Bom dia, Dilma Rousseff e Giovanni Luigi

Bom dia, Dilma Rousseff e Giovanni Luigi
Luigi: risadinha que me f...
Na engenharia, tive um professor que ria assim. Nós, seus alunos, chamavam-no de “risadinha que me f…”

Isso não diminui a notável coleção de erros do PT, porém, se os protestos eram contra a corrupção, por que só vi cartazes contra o PT? E o PP, o PMDB, o PSDB? E o religioso Eduardo Cunha, e Renan Calheiros, presidentes da Câmara e do Senado? E os outros? E, bem, falar em intervenção militar, reclamar de bolivarismo, por favor… Aí já é muita tolice.

Dilma não foi nada inteligente ao ser votada pela esquerda para depois tentar governar com a direita. Desagradou todo mundo que não encara o PT como seu time de futebol. Perdeu seus formadores de opinião e, agora, as ruas.

O resultado é que doravante vamos ter que nos ver com a massa cheirosa. E ainda temos a bancada religiosa no poder. Boa parte deste pessoal de amarelo tem ideias muito primárias e esses evangélicos… Não vou conseguir lhes contar que grande merda de ano será 2015.

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Falei em futebol ali? Pois é. Segunda é dia de futebol neste blog. Como o Gauchão só interessa mesmo na fase final e olhe lá, vamos tratar de um enorme buraco, um rombo recorde.

Meus sete leitores sabem que eu detesto Giovanni Luigi Calvário (seu nome completo) tanto quanto o Roberto Siegmann. Discordo da forma como Luigi pensa, age, fala, caminha, do jeito que ele escova os dentes. Um líder sem ideias tende a cercar-se de outros incompetentes e foi o que ele fez por quatro anos. O organograma parecia uma árvore de incapazes. Quase deixei de pagar a mensalidade do clube quando Luigi  se reelegeu sem ir para o pátio. Aquele mês, em mais de duas décadas, foi a única vez em que atrasei o pagamento. Mas pago e, por isso, posso falar.

Daqui alguns dias, Luigi vai entregar o balanço do ano passado. Já se sabe que o déficit será de R$ 49 milhões. Isso só no ano passado. Um resultado verdadeiramente vermelho. O Inter gastava os tubos em contratações, contratos longos e trocas de técnicos, enquanto o futebol era uma verdadeira piada em campo. Tentativa e erro, tentativa e erro, sem uso do cérebro e da observação, sem um projeto.

Claro que isso chegará ao futebol. Os efeitos da administração Luigi durarão anos. Espero que não se tornem nossa Arena.

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O Gauchão segue como se espera. No início de março, com a dupla igualada ao restante dos times no quesito preparo físico, sua qualidade aparece e até o time de reservas do Inter vai a Pelotas e bate o Brasil. É muita diferença, não é um campeonato entre iguais. É Grêmio x Inter, só. Esses regionais…

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Bom dia, Abel Braga (veja os gols do fiasco)

Bom dia, Abel Braga (veja os gols do fiasco)
Tira essa camisa e vai embora, Abel.
Tira essa camisa e vai embora, Abel.

Abel, eu tinha previsto. Olha só o que eu escrevi ontem ao meio dia no Facebook, horas antes de Chapecoense 5 x 0 Inter:

… acho que os erros e a entrega da partida para o Cruzeiro, no último sábado, desmotivaram todo o grupo de jogadores. Se o jóquei é cagão, o cavalo sente.

Sim, se o jóquei demonstra hesitação e medo, o cavalo toma conta e faz o que quer. Por exemplo, em vez de saltar sobre o próximo obstáculo, vê a porteira aberta e dirige-se para a sombra onde gosta de descansar. Na minha opinião, Abel, tu não és apenas cagão, tu estás certamente brigado com o grupo de jogadores. Pois nada explica o que segue:

1. Alex, protagonista absoluto do time nos últimos jogos, fica no banco contra o Cruzeiro.

2. D`Alessandro é retirado ontem no intervalo para dar entrada a Valdívia. Enquanto isso, Alan Patrick, uma das piores contratações nos últimos anos, permanece em campo.

3. Alan Patrick é escalado no lugar de Valdívia no jogo de ontem.

4. Paulão é titular, enquanto Ernando é reserva.

5. Aránguiz, um dos melhores jogadores sul-americanos, é colocado repetidamente fora de sua posição.

É óbvio que Abel está brigado com Dale e Alex e, provavelmente, em vias de ter um desentendimento com Aránguiz. Num mundo ideal, Giovanni Luigi se demitiria neste minuto e, num mundo que deseja corrigir-se, Luigi acabaria o ano e sua risível gestão sem Abel. Pois não dá mais.

O que Abel faz com seus jogadores comprova o que diz meu amigo Miguel Galbarino: ele não sabe porque estava vencendo e agora também não sabe o motivo das derrotas. Acho que nós não somos mais favoritos para o G-4. Ficaremos na TV, vendo o Grêmio divertir-se na Libertadores 2015, enquanto recebemos o Gauchão em nossa cama, de pernas abertas.

Ah, parabéns à Chapecoense, que viu e se aproveitou de nossas óbvias fraquezas. Foi 5 x 0 e poderia ter sido ainda mais.

http://youtu.be/1KmWuvxpYm0

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Bom dia, Abel Braga (veja os “melhores lances” do jogo de ontem)

Bom dia, Abel Braga (veja os “melhores lances” do jogo de ontem)
Abel e Luigi analisando as substituições
Abel e Luigi analisando as substituições

Abel e Luigi, Moe and Larry. Para formar Os Três Patetas faltaria o terceiro ou talvez “ele sejam” tantos assessores que é impossível nomeá-los. Não sei o que está havendo contigo, Abel. O resultado de ontem era para ser de vitória. Mantiveste o Aránguiz em seu lugar e o Alex era o melhor em campo, tudo como contra o Botafogo. Mas aí, como o Alex poderia nos dar novamente a vitória, tu o tiraste do time aos 18 minutos do segundo tempo… Foi um momento inacreditável o da saída do Alex. As pessoas que estavam comigo no bar davam risadas como se estivessem vendo uma “sessão de bom humor e gargalhadas”, conforme os Três Patetas prometiam na abertura de seus programas.

Na entrevista de final do jogo, os repórteres vieram em cima de ti e tuas respostas tomaram contornos de alucinação. Disseste que Alex não estava criativo na noite de ontem e que havias pensado em retirá-lo já no intervalo… Deste mais uns minutos pra ele… Tu estavas vendo que jogo, Abel? O da TV mostrava o cara jogando muito bem. Depois retiraste o D`Alessandro para colocar o Rafael Moura. Bem, é mesmo caso para internação. Outra coisa estranha é esta insistência em reclamar do calendário. Ele é realmente terrível, mas é para todos. Tu tiveste muito tempo para treinar durante a Copa e agora reclamas da falta de tempo? Isso é para todos, meu amigo. (Ah, essa do Paulão como armador, nos remete à foto acima…).

O Sport é um bom time, mas nos deu todas as chances para vencê-lo. Poderíamos ter vencido com Alex e D`Alessandro em campo, mas é claro que sempre teremos menos chances de vitória quando estão em campo jogadores tão pouco afeitos ao gol quanto Rafael Moura, Wellington Paulista e Valdívia — este, contrariamente aos outros, é um bom jogador, mas não se liga muito nesse negócio de chutar a gol. Ou seja, tu fizeste tudo para virar o jogo em favor do Sport, Abel. Para completar, a entrevista do Luigi. Ele disse que foi decepcionante e que está de olho, vigilante, pronto a cobrar posturas em favor do clube.

Pois é, aparentemente, falava sério. O Moe também estava sempre indignado também.

Abaixo, os “melhores lances”. Atenção para o gol perdido por Wellington Paulista bem no início do vídeo. E WP ficou em campo até o final…

http://youtu.be/6lKBNAKHdDg

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Bom dia, Abel Braga (veja os gols da comédia de ontem)

Bom dia, Abel Braga (veja os gols da comédia de ontem)
Fabrício, o matador... de Dida | Foto: Alexandre Lops
Fabrício, o matador… de Dida | Foto: Alexandre Lops

Posso te fazer uma pergunta, Abel? Tu ficaste sem o Alex para este jogo em função do terceiro cartão. Mas por que tu o substituis tirando o melhor jogador do time, D`Alessandro, de sua posição no lado direito de ataque, para colocar ali o Eduardo Sasha? Como? Ah, para que o futebol do Sasha possa brilhar? OK, tá, obrigado pela resposta.

Ontem, usamos seis meias no jogo: Dale, Jorge Henrique, Sasha, Valdívia, Alan Patrick e Leandro. Acho que só Dale, Valdívia e Leandro (os dois últimos na qualidade de promessas) merecem vestir a camisa do Inter. É incrível, o Luigi contrata, contrata e faltam jogadores. De outro lado, a formação de novatos é obstaculizada por ti, Abel, um apaixonado pela experiência dos veteranos. Por exemplo, para que colocar o Ygor se há o jovem Bertotto que sempre entra bem?

É por essas e inúmeras outras que tu és o companheiro ideal de Giovanni Luigi, Abel. Ele é um bom administrador de rodoviária que contrata jogadores veteranos a peso de ouro. Tu chegas todo pimpão, escalas os velhinhos e logo fica louco para ir embora. Escrevo isso porque, na minha opinião, só a aposta em uma demissão faz um treinador escalar o time do modo como escalas. Mas sou contra tua saída, sabes? Quero que tu fiques aí mesmo, convivendo com o Luigi.

O jogo de ontem causou sono. Dida tomou um frango no primeiro gol — culpou os refletores, coitados. Depois, tivemos tudo para empatar, mas Wellington Paulista, Sasha e Gilberto não são suficientemente dotados de futebol para nos salvar. Perderam os gols sem nem obrigarem o goleiro do Vitória, Gatito Fernandez, a trabalhar. No início do segundo tempo, tomamos mais um gol de Fabrício. Ele é o jogador que mais fez gols em Dida em 2014. O de ontem veio em bela cabeçada para baixo, indefensável. A única curiosidade é que Fabrício é jogador do Inter e deveria fazer isso na outra goleira.

O Vitória era o lanterna do Brasileiro e apresentamos muito menos futebol do que eles. De minha parte, só quero 11 pontos na próximas 18 rodadas para não cairmos. É o que espero de 2014. A Libertadores vai para o Grêmio novamente. Agora, se tiveres sucesso em tua tentativa de ser demitido, gostaria que o Luigi fosse junto, deixando o vice em seu lugar, abrindo a discussão sobre as eleições para o biênio 2015-16. Mas, sei, é sonhar demais.

Tu disseste ao final do jogo: “É um momento difícil que vamos ter que reverter. Precisamos manter o psicológico forte para voltar a vencer”. Bá, para te aguentar é preciso de muito “psicológico” mesmo!!! Eu tenho.

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Bom dia, Abel Braga (com os gols do fiasco)

Bom dia, Abel Braga (com os gols do fiasco)
Abel Braga pedindo um esquema tático para seu time
Abel Braga pedindo um esquema tático para seu time

Hoje, antes de falar contigo, gostaria de fazer uma saudação especial aos 166 conselheiros que não deixaram a eleição ir para pátio e reelegeram Giovanni Luigi. Parabéns, vocês impediram qualquer parceria entre a direção e a torcida. Como escreveu o Alexandre Perin, estamos vivendo “catastróficos 4 anos do futebol colorado, nenhuma semifinal, nenhum G-4 até agora, nenhuma campanha de protagonista, duas Libertadores na 2° fase. Um fiasco para 827 milhões de reais de orçamento, um recorde sucessivos de despesas jogadas no lixo. De acordo com a Pluri, somos um dos times com pior índice de eficiência no futebol nos últimos quatro anos. Em 2010 fomos os primeiros…”. Ou seja, vivemos a pior administração colorada do século XXI. E tal fato terá repercussões nos anos seguintes.

Dito isto, Abel, que merda. Tu não viste que nós tínhamos “achado” dois gols no primeiro tempo, que havia um latifúndio entre os volantes e os zagueiros por onde o Figueirense estava trabalhando, tu não viste o perigo? Pois eu vi e os torcedores entrevistados pelas rádios já tinham apontado o problema. Eram notórias as propostas táticas colocadas pelo bom treinador Argel Fucks, do Figueira. Ficaste cego, meu amigo?

Abel, teus volantes querem sonhar, amar a avançar, quando só poderiam fazer isso após marcar e acertar passes. Quando o Figueira foi para cima no segundo tempo, todo o pessoal da frente se retraiu, temendo pelo pior. E tu fazendo substituições de maquiagem, meu deus! Acho que o ano será de Sul-americana. Nada de G-4.

Estou cansado de investir angústia neste time teu e do Luigi. Larguei de mão. Só irei ao estádio para ver os jogos do ponto de vista histórico, para assistir de camarote o final da mais patética e endinheirada administração colorada. E sempre fui contrário ao Luigi, este homem honesto, porém tolo. Não estou surpreso, mas é impossível esconder a decepção. Espero que tu não sejas demitido, Abel. Seriam mais gastos inúteis. Fica aí até o fim do ano. Afinal, precisamos de apenas 11 pontos para não cairmos.

P.S. — Colorado, não esqueça que o contrato de Rafael Moura só acaba na metade de 2016. O presidente sai sozinho no final do ano.

http://youtu.be/6z0KCkurBjY

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Luigi a contragosto

Luigi a contragosto
Austeridade forçada.
Luigi: austeridade forçada.

Nosso presidente Giovanni Luigi Calvário voltou a comprovar que é bom de negócio. Se lhe diminuíram o orçamento, se o objetivo era enxugar, ele enxugou. Tanto que livrou-se de Forlán, Scocco, Bolatti, Airton, Damião, Gilberto e Kléber. De novidades, contratou apenas uns jovens, o zagueiro Ernando e o volante Aránguiz, da seleção chilena. O problema é que, sabemos, Luigi só é bom nos negócios. Tanto que, mesmo de cara e mãos amarradas, a ordem de diminuir a folha de pagamento foi cumprida com rara competência. Vendeu todo mundo que estava a mais. Ou quase todo mundo.

A esperança colorada é que a contenção de gastos acabe por fazer com que o departamento de futebol volte a realizar um de seus trabalhos mais nobres: o de descobrir novos talentos dentro do clube. Um dos esportes mais imbecis que os dirigentes recentes e a torcida colorada passaram a praticar era o de sonhar com contratações para todas as posições, sem pensar nos meninos. No momento em que os chamaram, a resposta veio em tom maior: com maior ou menor dificuldade, eles garantiram 5 das 6 vitórias em 6 jogos no Campeonatinho Gaúcho. (Vejam que o Grêmio tem 11 pontos e nós 18). É sempre bom lembrar que em algum lugar do passado, revesávamos Carpegiani, Falcão, Batista, Caçapava e Jair em nosso meio-de-campo.

Sim, tinha muita gente de fora no time dos anos 70, mas, naquela época, as chamadas “pratas da casa” eram melhor tratadas. Sob Minelli, por exemplo, as contratações vinham mais para suprir carências do que para acalentar os sonhos malucos de alguns torcedores. Nem vou discorrer sobre a recente contratação do craque da Copa de 2010 e seus 800 mil por mês, tá? Quem tem a minha idade sabe que Minelli pediu Lula em 74 e Marinho Perez em 76 porque eram as peças que faltavam para montar seu time. Eram caros, caríssimos, mas não consigo lembrar de grandes investimentos sem retorno naquela boa época.

Claro que sou um torcedor e, mesmo que eu reclame da impaciência e dos desejos dos colorados, sou um deles. Claro que minhas teses são ditadas pelo desejo de voltar a ter um grande time. Dentro deste contexto é que acredito que o projeto improvisado e “realizado a contragosto” pelo presidente Luigi possa dar certo. Mas, por favor, creio que Minelli pediria um centroavante JÁ. Lembram que, em 76, ele pediu Dario no meio do ano e o homem foi fundamental? Pois só um milagre tornará Rafael Moura e Wellington Paulista jogadores adequados para o Inter que queremos.

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Quase nada sobre rolezinhos, prefeitura, futebol, Abbado, etc.

Quase nada sobre rolezinhos, prefeitura, futebol, Abbado, etc.

Pouco tenho escrito para o blog. Gosto de postar ao menos um textinho por dia, mas por esses dias está difícil. Há muito, mas muito trabalho a fazer no Sul21 e minha impressão, há muito tempo, é a de estar sempre aquém, em falta. Por exemplo, gostaria de meter cuidadosamente meu bedelho na questão do preconceito (ou ódio) de classe envolvido na discussão a respeito dos rolezinhos — tão parente que é da rejeição sem argumentos à Lula, do nojo às classes ascendentes e aos médicos cubanos. (Uma coisa: os rolezinhos já não eram rotineiros e “tolerados” no Shopping Praia de Belas em Porto Alegre?).

Também acho que deveria fazer comentários acerca do rosário de erros e suspeitas sobre a prefeitura de Porto Alegre. Nosso prefeito, o qual, após um período muito notório, agora trata de fingir-se de Fogaça, ou seja, esconde-se para que ninguém fale dele, usando a lógica do juiz de futebol: se ninguém fala do árbitro é porque vai bem. Mas o aumento das passagens está aí, prefeito. Com ou sem calor, vamos ter dias duros pela frente.

Ah, meu outro blog vai igualmente se arrastando. E ontem — e o fato tem tudo a ver com aquele blog — perdemos o grande Claudio Abbado de tantas gravações de invulgar qualidade, inclusive aquela que foi a última obra que meu pai ouviu e que não está comigo por motivos nada claros.

E o futebol? Também acharia interessante fazer uma pergunta que não é feita: por que ninguém parece desconfiar daquele cidadão da Portuguesa — quem será? — que avalizou aquela substituição faltando dez minutos para acabar o campeonato? Parece que a Lusa é apenas vítima quando foi agente de um ato pra lá de suspeito… Coitadinha, né? Para mim é óbvio que tinha inimigo na trincheira.

Ainda no futebol, relaxei a pressão sobre nosso meigo presidente Luigi. Digo isso com alguma arrogância porque sei quem me lê lá dentro do Internacional. Entendo que ele queira reduzir os custos inchados por suas próprias contratações infelizes, mas por favor, mantenha um time para entregar o clube na primeira divisão em 2015, certo? Em 2012, Luigi teve receitas extras, gastou horrores e não obteve nada com elas dentro de campo. Talvez seja bom deixá-lo sem grana. Ao menos ele não aumenta as dívidas…

O problema, repito, é que há muita coisa para fazer no Sul21 e a correria só vai parar no dia 13 de fevereiro, quando devo entrar em férias, espero. Nunca fui desses caras que dizem que precisam de uns dias para se recuperarem, sempre gostei de trabalhar e é difícil me ouvir reclamar, mas 2013 foi um exagero de emoções e desta vez sou obrigado a dizer que já estou batendo biela, precisando de manutenção. Foi um ano vasto e complicado que acabou perfeito do ponto de vista sentimental, mas talvez despojado demais sob alguns outros pontos.

Nossa! São 8h27, já publiquei algumas colunas, mas já estou atrasado nas coisas daqui. Fui!

Foto: Robson Ventura / Folhapress
Foto: Robson Ventura / Folhapress

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Abel e a cabeça tola e nostálgica de Luigi

Abel e a cabeça tola e nostálgica de Luigi
Abel, vai ser feliz,  te desprega do Luigi.
Abel, vai ser feliz, te desprega do Luigi!

Abel Braga voltou ao Internacional. É um vencedor dos mais chatos e teimosos. Lembro que ele amava de paixão o jogador Michel, o que deixava a arquibancada doida. Após Abel, Michel foi do Inter para o limbo, claro. Mas é um treinador que normalmente dá padrões interessantes de jogo a seus times. E que costuma dar certo no Inter. Basta dizer que faltam 62 jogos para que se ele se torne o técnico com mais partidas disputadas em toda a história do clube. Mas devagar, né?

Certamente pilhado por Luigi Calvário — que adora a História do Futebol, apesar de entender tão pouco a respeito dele –, Abel saiu falando num monte de jogadores velhos. Não vamos palmilhar o mesmo caminho dos últimos anos, com o time se arrastando lamentavelmente em campo puxado por atletas de vasta biografia, sem mais nada a provar ou ambicionar. Na boa, a política de trazer os velhos ídolos nos deu pouco. Para que falar em Edinho? É bom jogador, mas começa a decair. Chega, Abel. Precisamos de volantes cumpridores, mas talvez o ideal não seja mais um jogador passado dos 30 anos. Outro fato a ser considerado é que agora podemos ter até 5 estrangeiros em campo. Ora, se olharmos os nossos, temos só D’Alessandro. Scocco é uma incógnita, Forlán só jogou bem no estadual — o que significa absolutamente nada — e Bolatti é um fracasso ainda maior. A preços e salários menores que os praticados no Brasil, há argentinos, uruguaios e colombianos a serem observados. E, cheios de vontade, deve haver joias nas divisões inferiores do clube. Dali saem e saíram nossas maiores vendas, inclusive. Então, por favor, chega de seguir a tola cabeça nostálgica de nosso presidente Luigi Calvário. Ou, quem sabe, a gente traz Figueroa para acertar a defesa e Valdomiro e Lula para dar velocidade ao ataque? Não Abel, vamos chegar ao futuro não pelo passadismo, mas pela perspectiva de uma nova geração vitoriosa. Pense no nosso time de 2005 e 2006. Era velho? Não, de modo algum. De velhos, bastamos eu e tu.

P.S. — Será que o Luigi sabe que o Keith Richards faz hoje 70 anos?

Keith-Richards

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Preparando-me para mais um ano com Giovanni Luigi Calvário

Preparando-me para mais um ano com Giovanni Luigi Calvário
Foto retirada do Blog Vermelho,onde ele é chamado de  Luigi Joker.
Montagem retirada do Blog Vermelho, onde ele é chamado de Luigi Joker.

Os colorados devem iniciar logo sua preparação para 2014. Será um ano duríssimo. Por um lado, teremos a grande alegria de rever o Beira-Rio lotado; por outro, teremos o ocaso de uma das administrações de futebol mais pífias e caras de todos os tempos. Pois nosso presidente Giovanni Luigi Calvário (sim, seu nome completo é muito mais transparente) é apenas bom nos negócios extra-campo. Fechou lentamente e de forma competente o contrato de reforma do Beira-Rio com a Andrade Gutierrez e costuma — apesar da morosidade — aplicar bastante dinheiro no departamento de futebol. Também é educado e honesto. É um bom homem para administrar uma empresa convencional, sem dúvida. É cuidadoso, não se atira. Não serve para o futebol.

Seus principais problemas são os fatos de que gasta muito e mal, de que fala muito e mal, de que centraliza muito e mal, de que rumina muito. Dentro do vestiário é igualmente calmo e tragicamente centralizador. O problema de colocar um sujeito lento no futebol do clube é que ele tratará de fazer-se cercado por pessoas do mesmo estilo. Pessoas que jamais criticarão seu ritmo adágio, sua indireção e falta de critério. Afinal, o sistema é presidencialista. Ele está protegido pelo cargo. No vestiário, Luigi é tipo do cara que espera que as coisas se resolvam por si mesmas, gosta de sentar sobre os problemas para refletir e, eventualmente, dormir. Isso talvez funcione na Rodoviária de Porto Alegre — também administrada por ele e onde a pressão é ínfima, comparada a de um clube de futebol. Quando resolve agir, costuma jogar dinheiro fora. O nosso dinheiro, aquele que é pago por sócios como eu.

Uma pena que Roberto Siegmann tenha agitado a coisa de tal forma que se tornou o Inimigo Nº 1 do mais tranquilo dos mandatários. O melhor caminho para um bom 2014 — caminho no qual não acredito — seria a renúncia de Luigi. Em três anos e mais os que foi diretor de futebol, só conseguiu demonstrar sua falta de critério. Não conhece futebol, simples assim. O que determinou que Roth recebesse de presente uma renovação de contrato dias depois do episódio Mazembe? O que norteou a contratação em sequência de Falcão, Dorival, Fernandão, Dunga e Clemer? E o que dizer de sua mania de trazer velhos ídolos de volta a fim de serem massacrados? Mesmo que a negociação com a AG tenha sido um sucesso, seu atraso deixou o Inter sem jogar todo o ano de 2013 no Beira-Rio. Como escreveu o Blog Vermelho “O mais básico em futebol é entender um pouco do assunto. Quem é bom, quem é ruim, quem está velho, quem ainda joga, onde estão as carências. Claro que tudo isso é subjetivo pois o “entender de futebol” depende do ponto de vista de cada um. Mas quando os resultados não acontecem em um, dois, três anos se percebe claramente onde está a origem do problema. Não posso dizer que esse ou aquele dirigente não entende do assunto, mas os resultados sim”.

Os méritos de Luigi são sua educação e honestidade — não é um cara louco por vender jogadores, não é louco por comissões e beiras… Mas seus deméritos são muito maiores: não sabe contratar jogadores nem comissão técnica, é totalmente destituído de senso de urgência e de ideias para o futebol. Não serve para o cargo. Seria uma bênção de renunciasse. Espero um 2014 morno. Se for quente, talvez seja a Segundona. E voltemos logo para o Beira-Rio, por favor.

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Bom dia, Dunga

Bom dia, Dunga
Pois é, acho que serei demitido!
Diga isso logo, Dunga: “Pois é, acho que está na hora de sair!”

Meu caro quase ex-treinador do Inter, sabe o que acabo de ouvir, dito pelo Iuri Müller? “Quinta-feira esclarecedora: agora, o Inter já sabe o campeonato que disputa — o da luta contra o rebaixamento”. Ele tem razão.

Me orgulho de ter tido um chilique — na verdade, quase uma convulsão — quando o Luigi foi reeleito. A culpa da situação é dos conselheiros que evitaram a eleição pelos sócios no final do ano passado. E, secundariamente, tua e do bobão do nosso presidente.

E o time? O time está uma bagunça, né Dunga? Os jogadores não te suportam mais. O Damião só quer fazer lambretas e jogadas de estilo. O vestiário está te queimando, Dunga. Simples assim. Só não vê quem não quer. Acho que só o Dale e alguns veteranos estão do teu lado, o resto…

Acabo de receber o seguinte e-mail:

Vitórias sobre Náutico e Ponte Preta = 6 Pontos.
Empates contra Coritiba e São Paulo = 2 Pontos.
Ficaríamos com 42 pontos. Será que chega pra fugir do rebaixamento?
Se precisar mais, tiraremos de qual adversário?
Já estou começando a me preocupar!

É bom lembrar que o Náutico começou a ganhar alguns jogos…

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Bom dia, Dunga (ou Luigi)

Bom dia, Dunga (ou Luigi)
Luigi: quando a coisa está indo bem, ele complica
Luigi: quando a coisa está indo bem, ele complica

Estava acompanhando todos os jogos do Inter e, por isso, estava escrevendo uma série de posts na qual fingia dirigir-me diretamente a Dunga. Mais elogiava do que criticava. Só que… Ora, nunca tive paciência com a diretoria do Inter e com suas decisões flagrantemente equivocadas. Como escreveu o Alexandre Perin num e-mail de ontem, a derrocada do Inter no Brasileiro começou com a trágica decisão política de poupar jogadores num jogo contra o ridículo Náutico. Eram três pontos certos que foram perdidos para o último colocado da competição. Então, veio um Gre-Nal de 0 x 0 e fomos caindo na tabela. Aquele um ponto de seis possíveis parece ter desmobilizado o grupo.

Essas decisões de ópera bufa parecem estar associadas a Giovanni Luigi de forma muito consistente. E me irritam muito. A coisa vai indo bem até que um fato novo e bobo chega para atrapalhar. É como se alguém de fora desligasse a energia pelo simples prazer de ver o recomeço. Esse mito de Sísifo com o qual Luigi gosta de se envolver desmotiva muito. Ele leva a pedra morro acima e, em determinado momento, apraz-lhe deixá-la descer. Agora estamos com um baita grupo de jogadores e lá embaixo.

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Luigi estaria à procura de palavras para dispensar Bolívar?

O mês de dezembro nos mostra o Inter em velocidade subluígica, ou seja, ainda mais lento do que o costume. A última notícia diz que o lateral direito e o atacante de velocidade prometidos talvez venham no final do Campeonato Gaúcho. Desta forma, a montagem do time ficaria para o segundo semestre. Talvez seja bom. No ano passado, o Inter contratou 14 jogadores. Destes, só aprovaram três, todos com caras assim de reservas: Ygor, Jackson e Cassiano. Dátolo fez um belo primeiro semestre, mas afundou no segundo.

As contratações mais espetaculares fracassaram até agora: Forlán não joga desde a Copa de 2010, Juan segue acumulando lesões desde 2011 e Dagoberto adotou o mesmo estilo em 2012. Ainda bem que Ratinho e Nei saíram. Dizem que Bolívar também estaria arrumando as malas, mas só acreditarei quando ver Bolívar com outra camiseta ou de pijamas por 24h. Luigi Calvário quer dar uma saída honrosa para o ex-zagueiro. Se procura palavras, sugiro que ele veja os jogos da Libertadores de 2006, quando Bolívar jogava muito. Então, encontrará argumentos para um belo elogio. Depois, ele deve pensar nas cagadas que General têm feito para justificar o pé na bunda.

Meu consolo é que as coisas andarão mais rapidamente no vestiário com Dunga e Paixão. Mas acho melhor evitar que o Calvário arraste sua cruz até lá. Pois se for, sabemos que fica.

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Meio impaciente para dar um pau no Luigi a fim de garantir nosso segundo turno no pátio

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O Conselho e o Pátio: um não tem nada a ver com o outro, mas seria melhor se tivesse

A única chance para Giovanni Luigi permanecer como presidente do SC Internacional está em vencer as eleições para o Biênio 2013-14 no primeiro turno, ou seja, no Conselho. Ele tem apenas uma bala e seu tiro — perigosíssimo, letal — será desferido na reunião do dia 8 de novembro. Nesta data, os 346 conselheiros do Clube devem optar por uma das candidaturas a presidente. Avançarão ao segundo turno duas das chapas mais votadas, desde que obtenham mais de 25% dos votos. E nisto resumem-se as chances do presidente picolé de chuchu, alguém que não empolga ninguém, mas que possui o Conselho Deliberativo do clube na mão. Assim como Odone tem no Grêmio.

Mais sobre o maravilhoso Luigi e a situação do clube: aqui.

Para ultrapassar a cláusula de barreira, os citados 25%, são necessários 87 votos no Conselho. Em princípio, Giovanni Luigi teria aproximadamente 180 votos, Luiz Antonio Lopes, 60, e a Convergência Colorada, com seu candidato indefinido entre Sandro Farias e João Patrício Herrmann, 65. Acontece que Luiz Antonio Lopes tem o apoio de Vitorio Piffero, ex-presidente e ex-aliado de Luigi, que deve retirar votos do Banana. É possível que, deste modo, Lopes chegue ao segundo turno para disputar a presidência..

O Conselho

Pois, meus amigos, o Conselho muitas vezes não está preocupado com o futebol. Conheço muitos conselheiros. Há aqueles que vão aos jogos e sofrem com o marasmo cotidiano do clube — são o que chamo de conselheiros-torcedores — e aqueles que estão lá por serem políticos, jornalistas conhecidos ou pequenas celebridades da cidade — são os conselheiros-modinha. Estes são amigos de um amigo de Fernando Carvalho ou de outro membro menos notório da diretoria atual ou das anteriores. Foram convidados ao cargo por serem conhecidos, por serem ricos empresários ou por serem membros de diretorias de outras entidades; enfim, por suas relações extra-clube. Aceitaram concorrer por vaidade, vício, ou para ganhar mais um pontinho junto a sei lá quem. Pois, não sei por quê, é bacana ser Conselheiro, mas mesmo que não se saiba nada sobre futebol.

Estas figuras decorativas fazem o recheio dos sete (7) (!) movimentos que apoiam o futebolisticamente derrotado Luigi e podem levá-lo à vitória no primeiro turno. Um conselheiro-torcedor me disse que ontem (22/10) Luigi tinha votos suficientes para prescindir do segundo turno, o do pátio, o dos sócios, o dos torcedores que se escabelam com a realidade do clube.

Então, nos resta desejar que um dos dois adversários do presidente alcancem os tais 25%. Se alcançar, será o novo presidente do clube, pois Luigi perderá no pátio, assim como aconteceu com Odone no Grêmio.

O fundamental

Mas o mais importante desta eleição é o que ocorrerá no dia 15 de dezembro. Esta é a data não apenas para a realização do segundo turno das eleições presidenciais — se houver — mas para, FUNDAMENTALMENTE, o associado optar por uma chapa do Conselho. Este, num mundo ideal, deveria ser renovado com inteligência e maior critério por parte dos sócios.

Há 346 conselheiros. 300 são eleitos e 46 são ex-presidentes e membros do Conselho por mais de 30 anos. A gestão dos eleitos é de quatro anos e, a cada dois anos, a metade é renovada. Ou seja, no próximo dia 15 de dezembro, haverá a renovação de 150 conselheiros. Para que o clube fique mais arejado é necessário diluir a base aliada do Banana. Para quê? Ora, a fim de que tenhamos uma gestão menos amadora. A propósito, hoje a Convergência Colorada lança seu Plano de Gestão 2013/2014. É um evento aberto, qualquer um pode ir lá e conferir. Será às 20h, no auditório do Edel Trade Center (Av. Loureiro da Silva, 2001), em Porto Alegre. Logo após o lançamento ele estará no ar no site.

Sim, apoio a Convergência e convido a todos os interessados no Inter a se informarem sobre ela e os outros movimentos do clube. Depois, informados, decidam, ora! Por favor, chega de votar nas figurinhas mais simpáticas da cidade.

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Inter: está na hora de pensar nas eleições e EM MAIS NADA

Quem vê o Inter jogar, constata: é um time com cara de fim de festa. Espero que os sócios expandam esta noção nas eleições ao final do ano. O grupo dirigente que está lá desde 2002 deve ser retirado, também ele está bêbado e cansado, é a hora de chamar um táxi para levá-los. Foram cinco exitosos anos de Fernando Carvalho, quatro nem tanto com Vittorio Píffero e dois lastimáveis com Giovanni Luigi. Antes da eleição de Luigi, houve uma cisão no grupo, mas o determinante do fracasso de Luigi não foram as questões políticas e sim sua inaptidão para o cargo.

Luigi só ganhou Gauchões. Deveria saber que o Inter não é Prenda.

Luigi tem qualidades. É um homem educado, faz as coisas com cuidado e não é um voraz vendedor de jogadores. Aliás, neste último item chega a ter uma postura amadora, o que é saudável numa instituição onde o objetivo final é o de jogar futebol. Porém, suas qualidades cessam aí. Ele não foi capaz de montar uma comissão técnica competente e estável e subjugou-se aos muxoxos das divas campeãs, mas envelhecidas. A saída de Fábio Mahseredjian da comissão técnica do Inter foi uma tragédia. Tínhamos um dos melhores preparadores físicos do país e o perdemos em razão de que o técnico Dorival Júnior vinha acompanhado de sua equipe e desta Mahseredjian não podia fazer parte. Isso é um disparate absoluto. Fábio foi para o Corinthians e o que fez lá a gente sabe.

Luciano Davi: administração tortuosa do futebol do clube

A entrada de Luciano Davi como diretor de futebol foi outro fato incompreensível. Trata-se de um menino dubitativo e oscilante. Por exemplo, ele anunciou a naturalização de Guiñazú para que Dátolo pudesse jogar e depois, para pasmo geral, disse que aquilo não era mais prioridade (?). Além disso, costuma emitir um rosário de opiniões tolas e avaliza decisões que se comprovaram erradas minutos atrás — o que foi esta justificativa para Dátolo não ter ido à BH para jogar contra o Cruzeiro?, o que foi esta decisão de preservar D`Alessandro? Ele, Luciano, veio em substituição à Luís Anápio Gomes, conhecido pelo jogadores como Bananápio, o que pode ser uma avaliação deselegante, mas que não foram desmentidas pela inação de Anápio.

A história de Luigi com os técnicos também foi inacreditável. Dois grandes ex-jogadores, que deveriam ser preservados como ídolos, foram contratados: Falcão e Fernandão. Ambos craques, ambos ídolos, ambos amadores como técnicos. Entre os as duas contratações, Dorival Júnior, um treinador que confirmou o que dele se sabia: era um disciplinador sem grande interesse pelos treinos táticos, os quais deixava para auxiliares que não eram respeitados pelos jogadores.

E os jogadores? Ora, estes dominavam e seguem com as rédeas do vestiário. O grupo dos velhos é quem manda. Há problemas grandes nesta área, há que fazer um limpa colocando alguns generais e outros de menor patente na reserva. De pijamas, bem entendido.

A propósito, quando meu filho Bernardo perguntou quem seria o novo técnico do Barcelona, respondi-lhe mesmo sem estar informado: “O técnico vai ser alguém lá de dentro, eles têm política de futebol, todos os times desde as divisões inferiores jogam no mesmo esquema, não precisam buscar ninguém de fora”. Acertei. Eu sei que falo do Barcelona, melhor time do mundo, sei que ele está anos-luz à frente do Internacional, mas a experiência deles é que deve ser copiada, não a dos velhos modelos.

Conheço poucos e bons caras da Convergência Colorada, mas fico feliz quando noto a palavra profissionalismo por todos os lados. O voluntarismo bisonho das pessoas convidadas pelo Luigi — o competente administrador da Rodoviária de Porto Alegre, a qual frequentei dia desses — é inadmissível. Não há justificativa para manter uma folha de pagamento de 9 milhões de reais mensais e ter aprendizes como chefes. Todos devem ser profissionais treinados longamente no próprio clube ou fora dele, para que não ocorra este absurdo de ver o Grêmio na nossa frente com um time mais barato e inferior.

Acho que a Convergência, que se formou na Internet e é composta por pessoas em sua maioria sub-40, deveria usar a Internet desde agora para explicar suas propostas e convencer os sócios. Há que crescer e logo. É um bom momento para mudanças. Afinal, nunca vi os colorados tão desanimados, sem vontade de ver o próprio time jogar. Um amigo me disse: “Quando vi que o Fernandão tinha voltado ao esquema com 3 volantes, resolvi fazer a vontade de minha mulher e ir ao cinema. Não queria ver tudo de novo: o time sem ataque, a mesma alteração no começo do segundo tempo, etc.”.

Há um único lado positivo, então. A vida amorosa dos colorados ganhou outra feição. Mas quando a mulher também é colorada a baixa libido da dupla deve levá-los à efetividade de um Nei.

Voltarei ao assunto, imagina se não.

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O desespero de Fernandão pode ser muito útil

Fernandão tenta ver alguma luz no fim do túnel

Ontem, estava almoçando no Sabor Natural, na Siqueira Campos, e me encontrei com meus velhos amigos Leônidas Abbio e Paulo Almeida. O Leônidas me lembrou de uma coisa que eu tinha dito a respeito do Inter e que tinha simplesmente esquecido. Logo após a contratação de Forlán, eu disse que o Inter estava se realmadrilizando. Referia-me ao Real Madrid que, antes de Mourinho, acumulava estrelas e não ganhava título nenhum. Não que seja ruim ter estrelas no time. É que estas, no Inter, sistematicamente são cooptadas a um grupo de semi-aposentados “grandes jogadores” que estão lá há anos e adotam seu estilo. Rapidamente, o jogador caro agrega-se ao grupo de Bolívar e Kléber, o dos jogadores “ricos com biografia”. Este grupo pensa que sua titularidade se dá por decreto e, quando ficam de fora, escolhem se querem ou não sofrer a humilhação do banco. Bolívar, por exemplo, não gosta de assistir o jogo do banco — ou joga ou fica em casa. Nei, Damião e Dagoberto, apesar de mais jovens, também participam do grupo dos velhos, talvez em função de seus altos salários. Índio idem, porém mata-se pelo time em campo e é adequado retirar dele a acusação da tal…

Fernandão chama a isso de “zona de conforto”. Tem razão. Mas não creio ser atribuição sua denunciar o problema. Aliás, ele parece ser o único angustiado. Luigi e seus companheiros de diretoria não estariam também numa zona de conforto? Pois é, o Inter é um clube estranho: tem uma folha de pagamentos que chega aos 9 milhões mensais e uma administração de futebol amadora. Também tem também um incrível respeito pelos jogadores campeões do passado. Eu já sou da opinião de Rubens Minelli, o qual repetia e repetia que futebol era momento e não tinha medo de deixar Batista, Caçapava ou Marinho Perez muitas vezes no banco. Não lembro de Manga, Figueroa, Falcão, Carpeggiani, Valdomiro ou Lula afrouxando o ritmo. Alfred Hitchcock também dizia que seus atores podiam ser substituídos por outros — disse uma vez a um deles que “atores são gado”. Ou seja, eles que obedecessem se quisessem seguir trabalhando com ele.

Mas o Inter tem medo do grupo de Bolívar, que já teve no passado co-líderes como Tinga, Clemer e… o próprio Fernandão. O tratamento com as vedetes é complicado, mas elas têm que ser dobradas. No Inter, há três grupos: o dos jovens, o dos estrangeiros e o dos velhos. A administração do futebol não consegue uni-los para dissolver a liderança dos velhos que moram no tal conforto. Fazendo corpo mole, eles já obtiveram demitir vários técnicos, mas nenhum veio se lamuriar em público, dizendo que nunca sabia se haveria esforço da parte do time e que rezava na beira do gramado para que houvesse interesse. “Eu nunca sei o que vai entrar em campo”. Piada, né? O fato é que nosso excelente grupo de jogadores, ao custo, repito, de 9 milhões por mês, é inútil, e faz uma campanha que, no segundo turno, o coloca na zona de rebaixamento. Nos últimos 9 jogos, ganhamos 6 pontos. (Eu abandonei o Beira-Rio e lhes digo, só volto em 2013). Se seguirmos assim, vamos nos livrar por pouco do rebaixamento. Não, não estou sendo louco, estou apenas olhando os números.

Então, apesar de achar que Fernandão não é técnico de futebol, seu mimimi pode fazer com que alguma coisa se mova internamente. Não, não se pode ser amiguinho de Bolívar e Cia. Ou eles jogam ou vão para onde o treinador os mandar. O próprio Fernandão, em seu patético pronunciamento, elogiou os jovens jogadores e disse que AGORA vai escalar quem se esforça em campo. Agora? Isto é uma confissão da vassalagem de um técnico que até dias atrás justificava tudo, desde as estranhas atitudes de Bolívar ao número incrível de cartões de D`Alessandro e Guiñazú. Não sei, creio que Fernandão devia comprar o confronto. Se hoje, na reapresentação dos jogadores, ele puser panos quentes, recuando de suas críticas, estamos fodidos. Está na hora de dobrar a geração vencedora ou virar a página.

Para os colorados, é o que resta torcer em 2012. Que a briga dê frutos e que venha um 2013 com novas diretoria, comissão técnica e, finalmente, nova dinâmica de grupo.

Sem revisão, tá? Deve ter erros.

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Falcão já vai tarde

Sou a pessoa menos indicada para chorar a saída de Falcão. Na verdade, fui contra sua entrada desde o primeiro momento. Em minha opinião, sua coleção de fracassos pregressos o condenava. E, com efeito, desde a saída de Celso Roth, o time pouco evoluiu: a dinâmica não funcionava em campo; a defesa só excepcionalmente não falhava; Bolívar e seus asseclas permaneceram como os intocados donos do vestiário; as substituições eram muito confusas — lembram da entrada de Ricardo Goulart para “virar” o jogo contra o Peñarol? — ; o horrendo, verdadeiramente funesto Nei era incontestável; o time jogava uma bem e duas mal; os jovens só entravam no time à fórceps — lembram que Falcão acusou Oscar de não ter massa muscular dias poucos antes de ele tornar-se fundamental, etc. Falcão, amigos, estava perdido e a fraca atuação contra o São Paulo é emblemática.

O gesto mais comum de Falcão como técnico

É óbvio que o presidente que o contratou é o mesmo que agora o demite com estardalhaço. Se havia incompetência à beira do gramado, havia também e há ainda nos gabinetes. O regime do clube é presidencialista e nunca Giovanni Luigi deveria ter permitido a entrada como treinador de alguém que agredia suas concepções, fossem elas quais fossem. O que sei que elas nunca foram lá muito fortes… Ou seja, se houve incompetência de um, houve o mesmo do outro lado, que confiou o futebol a um homem que… Bem, eu não deixaria meu cachorro para o diretor de futebol Roberto Siegmann cuidar. Agora, Luigi demite os dois e, aparentemente, pretende retomar o vestiário. Bem , mas se quiser tirar o poder de alguns antigos líderes, só fazendo uma limpeza geral. Eu duvido.

Talvez seja pedir demais, mas eu aconselharia profissionalismo à diretoria do Inter. Falcão sempre me pareceu um diletante bem intencionado, um comentarista que desceu ao campo, uma aposta na mística de um ídolo, nunca alguém capaz de alterar e treinar um time taticamente. Sou muito mais um Diego Aguirre ou mesmo Dunga, que tem comando de vestiário e é muito mais divertido com a imprensa. Só a perspectiva de respostas atravessadas e as possíveis brigas com os repórteres de determinadas emissoras já me animam.

Caiu Falcão. Falta cair Bolívar e sua turma de titulares por decreto. Se Luigi reconquistar o vestiário e a disputa por titularidade, se houver o acesso dos jogadores mais jovens, ele pode virar o jogo. Não torço contra Luigi apenas por achá-lo tolo. Porém, se Fernandão for um gerente de futebol — se for mesmo contratado — apoiado na liderança de Bolívar, podemos esquecer.

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Sobre a identidade: Recado de um torcedor antes da tragédia

Por Emanuel Neves, do grupo Arquibancada Colorada

Perdemos, ontem, por culpa da direção colorada.

Debitem essa fiasqueira na conta de Luigi, Siegmann e dos homens do futebol. E não só deles: nos que os precederam. Nem é pelo fato de manter Celso Roth. Isso é só um outro sintoma de algo bem mais preocupante: a direção do clube não conhece sua identidade.

Não falo dos valores históricos. Esses, acredito, todos têm em mente. Ou deveriam.

O Inter – na figura de seus comandantes – não entendeu o que ele, Inter, vem tentando mostrar há mais de meia década.

Meus amigos, nós somos outro clube hoje. Nós somos a melhor coisa do futebol Sul-Americano do último LUSTRO. Se quieres falar de futebol fora da Europa, necessariamente deves começar pelo Internacional.

Há 7 anos, levamos uma saranda de um monstro chamado Boca Juniors, sensação da primeira metade da década, clube místico diante de quem todos se borravam apenas ao vislumbre das casas coloridas de seu bairro.

O Inter, hoje – e já de há muito tempo -, é, potencialmente, o Boca Juniors de vermelho.

TUDO O QUE FOR MENOS DO QUE ISSO É INSUFICIENTE.

E não por uma exigência desmedida, empáfia, arrogância ou qualquer coisa do tipo. É assim porque o Inter nos dá mostras claras de que poderia ser assim. Porque nós sabemos que pode, sim, ser assim.

E só não é porque não entenderam ainda a postura quem um clube como é o Internacional hoje deve ter.

O planejamento, a inteligência, a estratégia, o pensar do futebol, tudo isso vem com base em alguns valores e a consciência que se tem do que se é. Como pequeno, eu penso que os outros são maiores e tento vencer com as minhas parcas armas, eu as potencializo, se possível. Como grande, como gigante, eu simplesmente me imponho. Porque o meu DNA me impulsiona pra isso. É instintivo: eu simplesmente faço. Meu respeito ao adversário é aplicar-lhe a minha força e vencê-lo.

O Inter foi a Chiapas para trotar em campo no primeiro tempo. Isso é uma postura pseudogrande: eu sou maior e ganho quando eu quero. Uma postura realmente grande seria PATROLAR o lanterna mexicano em 20 minutos, passar a régua e girar a bola até o entardecer, garantindo a vaga, o primeiro lugar e o respeito geral, colocando todo o resto da América abaixo do campeão, como deve ser.

Mas o Internacional — na figura de seus comandantes — simplesmente não entendeu o tamanho que tem hoje. Ou que poderia ter.

Ou o Inter cria, definitivamente, a sua ESCOLA DE FUTEBOL, ou vamos perder o grande cavalo encilhado que a nossa própria competência criou, mas que insistimos em não enxergar.

Ou não entender.

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