Bom dia, Piffero (com os melhores lances daquela coisa de ontem à noite)

Bom dia, Piffero (com os melhores lances daquela coisa de ontem à noite)
Bruno Baio
Bruno Baio no meio da Av. 9 de Julho, em Buenos Aires

Foi uma tacinha bem modesta, menor ainda que um Gauchão e depois de uma partida miserável, mas a gente conhece o D’Alessandro. Ele não passou nenhum ano no Inter sem ganhar alguma coisa, nem neste 2016. Mas acabou, tudo passa, até a uva passa e agora vamos ter que lidar com nossas limitações, grandes limitações.

O Inter não se preparou para este momento. Aliás, não se preparou nem para substituir o lesionado Valdívia, nem para a ausência de centroavante neste início de ano, todas coisas sabidas de antemão. Ontem, o clima de emoção da despedida não foi suficiente para esconder a ruindade de nosso time. A bola vai e volta rapidamente, há repetidíssimos erros de passes, temos Anderson pensando na China, Sacha fora de posição — inteiramente perdido — e, quando sai, é substituído por Bruno Baio… Aliás, Bruno Baio não me parece um jogador de futebol. Apesar da altura, também não poderia ser jogador de vôlei ou basquete, pois não pula. É, na verdade, um braço roubado à agricultura ou algo como o Obelisco de Buenos Aires, que todo mundo vê e ninguém sabe para que serve. Nem bonito é. Poderia ser um agente da EPTC. (Não, isto não poderia. Agentes da EPTC não gostam de chuva e ontem ele estava lá, no meio do maior aguaceiro). Mas como Obelisco ficaria bem.

Argel disse que o Inter não teve pressa para ganhar o jogo. É verdade. Tanto não teve que não ganhou. Ganhou foi a tacinha nos pênaltis. Para o Costelão 2016, o jogo de ontem contra o São José rendeu um parco ponto. Depois, nosso douto treinador ainda completou estranhamente: “Mas estamos na diretriz certa”.

Piffero, te meteste num mato sem cachorro. Te livraste de custos sem pensar no faturamento. A crise não pode ser teu único programa, quem está fazendo isso é o Sartori. Se for assim, planejemos 2017, como sugeriu meu amigo Bruno Zortea. Porque este ano servirá para a gente chegar em 14º no Brasileiro e protagonizar toda sorte de eliminações precoces.

Recomendo uma grande vaia pra ti. Pior do que tu, só o campo do São José.

Gostou deste texto? Então ajude a divulgar!

A carta de despedida de D`Alessandro

A carta de despedida de D`Alessandro

Publicada no perfil do Facebook do jogador

Colorados!

Estou diante do maior desafio da minha vida. Jamais pensei que dizer ou escrever essa frase seria tão difícil: Estou de saída do Internacional !! Eu sabia que esse dia iria chegar em algum momento, em alguma circunstância… tentei me preparar para essa hora, mas não tem como: é difícil dizer “tchau” para o lugar em que fui mais feliz em minha vida. Dizer que estou emocionado seria redundante… Chorei muitas vezes até tomar essa decisão… Não sai da minha cabeça todos os momentos que vivemos desde aquele 30 de julho de 2008, data que desembarquei pela primeira vez em Porto ALEGRE. Nem nos meus maiores sonhos de infância sonhei que seria tão bem quisto em um lugar longe da minha casa.

Jamais vou esquecer da recepção que vocês me fizeram no aeroporto, jamais vou esquecer daqueles torcedores que se penduraram na arquibancada para pegar um autógrafo meu naquele Inter x Santos, no Beira-Rio. Eu sequer havia vestido a camisa do clube e já estava sendo tratado como um rei. Aquilo foi inacreditável para mim. Não tenham dúvida que esse carinho que recebi logo no primeiro contato esteve na minha mente em todas as 340 partidas em que vesti com o maior orgulho do mundo a camisa colorada.

Nosso caso de amor foi inesquecível logo na primeira vez que joguei pelo Inter. Estrear em um Gre-Nal. Não poderia ter sido mais bonito o início da minha história no clube. Também lembro até hoje do primeiro gol. Foi contra o Botafogo, no Engenhão! Jogada do Guiña com o Taison, recebo na entrada da área, avanço, corto para o meio, dou uma última ajeitada na bola com a canhota e chuto cruzado, rasteiro. Que emoção! Nunca imaginei que viria a fazer outros 75 gols.

A primeira vez que balancei a rede contra o Grêmio também foi marcante. No Gre-Nal 373, ganhamos por 4 a 1 e pude fazer meu primeiro gol nesse que é um dos confrontos de maior rivalidade no mundo! Desde pequeno, as grandes rivalidades sempre me fascinaram. Quando entro em campo para jogar com o maior rival, sempre sinto uma sensação diferente. Graças a Deus, eu fui muito feliz na maioria das vezes que joguei Gre-Nal. Tenham a certeza que cada um dos clássicos que defendi o Inter foram diferenciados.

dale

Quando assinei com o Inter, uma coisa eu tinha certeza: ia levantar taça! Esse é uma garantia que você tem quando assina com um dos maiores clubes do mundo. Minha previsão demorou pouco tempo para se confirmar. Aquela decisão contra o Estudiantes, pela Sul-Americana de 2008, foi de arrepiar! O ambiente criado no Beira-Rio foi sensacional. Um baita time + uma torcida sensacional. Impossível ter outro resultado: CAMPEÃO!

Em 2009, passei a usar a camisa 10! Que responsabilidade enorme! Também foi a vez de conhecer o Campeonato Gaúcho. Nossa jornada beirou a perfeição. Entramos em campo 21 vezes e ganhamos 18. Campeões invictos! Foi muito bom! E quem diria que viria mais por aí? Ao longo da minha carreira pelo Inter, ganhamos seis dos sete Campeonatos Gaúchos que disputamos.

Durante esses sete anos e seis meses que fiquei no Inter, jamais encerramos uma temporada sem ganhar título. E para falar de conquistas não posso deixar de mencionar como 2010 foi um ano especial. A Copa Libertadores me fascinava desde menino. É uma competição que tem extremo valor na Argentina (e no Brasil também). Nossa jornada de 2010 foi repleta de momentos especiais. Na fase de grupos, fizemos uma campanha como mandam os manuais: três vitórias em casa, três empates fora. Classificados, na liderança do grupo. Veio o mata-mata e o bicho pegou! Logo de cara, o Banfield. Um adversário difícil, em um campo difícil. Sofremos muito no jogo de ida, com o poder do rival e com erros de arbitragem. Teríamos que reverter um placar adverso de 3 a 1 para que nosso sonho não terminasse ali. E aí voltou aquele ambiente infalível: time com sangue no olho + torcida fantástica. 2 a 0, passamos, e ganhamos muita força!

Nas quartas-de-final, outro argentino, o Estudiantes! Missão duríssima. Na ida, no Beira-Rio, insistimos até o fim e fomos premiados com um gol do Sorondo, aos 42 minutos do segundo tempo. Na volta, uma verdadeira batalha! Perdíamos a vaga até os 43 minutos do segundo tempo. Mas veio o gol! Passamos de forma heroica e cada vez mais sentíamos que estávamos no caminho certo!

Veio a semifinal com o São Paulo. Dois jogos duríssimos. Mais uma vez repetimos a dose! Vitória mínima em casa, derrota com gols fora! A torcida colorada outra vez deu show. Eram mais de 2 mil presentes no jogo de volta, no Morumbi. Uma festa linda!

Chegou a final e sabíamos que não poderíamos parar por ali. No México, conseguimos ganhar do Chivas de virada e encaminhamos a taça. No Beira-Rio, outro jogo duríssimo, mas ganhamos de novo! Campeões da Libertadores! Um momento mágico.

E 2010 não parou por aí. Além das conquistas coletivas, o timaço do Inter me ajudou a ganhar distinções individuais. Fui escolhido o melhor meio-campista do Brasileirão e das Américas. Ainda ganhei o prêmio de melhor jogador das Américas. O título mundial não veio, ficou esse gostinho amargo, mas o amanhã é imprevisível. Quem sabe um dia, em alguma outra ocasião, eu não estarei junto com o Inter outra vez para pagar essa conta?

Os anos foram passando e minha identificação com o Inter não parava de crescer. Em 2012, passei a ser o capitão. Uma responsabilidade imensa. Na época, eu só pensava em quantos craques tinham usado aquela braçadeira. Logo no Campeonato Gaúcho já tive a responsabilidade de levantar a primeira taça nessa nova condição.

Em 2013, experimentei uma sensação que não conhecia. A de ser o goleador. Foi um ano em que estive com a pontaria afiada. Fiz gol no Gauchão, No Brasileiro e na Copa do Brasil. Foram 20 gols, uma marca significativa para um meia… Terminei como artilheiro da temporada!

Veio 2014 e mais um momento marcante. Estreávamos o novo Beira-Rio. Um amistoso contra o Peñarol e um ambiente repleto de história. Coube a mim a honra de fazer o primeiro gol da história da nossa nova casa! O resultado do jogo? Ganhamos! Mais uma vez!

Minha história no Inter rompeu a barreira das quatro linhas. Fiquei esse tempo todo aqui não apenas pela identificação que criei com o clube. Foi muito mais que isso! Em Porto Alegre, finquei raízes. Minha família foi muito bem tratada aqui. Nós, argentinos, com toda a rivalidade que se diz entre os dois países, vivemos anos maravilhosos aqui! Posso dizer que sou gaúcho de coração! Sou porto-alegrense (até título de cidadão da cidade ganhei). Meu filho, Gonzalo, nasceu aqui! É brasileiro, gaúcho e, claro, COLORADO!

Agora, chegou a hora de voltar para as minhas raízes. Para deixar o Inter, eu só poderia ir para o dono da outra metade do meu coração: o RIVER PLATE. Um clube que me deu tudo quando eu não tinha quase nada. Um clube que me abriu as portas para o mundo, me deu a oportunidade de seguir a profissão que sempre sonhei. É com muito orgulho que voltarei a Núñez, é com muita alegria que voltarei a reencontrar pessoas que foram importantíssimas no início da minha carreira, é com muita felicidade que voltarei a estar perto de minha família e dos meus amigos de infância.

Chegou a hora de um novo desafio! Campeonato Argentino, Copa Libertadores e Recopa! Vamos com tudo! Vai ser emocionante voltar a vestir a sagrada rojiblanca, vai ser emocionante voltar a sentir a hinchada Millonaria.

Saio de Porto Alegre, mas o Inter, os colorados, e todos que me deram carinho jamais vão sair do meu coração. Estarei aqui do lado, não mais jogando, mas torcendo muito pelo colorado! Não tenham dúvida que em todo o planeta não encontrarão um argentino mais fanático pelo Inter do que eu! E isso não é um adeus, mas sim, um ATÉ LOGO!!! MUITO OBRIGADO POR TUDO! SEREI ETERNAMENTE GRATO!!!

‪#‎NuncaTeEsquecerei‬ ‪#‎VamoInter‬

Andrés Nicolás D’Alessandro

Gostou deste texto? Então ajude a divulgar!

Adeus, D`Alessandro

Adeus, D`Alessandro

Após sete anos e meio em Porto Alegre, D’Alessandro está saindo do Inter. Ganhou muitos títulos. Estranhamente, ele vai por empréstimo de um ano para o River Plate. Piffero terá que rebolar para substituí-lo. Não há nada parecido com ele no time, nem em termos técnicos, nem em envolvimento, nem no quesito liderança, nem em identificação com a torcida. Aos 34 anos, quase 35, não estava mais no auge, mas ainda era um grande jogador. Nunca será esquecido.

Haverá uma coletiva às 16h, mas dificilmente haverá novidades além da emoção da despedida. Como Dale recebia em dólares, seu salário já batia nos R$ 950 mil. Era demais. O novo candidato à camisa 10 estará entre Sasha, Andrigo e Alisson Farias, ou seja, entre jogadores que estão vários degraus abaixo do argentino. Se Anderson for a nova referência técnica, o Inter terá problemas com a torcida. Preparem-se.

D’Alessandro volta para a convivência de conhecidos como o técnico Gallardo e o gerente de futebol Enzo Francescoli. Não se sabe se D’Alessandro se despedirá esta noite do Inter, jogando contra o São José, no Passo D’Areia. Seria curioso, pois ele talvez se retirasse erguendo a última taça com a camisa colorada, a Recopa Gaúcha.

dalessandro

Títulos de D`Alessandro no Inter:
6 Estaduais (2009, 2011, 2012, 2013, 2014 e 2015)
1 Copa Libertadores (2010)
1 Copa Sul-Americana (2008)
1 Recopa (2011)
1 Copa Suruga (2009)
1 Recopa Gaúcha (2016)

Gre-Nais com a presença de D`Alessandro:
27 Clássicos
13 Vitórias
9 Empates
5 Derrotas
8 Gols

dale

(Eu ia rir muito se ele ganhasse do Grêmio na Libertadores 2016, mas acho que o Grêmio morre antes).

Gostou deste texto? Então ajude a divulgar!

Após as férias, o futebol retorna nesta quarta-feira

Após as férias, o futebol retorna nesta quarta-feira
Estava tudo tranquilo até ontem, só que o Grêmio faz questão de atrair problemas
Estava tudo tranquilo até ontem, só que o Grêmio faz questão de atrair problemas

Grêmio e Inter não fizeram grandes contratações. Com as finanças deprimidas, nenhum dos dois clubes trouxe jogadores de lotar o aeroporto. As contratações foram poucas e discretas. Tudo foi feito com cuidado para não comprometer as finanças. É correto. Melhor é navegar no superávit, gastando um pouquinho menos do que se ganha, sem perigosos voos perdulários. O Grêmio deverá ter um primeiro semestre bem mais competitivo do que o Inter. Afinal, está classificado para o filé de emoções da Copa Libertadores da América, coisa que o Inter não obteve. O time caiu em um grupo complicado. Como colorados, esperamos muita disputa entre o tricolor de Humaitá e o Toluca (México), a LDU (Equador) e o San Lorenzo (Argentina). São duas vaguinhas. O Grêmio costuma passar bem pela primeira fase, mas nossa esperança é de uma desclassificação precoce. É uma chave que obrigará o Grêmio a viagens longas. Quito tem a altitude, não é La Paz mas é chato. O México fica em outro hemisfério e o San Lorenzo tem a mística. O negócio é vencer em casa e conseguir alguma coisa fora.

Nome do partido, nome do estádio, e uma claque...
Nome do partido, nome do estádio e uma claque de última…

Mas antes, amanhã (28), o Grêmio estreia fora de casa na Copa Sul-Minas-Rio contra o Avaí. O jogo será às 21h45. Sua primeira partida no Picanhão 2016 será no próximo domingo (31), contra o Brasil de Pelotas, às 17h. Joga o time reserva amanhã e o titular domingo. O time-base de 2015 foi mantido e não deve fugir muito disso: Marcelo Grohe; Wallace Oliveira, Geromel, Kadu e Marcelo Oliveira; Wallace, Maicon, Giuliano, Douglas e Everton; Luan. Ramiro pode entrar tanto na lateral direita como numa das volâncias. A folha de pagamento de 2016 está um pouco mais alta, beirando os 6 milhões de reais. Mudo de assunto desejando um péssimo ano para o Grêmio.

Ah, ontem, o deputado Jair Bolsonaro mostrou uma camisa do Grêmio na Assembleia Legislativa. O clube não tem culpa se um imbecil entregou a camisa ao deputado, mas os gremistas estão sofrendo a maior gozação. A coisa certamente partiu de algum torcedor de índole racista, fascista ou machista. Ou tudo isso junto.

Chico LFV

Já o Inter vive dias de tranquilidade. Fez pré-temporada na Flórida e também não contratou quase ninguém. Mas fez bons negócios livrando-se de Dida, Juan, Nico Freitas, Lisandro López, Rafael Moura, Leo e Wellington Martins. Foi uma limpeza e tanto. A folha de pagamento em 2015 estava próxima dos 9 milhões mensais, um verdadeiro absurdo se comparada com a produtividade do time em campo. Este valor caiu para 7 milhões no começo deste ano e não creio que tenha havido queda na qualidade. Permanece razoável, o que nos deve garantir o 9º lugar no Brasileiro de 2016.

olivioInfelizmente, o Inter não terá a Libertadores. Suas prioridades estão todas no Brasil: Churrascão, Brasileirão e Copa do Brasil. Campeão de tudo, mas sem um título brasileiro há 24 anos — e há 37 anos sem ganhar um Brasileirão! — seria a hora de tratar com carinho dos grandes campeonatos da corrupta CBF. Acho que o clube tem a obrigação de vencer o regional, pois não terá outra diversão nos primeiros meses do ano que não seja a Sul-Minas-Rio. O time estreia hoje (27) neste torneio contra o Coritiba no Beira-Rio, às 21h45. Seu primeiro jogo no Costelão será domingo (31) às 19h30, também no Beira-Rio, contra o Ypiranga de Erechim. O time-base para iniciar o ano é este: Alisson; William, Paulão (Jackson), Réver (Ernando) e Artur; Fernando Bob, Rodrigo Dourado, Anderson e D’Alessandro; Eduardo Sasha e Vitinho. Como veem, falta-nos um centroavante.

hitler bolsonaro

Gostou deste texto? Então ajude a divulgar!

Agora é oficial, o WhatsApp caiu

Agora é oficial, o WhatsApp caiu

12348023_10207583471882426_7052444447294263384_n

Gostou deste texto? Então ajude a divulgar!

Apenas dois parágrafos sobre os 40 anos do primeiro título brasileiro do Inter (com os melhores lances da decisão)

Apenas dois parágrafos sobre os 40 anos do primeiro título brasileiro do Inter (com os melhores lances da decisão)
O chamado gol iluminado de Figueroa. Iluminado e decisivo
O chamado gol iluminado de Figueroa. Iluminado e decisivo

Meu pai me fez colorado, mas logo eu passei a amar o futebol muito mais do que ele. E nós, eu e o Sylvio, marido de minha irmã — fizemos com que ele voltasse aos estádios de forma tão cabal que ele assistiu à final do Brasileiro de 1975 e eu não, pois estava estudando para o vestibular. Acho que eu não precisava me punir daquela forma — passei fácil no exame, glória juvenil —, mas ele me contou que, quando Figueroa fez o gol que nos deu o título, ele se sentou com as mãos na cabeça na arquibancada do Beira-Rio, enquanto todos comemoravam. Naquele momento, ele me culpava por tê-lo tornado aquele fanático que quase morreria com cada chute de Nelinho — e defesa de Manga — nos minutos seguintes. Foi o que ele me disse quando voltou para casa.

Faz tempo, né? Mesmo antes de 1975, o Inter tinha um time muito bom. Elias Figueroa e Paulo César Carpegiani já estavam aqui desde 1971 e o time foi pouco a pouco recebendo reforços, mas foi a chegada de Lula em 74 que mudou tudo. Ele foi o cara que dizia a todos — interna e externamente — que tínhamos um tremendo time e que podíamos ser campeões brasileiros. Naquela época, éramos uns provincianos. Achávamos impossível vencer as equipes de Rio e São Paulo. Uma vez ouvi Lula afirmar: “Eu falava que seríamos campeões e o pessoal ria”. Outro grande campeão foi o técnico Rubens Minelli. Ele foi o cara viu a Holanda de 1974 e tropicalizou um pouco daquela “loucura”. Fez do jeito que dava. Nosso time corria como nenhum outro e até os atacantes marcavam! Havia outros craques, claro, como esquecer de Falcão? Mas Lula e Minelli foram os dois pioneiros.

Abaixo, os melhores lances daquele jogo sofridíssimo:

https://youtu.be/1i4yD6f41lc

Gostou deste texto? Então ajude a divulgar!

Bom dia, presidente Piffero (com os gols e melhores lances de Inter 2 x 0 Cruzeiro)

Bom dia, presidente Piffero (com os gols e melhores lances de Inter 2 x 0 Cruzeiro)
Ernando: ao lado de Dourado, Vitinho e Valdívia, o melhor de 2015 | Foto: Ricardo Duarte / SC Internacional
Ernando: ao lado de Dourado, Vitinho e Valdívia, o melhor de 2015 | Foto: Ricardo Duarte / SC Internacional

Claro que eu queria ver meu time na Libertadores 2016. Só que ele nunca fez por merecer. Nem neste segundo turno. Argel nunca conseguiu fazer o time jogar bem, mas o que nos matou de morte morrida foi o rodízio do Aguirre. Aquele primeiro turno de jogos dados de presente para os adversários foi um desperdício irrecuperável. E temos pendente a questão do doping, que deve rolar nos próximos dias. O peso de 2015 ainda será sentido.

Que péssimo ano, hein, Piffero?

Tu, Piffero, garantiste que Argel fica em 2015. É um erro. Penso que a crise financeira deve estar braba mesmo. Argel é um motivador, não um organizador. Seu time é lamentável do ponto de vista técnico e os artifícios motivacionais de Argel são utilizados inclusive em suas entrevistas — sempre fracas e sem conteúdo. Devemos empilhar vitórias no Picanhão 2016 e fazer um Brasileiro médio, com Argel sendo demitido no meio do ano. Que venha 2017!

Para 2016, Lisandro, Juan, Dida, Léo, Wellington Martins e Moledo não devem permanecer no clube. São seis caras a menos na Folha de Pagamento, Piffero. Não dá para trazer ninguém REALMENTE BOM para o lugar deles? Tu dizes que os investimentos serão modestos, mas temos um dos maiores corpos de sócios do Brasil. Tem algo de muito errado aí. Quem tem que ficar é Vitinho. Não é um grande jogador, só que tem uma característica que o torna precioso: chuta espetacularmente bem. Faz gols a dar com pau.

.oOo.

Com a honrosa exceção do Corinthians, o nível técnico do Campeonato Brasileiro foi o mais baixo que vi até hoje. Achei tudo muito justo.

O campeão foi o melhor, o Atlético-MG fica a léguas de qualidade do Timão, mas foi o segundo melhor.

O Grêmio teve um resultado melhor do que o time que tem, graças ao Roger do primeiro turno.

Inter, São Paulo, Sport, Cruzeiro, etc. são times bem deficientes e poderiam ter disputado a vaga na moedinha, tanto faz.

Santos e Palmeiras decidiram que chegariam à Libertadores pela Copa do Brasil, mas só tinha uma vaga e o time mais experiente a levou.

Os rebaixados estão entre os de sempre: não se sabe como o Joinville subiu, Avaí está sempre no grupo de risco e o Vasco tem Eurico Miranda. A única surpresa foi o Goiás, que veio com um time indigno de sua história.

https://youtu.be/vhqsEgatPOE

Gostou deste texto? Então ajude a divulgar!

E segue a agonia do torcedor colorado

E segue a agonia do torcedor colorado

Pois não é que ainda não estamos mortos? O site Infobola, do Prof. Tristão Garcia, mostra que o Inter tem 28% de chances de chegar ao G-4, o que nos daria a última vaga da Libertadores 2016. Os restantes 72%, é claro, ficam com o São Paulo. Só os dois lutam pela última vaga no Nirvana.

Na última rodada, o Inter joga contra o Cruzeiro no Beira-Rio, enquanto que o São Paulo vai até Goiânia pegar o desesperado Goiás, quase na segunda divisão. Pelo mesmo matemático, as chances do Goiás ser rebaixado são de 88%.

Então a coisa é simples. Basta ganhar do Cruzeiro e esperar por uma vitória do Goiás. Simples e quase impossível. A outra possibilidade é apenas matemática: um empate do São Paulo e uma vitória do Inter por 7 x 0, já que o saldo de gols vem antes do número de gols marcados nos critérios de desempate.

Ih, fudeu
Ih, fudeu

Gostou deste texto? Então ajude a divulgar!

Quando o Grêmio debutar em 2016, nossa criança terá 5 aninhos

Quando o Grêmio debutar em 2016, nossa criança terá 5 aninhos
A foto de Ricardo Duarte mostra o melhor do Inter -- Dourado e Vitinho. Já o resto...
A foto de Ricardo Duarte mostra o melhor do Inter: Dourado e Vitinho. Já o resto…

É uma pena que a longa agonia do Inter mascare sua absoluta ruindade neste péssimo ano. Se, nesta altura, estivéssemos sem chances de Libertadores no Brasileirão 2015, talvez a diretoria já trabalhasse planejando algo de mais consistente para o ano que vem. O jogo de ontem demonstrou como o se joga fora uma classificação. O Fluminense — com um time misto — pediu para ser derrotado. Viramos o primeiro tempo com vantagem de 1 x 0, jogamos todo o segundo contra 10 e… cedemos o empate. Demos um tal banho de bola no primeiro tempo, o jogo estava tão fácil que escolhemos relaxar no segundo.

2015 pode ser resumido assim: problemas com o preparo físico, com doping, contratação no meio do ano de um treinador inadequado, mais problemas físicos (agora com os velhos D`Alessandro, Alex, Juan, Réver e Anderson, que, aos 27, parece ter 40) e nada de títulos importantes. E assim vamos seguindo o Grêmio. Se eles completarão 15 anos sem eles e debutarão em 2016, nossa criança terá já 5 anos. Mas, incrivelmente, vamos para a última rodada ainda com chances, o que servirá para esconder o fracasso por mais uma semana..

A conclusão a que chego às vésperas da última rodada do campeonato não pode ser mais desalentadora para o futebol brasileiro. Dos 5 melhores classificados, 4 são péssimos, o que explica enorme a distância do Corinthians na primeira colocação. Os times atuais de Atlético-MG, Grêmio, São Paulo e Inter são piadas que deveriam estar na segunda metade da tabela se o Brasileiro tivesse um mínimo de qualidade. Mesmo sem grandes contratações, a base do Inter deveria garantir uma classificação, mas esta também não funciona direito e hoje toma goleadas do pessoal do uma e tá.

Reclamar de arbitragem? Dizer que o pênalti a favor do Flu foi mal marcado? Também acho, mas ora, colorados, deixem essas circunstanciazinhas de lado. Era um jogo fácil que se complicou por nossa incapacidade de manter uma mínima compostura em campo.

Nosso time resume-se aos chutes do emprestado e Vitinho e, olha, nem dá para ver corretamente o que mais serve com tanta desorganização em campo. Dourado e Alisson, certamente. O resto eu não sei.

https://youtu.be/3ajpkkUe3aI

Gostou deste texto? Então ajude a divulgar!

Breve comentário sobre o Gre-Nal de ontem (com os melhores lances)

Breve comentário sobre o Gre-Nal de ontem (com os melhores lances)
Anderson e Ramiro: o Grêmio correu atrás, sem alcançar | Foto: Ricardo Duarte
Anderson e Ramiro: o Grêmio correu atrás, sem alcançar | Foto: Ricardo Duarte

Houve um lance que resumiu perfeitamente o Gre-Nal de ontem. Estávamos no primeiro tempo e o bom Artur foi bater um lateral ao lado da área gremista. De forma incompreensível, ele mandou a bola próximo à linha de fundo, bem onde estavam Galhardo e Geromel. Encantados, vendo o presente viajar pelo alto, os dois se confundiram e cederam o escanteio.

A vitória colorada foi normal, tivemos maior volume de jogo, mais chances de gol — veja os melhores lances abaixo — e mais interesse na partida. Iniciamos o jogo com o time bem posicionado e até atuando bem. As ausências de Juan e Réver obrigaram Argel a realizar uma coisa que ele evitava fazer: colocar um lateral esquerdo na lateral esquerda. Com Ernando no meio, a zaga melhorou; com Artur na lateral tivemos boa marcação — Luan e Giuliano foram anulados — e algum apoio no ataque.

Ainda acho que Dourado — o melhor em campo — deve jogar mais atrás, apesar da boa atuação jogada que ele criou para o gol de Vitinho. Sobre outros jogadores, diria que D`Alessandro cansou muito cedo, que Lisandro foi incansável na marcação aos zagueiros do Grêmio e que, bem, prefiro ver nosso centroavante jogando com a bola nos pés, coisa que Lisandro parece evitar. De resto, Vitinho é um doido que faz jogadas que ninguém entende para depois marcar gol e William é um sequelado sem remédio.

Argel colocou o time certinho em campo, mas, logo após o gol de Vitinho, fez a bobagem de sempre. Anderson — outro que jogou muito bem — pediu para sair e, em vez de colocar Alisson Farias em campo, Argel colocou o volante Bertotto. Tal opção foi o convite para o Grêmio vir ao nosso campo. Este foi um erro tático que poderia ter-nos custado a vitória. Só que o Grêmio… Como é que estão em terceiro lugar no campeonato?

O site de estatísticas Infobola nos dá 33% de chances de ir à Libertadores. O percentaul só cresce, ms acho que ficaremos só com o Gaúcho, vendo o Grêmio ser eliminado rapidamente no torneio continental.

P.S. — Como é que Grohe, um goleiro de seleção, não sabe jogar com os pés? Todas as bolas recuadas para ele, mesmo as mais simples, acabaram como lateral para o Inter.

P.P.S. — Segundo Alexandre Perin: dos últimos quinze gre-nais, o Inter perdeu dois. Nenhum no Beira Rio. Sete vitórias do Inter, seis empates, duas vitórias do Grêmio.

P.P.P.S. — Com o Gre-Nal de ontem, ficamos assim:

408 clássicos
154 vitórias do Inter
127 vitórias do Grêmio
127 empates

Dá-lhe empates!

P.P.P.P.S. —

Fonte: grenais.com.br
Fonte: grenais.com.br

Gostou deste texto? Então ajude a divulgar!

Argel Fucks e o legado de Muhamad Said al-Sahaf

Argel Fucks e o legado de Muhamad Said al-Sahaf
O Inter joga um bolão, declarou Muhamad Said al-Sahaf
O Inter joga um bolão, declarou Muhamad Said al-Sahaf

Por Marco Weissheimer (em RS Urgente intervenção no futebol)

As entrevistas do treinador do Internacional, Argel Fucks, vêm impactando a comunidade futebolística gaúcha, em especial a colorada, pela insólita leitura que o comandante faz dos jogos. O insólito consiste em relatar um jogo que só ele parece ter visto. Na verdade, a estratégia midiática de Argel tem precedentes históricos. Ela remete às antológicas entrevistas de Muhamad Said al-Sahaf, ministro de Informação iraquiano, durante o governo de Saddam Hussein, que espantava o mundo com seus briefings diários à imprensa, totalmente desconectados da realidade. Said al-Sahaf elevou esse estilo de entrevistas à categoria de arte. Entre outras coisas, ele chegou a desmentir que as tropas norte-americanas tivessem entrado em Bagdá, enquanto os tanques do Tio Sam passavam atrás do prédio onde ele dava sua coletiva.

Gostou deste texto? Então ajude a divulgar!

Bom dia, presidente Piffero (com os melhores lances do fiasco de ontem)

Bom dia, presidente Piffero (com os melhores lances do fiasco de ontem)
D`Alessandro queria ser expulso, mas vai ter que jogar o Gre-Nal | Foto: Ricardo Duarte
D`Alessandro queria ser expulso, mas vai ter que jogar o Gre-Nal | Foto: Ricardo Duarte

Presidente, Argel é o treinador do Vamo lá, moçada! Os jogadores correm, se matam, mas sem a mínima organização. Se o adversário tiver 2g de cérebro verá que nossa correria não leva a nada. E o pior é que, quando o time é permanece 10 dias apenas treinando, volta jogando menos, prova de que os treinamentos de Argel são tão úteis quanto eu me preparar para as Olimpíadas agora, com 58 anos, disputando uma vaga no time de basquete, com meus 1,70m.

Um amigo ontem me ligou assustado dizendo para eu ligar o rádio porque o Argel estava surtando nos microfones. Naquela loucura mansa de quem está num nirvana particular, Argel disse que tivemos 55% de posse de bola, quatro chances de gol (?), 290 passes certos e o controle do jogo (?). Completou, para meu pasmo, lembrando que Abel tomara 5 da Chapecoense no ano passado, que dava gosto ver D`Alessandro e Anderson correrem e que nada estava perdido. Ou seja, ele vive numa realidade paralela.

Eu… comecei a rir.

É com esse espírito que devemos encarar o Gre-Nal. Não adianta entrar em brigas nem levar a sério o time de Argel, | Foto: Ricardo Duarte
É com esse espírito que devemos encarar o Gre-Nal. Não adianta entrar em brigas nem levar a sério o time de Argel. | Foto: Ricardo Duarte

No segundo tempo, D`Alessandro, impotente, estava louco para ser expulso como já acontecera com Juan. Olha, na posição dele, eu também estaria atrás de um cartão vermelho. Com sua biografia, para que jogar um Gre-Nal sem chances?

Os erros de Argel começaram no vestiário com a inclusão de Lisandro López na posição de Valdívia. Lisandro é a maior decepção de 2015. O lugar de Valdívia deveria ser ocupado por um jogador da função: Alisson Farias, é óbvio. Mas teu técnico escolheu inventar, Piffero. E não foi só isso: como disse meu amigo Marcelo Furlan, Argel queimou duas substituições para fazer uma. Muito mais simples seria colocar Arthur no lugar do Lisandro Lopes após a expulsão de Juan. E por que deslocar Rodrigo Dourado para colocar a ruindade do Nico Freitas que será dispensado? Aliás, para que colocar um jogador que SABE que será dispensado (Nico) e outro que DESEJA sair (Lisandro)? Qual é a motivação desses caras? E qual é a motivação de Alisson Farias e de Bertotto, os dois jovens ex-juniores que ficaram no banco vendo esses desmotivados jogarem?

Nosso time é motivo de chacota e com toda a razão. O twitter oficial da Chapecoense saiu-se com essa:

– A Chape sempre trata bem seus adversários. D’Alessandro ganhou cartão, chapéu e caneta.

E foi a pura verdade. Mas Dale não ganhou o desejado segundo cartão, aquele que o livraria do fiasco de domingo.

Espero que o Grêmio acabe com a longa agonia de 2015. Mas sem goleada, por favor.

https://youtu.be/1YUnZw3rpM0

Gostou deste texto? Então ajude a divulgar!

Ontem, quando fui pagar o salário do Valdívia…

Ontem, quando fui pagar o salário do Valdívia…

Valdívia… a moça do caixa olhou para o boleto, levantou os olhos e disse:

— Carteirinha vermelha do Inter, um privilégio.

Confirmei as duas afirmativas e ela seguiu:

— Viu o que aconteceu com o valdívia? Seis meses fora, ruptura dos ligamentos do joelho.

— O quê? Não sabia.

— Sim, foi para uma dessas seleções da CBF corrupta e voltou desse estourado.

Feito o pagamento, ela me entregou os comprovantes e declarou:

— O ano realmente acabou. Só nos resta fazer boa figura no Gre-Nal e tentar voltar melhor em 2016.

— É verdade. Boa tarde.

Valdívia se machucou defendendo a Seleção Olímpica Brasileira. Um norte-americano caiu sobre ele numa jogada. Faz anos que estou me lixando para esta Seleção e para a titular também. Como a CBF amenizará o desfalque técnico e financeiro do clube? Simplesmente não fará nada, vai ficar apenas torcendo para que Valdívia esteja recuperado para as Olimpíadas de 2016, em agosto. O Inter e Valdívia trabalharão para ela, que não paga nada ao clube.

Argel perde simplesmente o artilheiro colorado da temporada, com 19 gols. Antes, já perdera, Sasha, que vai para a terceira cirurgia no tornozelo menos de um ano, e o péssimo Rafael Moura. Na metade do ano, vendemos Nilmar pela terceira vez. E Lisandro López vais para o Racing em 2016. Como Vitinho, depende da renovação do empréstimo junto ao CSKA de Moscou, podemos dizer que não temos ataque. Espero que Piffero saiba fazer a mágica de remontá-lo. Nós, sócios, fazemos nosso papel pagando em dia.

Quando Valdívia voltar, espero que Marco Polo Del Nero não seja mais o presidente da CBF. Estamos pelo FBI. Claro que isto não vai melhorar a entidade nem o joelho de nosso jovem jogador de 21 anos, mas é bom ver esses caras caírem.

Gostou deste texto? Então ajude a divulgar!

Dois jogadores do Inter foram flagrados pelo antidoping. E, bem…

Dois jogadores do Inter foram flagrados pelo antidoping. E, bem…

Nem tudo que parece doping é doping. Por exemplo, lembram do caso Anderson, aquele alemão, ex-volante do Inter, ocorrido lá em 1998? Pegaram-no no antidoping, mas ele acabou absolvido porque ficou provado que a morfina detectada em sua urina era resultado de um pão com sementes de papoula que ele havia comido. Da papoula extrai-se o ópio, que origina a morfina. Os médicos do Inter deram o mesmo pão para alunos de Medicina e todos deram positivo em exame antidoping. Isso livrou a cara de Anderson.

Bem, agora, dois jogadores do Inter, Nílton e Wellington Martins, foram acusados de terem jogado dopados e estão suspensos preventivamente por 30 dias. Pegaram Nilton contra o Corinthians, pelo Brasileirão, e contra o Palmeiras, pela Copa do Brasil, nos dias 16 e 30 de setembro. E Wellington contra o Palmeiras, dia 23, pela Copa do Brasil. Os dois teriam usado um diurético (hidroclorotiazida) que mascara substâncias proibidas.

Nilton devia tomar diuréticos como um louco. Afinal, foi flagrado em dois testes separados por duas semanas. O mais provável é que estivesse se tratando fora do controle dos médicos, porque eles sabem quais substâncias estão na lista do doping e jamais desejariam ver seus nomes envolvidos em confusão. O Inter pediu que fosse verificada a contraprova, o que já foi realizado em laboratório especializado de uma universidade de Los Angeles. Mesmo resultado. O clube trata de elaborar a defesa de seus jogadores para evitar uma longa suspensão. Não há risco de perda de pontos pelo time.

Sábado, Nilton devia já saber da merda que fizera. Ele fez uma partida miserável contra a Ponte Preta. Não creio que os tribunais considerem isso, mas, coincidência ou não, setembro foi um grande mês para o volante colorado. Foi o mês em que ele conseguiu um lugar no time. Não estou dizendo que ele tomou algum estimulante, ainda mais que se sabe que se usa diuréticos simplesmente para perder peso. Tal fato, somado com a parca condição física do grupo, talvez recoloque os médicos do clube na jogada. Espero sinceramente que não. Mas tudo isso são impressões de quem está longe.

Deste modo, o eficiente Nilton, titular de Argel, está fora do Brasileirão. E Wellington, reserva, não joga mais pelo clube, porque tem rendimento deficiente e seu empréstimo vai só até o fim do ano. Que volte para o São Paulo, de onde nunca deveria ter saído!

Espero que Argel finalmente utilize o bom Bertotto. No ano passado, o cara fez boas partidas com Abel Braga, mas Aguirre e Argel esqueceram dele na reserva. Imaginem que ele foi cotado atrás até do morto do Nico Freitas…

Nilton contra a Ponte Preta: diuréticos fatais
Nilton contra a Ponte Preta: diuréticos fatais

Gostou deste texto? Então ajude a divulgar!

Bom dia, presidente Piffero (com os melhores lances de Inter 1 x 0 Ponte Preta)

Bom dia, presidente Piffero (com os melhores lances de Inter 1 x 0 Ponte Preta)
Tudo com Vitinho  | Foto: Ricardo Duarte
Tudo com Vitinho | Foto: Ricardo Duarte

Que sorte tem esse teu técnico incompetente, hein, Vitorio Piffero? Tu demitiste Aguirre pela preparação física e contrataste Argel. Agora é o momento de rezar para que sigamos ganhando, esperar que o ano acabe para manter o novo preparador físico e demitir Argel. Prezado presidente, a atuação de sábado foi tão ruim que, pela primeira vez, nosso técnico deixou de negar a realidade e disse: temos que jogar mais.

Também foi a primeira vez que vi nosso novo estádio classe média vaiando o time com alguma vontade. Tanto que, no intervalo, só Allison deu entrevistas. Estavam todos irritados consigo mesmos, com a torcida e com a malvada Ponte, que empilhava chances perdidas. Como jogamos mal! Que sufoco tomamos!

Não vou reescrever sobre os erros do time. São sempre os mesmos. Vou apenas pedir que o Sobrenatural de Almeida siga abençoando nossas deficiências.

https://youtu.be/NqRozSpmoBc

Gostou deste texto? Então ajude a divulgar!

Bom dia, presidente Píffero (com os gols de nosso fiasco de finados)

Bom dia, presidente Píffero (com os gols de nosso fiasco de finados)
Piferro: planeje 2016, presidente!
Piferro: planeje 2016, presidente!

Nas últimas partidas do Inter, principalmente nestas duas vitórias contra Flamengo e Goiás, tinha feito referências amargas à ruindade, à falta de sentido coletivo e à feiura do futebol do time de Argel. Então, a derrota de ontem para um dos últimos colocados no Brasileiro não chegou a me surpreender. Ontem, tive vontade de rir de nossa zaga, a qual mais parecia um bordel. Paulão e Réver deslocaram Ernando para a lateral, deixaram Juan do banco, e não deram chances a Eduardo, Moledo e Alan Costa. Não sei se os cinco reservas de Paulão e Réver teriam melhores resultados, afinal, ninguém joga bem em nossa desorganizada equipe, mas mantê-los como se fossem indiscutíveis é uma piada.

O mesmo vale para Alex. Após sua desejada renovação de contrato, Alex sucumbiu e hoje nada o justifica. Mas, sabe Piffero?, o que me preocupa é que nem adianta substituir e contratar tendo um comandante como Argel. Ele simplesmente mostra-se incapaz de dar-nos algum padrão e consistência. Ele é treinador com aspirações, declarações e posturas de time médio. Ele que vá fazer sucesso em Santa Catarina — com o devido respeito aos briosos times daquele estado, que tanto complicam nossa vida.

Por que o contrataste até o final de 2016? Bem, problema teu e de nosso setor financeiro. Ele era uma aposta e sabemos que a maioria das apostas são perdidas para a banca. Perdeste, perdemos. Todas aposta leva uma carga de otimismo. Não deu. Acho pura perda de tempo seguir com ele no ano que vem, melhor não insistir no erro. Nosso futebol está em fase de degradação e decomposição e não deveria estar assim, já que Argel está lá faz 19 jogos. Que ele leve o time se arrastando até o final de 2015 e seja feliz recebendo sem trabalhar — ou assumindo outro time — em 2016.

Chega. Sobre o novo treinador… Bem, procure! Mesmo sem a Libertadores, haverá muitas e importantes disputas em 2016.

https://youtu.be/tcdwSsd9y94

Gostou deste texto? Então ajude a divulgar!

É pura matemática, o Grêmio detém o recorde de maior jejum de títulos importantes da história do RS

É pura matemática, o Grêmio detém o recorde de maior jejum de títulos importantes da história do RS

No início de 2015, o Grêmio roubou uma marca indesejável que era do Inter. O tricolor passou a ostentar o indesejável título de Campeão de Jejum da história do futebol do Rio Grande do Sul desde a primeira conquista nacional, em 1975. Leia abaixo.

 Matéria de Marinho Saldanha, publicada no UOL em 25/12/2014. Adaptada e atualizada.

gremista chorando

Até 1975, a dupla Gre-Nal valorizava muito mais a disputa regional do que os títulos brasileiros ou mesmo continentais. O Gauchão era motivo de orgulho de parte a parte, com disputas, brigas e discussões intermináveis que rompiam o campo de jogo. Não mudou muito no que diz respeito a dualidade entre azuis e vermelhos, o que foi alterado a partir de 1975 foi a importância dada às conquistas.

O Internacional abriu caminho com a conquista do Brasileirão daquele ano. Em seguida, ganhou de novo em 1976 e foi tricampeão em 1979. Até conhecer o primeiro grande jejum de conquistas relevantes. Depois daquela taça, a próxima viria apenas em 1992, com a Copa do Brasil. Foram 13 anos de espera, precisamente 4.739 dias entre 23 de dezembro de 1979, final daquele Brasileiro, e 13 de dezembro de 1992, final da Copa do Brasil.

Mas com o gol de Célio Silva, o Internacional superou o Fluminense e quebrou a marca. Até então, maior período sem conquistas de clubes gaúchos. Mal sabia o Inter que um jejum ainda maior estava à caminho. Entre 1992 e a conquista da Libertadores de 2006 foram 14 anos. Exatamente 4.994 dias até o 16 de agosto quando o time de Fernandão e companhia derrotou o São Paulo no Beira-Rio consolidando a primeira conquista continental do clube.

Os anos que seguiram deram ao Inter o apelido de ‘campeão de tudo’. Veio o Mundial em 2006 a Recopa em 2007, a Sul-Americana em 2008, o bicampeonato da Libertadores em 2010 e o bi da Recopa em 2011. Depois, as conquistas fora do âmbito estadual pararam até os dias de hoje.

Mas a marca negativa entre 1992 e 2006 está prestes a ser rompida. O Grêmio jamais teve jejum sequer próximo dos do Inter, mas quando resolveu parar de conquistar, o fez em larga escala.

O primeiro título nacional gremista ocorreu em 1981. Depois a Libertadores e o Mundial de 1983, a primeira edição da Copa do Brasil em 1989, novamente a Copa em 1994, a Libertadores de 1995, a Recopa de 1996, o tricampeonato da Copa do Brasil em 1997, e no dia 17 de junho de 2001, ao fazer 3 a 1 no Corinthians em São Paulo os comandados de Tite levantaram a Copa do Brasil daquele ano, o último título relevante gremista fora do Estado.

No período que seguiu, apenas a Série B de 2005 foi erguida fora do Rio Grande do Sul. E mesmo com a epopeia conhecida como ‘Batalha dos Aflitos’, o título que recolocou o Tricolor na primeira divisão é pequeno para um clube de tamanha grandeza.

E com isso, o Grêmio chega, na data de hoje, 27 de outubro de 2015, a precisos 5.247 dias sem conquistas. Está mais do que batido o recorde do maior jejum do futebol gaúcho em conquistas relevantes desde o primeiro título nacional.

Cabe ao Grêmio interromper a série negativa a fim de não ampliar o recorde negativo. E torcer para o Internacional ficar novamente um longo período sem levantar taças importantes, para que a marca deixe de pesar no histórico do clube. Lembremos que, se o jejum do Grêmio vem desde 2001, o Inter também não ganha nada de importante desde 2011, quando ganhou a Recopa Sul-Americana.

Imagem meramente provocativa.
Imagem meramente provocativa.

Gostou deste texto? Então ajude a divulgar!

Bom dia, Argel Fucks (com os melhores lances de Inter 1 x 0 Joinville)

Bom dia, Argel Fucks (com os melhores lances de Inter 1 x 0 Joinville)
Gol salvador de Vitinho veio em cruzamento de D`Alessandro | Foto: Ricardo Duarte / SC Internacional
Gol salvador de Vitinho veio em cruzamento de D`Alessandro | Foto: Ricardo Duarte / SC Internacional

Argel, tu sabes por que o cachorro lambe o saco? Porque consegue. O Inter também é assim: ganha porque consegue, sem saber como. Argel, que partida ridícula fizemos contra o Joinville! Desde o jogo contra o Atlético-MG, logo depois da parada em razão das Eliminatórias para 2018, digo que estamos ainda pior do que antes. E tivemos aqueles 10 dias e mais um meio de semana para treinar. Acho que tu lês livros infantis — está chovendo, gente, é Hora do Conto! — ou organizas sessões de cinema a fim de culturalizar a turma. Tu treinas o time, Argel?Mesmo? Aquilo parece um bando. O adversário fica até nervoso tendo que se ver com tanta gente esforçada e confusa.

Organização nenhuma, criação nenhuma, passes errados, vencendo com gol improvável… E tudo isso contra um Joinville de péssimo sistema defensivo. Era jogo para entrar sem forçar e ganhar por dois ou três a zero, mas o que vimos, no final, foi um sufoco protagonizado pelo time mais fraco do campeonato e que no ano que vem é presença certa na Segunda Divisão.

Eu não sei explicar. Nem os comentaristas de rádio. Ontem, o Vinícius Sinott disse o que todos estavam vendo: “Que sorte tem o Inter!”. Pois estamos em 5º lugar, com 50 pontos, nas portas do G-4. Posição de time bom num campeonato de nível 7 x 1.

Foi isso, foi sorte. E, para piorar, Vitinho levou o terceiro cartão amarelo. Como Lisandro López está machucado, teremos Rafael Moura contra o Goiás no próximo domingo no Serra Dourada! Isso, Argel, já é pedir demais para a Nossa Senhora da Sorte. Eu quero entrar no G-4 e acredito que tens uma ligação o Sobrenatural de Almeida. Só ele explica um time que ganha sem criar situações de gol.

Peço a meus sete leitores que observem os melhores lances da partida. Olha, não houve mais do que isso. Foi mais uma vitória irritante do time do famigerado Argel Fucks.

Gostou deste texto? Então ajude a divulgar!

Bom dia, Argel Fucks (veja os “melhores” lances de Flamengo 0 x 1 Inter)

Bom dia, Argel Fucks (veja os “melhores” lances de Flamengo 0 x 1 Inter)
Ernando, um ilha de pouco futebol no mar da incompetência
Ernando, um ilha de pouco futebol no mar da incompetência | Foto: Ricardo Duarte

Vocês sabem qual é a diferença entre Argel Fucks e um beijo de novela? É que o beijo de novela é técnico (*).

O Inter voltou a fazer uma partida deprimente, mas o Grêmio fez pior, consolando-nos de alguma forma. Nós, sabe-se lá como, ganhamos por 1 x 0. O Grêmio perdeu por 3 x 2 após estar vencendo por 2 x 0. A virada estabeleceu-se a 50 minutos do segundo tempo através de um jogador muito divertido Apodi, um lateral ultra-ofensivo que é muito melhor que o coitado do William do Inter, por exemplo. Eu já tinha visto o tricolor contra o Santos. Eles jogaram muito mal. Ganharam como nós ganhamos hoje. O futebol gaúcho anda péssimo. Aliás, hoje, o futebol brasileiro como um todo está lamentável, tanto que o Grêmio é o terceiro colocado, o ruim Atlético-MG, segundo, e o Inter, sétimo.

Antes de falar no jogo do Inter, noto que há uma epidemia de Luans no Brasil, algo verdadeiramente perigoso e insalubre, uma verdadeira praga. Há o Luan do Grêmio, o do Atlético e o Santana. E todos se acham. O Inter não tem Luans, o que é um alívio, mas isto não nos torna melhores. Já tivemos borbotões de Wellingtons, lembram? Até hoje um está rondando o Beira-Rio.

Por falar em “tivemos”, tivemos muita sorte contra o Flamengo. O time carioca sempre teve a bola e o controle do jogo. Numa escapadela, fizemos o mais improvável dos gols. Obrigado, Ernando, tu és uma ilha de pouco futebol no mar de incompetência. Depois, ficamos acadelados na defesa, tentando impedir que o Flamengo jogasse. Só que o rubro-negro jogou e, gente, perdeu muitos, mas muitos gols.

Foi jogo para dizer palavrões na frente da TV. Passe errado, palavrão, erro defensivo, palavrão, defesa salvadora de Alisson, palavrão, a milésimo tentativa de contra-ataque que nem passava do meio-de-campo, palavrão, substituição de Argel, palavrão. E, diferentemente do time, a gente variava os palavrões em busca de algum que se revelasse uma palavra mágica que criasse lucidez, técnica e inteligência. Mas não conseguimos pronunciá-la hoje.

(*) Agradecimentos, Filipe Gonçalves.

P.S. — Dourado, meu filho, você nos enganou a todos?

https://youtu.be/AMFmjqyxPYA

Gostou deste texto? Então ajude a divulgar!

Bom dia, Argel Fucks (com os melhores lances de Atlético-MG 2 x 1 Inter)

Bom dia, Argel Fucks (com os melhores lances de Atlético-MG 2 x 1 Inter)
Argel não vai durar muito não.
Argel não vai durar muito não.

Querido Argel, nos últimos dias, vi muito futebol internacional — da América Latina e da Europa. E ontem vi nosso time jogar mal contra um igualmente péssimo Atlético-MG. Só que eles jogavam em casa, tinham mais ambição e acertavam mais passes do que nós. Só um pouco mais. O futebol brasileiro é uma água parada, e nós não estamos nem boiando.

Rubens Minelli, hoje com 86 anos, disse muita coisa genial em sua vida como treinador. Uma delas é que as divisões inferiores não existem para disputar nem ganhar títulos, as divisões inferiores servem para formar bons jogadores. Telê também dizia isso. O Léo, com o perdão da palavra, lateral direito do Inter, não conhece fundamentos. Ele é um bom exemplo para o que quero dizer. Ontem, no segundo tempo, ele teve a bola parada a sua frente. Ele levantou a cabeça e viu Valdívia pronto para começar um contra-ataque. Era um passe de 20m em linha reta, isto é, paralelamente à lateral do campo. Olha, Argel, tu deves te lembrar: ele errou o passe, mas errou por muito. E assim era o jogo, todos erravam muito, nós e eles, numa estranha forma de pingue-pongue.

O Inter finalmente está alcançando os outros times em preparo físico. Ontem marcamos e corremos muito. O Atlético também. Isto faz com que, muitas vezes, se perca a bola na tentativa de dribles — tem sempre gente na sobra — e que os passes saiam errados porque o adversário aperta. Joga melhor quem faz as coisas rápida e corretamente. E o que o futebol brasileiro erra é uma coisa notável. Ainda mais no caso de jogadores com deficiências congênitas, como Léo. Mas vejam um dos “craques” do Atlético-MG. Usemos o exemplo de Luan, que mais parece aquele cara legal do seriado “Malhação” que veio jogar futebol com a gente. Ele passa o jogo inteiro em dúvida. Só é destaque pela ruindade dos outros. O futebol brasileiro descuidou da formação de jogadores e isto está endo fatal. Ação de empresários? Sei lá.

Perdemos de 2 x 1 numa rodada onde todos nos ajudaram. Palmeiras, São Paulo e Flamengo perderam. Se ganhássemos, estaríamos provisoriamente em quarto lugar, mas… Mas não temos nem a competência mínima. Futebolisticamente, o ano acabou para o Inter. E tu, Argel, tiraste a sorte grande ao assinar contrato até o final de 2016. Divido que vás muito longe.

Então, fica aquela sensação chata de incompetência, de ter perdido quando seria fácil ganhar, de quem vai ver a Libertadores meio desinteressado em 2016. Um saco.

P.S.: O que houve com o Dourado ontem? Foi a sua pior partida no Inter e nem falo do pênalti que cometeu. E o Paulão fez a sua melhor!

https://youtu.be/eemcgvuOCKY

Gostou deste texto? Então ajude a divulgar!