Bamboletras recomenda o novo livro de Rosa Montero, mais Haddad e Fuks

Bamboletras recomenda o novo livro de Rosa Montero, mais Haddad e Fuks

A newsletter desta quarta-feira da Bamboletras.

Olá!

Um novo romance da grande Rosa Montero, um ensaio político de Fernando Haddad e as reflexões e sentimentos de Julián Fuks durante a pandemia são as sugestões da Bamboletras para a semana. Não é pouca coisa. Três gêneros, três importantes livros.

Uma excelente semana com boas leituras!

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A Boa Sorte, de Rosa Montero (Todavia, 256 páginas, R$ 69,90)

Desde o lançamento de A ridícula ideia de nunca mais te ver, todo livro novo de Rosa Montero é um acontecimento. Agora, a inquieta espanhola chega pela primeira vez com um romance cujo personagem principal é masculino. O que leva um homem a saltar de um trem em uma cidade sem maiores atrativos, que não era seu destino original, e se esconder ali? S. eu objetivo é recomeçar a vida ou simplesmente acabar com ela? Seja qual for a resposta, o destino o trouxe para uma cidade que está lentamente definhando. A ruína parece mais perto a cada dia, porém… (Sem spoilers). Na cidade, todos parecem arrastar algum segredo, alguns sombrios, outros simplesmente ridículos. Também há humor naquela cidade triste, porque a vida tem muita comédia. E pessoas que fingem ser quem não são, ou que escondem o que planejam. É o grande jogo das falsidades enquanto uma intriga hipnotizante revela o mistério daquele homem.

O Terceiro Excluído, de Fernando Haddad (Zahar, 288 páginas, R$ 64,90)

Em outubro de 2018, o então candidato à presidência da República Fernando Haddad recebeu o professor do MIT Noam Chomsky em sua casa. O Brasil vivia seu momento mais dramático desde a redemocratização e a ameaça de uma guinada autoritária não era percebida por grande parte dos eleitores. Da conversa sobre política e linguística surgiu a provocação que originou O terceiro excluído. A teoria universalista de Chomsky afirma que é possível nos entendermos independentemente da cultura em que estejamos inseridos. O que explica então o atual surto de incomunicabilidade, em que não parece haver denominador comum para o debate público? O que nos impede de construir um futuro melhor para todos, com menos carências materiais e espirituais? Neste estudo denso e provocador, Haddad apresenta uma nova contribuição para as teorias da emancipação humana, a partir da qual pode emergir uma abrangente linha de ação política.

Lembremos do Futuro, de Julián Fuks (Cia. das Letras, 136 páginas, R$ 69,90)

Em trinta crônicas selecionadas, escritas nos períodos mais críticos da pandemia, Julián Fuks reflete sobre a perda e a solidão, a fragmentação do tempo e as incertezas futuras de um país. Mas nestas linhas há também esperança: pelo que podemos construir, ou reconstruir, a partir de nossas experiências. Suas incertezas e medos, a insegurança com a saúde da família e de amigos, se somaram ao que ocorria do lado de fora: as arbitrariedades do governo, a distância dos conhecidos, a contagem diária de mortes. Valendo-se de Virginia Woolf a Drummond, de Natalia Ginzburg a Clarice Lispector, Julián Fuks busca compreender as sensações conflitantes, a incerteza do tempo e os vazios na convivência com os outros. É nas frestas do horror que o autor procura as belezas menores, para com elas construir algo novo, a nova identidade do que queremos ser, no futuro que ainda não devemos esquecer.