grande jogador que retorna ao clube.

Em poucos, pouquíssimos dias, Falcão fez o Inter perder o pouco que tinha de solidez defensiva e seu ataque é o mesmo de Roth, só que com Andrezinho no lugar de Zé Roberto e Oscar no de Sóbis, que jogava recuado com Roth. O posicionamento dos jogadores, apesar da inversão de funções, é a de Roth. Sua primeira mancada foi a de centralizar D`Alessandro — típico jogador para atuar nos lados do campo — e a segunda foi a de seguir respeitando as estrelas do grupo, dentre elas o recém operado e capitão do time Bolívar, que voltou à titularidade totalmente fora de forma física e técnica. O que sempre quisemos — a saída de Nei, a colocação de uma dupla de zaga cuja idade somasse menos de 60 anos, um time mais rápido — parece ter ficado ainda mais longe com Falcão.

Sigo dizendo que o Inter tem um dos melhores grupos de jogadores do Brasil, talvez o melhor. Falta-lhe um técnico. Se eu fosse um deles, se tivesse competência para dar dinâmica a um grupo de jogadores tão qualificados, estaria ligando diariamente para o Beira-Rio, pedindo o cargo e a glória. Este cara só deveria pedir uma coisa: apoio para livrar-se de Nei, Índio, Bolívar, Rodrigo, Wilson Matias, Zé Roberto e outros menos votados.

Ah, e por favor, não me digam que Renan foi culpado pelos dois gols de Viçosa. Alguém tinha que ir na jogada. Se o goleiro não saísse, Viçosa poderia ter matado a bola e ido até dentro do gol do Inter. Neste caso, Renan seria culpado por não sair. Responsabilizem a dupla de zaga, peço-lhes. No primeiro gol Viçosa estava entre os zagueiros, que guardavam temerosos 5 metros de distância do atacante; no segundo, Rodrigo tentou deixá-lo impedido depois do lançamento ter partido… Céus!

Gostou deste texto? Então ajude a divulgar!

Algum problema?

0 x 6, 1 x 2, 0 x 2, 0 x 1 , 1 x 2 de novo e 0 x 3. E eu, que pensei que o mundo só acabaria em 2012? Pura desinformação.

Inspiração.

Gostou deste texto? Então ajude a divulgar!

Não sem antes dar um vexame, a vaca foi pro brejo

Publicado ontem à noite no Sul21.

Para bem explicar a efêmera participação do Internacional na Copa Libertadores da América de 2011, talvez seja necessário voltar ao ponto onde ela começou para terminar no exato momento em que Falcão inventava  de colocar Ricardo Goulart em campo.

A pequena tragédia colorada foi longa do ponto de vista temporal. Ela começou quando Fernando Carvalho chegou-se ao ouvido de Roberto Siegmann e pediu para que este mantivesse Celso Roth como treinador da equipe logo após o mazembaço de dezembro. O pedido — destituído da menor lógica, ainda mais vindo de alguém que estava abandonando a direção de futebol — foi atendido de forma dedicada, longa, insistente e tola.

Foi assim que o Inter viu passar os primeiros meses de um ano em que dispunha talvez do melhor grupo de jogadores da última década. Com um técnico detestado pela torcida e que mais parecia apostar na própria demissão, jogou fora todo o início da temporada. Quando foi finalmente decidido o óbvio, a diretoria colorada apostou no Sobrenatural de Almeida, chamando o ex-idolo Falcão, ou seja, alguém com nome, fama e inexperiência.

Nada contra Falcão, ele até vinha bem e tem crédito para se recuperar, mas convenhamos, começou a fazer estranhas escolhas em suas substituições dos últimos dois jogos: no Gre-Nal tivemos a entrada de Juan no local de um meio-campista — quase uma ordem para o adversário atacar — e hoje, de forma improvável, bateu o recorde rothiano ao manter Sóbis e Cavenaghi na reserva para apresentar-nos o péssimo e inédito Ricardo Goulart.

O jogo de hoje iniciou com o gol de Oscar a um minuto de jogo. Ele fez bela jogada na  intermediária, driblou dois <em>carboneros</em> e bateu firme de canhota no canto do goleiro Sebastián Sosa. Um belo gol. Só que o gol de Oscar não foi a abertura de uma partida arrasadora do Inter, mas antes um aviso de “fiz o meu máximo, boa noite, vou dormir”.

Marcando forte, Peñarol  passou a dominar a partida, apesar de apenas conseguir repetidos escanteios. Não era um bom jogo, as arquibancadas estavam ficando anestesiadas pelo jogo lateral do Inter, cuja inapetência pela profundidade merece ser tema para muitas reuniões de Falcão com seus comandados.

No início do segundo tempo, sentindo que o Inter passaria a noite ensebando, o Peñarol deu duas estocadas que levaram o Inter ao chão: o atacante argentino Alejandro Martinuccio disparou pela Avenida Nei — outro problemaço para Falcão — , tabelou com Juan Manuel Olivera e bateu no ângulo de  Renan. Um golaço. A igualdade conquistada em apenas 15 segundos não perturbou o sonolento time colorado, tanto que o Peñarol utilizou-se das mesmas armas para para fazer o segundo gol.

Novamente pela Avenida Nei, a virada saiu aos 5min, quando Luís  Aguiar cruzou da esquerda e Olivera subiu sozinho para cabecear novamente no ângulo de Renan, só que no outro canto, para que ficasse simétrico.

Com o segundo gol do Peñarol, o Inter precisava de dois gols. Pura fantasia. Foi quando Falcão teve seu momento: trocou  Andrezinho e Oscar por Ricardo Goulart e Tinga. O efeito foi notável: o Peñarol quase marcou novamente aos 15, quando  Aguiar chutou uma bola rente ao travessão de Renan, vencido no lance.

A única coisa positiva que Falcão conseguiu foi ao fazer o óbvio ululante. Ao retirar a Avenida Nei para colocar ATACANTE Rafael Sóbis, o Internacional ficou discretamente ofensivo e atacou durante os 20 minutos restantes de  jogo. As jogadas de mais perigo foram um chute de  fora da área de Bolatti e outro de D’Alessandro,  aos 41min, defendido por Sosa. Houve também uma enorme confusão na área uruguaia. Uma confusão. Só uma.

Assim, a simpática equipe uruguaia — espécie de SC Internacional daquele país — levou com inteiro merecimento a vaga.

O embuste do futebol colorado fez com que grande parte dos torcedores se retirassem antes do final do jogo. Foi o caso deste comentarista. Agora, o Grêmio é o Rio Grande do Sul na Libertadores, ao menos até a meia-noite de hoje…

Gostou deste texto? Então ajude a divulgar!

Quem é quem no casamento real

Para você que é, como eu, um burro amante do futebol, apresento algumas analogias simples do site Bola nas Costas para que você entenda o papel que cada um teve hoje na Abadia de Westminster e terá no futuro.

Gostou deste texto? Então ajude a divulgar!

Oitavas definidas, enfim. Confira aqui.

Notei alguma demora dos sites esportivos e das TVs em explicar o que houve na noite de hoje. A Band News chegou a noticiar Grêmio x Cerro! Acho que isto aqui explica tudo até a final.

(Cruzeiro x Once Caldas) X (América-Mex x Santos)

x

(Junior x Jaguares) X (Cerro Porteño x Estudiantes)

X

(Libertad x Fluminense) X (LDU x Vélez Sarsfield)

x

(Internacional x Peñarol) X (Universidad Católica x Grêmio)

Ficou claro, não?

Gostou deste texto? Então ajude a divulgar!

O genial Renato Portaluppi

Colorado, quando alguém disser que Renato jogava mais do que Falcão ou que Cristiano Ronaldo, basta você invocar as atuações de Portaluppi na seleção brasileira e na Itália. Abaixo, sua história italiana. Ele tentou 614 dribles na Roma, conseguiu finalizar 7. Fez zero (0) gols em 23 jogos. Foi corrido de lá. Divirtam-se.

Tu podes mentir nas entrevistas, mas aí vêm as imagens e...
Tu podes mentir nas entrevistas, mas aí vêm as imagens e…

Gostou deste texto? Então ajude a divulgar!

Um gol incrível

Dizem que é de um tunisia no que joga na Argélia. O que me interessa é o inusitado do gol. Veja abaixo ou clique aqui.

http://www.youtube.com/watch?v=NM4fzcU8xJE&feature=player_embedded

(Passei o dia na rua. O Inter fez 6? Dois do Sóbis e um do Cavenaghi? Pois parece que para eles fazerem gols tinham que jogar, não?).

Gostou deste texto? Então ajude a divulgar!

Sobre a identidade: Recado de um torcedor antes da tragédia

Por Emanuel Neves, do grupo Arquibancada Colorada

Perdemos, ontem, por culpa da direção colorada.

Debitem essa fiasqueira na conta de Luigi, Siegmann e dos homens do futebol. E não só deles: nos que os precederam. Nem é pelo fato de manter Celso Roth. Isso é só um outro sintoma de algo bem mais preocupante: a direção do clube não conhece sua identidade.

Não falo dos valores históricos. Esses, acredito, todos têm em mente. Ou deveriam.

O Inter – na figura de seus comandantes – não entendeu o que ele, Inter, vem tentando mostrar há mais de meia década.

Meus amigos, nós somos outro clube hoje. Nós somos a melhor coisa do futebol Sul-Americano do último LUSTRO. Se quieres falar de futebol fora da Europa, necessariamente deves começar pelo Internacional.

Há 7 anos, levamos uma saranda de um monstro chamado Boca Juniors, sensação da primeira metade da década, clube místico diante de quem todos se borravam apenas ao vislumbre das casas coloridas de seu bairro.

O Inter, hoje – e já de há muito tempo -, é, potencialmente, o Boca Juniors de vermelho.

TUDO O QUE FOR MENOS DO QUE ISSO É INSUFICIENTE.

E não por uma exigência desmedida, empáfia, arrogância ou qualquer coisa do tipo. É assim porque o Inter nos dá mostras claras de que poderia ser assim. Porque nós sabemos que pode, sim, ser assim.

E só não é porque não entenderam ainda a postura quem um clube como é o Internacional hoje deve ter.

O planejamento, a inteligência, a estratégia, o pensar do futebol, tudo isso vem com base em alguns valores e a consciência que se tem do que se é. Como pequeno, eu penso que os outros são maiores e tento vencer com as minhas parcas armas, eu as potencializo, se possível. Como grande, como gigante, eu simplesmente me imponho. Porque o meu DNA me impulsiona pra isso. É instintivo: eu simplesmente faço. Meu respeito ao adversário é aplicar-lhe a minha força e vencê-lo.

O Inter foi a Chiapas para trotar em campo no primeiro tempo. Isso é uma postura pseudogrande: eu sou maior e ganho quando eu quero. Uma postura realmente grande seria PATROLAR o lanterna mexicano em 20 minutos, passar a régua e girar a bola até o entardecer, garantindo a vaga, o primeiro lugar e o respeito geral, colocando todo o resto da América abaixo do campeão, como deve ser.

Mas o Internacional — na figura de seus comandantes — simplesmente não entendeu o tamanho que tem hoje. Ou que poderia ter.

Ou o Inter cria, definitivamente, a sua ESCOLA DE FUTEBOL, ou vamos perder o grande cavalo encilhado que a nossa própria competência criou, mas que insistimos em não enxergar.

Ou não entender.

Gostou deste texto? Então ajude a divulgar!

Pragmatismo colorado não sobrevive a Celso Roth: Jaguares 1 x 0

Publicado no Sul21

Em seus dois últimos anos de Libertadores, o Inter tem mantido um agradável pragmatismo quando joga fora de casa. Com exceção da partida contra o Banfield, na Argentina, o Inter sempre alcançou os resultados que queria. Tal postura não sobreviveu ao time escalado insistentemente por Celso Roth. Nos jogos do Campeonato Gaúcho já era visivel que a equipe colorada entrava em campo com oito jogadores e três cones: o ex-zagueiro Índio e os inoperantes — para dizermos o mínimo — Nei e Zé Roberto. Como ruindade é algo contagioso, Oscar, D`Alessandro e outros jogadores foram inoculados pelo trio e não conseguiram chegar nem perto de suas atuações do Gauchão, onde apenas conseguem empates…

Como resultado, o Inter perdeu para o lanterna do Campeonato Nacional do México no dia do aniversário do Estádio Beira-Rio e na semana de aniversário do clube. Com a data de validade expirada, Roth permanece assitindo seu time repetir-se, apesar de possuir um dos melhores grupos de jogadores do Brasil. Mas vamos aos fatos da peleja histórica — para o Jaguares.

No primeiro tempo, o Inter teve mais posse de bola, mas apenas rondou discretamente o gol de Villaseñor. Apesar de trocar passes com alguma habilidade até a intermediária mexicana, os ataques morriam nos pés de Zé Roberto, de Nei ou num último passe fatalmente equivocado de outrem afetado pela parca dinâmica futebolística. Como por milagre, Leandro Damião, aos 19 minutos, girou dentro da área chutando para fácil defesa do goleiro. Foi só.

Porém, como desgraça pouca é bobagem…

Ao final do primeiro tempo, o lanterna Jaguares ganhava corpo (ou pilhas) e começava a imiscuir-se insidiosamente no campo vermelho. Aos 33 minutos, Andrade deu um susto em Lauro. O goleiro brasileiro estava adiantado e viu o chute do camisa 19 explodir no travessão. Era tudo muito estranho.

No segundo tempo, o técnico Guadalupe, que infelizmente é contratado do Jaguares, colocou em campo o argentino Manso e o centroavante Salazar. No Inter, a única mudança foi no comportamento. Para pior. A tradicional “palavra do vestiário” trouxe a equipe sonolenta para a segunda etapa.

Aos nove minutos, Duran aproveitou nova e incrível falha do Cone Nº 1 (Nei), foi à linha de fundo e mandou para área. Salazar girou em cima do Cone Nº 2 (Índio) e bateu na saída de Lauro. O gol acordou Celso Roth, que pôs-se a refletir. Oscar, de atuação discreta, deu lugar para Rafael Sóbis, mas o time, sem mecânica de jogo, não reagia.

Então, Andrezinho entrou em campo com algum resultado. O Inter passou a investir nos chutes de longa distância. Na primeira chance, o 10zinho quase marcou por cobertura. Depois, Villasenõr fez grande defesa em cobrança de falta do mesmo Andrezinho. Neste ínterim, o time da casa trabalhava intensivamente sobre Índio, que cedia às mais ingênuas tramas de novelas mexicanas e só parava nas defesas mais sisudas de Lauro.

Como não poderia deixar de ser, Roth ainda colocou uma cerejinha no bolo de aniversário do Beira-Rio. Em vez de colocar em campo Cavenaghi, Roth investiu questionavelmente na paixão. Fez uma troca de volantes, tirando o bom Bolatti para colocar o detestado Wilson Mathias.

E assim transcorreu a noite colorada. Era para ser de festa, mas como convidaram o Celso Juarez…

~o~

Agora, a classificação do Grupo 6 da Libertadores está assim:

1. Inter: 10 pts / 5 jogos
2. Jaguares: 9 pts / 5 jogos
3. Emelec: 7 pts / 4 jogos
4. Jorge Wilstermann: 0 pts / 4 jogos

Para classificar-se para a próxima fase, o Inter precisará vencer ou empatar com o Emelec no Beira-Rio, no próximo dia 19 de abril, dependendo ainda resultado de Jorge Wilstermann x Emelec, jogo a ser realizado amanhã em Cochabamba. A melhor campanha da primeira fase? Melhor esquecer.

Gostou deste texto? Então ajude a divulgar!

Feliz aniversário, Beira-Rio

42 anos hoje. Digamos, chutando por baixo, que eu tenha ido a uma média de 20 jogos por ano. Dá 840 jogos ou algo como 126.000 minutos ou 2100 horas ou 87 dias e meio de minha vida sentado nas arquibancadas do estádio. É muito. Agradeço.

Gostou deste texto? Então ajude a divulgar!

Libertadores é coisa muito boa

Para se ganhar uma Libertadores é preciso futebol, mas apenas isto não basta. É preciso também certo espírito que costuma ser conhecido pelo nome de “copeiro”. O time copeiro é aquele que às vezes nem é o melhor, mas é o que chega a seus objetivos. O Grêmio foi copeiro, assim como o Liverpool e o Boca Juniors, mas hoje o cetro passou ao Internacional, ao menos na América do Sul. Sejamos francos, se a Libertadores fosse só futebol, se ela fosse só bola, o Estudiantes de La Plata teria eliminado o Inter nas quartas-de-final da Libertadores de 2010. Era mais time e jogou mais. Como Giuliano logro hacer aquele gol inexplicável na Argentina, foi criado o monstro que acabou por eliminar o São Paulo nas únicas grandes apresentações do Inter naquele ano — e ainda assim com direito a frango de nosso goleiro — e que ganhou do fraco Chivas na final.

Na verdade, todos querem a Libertadores com uma vontade a mais. Times que achamos bons são desmascarados no torneio. Nos primeiras primeiras rodadas desta ano, dois de nossos favoritos — Fluminense e Santos — tiveram enormes dificuldades por faltarem-lhe este esforço a mais. Os jogos Fluminense x Nacional e Flu x Argentino Juniors, mostraram ao flamante campeão brasileiro que ele sofria de falta de cojones. O tricolor carioca ficou tão brocha que entrou me crise. E o mesmo vale para os saltitantes meninos do Santos. A Libertadores dá preferência aos times sérios e pragmáticos, sem dúvida.

As arbitragens do torneio também ajudam os times menos firulentos. Os juízes não dão qualquer faltinha, não interrompem o jogo só porque Neymar atirou-se ao chão rolando e fazendo cara de quem sofreu uma tentativa de assassinato. Para a falta ser marcada, é necessária… a falta, coisa que nossos juízes teimam em não obedecer. Deveria dizer que é jogo pra macho? Olha, não sei, o que sei é que times que utilizam esforço médio ou residual não vão longe no torneio.

A posição do Peñarol em seu grupo — lider e classifcado por antecipação com uma rodada de antecedência — mostra bem isso. Perdeu de 5 x 0 para a LDU em Quito, mas em todos os jogos, mesmo nesta goleada a qual me referi, jogou à morrer, à uruguaia, e conquistou 3 vitórias, apesar de ser um líder com saldo -4. Maravilhosa Libertadores.

Hoje o Inter pega o mexicano Jaguares na cidade de Tuxtla Gutiérrez. Os caras vem mordidos, mas são mexicanos. Os mexicanos não dão a impressão de terem entendido a índole futebolística suicida do campeonato. Espero que não demonstrem terem-na descoberto hoje. E espero que nos comportemos como o habitual: jogando mal — com a torcida passando a noite inteira a cornetear Celso Roth — e ganhando na base de nossas caríssimas individualidades.

Gostou deste texto? Então ajude a divulgar!

Anúncio do Jaguares para o jogo contra o Inter

Muito interessante. Com referências ao filme Kill Bill, etc. Resta saber se Uma Thurman, Quentin Tarantino e os 88 loucos participarão da partida. Um deles foi visto em Lajeado no último sábado: o árbitro Fabrício Neves Corrêa, que gosta de ver mortos e feridos em campo.

Ah, a propósito: parabéns ao Inter que hoje completa 102 anos.

Gostou deste texto? Então ajude a divulgar!

Golaço coletivo

Quando o gol é coletivo é muito mais bonito. A firula, se houve, resumiu-se ao chute algo zombeteiro do benfiquista Gaitán. O gol foi feito esta semana no jogo Paços Ferreira 1 x 5 Benfica. Veja abaixo.


Ou clique aqui.

Gostou deste texto? Então ajude a divulgar!

Sono atrasado, Bach e sobre ontem à noite

Em cada um dos quatro dias de carnaval, corri 5 Km pela manhã. Algo leve, para todos os dias, tanto que ganhei um 1 kg. Às vezes, dormia à tarde, perfazendo horas e horas da vida besta que não tinha há meses. Durante a noite, dormia umas 7h. Digamos que dormisse mais 2 à tarde, completando aproximandamente 9 horas diárias de sono. O milagre foi acontecendo aos poucos: a sensação de cansaço que me perseguia há meses foi me abandonando aos poucos. Nunca pensei que essa coisa de “sono atrasado” existisse mesmo. No passado, uma noite normal já me deixava em forma. Agora, nesta sexta década — estou com 53 anos — , preciso de muitas horas de sono para me sentir bem de novo.

Temakeria Japesca

Passar um feriado longo em Porto Alegre com temperatura amena é reencontrar a qualidade de nossa vida junto aos amigos, no cinema à tardinha, na leitura a qualquer hora ou no passeio à Redenção com os cachorros. Com grande parte dos restaurantes fechados em férias coletivas, sobrou de bom a Temakeria e Empório Japesca do Mercado Público, espaço onde a gente pode se empanturrar de temakis de salmão ao preço de R$ 5,00 cada. Esta é uma iniciativa muito boa, espero que ela auxilie a fazer o preço da comida dos japas recuar a valores mais justos. E o temaki dos caras é de primeira categoria. Mesmo num sábado de carnaval, ficamos na fila. Coisa pouca, 15 minutos e olhe lá.

Estou lendo um livro sobre Bach. É tão bom que não quero terminá-lo. Franz Rueb dá uma visão muito realista e documentada da vida de repetidas discordâncias entre o compositor com seus chefes. Em 48 flashes de 5 a 10 páginas cada um, Rueb faz a descrição de todos os problemas, das demissões, das relações com a sociedade, com seus pares e também da educação de Bach desde a infância. Naquela época, a falta de títulos já fazia de alguém um idiota e, bem, Bach era autodidata. O livro faz surgir um ser humano interessantíssimo e muito brigão por trás da obra sobre-humana legada a seus filhos e que chegou a nós muito, mas muito incompleta. Foi tão grande quanto Shakespeare, certamente. É curioso. Livros muito mais analíticos não conseguem fazer surgir o homem que há em Bach, um empregado tão obediente que levava sua mulher para cantar na igreja quando isto era um importante pecado. De santo, o cara não tinha nada.

Urretaviscaya

Vi o jogo do Grêmio ontem. Pobre Caxias, ser time do interior é complicado. Nunca vi tantos e tão injustos descontos. Quando o Grêmio marcou seu gol, aos 53 do segundo tempo, perguntei aos amigos o que o juiz faria em reparação. A responsabilidade pelo resultado passava tanto por Márcio Chagas que ele precisava fazer alguma bobagem para demonstrar que era probo, honesto, ilibado. Bingo!, acertei na mosca: ele expulsou inexplicavelmente um jogador do Grêmio. Havia culpa, claro. Acredito que ele escreverá horrores na súmula. Porém, se houve emoção no Olímpico, o grande futebol apareceu antes, às 19h30, no tremendo jogo entre Peñarol e LDU. Os uruguaios estão renascendo de verdade. O Peñarol tem um atacante chamado Urretaviscaya que é uma verdadeira joia. O incrível é que ele, aos 21 anos, é jogador do Benfica de Portugal, que o empresta há 3 anos para manter jogadores duvidosos em seu elenco. Bem, o futebol não é para ser entendido completamente.

Hoje, o Inter joga contra o Ypiranga. Se não ganhar fácil, o juiz dá uma mão, imagina se não?

Gostou deste texto? Então ajude a divulgar!

Deve ser uma infeliz coincidência. Porém, em se tratando de Grêmio, não duvido de nada.

Um pessoal que não me conhece parece ter levado este post a sério. Logo eu, que sou casado com uma baita gremista e que tenho mais amigos torcedores do Grêmio do que colorados. Eu, se fosse estas pessoas, estaria mais preocupado com a administração do Odone… A propósito, que gênero de fanáticos se preocupa com acusações flagrante e historicamente falsas como a deste post?

Hum… Quando vi a camiseta do Grêmio ontem à noite, fiquei meio desconfiado daquela cruz. Pensei em algo do Vaticano, depois no Opus dei. O pessoal do grupo do Google Arquibancada Colorada matou a charada. Era pior.

Quem descobriu foi Andreas Müller, que escreveu apenas “Heil!”. A montagem abaixo é do Gonçalves Barun. Para quem tem uma torcida chamada “Super Raça”, está adequado, não? Só falta o Vitor aparecer com um bigodinho de Hitler…

Gostou deste texto? Então ajude a divulgar!

Falcão e Bolatti

O volante Bolatti, 25 anos, tinha feito 7 gols em sua carreira. Mais ou menos um gol por ano. Em seus dois jogos de estreia no Inter, fez mais 3. Agora, as fotos abaixo são uma sacanagem. Não nos façam sonhar. Mas observem bem.

Gostou deste texto? Então ajude a divulgar!

Duas coisonas e duas coisinhas

Taí o seu presente, Milton. Espero que você goste. Um abração!

Quando recebi esta mensagem pelo Facebook, pensei que fosse mais uma composição que o Gilberto Agostinho desejava me mostrar. Gosto muito de ouvi-las e, bem, de dar meus pitacos. O Gilberto é um compositor brasileiro que estuda em Praga e suas obras são efetivamente muito boas, tanto que ele acaba de classifcar-se em primeiro lugar na principal Academia de Música de Praga. Ouvi a tal música e gostei muito. (Vocês podem baixá-la aqui, vale a pena). Chamava-se Suite for Cello and Harpsichord, in Old Style. E escrevi-lhe de volta:

Rapaz, consegui ouvir apenas ontem. Gostei muito. Achei ADMIRÁVEL e deixo a palavra em caixa alta para demonstrar que este é um elogio repleto, onde a palavra deve receber significado pleno. É claro que notei a Courant e sua citação. Me diverti com o final perfeitamente bachiano da abertura, e — mesmo com a séria sarabanda — o efeito geral sobre mim foi de felicidade. Ouvi tudo com um sorriso. Achei o final da Giga um tanto inesperado, talvez brusco, mas eu jamais o alteraria, pois aquilo parece uma frase tua dizendo “gente, é bem feito, bem escrito, mas é uma paródia, claro”.

Cara, nós já temos material para outra postagem naquele blog, não? Esse teu sw de agora é melhor do que aquele outro. Até o pizzicato funciona bem. O cravo tem som de cravo, etc. Poderíamos montar uma postagem assim que eu voltar de uma viagem que farei de quinta a terça? Volto em 22/02. Tu poderias ir escrevendo os textos de apresentação, certo?

Inclua o que quiser, mas não retire essa Suíte, pelamor.

Grande abraço!

P.S.– Acredito que estejas passando por um período feliz em Praga. A Suíte, além de excelente, é feliz.

Tudo normal até aqui. Mas então ele escreveu de volta:

Oi Milton,

Muitíssimo obrigado pelos elogios! Já fazia tempo que eu estava querendo dedicar uma obra minha pra você, e eu achei que esta cairia muito bem, já que você é outro fanático pelo período barroco. Você pegou bem o espírito desta peça, e eu fico feliz que o final tenha sido bem entendido. Eu me considero um contrapontista acima de tudo, então eu escrevi esta obra como uma espécie de desafio para mim mesmo. Será que eu ainda conseguiria escrever algo tonal, respeitando todas as regras do período barroco? Pois bem, eis o resultado.

Umas das questões que me ocorreram enquanto eu escrevia esta obra foi sobre liberdade de escrita. Eu tentei escrever algo que fosse “histórico”, mas ao mesmo tempo eu tentei ao máximo me expressar neste idioma. Só que acontece que nós já não temos o direito de “quebrar regras”, como Bach fazia. Quando você ouve uma obra como a minha fuga favorita, aquela em si menor do primeiro livro do cravo, você tem um tema quase dodecafônico, e isto deve ter sido um choque na sua época (ainda hoje muita gente não gosta desta fuga, fazer o quê?). Só que seria incoerente se eu me propusesse escrever algo barroco, e então saísse quebrando as regras. Quebrando para aonde? Para atonalidade? Felizmente perdemos este direito, pois com isto ganhamos outros, mas é uma questão interessante que me apareceu. Então eu ousei mais na forma das composições, não no conteúdo tonal.

E sim, eu tenho muitas composições para postar no blog sim! Eu vou separar algumas delas, e vou escrever o texto e depois te mando. Quando você voltar de viagem, você me diz o que achou. E a maioria das composições que eu gostaria de incluir serão aquelas outras que eu te mandei, mas não sei se você já teve tempo para dar uma ouvida. Depois me diga o que você achou, eu estou bem curioso com suas opiniões (mas sem pressão para ouvir logo). E esta suite será inclusa sim, pódexá!

Sobre Praga, eu estou muitíssimo feliz com a minha vida musical. Eu estou me sentindo bem seguro e produzindo muito, o que é ótimo.

(…)

Um grande abraço, meu caro!
Gilberto Agostinho

Ou seja… Ou seja.. A obra é dedicada a mim, como aliás estava escrito na partitura e eu, boca-aberta, não tinha visto.

Eu realmente não sei como agradecer. Estou explodindo de tão orgulhoso e feliz. Muito obrigado, Gilberto.

~o~

Hoje viajamos em visita ao Dr. Cláudio Costa! Passaremos 4 dias em sua companhia e de sua mulher Amélia. Já estiveram aqui em casa e foi indiscutivelmente maravilhoso, ao menos para nós. Ele ligou várias vezes convidando e já viram, vou ter que fazer meu tratamento psiquiátrico nas cidades históricas de Minas em meio àquela baita gastronomia. (suspiro) Volto terça-feira durante o dia. Mais um motivo para comemorar. Mas nem tudo pode ser perfeito, senão não seria a vida.

~o~

Mônica Leal me processou. Já retirei o post causador da pendenga, se o deixasse teria de pagar um salário mínimo por dia… Não entendo, mas, enfim, é a nossa justiça. Ela insiste numa indenização. Se soubesse de minhas posses e de minha conta bancária, não perderia tempo. Acho que se esqueceu de averiguar. Ela deveria ser incentivada a fazer uma devassa em minha vida. E a vida segue.

~o~

E segue com Celso Roth, que recebeu um timaço e insiste em jogar retrancado dentro de seu esquema chama-derrota. O Mazembe não serviu de lição; acho que a diretoria espera algo mais grave como um enorme fiasco da Libertadores 2011 e um grupo de jogadores descontentes. Deram um carro de Fórmula 1 para um motorista de taxi.

Gostou deste texto? Então ajude a divulgar!

Fernando Miranda abre blog

Miranda foi um dos dirigentes mais combatidos no Inter. Porém todos no Beira-Rio hoje sabem que ele colocou o clube num patamar de clareza e honestidade jamais alcançados. Ele pagou contas, saneou o clube e disse frases verdadeiras e infelizes, como aquela que respaldou e que rezava: “O Inter ganhará algum título importante em 6 anos”. Ele tinha razão, apesar de um prazo de 6 anos ser uma coisa inaceitável para qualquer torcedor. A frase, dita em 2000 — e mais a postura associada a ela — talvez tenha nos levado à Libertadores em 2006 com outros dirigentes… Todo mundo que trabalhou em projetos sabe o quanto o fundamento, o arcabouço, são importantes. Miranda deve ter comemorado aquele título duplamente, como torcedor que é e como, digamos, profeta.

Eu não admiro 100% Fernando Miranda. Acho que o convite a Jarbas Lima — um estranho ao futebol — para assumir uma presidência que, com a renúncia, depois acabou com o próprio Miranda, foi um lance lastimável. Porém, o ano 2000 marcou uma virada completa no clube. Saiu o bando de negociantes e entrou o pessoal da moralização. O clube, que estava indo no caminho do Atlético-MG, foi devolvido saneado para que o grupo de Fernando Carvalho o levasse adiante.

E Miranda agora abre um blog. Sabemos que ele, com sua honestidade suicida — bem parecida com a minha, aliás — contará tudo. A acompanhar. O último post é uma bela curiosidade. O Inter de 1998 não tinha nem e-mail, nem domínio…

Gostou deste texto? Então ajude a divulgar!

A e(in)volução de Celso Roth

Texto de Marcos Marino sobre o inesquecível Veranópolis 2 x 1 Inter (um pouco editado por mim, que assino as opiniões do Marcos)

A tendência natural das pessoas é evoluir; Celso Roth é a exceção que confirma a regra.

Desde 1998, Roth apresenta dificuldades em lidar com jovens jogadores, quando no Grêmio colocava o Ronaldinho Gaúcho na reserva do Itaqui, depois com o Chiquinho em 2002 no Inter, ano passado com o Damião e agora com o Alex. Porque não o escalá-lo no lugar do Andrezinho ontem?

Enquanto isso, Wilson Mathias continua no time ser tem aptidão nenhuma para tanto. Ontem os dois gols saíram de arremates da posição onde deveria estar o volante. Talvez o Roth seja daquela teoria que não dá para colocar o jovem direto no time titular. O que eu discordo, não é dá para colocar jogador ruim no time titular.

O Juliano do Inter B, por pior que seja, estaria jogando no mínimo o mesmo que o Wilson Mathias, mas estaria ganhando experiência jogando ao lado de Índio, Tinga, D`Alessandro, Kleber, Guiñazú, para quem sabe no futuro sem um titular incontestável.

As substituições realizadas durante a partida novamente confirmam que Celso Roth não evolui, onde se viu trocar Tinga por Glaydson, qual seriam as pretensões do nosso treinador com isto? Defender-se melhor num momento que o Inter amassava o Veranópolis?

Portanto, o Roth continua sem saber lidar com jovens jogadores, sem saber substituir direito e montar estratégias.

A minha esperança é que faltam ficar a disposição do treinador Rodrigo, Bolívar, Bolatti, Zé Roberto, Sóbis e Cavenaghi.

Na verdade, parece haver uma técnica de Celso Roth para ficar rico.

Ele briga com todos, logo os resultados de campo não vêm, ele é demitido, recebe uma polpuda rescisão e daqui há dois ou três meses é contratado por outro time. Funciona.

Gostou deste texto? Então ajude a divulgar!

TOLIMINADO, TOLIMADO… Até 2012, Corinthians

A desclassificação do Corinthians para o Tolima da Colômbia não chega a surpreender. Por exemplo, meu colega de trabalho Jorge Seadi brincou com o fato de Liédson ter sido contratado pelo Timão para jogar a Libertadores. “Que Libertadores?”, perguntava ele. “O Tolima é franco favorito depois do empate em São Paulo”. Eu concordava com ele. O time do Corinthians é fraco e ainda tem o comando do Pastor Tite, velho conhecido dos colorados.

Ontem, com naturalidade, o Tolima fez 2 x 0 e levou a vaga. Então, como esteve numa mera pré-Libertadores, o clube paulista fica sem sequer ter participado da competição continental de 2011.

O Corinthians esforçou-se, mas é curioso como parecem desinteressados os times desorganizados. Não jogaram porque não puderam, não correram como loucos porque não sabiam como ou ou para onde ou para quê. E, por favor, alguém me explique a presença do gordo garoto-propaganda Ronaldo até o final do jogo. Não há sentido nisso. Ele foi um de nossos maiores jogadores de todos os tempos, deveria preservar sua biografia ao invés de manter-se ativo por um punhado de dólares. A lembrança do grande Ronaldo Nazário é algo que vai caindo no esquecimento. Em seu lugar, aparece um gordinho desajeitado. É uma falta de respeito consigo mesmo.

E, ontem, no twitter, todos diziam o mesmo: faltou um juiz brasileiro para resolver o problema. Vou finalizar dizendo uma coisa nem tão surpreendente. Sabe do que mais gosto na Libertadores além do fato do Inter ser um autêntico copeiro? Exato, dos árbitros. Ele não dão faltas simuladas, dão poucos cartões amarelos e muitos vermelhos. Agrediu? Pode ir embora. E não beneficiam os queridinhos da CBF.

Agora, só resta ao Corinthians passar 2011 lutando para voltar em 2012. Será fácil, aqui tem arbitragem amiga.


Recebi da Cami nhante:

httpv://www.youtube.com/watch?v=e8X9-aQbVBI

Ou clique aqui.

Gostou deste texto? Então ajude a divulgar!