Acho que chegou a hora de parar com o #ForaTemer para dar atenção à gravidade da PEC 241, por exemplo

Acho que chegou a hora de parar com o #ForaTemer para dar atenção à gravidade da PEC 241, por exemplo

Ontem à noite, enquanto você finalizava seu fim de semana, ocorria, em Brasília, um banquete oferecido por Michel Temer para seus aliados. Estavam lá cerca de 200 deputados com suas companheiras. Espumantes foram servidos em taças de cristal e o prato principal foi a PEC 241, cujo objetivo é o de limitar por 20 anos os investimentos em diversas áreas como saúde, educação e agricultura familiar. Vejamos o que mudaria.

banquete-temer-pec-241

Enviada em junho pela equipe de Michel Temer à Câmara dos Deputados, a proposta prevê que tais gastos não poderão crescer acima da inflação acumulada no ano anterior. Atualmente, os gastos com saúde e educação são vinculados à evolução da arrecadação federal. Algo bem razoável, porque a melhoria da educação e da saúde é elemento básico do desenvolvimento e hoje a situação é crítica nestas áreas. O governo determina, deste modo, que a coisa não vai melhorar. Por 20 anos. A 241 simplesmente ignora uma eventual recuperação da situação econômica do País.

A vinculação à arrecadação — que está na Constituição de 1988 — expressa conquistas sociais obtidas em décadas de lutas e que nossa elite quer pulverizar de uma só vez. A ideia expressa na Constituição tem o objetivo de fazer com que as áreas de educação e saúde — áreas fundamentais, não? — cresçam juntamente com o país, independentemente do governo que esteja no poder.

Dessa forma, o Novo Regime Fiscal proposto pelo governo Temer retira da sociedade e do Parlamento a prerrogativa de determinar anualmente o orçamento destinado a essas áreas, que só poderá crescer conforme a variação da inflação, não conforme a arrecadação. Talvez assim sobre mais dinheiro para investimentos, dizem eles, talvez referindo-se à corrupção.

A 241 é tida como uma das principais razões da aliança entre PMDB e PSDB. A proposta está afinada com a política de austeridade defendida pelos tucanos. E seria interessante para eles, que almejam o Planalto em 2018, vê-la aprovada sem ter o impopular ônus de serem os responsáveis por ela.

Autor da medida, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, classificou a PEC 241 de “dura” e fim.

O tema é urgente para o governo. Afinal, as próximas eleições são só daqui dois anos. É o momento para aprovar tudo o que for impopular. Aliado do governo, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM), marcou para hoje (10/10) a primeira votação da PEC 241 no plenário da Câmara.

Temer e Maia no festim de ontem à noite.
Temer e Maia no festim de ontem à noite.

Para ser aprovada, a PEC precisa passar por duas votações na Câmara e também no Senado. A intenção do governo é liquidar as quatro votações ainda este ano. Como se trata de alteração constitucional, a aprovação depende do apoio de três quintos dos votos na Câmara e no Senado, ou seja, 308 deputados e 49 senadores.

Nos bastidores, a PEC 241 é tratada como uma espécie de teste. Se o governo não for capaz de aprová-la, também não conseguirá aprovar a reforma da Previdência, tampouco mudanças na legislação trabalhista.

E o pessoal tem falado pouco nisso. Chegou a hora de parar com a bobagem do Fora Temer — ele não vai cair mesmo — e dar atenção à realidade.

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O deputado Elvino Bohn Gass fez um vídeo bem claro explicando o que teria acontecido se a PEC 241 já existisse. Concordo com tudo o que ele diz, excetuando-se a utilização do termo “maldade”. Não é maldade, é apenas a visão de nossas elites.

https://youtu.be/6bFlUYYXp8A

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E o imposto sobre grandes fortunas… Nada, né?

pec-241

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Este é mais um recado de nosso partido, o PUM.

PUM - Partido Utopico Moderado

Jorro matinal

Jorro matinal

42 bilhões desviados
— 1% do PIB —
de uma só empresa

como se fossem adestrados
os políticos de Brasília
sentam na mesa apenas
desejosos de cheirar
os cus uns dos outros

o que pensa este?
do que necessita aquele?
como acomodar
meu interesse?

não pensam
no sistema de ensino
no genocídio dos indígenas
na juventude negra das periferias
na mulher morta
no aborto
nos LGBT
na reforma

pensam
em quem lhes financia
em consumir direitos
no agronegócio
em criminalizar movimentos
em consumir o pré-sal
em deus, ou melhor,
na igreja

querem adiar
o enfrentamento com o ambiente
querem evitar
a Polícia Federal
querem
que o resto se foda

os paleolíticos brasileiros
querem chupar o pré-sal
são eles os dinossauros
que vão nos aquecer e sufocar
mas bem poderiam receber o óleo
— negro e quente —
em seus rabos

eles estão reunidos
e sorriem balançando suas caudas
preparando
os próximos 42 bilhões

PUM - Partido Utopico Moderado

Pronunciamento do PUM sobre o Projeto a Lei do Aborto de Cunha, aprovada ontem na CCJ

Pronunciamento do PUM sobre o Projeto a Lei do Aborto de Cunha, aprovada ontem na CCJ

PUM - Partido Utopico ModeradoO PUM, Partido Utópico Moderado, vem a público a fim de emitir nova e importante ventosidade:

Para quem não sabe, o PL 5.069/13 foi aprovado ontem por um bando de imbecis na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania). O Projeto de Lei  torna crime o anúncio ou informação sobre meios ou métodos abortivos, e pune quem induz, instiga ou auxilia um aborto, com agravamento de pena para profissionais de saúde. Mesmo que se trate de uma vítima de estupro, mesmo que sob o pretexto de redução de danos, intervir será crime. A matéria seguirá para votação no plenário da Câmara, onde outra horda de lobotomizados à espera.

Imaginem que será praticamente impossível abortar legalmente no Brasil, mesmo nos casos já previstos no Código Penal desde 1940 (estupro e risco de vida para a mãe) ou recém autorizados pelo STF (feto anencéfalo). Opa, isto é algo que Estado Islâmico aprovaria!

O PUM informa:

No Brasil, cerca de 800 mil mulheres praticam abortos todos os anos. Dessas, 200 mil recorrem ao SUS para tratar as sequelas de procedimentos malfeitos.

O aborto é um dos maiores causadores de mortes maternas no Brasil. Segundo um estudo publicado em 2013, uma de cada cinco mulheres com mais de 40 anos já fizeram, pelo menos, um aborto na vida. Hoje existem 37 milhões de mulheres nessa faixa etária, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Dessa forma, estima-se que 7,4 milhões de brasileiras já fizeram pelo menos um aborto.

Na maioria dos casos, o aborto começa em casa. Quantas mulheres já introduziram agulhas de tricô ou outros objetos pontiagudos em seus corpos, na tentativa de impedirem uma gravidez que não desejam ou não devem levar adiante? Depois, recorrem ao serviço de saúde pública. Quando recorrem. Porém, em vez de legalizar logo o aborto, em vez de torná-lo seguro…

Bem, o fato da pena crescer se o agente é funcionário da saúde pública ou médico, farmacêutico ou enfermeiro, pode ser lido assim: “Quanto mais seguro o aborto, mais sujeito à pena”. Ah, a punição também é aumentada em um terço se a gestante for menor de idade (sim, isso mesmo). E o PL também revoga artigos anteriores que dispõem sobre o atendimento obrigatório e integral de pessoas em situação de violência sexual, dificultando ainda mais o acesso das mulheres a essa política de saúde.

Claro, as mulheres pobres é que serão as mais prejudicadas, já que a medida não vai impedir que abortos sigam acontecendo no país.

Eduardo Cunha… E tem gente que ainda fica o dia inteiro nessa de PT X PSDB. Enquanto os bugios gritam e jogam sua própria merda nos adversários — mesmo sem pertencer ao PUM –, deixam a avenida livre para os fundamentalistas religiosos. E eles chegaram lá.

Enquanto Dilma luta para arrastar seu governo até o final do jogo, Cunha coloca toda a agenda conservadora em votação. É a coisa mais linda.

Ah, vão acabar com o Cunha? Pois saibam que há muitos outros parecidos com ele no Congresso.

Ele e seus asseclas fundamentalistas (e ricos) (e cheios de emissoras de rádio e TV) são a verdadeira ameaça. Nosso querido Brasil neopentecostal e ultraconservador está pronto para nos comer vivos.

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Apresentamos (ou lançamos) o PUM — Partido Utópico Moderado

Apresentamos (ou lançamos) o PUM — Partido Utópico Moderado

PUM - Partido Utopico ModeradoNo passado, eu e Igor Natusch criamos informalmente o PJS — Partido da Justiça Social. Quem poderia ser contra nós? Quem não estivesse conosco estaria contra o Brasil! Porém, PJS lembrava Juventude Socialista, coisa velha, putz.

Agora, sem Igor Natusch — que tornou-se um odiado dissidente –, lançamos formalmente o PUM — Partido Utópico Moderado.

Acho é até possível que ser contra o PUM, mas ninguém negará sua popularidade. É um partido visceral que se espalhará facilmente pelo país. O PUM abarca todas as nuances, da mais sutil à mais bombástica.

O Partido Utópico Moderado tem um sugestivo paradoxo em seu nome. Trata-se de abismo semântico capaz de abarcar inúmeros outros vieses ideológicos, tais como, por exemplo, a própria justiça social! Ou seja, o PJS e qualquer outra tendência não passará de uma facção do PUM.

Além do mais o PUM já está na b… boca do povo! Estão marcadas concorridas plenárias regadas a ovo cozido, brócolis, batata doce, feijão e repolho.

PUM, mesmo sendo sutil, sempre se espraiará. Por mais secreto que seja, o PUM normalmente é notado, como acontece nos elevadores. O poder do PUM está justamente na sua punjência intrínseca. O PUM estará sempre com você, pois nenhum dos nossos poderá abandonar discretamente o recinto, tal é nosso poder de disseminação.

Em nossa primeira plenária, houve a proposta de mudarmos nosso nome para Partido das Utopias Múltiplas. A proposta era boa, pois no PUM há a já explicada pluralidade de tendências e de sons. Mas foi rejeitada.

Então, criou-se uma tendência interna, a Partícula Antagonista, já denominada de PA-PUM.

O PUM é o partido do calor deste momento difícil que vivemos. Pode parecer efêmero como um gás que flutua no ar, sem consistência, mas, sabem?, o PUM sempre retorna a nós. Em média, uma pessoa produz cerca de um litro por dia, distribuído em cerca de 14 emissões diárias. O efeito pode ser rarefeito, mas nossa militância é fiel.

Nesta altura, já chegada a hora de convocarmos artistas e designers, convocamos Carlos Latuff para desenhar nossa bela bandeira e logomarca. O chargista teve sensibilidade de logo sentir a dimensão, a força, o tanto que o Brasil espera por nosso PUM.

Em breve, lançaremos o PUM-Jovem e o PUM-Maduro, ala da terceira idade de nossas fileiras.

E, num mundo em que apenas os homens se orgulham de seus PUMs, teremos também o PUM-Mulher, nossa ala feminista.

Mas o PJS insiste: quer juntar-se a nós, formando o PUS. Porém, a proposta foi rejeitada, pois…

O Brasil espera por esse PUM. Não por outro.

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O PUM alerta que tem grandes concorrentes. Imaginem se Dilma sofrer o impeachment, se Temer fraquejar, imaginem se Cunha vier a nos faltar? Vocês conhecem o restante da linha sucessória para a presidência? Ora, o PUM informa. A linha sucessória é formada pelos deputados da mesa diretora… Pois bem, oito dos onze integrantes da mesa respondem a processos ou têm condenações na Justiça. Quase todos eles são acusados na Lava Jato.

Por exemplo, o primeiro da linha pós-Cu é Waldir Maranhão (PP-MA). Esta figura é um dos 32 deputados do PP investigados na Lava Jato. Foi citado pelo doleiro e delator do esquema Alberto Youssef como sendo o receptor de pagamentos mensais que variavam de 30 a 50 mil reais. Além disso, ele também responde a dois outros processos no STF, por lavagem de dinheiro e ocultação de bens. Vote PUM!

O segundo na linha de sucessão de Dudu, caso ele seja afastado e Maranhão não possa assumir, é Fernando Giacobo (PR-PR). Atualmente, rola um inquérito contra ele por crimes contra a ordem tributária. No passado, ele já se livrou de outras ações que incluem crimes como sequestro e cárcere privado. Uma das acusações, pelo crime de falsidade ideológica e formação de quadrilha, prescreveu em 2011, o que motivou a absolvição. Vote PUM!

E assim por diante… Só o PUM salva! Só o PUM tem coragem de denunciar. Só o PUM é posicionado!

O Brasil espera por esse PUM. Não por outro.