Foram 8 anos no Sul21

Foram 8 anos no Sul21

A foto abaixo foi tirada na redação do Sul21 no dia 9 de março deste ano. No Facebook, até porque eu não disse nada, o pessoal pensou que era apenas mais uma sexta-feira feliz de uma turma meio festeira. Mas não, era minha saída do jornal. Por isso, estou bem no centro da foto. Era uma retirada voluntária e planejada, sem grandes traumas. É claro que paguei chopes pra galera, deixando todo mundo feliz, ora bolas, inclusive eu.

O dia da despedida na redação do Sul21
O dia da despedida na redação do Sul21 | Foto: Guilherme Santos, com o próprio, Luiza, Matheus, Annie, Luís Eduardo, Milton, Marco, Joana, Fernanda, Giovana e Ana.

Permaneci quase oito anos no Sul21. O jornal começou a publicar diariamente em maio de 2010 e fui efetivado em junho. Foi um período estável trabalhado entre pessoas honestas — a começar pela diretoria da empresa — e de bom nível. Aprendi muito e com muita gente.

Quando entrei, a sede do jornal era numa velha e charmosa casa da Rua Fernando Machado na encosta do morro perto do Alto da Bronze. A casa era pra lá de estranha, tinha uns cinco andares. Na verdade, cada um deles abrigava apenas uma sala ou banheiro. Eram escadas e mais escadas. Tenho lembranças muito boas de lá. Foi um período de enorme crescimento do jornal. Começou ainda na gestão da Núbia Silveira como editora e depois explodiu com o Daniel Cassol, certamente a mais criativa das pessoas com as quais trabalhei no Sul21. O Cassol dava um jeito de tornar interessante a mais chata das audiências públicas. Se houvesse mais gente como ele, as publicações de esquerda seriam bem mais confiáveis e lidas do que são.

Ainda no tempo do Cassol, mudamos para a atual sede da Gen. Câmara, muito mais funcional e próxima de bares, restaurantes e das sedes do governo e assembleia.

Não pretendo escrever aqui a história do jornal, apenas fazer um agradecimento geral, publicar as fotos que tenho e seguir a vida. Trabalhei como editor-assistente, repórter e me metia onde achava necessário dar uma ajuda. Em minha fase final, tornei-me editor do Guia21. Até hoje me pedem para criar um Guia do Ócio no meu blog, mas vai ser complicado. Não tenho muito tempo e teria que voltar aos cinemas.

Dia desses, numa manhã em que acordei cedo, fiquei olhando para o teto, fazendo uma lista de todas as pessoas com as quais trabalhei no jornal. São jornalistas, colunistas e blogueiros que tiveram repetidas participações e que, portanto, fizeram o Sul21. Peço antecipadamente perdão a quem esqueci. Gosto de todo mundo e muitos deles já me deram o prazer da presença aqui na Bamboletras. Vamos à lista e depois às fotos?

Adroaldo Mesquita da Costa
Ana Ávila
André Carvalho
Annie Carolline Castro
Antônio Escosteguy Castro
Augusto Maurer
Astrid Müller
Bárbara Arena
Benedito Tadeu César
Bernardo Jardim Ribeiro
Bruno Alencastro
Caio Venâncio
Carlos Latuff
Carmen Crochemore
Caroline Ferraz
Céli Pinto
Cristiano Goulart
Cristóvão Crochemore Restrepo
Daniel Cassol
Daniela Sallet
Daniele Brito
Débora Fogliatto
Eduardo Silveira de Menezes
Enéas de Souza
Ernani Ssó
Felipe Nino Prestes
Fernanda Canofre
Fernanda Melchionna
Fernanda Melo
Fernanda Morena
Filipe Castilhos
Flávio Fligenspan
Francisco Marshall
Gabriela Silva
Gilmar Eitelwein
Giovana Fleck
Gregório Lopes Mascarenhas
Guilherme Escouto
Guilherme Santos
Igor Natusch
Israel Cefrin
Iuri Müller
Jaqueline Silveira
Joana Gutterres Berwanger
Jorge Buchabqui
Jorge Seadi
Julia Landim Lang
Lélia Almeida
Lorena Paim
Lucas Cavalheiro
Lucia Serrano Pereira
Luís Augusto Farinatti
Luís Eduardo Gomes
Luiz Antônio Timm Grassi
Luiza Bulhões Olmedo
Luiza Frasson
Maia Rubim
Manuela d`Ávila
Marcelo Delacroix
Marco Weissheimer
Mariana Duarte
Marino Boeira
Matheus Leal
Milena Giacomini
Mogli Veiga
Musta Juli
Natália Otto
Nícolas Pasinato
Nikelen Witter
Nelson Rego
Núbia Silveira
Paulo Timm
Pedro Nunes
Pedro Palaoro
Rachel Duarte
Ramiro Furquim
Raul Ellwanger
Roberta Fofonka
Robson Pereira
Ronald Augusto
Rui Felten
Samir Oliveira
Sergio Araujo
Tiago Prosperi
Tyaraju Terra
Vicente Nogueira
Vivian Virissimo
Vlad Schilling
Yara Pereira
Zeca Azevedo

O time crescendo ainda na sede da Rua Fernando Machado
O time crescendo ainda na sede da Rua Fernando Machado | Ramiro, Vlad, Rachel, Seadi, Vivian, Igor, Guilherme Escouto, Prestes e Milton.
Já em nosso escritório extra oficial: o Bar Tuim.
Já em nosso escritório extra oficial: o Bar Tuim. | Samir, Prestes, Rachel, Pedro, Milton, Vivian e Igor.
No restaurante do SindiBancários, comemorando o primeiro mês em que alcançamos 1 milhão de acessos.
No restaurante do SindiBancários, comemorando o primeiro mês em que alcançamos 1 milhão de acessos. | Carmen, Milton, Débora, Igor, Samir, Nícolas, Iuri, Guilherme Escouto e Rachel
Parte do time num encontro no Café Macuco da Jerônimo Coelho.
Parte do time num encontro no Café Macuco da Jerônimo Coelho. | Igor, Milton, Iuri, Bernardo, Fofonka e Débora.
Aniversário do Igor. Nossa chefe tinha viajado e deixado alguma grana pra nós. Sobrou. No último dia...
Aniversário do Igor. Nossa chefe tinha viajado e deixado alguma grana pra nós. Sobrou. No último dia… | Samir, Igor, Débora, Iuri, Nícolas, Milton, Guilherme Escouto e Bernardo.
No elevador voltando para o trabalho após o almoço.
No elevador voltando para o trabalho após o almoço. | Bernardo, Milton, Samir, Débora, Fofonka e Nícolas.
Apesar dos sorrisos, um dia não muito feliz: o da saída do Ramiro Furquim.
Apesar dos sorrisos, um dia não muito feliz: o da saída do Ramiro Furquim. | Caio, Débora, Samir, Yara, Guilherme Escouto, Ramiro, Carmen, Mariana, Milton, Fofonka, Bernardo e Jaqueline.
No primeiro Gre-Nal com torcida mista.
No primeiro Gre-Nal com torcida mista em encontro não combinado. | Latuff, Milton, Igor, Caio e Filipe.
Mil almoços no Tuim.
Mil almoços no Tuim. | Milena, Milton e Luís Eduardo.
Mil e um almoços no Tuim.
Mil e um almoços no Tuim. | Milena, Gregório, Milton e Joana.

Porque hoje é sábado, Kimiko Nakahara

Porque hoje é sábado, Kimiko Nakahara

Seleção de fotos: Cristóvão Crochemore Restrepo

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Por distorção cultural, vejo nas mulheres japonesas

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ou coreanas, chinesas, tailandesas,

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rostos de porcelana, contornos moderados e algum recato.

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Mesmo quando cortesãs, recato.

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Vejo nelas também a tentativa de compreender, respeitar e descobrir

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um modo de harmonizar-se a seu homem.

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Acho que vi muitos filmes históricos, Cristóvão.

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Batalhas fantásticas, domínios imperiais, contos de samurais.

kimiko nakahara

Sei que desconheço tudo o que é oriental — do xintoísmo ao budismo,

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ignorando também as várias etnias. Sei que as do sudeste asiático são bronzeadas.

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as do extremo oriente, mais claras. E que Kimiko Nakahara,

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com seu nome de super-heroína gueixa assassina mangá, só pode ser japonesa.

Porque hoje é sábado, Cecil Baldewyns ou Cecil B

Porque hoje é sábado, Cecil Baldewyns ou Cecil B

Seleção de fotos: Cristóvão Crochemore Restrepo

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Há espaço para tudo no mundo.

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A escolha do Cristóvão não fala diretamente a meus instintos

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mais primitivos, digamos assim. Mas fala aos mais sofisticados

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(na medida do possível para um Milton Ribeiro)

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e fazem pensar. São belos registros de um corpo que não parece ter nada

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de incomum, sarado, siliconado ou fotochopado.

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Uma vez, perguntaram para Monica Bellucci qual era o segredo de sua duradoura beleza.

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A resposta de grande deusa e patrona de nosso PHES foi sensacional:

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“Uso photoshop todo dia”.

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Pois nossos corpos são bem assim — comuns, marcados, carentes de perfeições.

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Mas como torna-se impecável e maravilhoso o corpo da pessoa que amamos

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movendo-se em nossos braços!

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Onde encontrar, em cada ser, o fragmento que dá raiz

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a nosso desejo?

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É isso que perguntaria hoje ao Cristóvão, se estivéssemos numa mesa de bar.

Porque hoje é sábado, Sara Malakul Lane

Porque hoje é sábado, Sara Malakul Lane

Seleção de fotos: Cristóvão Crochemore Restrepo

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Uma norte-americana chamada Sara Malakul Lane…. Malakul? De onde saiu isso?

sarah

Ah, sim, de uma mãe tailandesa e de um pai inglês. Mas hoje vou falar sobre o tema

sarah

mais importante do dia: falarei, um tanto misteriosamente, sobre o chá.

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E, para tanto, solicitarei auxílio a Haroldo de Campos — À Maneira Provençal:

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carmen castelã domina
estas torres de palavras
que eu construo como quem
junta limalhas de ferro
fazendo da língua imã

sarah

amor vendado de ouro
com dedos de purpurina
traça no ar o desenho
de som de sentido e sina

sarah

carmen castelã domina
estas torres de linguagem
imagem de mãe e filha
rosto de amante e menina
senhal miragem poesia

sarah

e o tempo de chá e Proust
se dissolve qual neblina
volta a manhã volta a noite
o escuro se faz matina

sarah

e é tudo como se fosse
a mesma matéria-prima
de vida revisitada
de instante que não termina:
carmen castelã domina

sarah

o tempo reprimavera
na trama da luz mais fina
neste castelo de ar
carmen castelã domina
feto de ser e de tempo
que o imã da língua junta
qual limalha de platina

sarah

amor vendado e vidente
aos pés do castelo assina
seu mistério e grava o nome
com selo de turmalina

sarah

diz camões que o amador
na coisa amada se ultima
horácio diz: carpe diem
curte o tempo: flor que fina

sarah

mas aqui o tempo tira
da garganta a mão mofina
s’insempra – Dante diria
se enamora: repristina

sarah

amor dessela o mistério
que tem seu nome por cima:

sarah

“amor mais forte que a morte”
diz a pedra turmalina

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neste castelo de torres
carmen castelã domina

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E, agora, troquem carmem por Elena.

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Espero, meu amor, que não fiques sem chá nem Proust.

Porque hoje é sábado, Marina Emanuela Saia

Porque hoje é sábado, Marina Emanuela Saia

Seleção de fotos: Cristóvão Crochemore Restrepo

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Pois nesta semana o Latuff me aparece aqui no Sul21 falando em pogonofilia,

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que é o fetiche de mulheres — e também de homens, por que não? — por barba.

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Por curiosidade, fui pesquisar outras parafilias, palavra que caracteriza os padrões

Marina Emanuela Saia

de comportamento sexual, no qual a fonte predominante de prazer não é a cópula,

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mas alguma outra atividade.

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E céus, como é estranho o ser humano!

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Há coisas rotineiras como a agorafilia,

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que é a atração por copular em lugares abertos ou ao ar livre.

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Mas há também o fetiche por amarrar pedras ao pênis, a adstringopenispetrafilia.

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O brasileiro costuma sofrer de pigofilia, que é a excitação sexual por nádegas.

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Tem gente que gosta da bondage, prática onde a excitação vem de amarrar o parceiro.

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Há a terna quirofilia, excitação sexual por mãos.

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E a urofilia, excitação ao urinar no parceiro ou receber dele o jato urinário.

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Então, meus prezados sete leitores, a tara que o Latuff nos trouxe é bem tranquila,

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pois li coisas que só escreveria aqui se nosso blog não fosse o blog da família gaúcha.

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Obs. 1: Aprenda mais neste link.
Obs. 2: Se alguém notar alguma relação entre o texto e as fotos, por favor avise.