Os mais vendidos de junho na Bamboletras

Os mais vendidos de junho na Bamboletras

Os mais vendidos na Bamboletras no mês de junho 🤩

1 – Querido Lula: cartas a um presidente na prisão, de Maud Chirio (Boitempo)
2 – O Avesso da Pele, de Jeferson Tenório (Companhia das Letras)
3 – Os Supridores, de José Falero (Todavia)
4 – A Boa Sorte, de Rosa Montero (Todavia)
5 – Escravidão vol. 3, de Laurentino Gomes (Globo Livros)
6 – Violeta, de Isabel Allende (Bertrand Brasil)
7 – Gabo & Mercedes: uma despedida, de Rodrigo García (Record)
8 – Ulysses, de James Joyce (Penguin)
9 – Tudo é rio, de Carla Madeira (Record)
10 – Com quantos rabinos se faz um Raimundo, de Nurit Bensusan (Confraria do Vento)

Os livros mais vendidos de março na Bamboletras

Os livros mais vendidos de março na Bamboletras

Olá! Mais um mês chega ao final – já estamos em abril, é inacreditável – e com isso temos a lista dos livros mais vendidos da Bamboletras em março!

1 – Faróis do Rio Grande do Sul, de Cláudio Tarta.
2 – A Vida Disfarçada de Contos, de Sandro Farias.
3 – Violeta, de Isabel Allende.
4 – Dicionário de Porto-Alegrês, de Luís Augusto Fischer.
5 – Os Supridores, de José Falero.
6 – O Avesso da Pele, de Jéferson Tenório.
7 – Tudo é Rio, de Carla Madeira
8 – Mas em que Mundo tu Vive, de José Falero.
9 – Banzeiro Òkotó, de Eliane Brum.
10 – Marrom e Amarelo, de Paulo Scott.

Os livros mais vendidos de fevereiro na Bamboletras

Os livros mais vendidos de fevereiro na Bamboletras

Olá! E o Fischer desbancou o Itamar!

Mais um mês chega ao final — já estamos em março, é inacreditável — e com isso temos a lista dos livros mais vendidos da Bamboletras em fevereiro!

1 – Dicionário de Porto-Alegrês (Luís Augusto Fischer)
2 – Torto Arado (Itamar Vieira Júnior)
3 – Os Supridores (José Falero)
4 – Porto Alegre na Palma da Mão (Ana Paula Alcântara)
5 – Quase (Toda) a Poesia (Juremir Machado da Silva)
6 – Lula, a Biografia Vol.1 (Fernando Morais)
7 – Mas em que Mundo tu Vive (José Falero)
8 – O Avesso da Pele (Jeferson Tenório)
9 – Tudo é Rio (Carla Madeira)
10 – Tudo Sobre o Amor (Bell Hooks)

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Tudo é Rio, de Carla Madeira

Tudo é Rio, de Carla Madeira

Este livro foi lançado pela primeira vez em 2014 por uma pequena editora. Depois, a Record comprou os direitos de publicação, levando Carla a ser a escritora mais lida do Brasil em 2021 logo após Itamar Viera Junior. Neste ínterim, ela lançou mais dois romances – A Natureza da Mordida e Véspera –, mas o carro-chefe, quem é um tremendo sucesso é este Tudo é rio.

Ninguém pode acusar a mineira Carla Madeira de não ser direta. Sim, ela é direta a ponto de assustar. Mas o contrário da sutileza não é necessariamente a grossura. O livro tem força e impacto e estas são indiscutíveis qualidades. E não falo apenas das descrições das cenas de sexo, mas dos vastos sentimentos à flor da pele. Ou seja, sua literatura não têm muita nuance, fala sempre com clareza. A autora não observa o tempo cronológico, fazendo com que o leitor vá lentamente construindo a situação descrita no início do livro. Como chegaram àquilo? As surpresas aguçam nossa curiosidade a cada capítulo. Aliás, estes são muitos e curtos. A narrativa envolve amores, atração sexual crua, relações familiares, amizades, amores e ódio.

Sem grandes spoilers, podemos dizer que o livro conta a história do triângulo amoroso entre uma mulher, seu marido e uma prostituta. Sabemos sobre a formação do casal, da tragédia que lhes ocorre e da barulhenta entrada do terceiro vértice. Todo o clima e as reações das pessoas parecem ser mais “antigas”. Por exemplo, quando a autora fala em ferro de passar – o romance não contextualiza época ou local –, a gente fica pensando “mas já existia isso na época desta história?”. Há suspense, erotismo e a criação de um belo e estranho clima. Há também uma pergunta que fica no ar e que Chico Buarque já fizera na letra de sua canção Almanaque: “Me diz me diz / Me responde por favor / Pra onde vai o meu amor / Quando o amor acaba”. Mas, no final, ficamos sabendo que…

Tudo é rio tem personagens que tomam atitudes extremas e tal fato fez com que muitos leitores rejeitassem o livro. Eles esperavam que a autora problematizasse mais a violência doméstica. Há agressões a mulheres e crianças, além de uma bem escondida pedofilia. Creio que não cabe à autora punir seus personagens ou fazer um ensaio a respeito. Cabe-lhe contar uma história. Mas é fato que a estrutura novelesca transformou um ato criminoso em uma coisa simples. E a frase final “Deus retornou ao lar” não parece uma ironia e sim um perdão. Ademais, o livro é como aqueles filmes de Tarantino onde os caras fazem o que bem entendem e parece que não há lei ou polícia para impedi-los. Nem vizinhos.

A baixa densidade psicológica dos personagens também leva-nos a pensar num romance antiquado. As frases às vezes parecem de auto-ajuda. As atitudes súbitas das pessoas nos remetem às novelas da Globo: a prostituta é linda, irresistível e de enorme persistência; o homem é macho, calado e violento; a mulher é bondosa e ama os animais; sua mãe é a Rainha do Bom Conselho. Ou seja, o sucesso de Carla Madeira é o mesmo de Nora Roberts, Isabel Allende e Gilberto Braga.

Mas jamais devemos esquecer que ele está calcado na sólida tradição literária de folhetins e fábulas onde o Bem vence o Mal, mesmo que haja violência e Brasil.

Carla Madeira: muita trama nos cabelos e na cabeça

Atrás do balcão da Bamboletras (XLIV)

Atrás do balcão da Bamboletras (XLIV)

Estava voltando do almoço, me arrastando no calor de Porto Alegre. Quando entrei todo suado no ar condicionado da livraria, ouvi uma moça dizer que queria porque queria um Tudo é rio, de Carla Madeira, o livro que eu estava lendo e que carregava sob meu sovaco. Na Bamboletras, tínhamos vendido o último exemplar dele no findi. Sabia que não tínhamos o livro.

Ela viu meu livro e perguntou:

— Me vende o teu?

Respondi que minha mulher já tinha lido aquele exemplar e que eu estava na página 160 de 212. Estava usadinho.

— Ah, me vende… Vou viajar amanhã e preciso! Tu busca outro exemplar pra ti na distribuidora!

— Mas eu anoto meus livros, sublinho, coloco um U quando dou risada e um ∩ quando discordo. E estrago a lombada.

— Tô nem aí. Quero!

— Mas ele estava na minha axila.

— Me vende. Nem precisa me dar o desconto-axila.

Vendi, né? Amanhã chega o meu.

Bamboletras recomenda uma mineira e um monte de gaúcho(a)s

Bamboletras recomenda uma mineira e um monte de gaúcho(a)s

A newsletter desta quarta-feira da Bamboletras.

Olá!

Um livro da mineira Carla Madeira, autora do excelente Tudo é rio, outro que marca o retorno de Martha Medeiros à poesia e uma antologia tocada à base de talento e algum álcool, pensamos. Estas são as recomendações da Bamboletras nesta segunda newsletter de dezembro.

Boa semana com boas leituras!

Corre para garantir seu exemplar aqui na Bamboletras!
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Véspera, de Carla Madeira (Record, 280 páginas, R$ 49,90)

Em Véspera, o leitor se depara com dois tempos narrativos. O tempo passado traz Custódia e seus dois filhos gêmeos, Caim e Abel, assim batizados pelo pai à revelia da genitora. Um salto temporal coloca Vedina, mulher de Abel, no papel de protagonista, logo de cara cometendo um ato que provavelmente só uma pessoa numa situação emocional limítrofe faria: ela abandona seu carro com o filho do casal dentro, deixado à própria sorte. O arrependimento se dá rapidamente, só que, quando ela volta, o garoto não está mais lá. A autora conta: “A questão central é: como uma pessoa pode chegar a tal extremo? Como essa mãe chegou a ponto de abandonar o filho?”. Para tentar responder, Carla optou por esse cruzamento temporal exatamente para mostrar a ‘véspera’ do acontecimento. “Vou lá atrás, na história dos gêmeos Caim e Abel. Falo do nascimento dos meninos, do motivo de terem recebido esses nomes, etc.”.

Horas Íntimas — Master Class Santa Sede para Vinícius de Moraes, antologia organizada por Rubem Penz (Santa Sede, 240 páginas, R$ 40,00)

Este é o oitavo livro nascido no ambiente da Master Class Santa Sede, um seleto grupo de cronistas de botequim que se reúne em Porto Alegre. Nele, há crônicas e poesias. Pedro Gonzaga diz: “Poucos mestres do gênero ensinarão tão fortemente a arte da conversa, a coloquialidade do português brasileiro e moderno, a leveza profunda de quem olha para a vida como um fenômeno passageiro e fatal, mas ao mesmo tempo permanente e esperançoso. Por essas e outras razões, parece-me difícil imaginar um autor mais versátil como fonte de inspiração para uma antologia de crônicas. (…) Mais uma vez Rubem Penz consegue produzir o espaço em que a celebração de clássicos e a energia da novidade se encontram”.

Noite em Claro Noite Adentro, de Martha Medeiros (L&PM, 144 páginas, 39,90)

A rebeldia, a ousadia, a inconformidade estão neste livro, mas temperadas pela maturidade, pelas frustrações, pelo cansaço de quem já viu muita coisa na vida e não se abala por pouco. A primeira incursão de Martha Medeiros na literatura foi com o livro de poesias Strip Tease, publicado em 1985. O livro ganhou a admiração de Millôr Fernandes e Caio Fernando Abreu. Seguiram-se vários best-sellers. Cartas extraviadas e outros poemas foi lançado em 2001 e desde então Martha não publicou mais versos, dedicando-se às crônicas e às narrativas em prosa. Agora, ela retorna à escrita poética, com as 51 composições deste volume. Além disso, este volume traz a novela Noite em claro, publicada em 2012 mas pouco conhecida do público. Um livro leve, delicioso, para matar a saudade da poeta e que fará o deleite dos fãs da autora.

Carla Madeira | Foto: Versatille

Os livros mais vendidos no mês de julho na Bamboletras

Os livros mais vendidos no mês de julho na Bamboletras

Confira os mais vendidos do mês de julho aqui da Bamboletras!

1. Torto Arado, de Itamar Vieira Junior (Todavia)
2. O deus das avencas, de Daniel Galera (Companhia das Letras)
3. Escravidão Volume 2 – Da corrida do ouro em Minas Gerais até a chegada da corte de dom João ao Brasil, de Laurentino Gomes (Globo Livros)
4. Doramar ou a Odisseia: Histórias, de Itamar Vieira Júnior (Todavia)
5. Notas sobre o Luto, de Chimamanda Ngozi Adichie (Companhia das Letras)
6. Correntes, de Olga Tokarczuk (Todavia)
7. Vista Chinesa, de Tatiana Salem Levy (Todavia)
8. O Avesso da Pele, de Jeferson Tenório (Companhia das Letras)
9. Tudo é Rio, de Carla Madeira (Record)
10. Baratas, de Scholastique Mukasonga (Nós)