Dois jogadores do Inter foram flagrados pelo antidoping. E, bem…

Dois jogadores do Inter foram flagrados pelo antidoping. E, bem…

Nem tudo que parece doping é doping. Por exemplo, lembram do caso Anderson, aquele alemão, ex-volante do Inter, ocorrido lá em 1998? Pegaram-no no antidoping, mas ele acabou absolvido porque ficou provado que a morfina detectada em sua urina era resultado de um pão com sementes de papoula que ele havia comido. Da papoula extrai-se o ópio, que origina a morfina. Os médicos do Inter deram o mesmo pão para alunos de Medicina e todos deram positivo em exame antidoping. Isso livrou a cara de Anderson.

Bem, agora, dois jogadores do Inter, Nílton e Wellington Martins, foram acusados de terem jogado dopados e estão suspensos preventivamente por 30 dias. Pegaram Nilton contra o Corinthians, pelo Brasileirão, e contra o Palmeiras, pela Copa do Brasil, nos dias 16 e 30 de setembro. E Wellington contra o Palmeiras, dia 23, pela Copa do Brasil. Os dois teriam usado um diurético (hidroclorotiazida) que mascara substâncias proibidas.

Nilton devia tomar diuréticos como um louco. Afinal, foi flagrado em dois testes separados por duas semanas. O mais provável é que estivesse se tratando fora do controle dos médicos, porque eles sabem quais substâncias estão na lista do doping e jamais desejariam ver seus nomes envolvidos em confusão. O Inter pediu que fosse verificada a contraprova, o que já foi realizado em laboratório especializado de uma universidade de Los Angeles. Mesmo resultado. O clube trata de elaborar a defesa de seus jogadores para evitar uma longa suspensão. Não há risco de perda de pontos pelo time.

Sábado, Nilton devia já saber da merda que fizera. Ele fez uma partida miserável contra a Ponte Preta. Não creio que os tribunais considerem isso, mas, coincidência ou não, setembro foi um grande mês para o volante colorado. Foi o mês em que ele conseguiu um lugar no time. Não estou dizendo que ele tomou algum estimulante, ainda mais que se sabe que se usa diuréticos simplesmente para perder peso. Tal fato, somado com a parca condição física do grupo, talvez recoloque os médicos do clube na jogada. Espero sinceramente que não. Mas tudo isso são impressões de quem está longe.

Deste modo, o eficiente Nilton, titular de Argel, está fora do Brasileirão. E Wellington, reserva, não joga mais pelo clube, porque tem rendimento deficiente e seu empréstimo vai só até o fim do ano. Que volte para o São Paulo, de onde nunca deveria ter saído!

Espero que Argel finalmente utilize o bom Bertotto. No ano passado, o cara fez boas partidas com Abel Braga, mas Aguirre e Argel esqueceram dele na reserva. Imaginem que ele foi cotado atrás até do morto do Nico Freitas…

Nilton contra a Ponte Preta: diuréticos fatais
Nilton contra a Ponte Preta: diuréticos fatais

Bom dia, presidente Piffero (com os melhores lances de Inter 1 x 0 Ponte Preta)

Bom dia, presidente Piffero (com os melhores lances de Inter 1 x 0 Ponte Preta)
Tudo com Vitinho  | Foto: Ricardo Duarte
Tudo com Vitinho | Foto: Ricardo Duarte

Que sorte tem esse teu técnico incompetente, hein, Vitorio Piffero? Tu demitiste Aguirre pela preparação física e contrataste Argel. Agora é o momento de rezar para que sigamos ganhando, esperar que o ano acabe para manter o novo preparador físico e demitir Argel. Prezado presidente, a atuação de sábado foi tão ruim que, pela primeira vez, nosso técnico deixou de negar a realidade e disse: temos que jogar mais.

Também foi a primeira vez que vi nosso novo estádio classe média vaiando o time com alguma vontade. Tanto que, no intervalo, só Allison deu entrevistas. Estavam todos irritados consigo mesmos, com a torcida e com a malvada Ponte, que empilhava chances perdidas. Como jogamos mal! Que sufoco tomamos!

Não vou reescrever sobre os erros do time. São sempre os mesmos. Vou apenas pedir que o Sobrenatural de Almeida siga abençoando nossas deficiências.

https://youtu.be/NqRozSpmoBc

Uma coisa bem simples: ranking da ESPN aponta Inter como melhor clube brasileiro do século

Uma coisa bem simples: ranking da ESPN aponta Inter como melhor clube brasileiro do século

É tão chato ser gostoso. O Inter aparece na primeira colocação em uma lista do site da ESPN que aponta os melhores clubes brasileiros do século.

O site considerou competições regionais, nacionais e internacionais desde 2001. Confira os 10 primeiros colocados:

1) Internacional – 28 pontos
2) Corinthians – 25 pontos
3) São Paulo – 23 pontos
4) Santos – 19 pontos
5) Fluminense – 11 pontos
6) Flamengo – 11 pontos
7) Cruzeiro 11 pontos
8) Atlético-MG – 9 pontos
9) Grêmio – 6 pontos
10) Vasco da Gama – 3 pontos

Alex dá uma cambalhota durante a Libertadores de 2006
Alex dá uma cambalhota durante a Libertadores de 2006

Bom dia, Argel (com os gols e melhores lances de Inter 1 x 1 Palmeiras)

Bom dia, Argel (com os gols e melhores lances de Inter 1 x 1 Palmeiras)
Uma vida complicada para Argel | Foto: Ricardo Duarte / SC Internacional
Uma vida complicada para Argel | Foto: Ricardo Duarte / SC Internacional

Estamos fora da Copa do Brasil, é minha opinião. Aliás, ontem à noite, eu e o professor Luís Augusto Farinatti acertamos tudo o que dissemos no Beira-Rio. Vocês poderão conferir alguns itens de nossa desalentada conversa particular de torcedores abaixo. Iniciamos melhor do que o Palmeiras. Nossa primeira constatação foi a de que tínhamos que fazer logo os gols, pois não temos preparo físico para mais de 70 minutos, herança do preparador físico de Diego Aguirre.

Iniciamos pressionando muito: Nilton quase marcou de cabeça, Alex obrigou Fernando Prass a uma defesa impossível — a bola passou por baixo do corpo do goleiro, mas tocou em seu corpo de tal forma que subiu e passou sobre o gol — e Nilton novamente criou e perdeu um gol feito.

Depois teve o pênalti defendido por Alisson, um outro gol incrível perdido por Valdívia de dentro da pequena área após jogada genial de Vitinho e, finalmente, o golaço de Alex. Eram 8 minutos do segundo tempo. Sabíamos que a logo logo o Inter se desmancharia. E não deu outra. O bom Ernando — nosso melhor zagueiro, nosso melhor lateral — foi o primeiro a morrer, seguido por Dourado, que jogou muito mal toda a partida. Ambos foram substituídos. O gol do Palmeiras veio de um erro defensivo de… Valdívia, que não se deu conta de que um cruzamento da esquerda atravessaria toda a área chegando até Lucas, o lateral que ele deveria acompanhar. Ele não viu Lucas num primeiro momento. É normal, acontece. Só que o palmeirense pegou a bola livre, cruzou, e Rafael Marques empatou o jogo.

Réver está voltando a jogar bem. Já o Jackson... Deixa ele no Palmeiras para equilibrar
Réver está voltando a jogar bem. Já o Jackson… Deixa ele no Palmeiras para equilibrar | Foto: Ricardo Duarte / SC Internacional

Outras constatações: em nossa conversa na arquibancada do Beira-Rio, lamentamos a falta de armadores no time. Alex era o único. Ele fez uma bela partida, mas não pode ficar sozinho na função ao lado da barata tonta e recuada do Wellington. William merece uma conversa ou uma temporada fora do time para pensar na vida, Vitinho é craque, Nilton confirma-se com bom jogador, Valdívia é ótimo, Réver está voltando a ser Réver — o que é ótimo — e Paulão foi Paulão por todo o tempo ontem — o que é péssimo. O problema é que nada se mantém. Precisamos de mais gás ou de virar os jogos ganhando por dois a zero. Ao final da partida, Valdívia estava sem velocidade e Vitinho, quando voltava para marcar, chegava tarde (e mancando, o que preocupa ainda mais) ao ataque.

2015 foi um ano jogado fora. O time está no bagaço, sem centroavantes e, para piorar, o tornozelo de Sasha foi operado e D`Alessandro para por tempo indeterminado em razão de uma hérnia de disco. Dá pena ver o Inter em campo, ainda mais contra o Palmeiras, que terminou o jogo correndo e voando como começou. Em fevereiro, Élio Carravetta alertou a diretoria sobre a estratégia equivocada do preparador físico uruguaio. Nada foi feito. Aí está. Provavelmente, perderemos mais jogadores por lesões musculares.

Nosso futuro na Copa do Brasil deverá ser a desclassificação. Poucos notaram, mas o Farinatti logo disse: este cartão do Vitinho é o terceiro. Ele levou cartão em todos os jogos da Copa do Brasil. Então, iremos a São Paulo sem D`Ale, Sasha e Vitinho, isto é, sem  ataque… E sem preparo físico.

Nossa única possibilidade é uma bola milagrosa lá na frente — a zaga deles é uma porcaria — e o Alisson operando milagres e mais milagres lá atrás, pois o ataque do Palmeiras é efetivo pacas. Ou seja, é muito improvável que voltemos de lá com a vaga nas semifinais.

https://youtu.be/a3NVudrxLMY

Bom dia, Argel (com os gols do ridículo empate contra o Figueirense)

Bom dia, Argel (com os gols do ridículo empate contra o Figueirense)
Alex quer nos dizer isso: "Gente, renovei o contrato, o que vocês querem mais?"
Alex quer nos dizer isso: “Gente, renovei o contrato, o que vocês querem mais?”

É complicado ter de ganhar uma partida de futebol com Rafael Moura e Wellington Martins, não, Argel? E, se acrescentarmos o Alex e o Lisandro López de sábado… Aí mesmo é que não acontece nada.

Foi uma partida deprimente. Durante o jogo, deu para filosofar bastante a respeito de como esses caras foram parar no Inter. (Ah, também deu para organizar a agenda da semana e pensar no livro que estou lendo). Alex tem uma história rica no clube, mas deixou de jogar bola logo após a renovação de contrato. Rafael Moura fez uma belíssima temporada no Goiás e vive dela até hoje. Depois de sair do clube goiano, ornamentou o banco do Fluminense. Por artes luigianas, passou a enfeitar o nosso como reserva de Damião. O problema é que o fato de ele estar no banco representa o perigo de uma eventual entrada e há as lesões dos titulares, que têm o condão de escalá-lo nos inícios dos jogos. Foi o que ocorreu sábado. Pesado e sem graça, não jogou nada. Aquele lance no segundo tempo em que a bola sobra para ele, que tenta o arremate de perna esquerda, demonstra que ele tem aspirações ao craquismo, que deseja meter a bola colocada de-curva-no-ângulo, ou seja, que é doido varrido.

Há jogadores que têm lampejos e fazem deles suas carreiras. Anderson e os Aflitos talvez seja um caso. Moura e o Goiás é certamente o caso. Espero que seu contrato acabe no final do ano. Mas não tenho certeza se receberemos esta bênção.

Wellington Martins passou o jogo tomando mijadas de Réver e Dourado. Estava sempre fora do lugar. Espero que seu lugar seja no São Paulo em 2016. O empréstimo dele terminará no fim do ano.

Lisandro López iniciou bem, mas foi caindo, caindo e agora propõe que se abra um alçapão no fundo do poço. Ele é o único que tem o benefício da dúvida. É centroavante, mas o escalam com armador. Deveria estar lá na frente, mas lá está Rafael Moura, né Argel?

Meu deus, quem joga no ataque do Inter B, Argel? Este ano, tivemos a entrada de uns meninos bem bons no time: William, Dourado, Valdívia, Arthur, etc. Acho que as saídas de Juan (pela idade), Moura, Wellington e talvez de Lisandro, serão muito boas para diminuir a folha de pagamento e para abrir espaço para os jovens. Ah, Vitinho tem que ficar!

Sobre o jogo… O que posso dizer para nossos sete leitores sobre aquela merda, Argel?

https://youtu.be/BC6e9xaqVQw

Bom dia, Argel (com os melhores lances de Inter 2 x 1 Corinthians)

Bom dia, Argel (com os melhores lances de Inter 2 x 1 Corinthians)
O Valdívia que satisfaz | Ricardo Duarte SC Internacional
O Valdívia que satisfaz | Ricardo Duarte / SC Internacional

Argel, quem não sabe que o futebol é assim, que nem sempre o melhor ganha? O Corinthians é mais time do que o Inter e ainda tem, sistematicamente, o auxílio da arbitragem. Estava invicto há 17 jogos, só que ontem perdeu para um Inter dedicadíssimo e atento. Para fechar imediatamente o triste capítulo do árbitro, é só dizer que o homem não deu um pênalti claro em nossa primeira chance de gol no jogo (veja abaixo nos melhores lances).

INTERMEZZO

O Corinthians é melhor que o Inter apesar de ter uma folha de pagamento menor.

FIM DO INTERMEZZO 

Apesar de termos jogado muito bem, foi um jogo com fortes indicações de derrota para o Inter. Era o esperado. Os paulistas saíram na frente com um gol de Malcom e, logo depois, começaram a tomar conta da partida com seu toque de bola muito mais qualificado que o nosso. Então — corajosamente, pois o time estava desfalcadíssimo –, tu, Argel, tiraste Wellington Martins para colocar Lisandro Lopez. E conseguimos ficar mais ofensivos num jogo de muita marcação e poucas oportunidades.

Seria um exagero culpar Paulão pelo gol. A bola bateu nele e enganou Allison, mas o zagueiro estava no lugar correto, tentando impedir a passagem da bola.

Tua palavra no vestiário, Argel, faz efeito. Entramos no primeiro e no segundo tempo em cima do Corinthians. E jogamos bem, nunca saímos do bom nível, com atuações monstruosas de Nilton e Dourado, Alex e Valdívia, Réver e Ernando, este fora de sua posição. Até Paulão jogou bem. No segundo gol, baixou um ponta direita das antigas nele. Ele simplesmente deu uma meia-lua no atarantado Edílson, foi à linha de fundo e cruzou para a bomba libertadora de Valdívia.

Vantagem de ter jogadores altos | Ricardo Duarte / SC Internacional
Vantagem de ter jogadores altos | Ricardo Duarte / SC Internacional

Destaque absoluto para a nossa bola aérea. Com tantos caras grandes, temos mesmo que explorá-la e tu não tens preguiça de treinar, o que é uma novidade no Beira-Rio. Siga assim, por favor. Há muitas faltas pelos lado do campo e a gente tem que fazer valer nosso centímetros a mais. Parabéns, Argel. Foi uma convincente vitória sobre o líder.

https://youtu.be/8hv3Faq7K3A

Bom dia, Argel Fucks (com o gol de Vitinho contra o Coritiba)

Bom dia, Argel Fucks (com o gol de Vitinho contra o Coritiba)
O salvador Vitinho | Foto: Fotos: Ricardo Duarte / SC Internacional
O salvador Vitinho | Foto: Fotos: Ricardo Duarte / SC Internacional

Argel, fiquei feliz sábado. Gostei de ser corintiano. Tu viste o pênalti que o maluco do Rafael Moura fez no Kléber, Argel? E o juiz não deu! Curti muito! De resto, jogamos horrivelmente e até agora não entendi como ganhamos. Fizemos tudo errado — chamamos o Coritiba para o nosso campo, abdicamos da bola para só marcar — , mas é que o adversário era ruim demais. Tem muitos candidatos à segunda divisão este ano. A briga é dura, todos querem cair. Seguimos jogando mal fora de casa, mas o juiz nos salvou de um humilhante empate dessa vez. Dei gargalhadas enquanto lavava a louça lá em casa. Tu disseste, Argel, que nossa vitória foi convincente… Que bom humor que tu tens!

Nem vou falar do esquema de jogo, essas coisas. Não dá para chamar aquilo de esquema de jogo, né? O William estava bem alegrinho, tentando dribles e perdendo bolas na nossa intermediária. O Vitinho é que voltou a jogar bem.

Agora temos três jogos em casa. Corinthians, Figueirense e Palmeiras, este pela Copa do Brasil. Bem, se jogarmos como temos jogado, melhor focar a atenção sobre Figueirense e Palmeiras. Temos perdido sistematicamente para o Corinthians. E temos perdido na bola mesmo, sem intervenções do apito.

O Grêmio é que parece estar de flanelinha no G-4. Agora, eles pegam o Patético-PR e o Palmeiras. Acho que levam um ponto e verão a aproximação de São Paulo e Flamengo. Esses estão com os dias contados.

Bom dia, Argel Fucks (e parabéns Corinthians, campeão brasileiro de 2015)

Bom dia, Argel Fucks (e parabéns Corinthians, campeão brasileiro de 2015)
Fred Magno / Light  Press / Cruzeiro
Fred Magno / Light Press / Cruzeiro

Querido Argel, desejo-te uma boa estreia nesta série cujas estrelas anteriores foram decapitadas. Não espero pela volta de nenhuma delas.

Bem, a inacreditável ruindade de Inter e Cruzeiro os qualificaria para uma Segundona em 2016, não houvesse tantos candidatos a ela neste Brasileiro de 2016. Assistir aquele primeiro tempo foi um exaustivo exercício de paciência. Eu ainda tinha o computador para me divertir e um monte de roupas para dobrar e guardar, mas, por exemplo, e o juiz? Lamento por ele.

O Inter vinha em queda e tu trataste de fechar nossa defesa a fim de procurar adquirir um pouco de estabilidade. Fizeste bem, ainda mais que estávamos sem D`Alessandro, Lisandro, Alex e Wellington. Mesmo assim, o time do Cruzeiro é tão deficiente que quase vencemos. Perdemos dois gols feitos com Vitinho e Taiberson, além daquela cabeçada estilo pinball que quase vitimou o goleiro adversário.

Tenho detestado a presença de Valdívia como titular. O menino durou um outono, não sobrevivendo a este falso inverno que vivemos. Imagina se estivesse frio. Também não gostei de ver Paulão em campo, apesar de que ele não comprometeu, apenas fez uma tentativa tímida de botar a filha menor no olho da rua. William voltou a atuar dignamente e Géferson fez o mesmo pelo outro lado. O monte de volantes era esperado, mas por favor, use Nico Freitas com moderação. Ninguém merece.

No mais, desejo-te boa sorte. Como torcedor, sou humilde: espero apenas uma posição intermediária na tabela. A boçalidade do campeonato é óbvia. O Corinthians — sistematicamente beneficiado pela Globo-CBF — já é o campeão. Há um perfume de 2005 e 2012 no ar. Um dia, acabaremos comemorando o vice, pois é impossível ganhar dos árbitros, a não ser que se dispare na frente.

https://youtu.be/M3I4Ushp_ds

Bom dia, Diego Aguirre (com os gols da vitória de ontem)

Bom dia, Diego Aguirre (com os gols da vitória de ontem)
Numa foto, os nomes do jogo: Anderson, Nilmar e Vitinho
Numa foto, os nomes do jogo: Anderson, Nilmar e Vitinho

Fui ao jogo na hora da missa até porque não vou à missa. Só que as pessoas estavam rezando muito na manhã de ontem. Fazia um ano da morte do Fernandão e a atmosfera era quase de religiosidade. Já eu estava noutra. Tinha bebido bastante na noite anterior, chegara tarde e sem o Batman em casa (vide post anterior), e sofria sob o sol de nosso verão junino, que me incomodou desde o T5 até a superior sul. Chegando ao Beira-Rio, achei melhor tomar uma água. Precisava me hidratar. Depois fui procurar o Farinatti na arquibancada. Até que foi fácil.

Batemos um bom papo e o jogo começou com nossos armadores, Valdívia e Vitinho, sem grande inspiração. Demos nossos primeiro bocejos — o professor Farinatti estivera igualmente na festa de câmara do dia anterior — e vimos que seríamos salvos pela combinação formada pela boa qualidade técnica de nosso time e pela ruindade dos curitibanos. Não deu outra. Logo Nilmar perdeu um gol feito em espetacular passe de Anderson e Vitinho fez um golaço. Para completar, a seguir Anderson — o melhor em campo — fez boa jogada com Vitinho e deixaram Lisandro na cara do gol. O argentino voltou a demonstrar como gosta do poste direito da goleira sul e Nilmar empurrou para as redes no rebote. Intervalo e fim de jogo.

Sim, pois o segundo tempo foi para deixar o tempo passar e receber cartões bestas. Anderson recebeu o seu terceiro e Lisandro acabou expulso… Não enfrentarão o Corinthians sábado. Não falo muito sobre arbitragem, mas como explicar a atuação do Sr. André Luiz de Freitas Castro? O Inter cometeu 4 faltas em toda a partida, foi um time gentil e delicado, só que o juiz deu-lhe 5 cartões — 4 amarelos e 1 vermelho. Destes cinco, três por reclamação. Acho melhor jogarmos de bico calado e todo cuidado com este “árbitro”. Ainda bem que D`Alessandro não estava em campo. Era mais um cartão certo.

Sobre o futebol, não estou convencido de que Nilmar e Lisandro devam jogar juntos na frente. Lisandro acaba voltando muito e não é um armador, é um finalizador. Acho que a dupla merece mais testes, antes de serem aprovados ou desaprovados. Valdívia agora está sendo marcado e sente o fato. É um problema. Mas o maior problema é o fato de Anderson não poder jogar. Com a saída de Dale por lesão, o marrento assumiu brilhantemente o protagonismo enquanto Alex afundou. Vá entender. Teremos Jorge Henrique e Nilton no Itaquerão, tenho certeza.

Bom dia, Diego Aguirre (com os gols da bobagem de ontem)

Bom dia, Diego Aguirre (com os gols da bobagem de ontem)
Jogada de Vitinho e gol de Moura. Aguirre salvo pelo banco. Escalar mal dá nisso.
Jogada de Vitinho e gol de Moura. Aguirre salvo pelo banco. Escalar mal dá nisso.

Ontem foi complicado de entender, Aguirre. Deixar Dourado e William na reserva para colocar Nico Freitas e improvisar Ernando na lateral direita já foi difícil de engolir. Mas fazer a estreia do jovem Artur na lateral esquerda, deslocando o péssimo Alan Ruschel para o meio-de-campo foi pra matar o time. Ontem, Ruschel só não foi pior do que o irreconhecível, perdido e não substituído Valdívia, a piada do Allianz Parque. E uma piada burra, por que Nilmar tentou deixar o crespóide duas vezes na cara do gol, só que em ambas o recebedor da bola simplesmente não entendeu o que queria o centroavante.

Dizer que foi um pontinho a mais e que o Brasileiro está no início é a bobagem habitual de quem não entende nada de matemática. O mais simples dos cálculos demonstra que 5 jogos é quase 15% do campeonato e que, com nossos 6 pontos, estamos a outros seis do líder e a 3 pontos da zona do rebaixamento. E temos o discurso de quem quer o título. Nada mais efêmera do que esta intenção de ganhar este campeonato que não vemos há 36 anos.

Aguirre, Alan Ruschel não pode ir para o centro das ações. E, se Alex mergulhou em má fase logo após renovar contrato, está na hora de colocar Anderson, muito mais efetivo quando entra. Improvisar Ruschel e deixar Allison Farias fora da lista e Vitinho no banco… Escalar Paulão — culpado pelo gol do Palmeiras — e ver Alan Costa no banco… Francamente!

Então é isso. Estamos na Libertadores e só na Libertadores. Não é pouca coisa, eu sei, mas esse papo de prioridade para o Brasileiro é conversa pra enganar bobo, né? Já vi que vamos passar o mês aguardando o Tigres. Lamentável.

Abaixo, os lances do jogo de ontem. Tivemos muita sorte e fomos salvos novamente por quem saiu do banco — Rafael Moura e Vitinho. Pensa bem, Aguirre. Às vezes tu inventa demais.

https://youtu.be/1_s89rIYils

Bom dia, Diego Aguirre (com os gols de ontem à noite)

Bom dia, Diego Aguirre (com os gols de ontem à noite)
Foto: Alexandre Lops
Meu craque Rafael Moura salva o Inter | Foto: Alexandre Lops

Eu sempre disse que o Rafael Moura tinha que permanecer no Inter, Aguirre. É mentira, claro, mas é a verdade de hoje, uma sincera inverdade, se me entendem. Ah, esqueçam. Ele nem tocou naquela bola, mas se não estivesse ali, na posição correta, enchendo o saco, o gol da classificação não sairia. Que venham mais Gabirus!

Bem, agora digo uma verdade. Eu sempre discordava quando alguém dizia que o Santa Fe era ruim. Organizado, forte, de muita marcação, eu sabia que a coisa não ia ser mole. E o Inter não está jogando tudo aquilo. O primeiro tempo, após os dez minutos iniciais, foi dominado pelos colombianos. Não criaram boas chances, mas ficaram rondando perigosamente nossa área.

No intervalo, Aguirre, tu fizeste uma mágica ao adiantar a marcação e o time voltou diferente, passando a massacrar o adversário, que apelava para faltas — algumas de ultra-violência, daquelas de deixar o Alex, de A Laranja Mecânica, envergonhado –, cedia escanteios e não saía mais para o jogo. O Santa Fe ficou encurralado, mas só conseguíamos cruzamentos sem resultados para a área. Então, o Marco Weissheimer, atento à dialética ostermanniana do futebol, gritou no sofá de sua casa pedindo a entrada do He-Man. (Foi o que ele disse que fez). Agachado na escadaria do túnel, tu o ouviste  e nós fizemos o terceiro gol dos dois jogos entre Inter e Santa Fe. O terceiro em escanteio.

Valdívia ganhou o prêmio de melhor em campo da patrocinadora do torneio. Porém, acho que os melhores em campo foram o espetacular Rodrigo Dourado e interminável Juan, a parede que evitava os contra-ataques do Santa Fe. D`Alessandro também foi um monstro.

O Inter não jogou bem, mas talvez tenha feito o máximo possível contra um adversário duríssimo e algo agressivo. Agora, lá em 15 de julho, enfrentaremos o Tigres de Monterrey. A segunda partida será no México, em razão da alta pontuação do Tigres na fase classificatória. Monterrey tem pouco mais de um milhão de habitantes e está a apenas 530 m de altitude. Então, não haverá preocupações com a altitude, mas… Fica longe, quase na fronteira com os EUA, no norte do México, próximo ao Texas e ao Caribe de Cuba e Cancún. Não será fácil e Luís Felipe dos Santos já começou uma pressão particular sobre Rafael Sóbis, o centro-avante do time da capital do estado de Nuevo León.

Caro Rafael Sobis,
Já que você vai enfrentar o Inter na semifinal, espero que lembre sua grande passagem com a camisa colorada.
Especialmente aqueles 580 gols que você perdeu contra o Mazembe.
Um abraço,
LF

Isso mesmo, Sóbis. Pense no Mazembe durante o jogo contra o seu Inter.

https://youtu.be/wzVUHXd51oI

Bom dia, Diego Aguirre (com o gol e melhores lances de Santa Fe 1 x 0 Inter)

Bom dia, Diego Aguirre (com o gol e melhores lances de Santa Fe 1 x 0 Inter)
A vida complicou na Libertadores, Aguirre
A vida complicou na Libertadores, Aguirre

A atuação do Inter foi abaixo da linha de pobreza futebolística, foi inaceitável. Tivemos sorte, Aguirre. O 1 x 0 foi injusto. As bolas deles beijaram duas vezes nosso travessão, uma vez nosso poste e houve incríveis gols perdidos. Aquele lateral-esquerdo Mosquera poderia ter saído consagrado de campo. O cara engoliu Sasha e ainda Alan Costa, com que quem dividia — e ganhava — bolas em nossa área, fez o gol e perdeu mais dois. Sei, também desperdiçamos uma chance com Nilmar, mas só por milagre aquele segundo tempo não acabou uns 3 x 0 para o Santa Fe. Apesar da sorte, eles nos colocaram da frente para a porta de saída da Libertadores. Um pequeno empurrão no Beira-Rio e caímos fora do ônibus.

Agora, precisamos vencer por dois gols de diferença. Um 1 x 0 levará a decisão para os pênaltis.

Era previsível que acontecesse e aconteceu: depois de uma semana de estrela em que disse que pretende marcar 25 mil gols em sua carreira, Valdívia entrou em campo como o craque que ainda não é. O que dizer daquele lance no primeiro tempo em que ele não quis deixar o Sasha cara a cara com goleiro para tentar um chute por cobertura, de longe? Uma completa idiotice. O guri pensa que é o Romário? E, céus, o Sasha? Esteve em campo?

Os colombianos são muito bons. Fisicamente fortes, marcam e jogam muito. Omar Pérez é o centro do time e dele saem bons passes. Por falar em passes, nada explica os erros de Valdívia, Sasha e até de Lisandro López, que erravam passes laterais para jogadores livres. Como não tínhamos contra-ataques, é obvio que o Santa Fe, que não é trouxa, realizou um massacre no segundo tempo. Para piorar, Aguirre, tu erraste ao recuar demais o time, inclusive colocando Réver no lugar de Lisandro no final do jogo. Marcelo Bielsa ensinou e tu deves ter lido: o time que abdica de jogar com a bola, multiplica o número de bolas que o adversário terá. Assim, todo rebote, toda iniciativa era deles. E pior, eles tinham qualidade para entrar na nossa área a todo momento. Ficamos acuados, à mercê.

Agora, teremos um filme de terror na próxima quarta-feira. O Santa Fe vai tentar deixar o tempo passar e nós estaremos apressados, querendo fazer logo dois gols. Espero que o susto de Bogotá faça com que alguns jogadores acordem de seus sonhos de grandezae voltem a produzir. Qualquer coisa parecida com o futebol apresentado ontem no El Campí, significará o adeus à Libertadores 2015. Sorte aí, Aguirre.

https://youtu.be/OK4S2PkZOks

Boa tarde, Diego Aguirre (um bilhete e os melhores lances da pelada de ontem)

Boa tarde, Diego Aguirre (um bilhete e os melhores lances da pelada de ontem)
Vitinho faz careta logo após a ressurreição.
Vitinho faz careta logo após a ressurreição.

Teu Inter, Aguirre, acredita no rumo traçado pela comissão técnica e o resto — Wianey e que tais — deve permanecer como ruído de fundo. Ontem, fizemos um paupérrimo jogo contra o Avaí, mas vencemos e isso é fundamental para que o ruído não alcance o time titular, empenhado na Libertadores. Jogamos muito mal, corremos riscos de perder, só que a boa e velha lei da boa pontaria falou mais alto e, pimba!, gol de Vitinho. E mais nada.

O Grêmio também protege a estratégia colorada das críticas. Afinal, se em duas rodadas está atrás de nós na classificação, o que dizer dos queridinhos da RBS? Alerto que, com o time 100% reserva, o Inter está em 12º lugar no Brasileiro, enquanto que o Grêmio, com o time 100% titular, está em 18º.

Mas, cá entre nós, Aguirre, livre-se de Alan Ruschel anteontem, de Léo ontem, e de Luque (com Rafael Moura) hoje à tarde, por favor. Vitinho e Paulão ficam em observação, mas os 3 citados acima podem ir para o moedor de carne imediatamente.

https://youtu.be/aMANoVMTtyI

Bom dia, Diego Aguirre (com os gols da epopeia de ontem)

Bom dia, Diego Aguirre (com os gols da epopeia de ontem)

Que jogo, Aguirre! Cada vez que o Atlético-MG vinha, calafrios contrafeitos percorriam minhas costas do cóccix aos primeiros pelos do pescoço. E tu reagiste valentemente aos rasantes que os mineiros nos davam repetidamente e que abalavam as estruturas do bergamotão. Imagino que, em condições normais, ninguém é sufocado sem se debater desesperadamente. E tu te retorceste, jogando pernas e braços para todos os lados a fim de fazer o Atlético parar. Primeiro, colocaste Jorge Henrique para marcar Patric, que penetrava como uma faca quente na manteiga do lado esquerdo de nossa defesa. Não deu certo. Então tiraste o baixinho, colocando o volante Nico Freitas. Melhorou pouca coisa. Depois, inverteste os laterais. Passamos a respirar. E acabamos com a sangria trocando, imaginem, D`Alessandro por Réver.

Mais tinha os outros todos. Então, gostaria de elogiar um cara do qual ninguém fala. Ele é velho, discreto e faz tudo com tamanha naturalidade que até os pênaltis que comete não são marcados. Os juízes observam, duvidam do que veem e deixam pra lá. Ontem, ele fez um desses. Aos 36 anos, Juan deixa Alan Costa e Ernando não apenas mais bonitos, mas cheios de garbo e compostura. Ele engana também os atacantes. Lento, faz-se de rápido ao usar atalhos desconhecidos para chegar nas bolas. Contra o Atlético-MG cumpriu uma partida sem falhas, sendo uma ilha de segurança em meio à balbúrdia.

Valdívia faz Victor voltar correndo para o gol.
Valdívia faz Victor voltar correndo para o gol | SC Internacional / Alexandre Lops

Fui no jogo com o Diego Dutra, zelador do prédio onde moro. Somos uma dupla invicta. Quando saímos do T5, perguntei-lhe quanto seria o jogo. No Sul21, tinham dito que seria 2 x 1, 1 x 1 ou 2 x 0, sempre com o Inter classificado, mas o Diego disse que seria 3 x 1. Acertou. Só que, certamente, não previu do tamanho do sofrimento para um placar tão dilatado. É que nosso aproveitamento foi — tem sido sempre– muito alto. E não adianta dizer que o Atlético teve mais posse de bola e muitas chances. Tu, Aguirre, gostas de dar campo ao adversário. O que Levir e os jornalistas mineiros tiveram que entender é que faz parte do “jogar bem” converter as chances em gols. E isso nós fizemos de forma e beleza alucinantes. Até no gol de Lisandro López, o mais acanhado de todos, tivemos uma conclusão sensacional, com o argentino mandando Victor para um lado, chutando no outro. Ou seja, somos um time complicado como era aquele teu Peñarol, Aguirre, que nos matou no Beira-Rio em dois contra-ataques. Até hoje fico puto quando penso naquele jogo.

victorE D`Alessandro, que fez o seu sétimo gol em Victor? E não foi qualquer gol. Ele girou sobre Thiago Ribeiro e Douglas Costa mandando um chute em curva, no ângulo, uma coisa de grandiosidade e exatidão como só os grandes algozes conseguem. Foi um golpe só, definitivo, indolor, sem piedade. Ocorreu ao final do primeiro tempo, antes que o Galo voltasse a dar as cartas no início do segundo, período de maior terror para a arquibancada colorada, quando levamos um banho de bola sem acertar contra-ataque nenhum.

No T5 da volta, a sensação geral era a de que podemos ser campeões novamente. Talvez o cruzamento com o Santa Fe não nos obrigue a parir outro bebê de 25 Kg. O Marco Weissheimer, atento e caseiro torcedor colorado, me escreveu dizendo que o ataque do Santa Fe é bom, mas a defesa é fraquinha. E terminou citando o inesperado complemento de nossa felicidade de noite de ontem. “A cereja no pudim ontem foi mesmo a eliminação do Corinthians pelo Grêmio Bagé”. Verdade.

https://youtu.be/EprGf3loudA

Bom dia, Diego Aguirre (com os gols de ontem)

Bom dia, Diego Aguirre (com os gols de ontem)
O indecifrável Cláudio Winck jogou como volante e lateral na derrora por 3 x 0 para o Atlético-PR
O indecifrável Cláudio Winck jogou como volante e lateral na derrota por 3 x 0 para o Atlético-PR

Aguirre, claro que a Libertadores é nosso objetivo, mas há limites para o uso de reservas. Léo, Paulão e Alan Ruschel são casos de irremediável ruindade. Réver, Anderson e Vitinho são casos de desinteresse. Os reservas Nilton (lesionado) e Nico Freitas (suspenso) não fizeram falta, mas esses seis que citei inicialmente jogaram teu time misto no chão.

Não dá para analisar taticamente aquele amontoado de jogadores, até porque algumas péssimas atuações tornaram impossível qualquer vida futebolística. Paulão passou a tarde dando chutões para a frente. Quando resolveu chutar para trás, acabou acertando nosso gol. Léo é o próprio Homem Sem Qualidades: é deficiente na defesa e no apoio. Onde está aquele Diogo que entrou com dignidade em alguns jogos do Gauchão? Alan Ruschel é a mesma coisa que Léo, só que pela esquerda, em versão charmosa.

Já Réver, Anderson e Vitinho vieram para ser titulares, perderam a posição e parecem estar “desmotivados”. Os dois primeiros podem até estar sem ritmo de jogo, mas Vitinho parece ser um caso de desistência. E o argentino Luque?

E Cláudio Winck? Podemos contar com ele? Iniciou bem e depois encolheu-se.

Bem, é claro que toda a nossa torcida e interesse está voltada para quarta-feira, mas um péssimo Brasileiro pode ter como consequência uma Libertadores nervosa. A imprensa já começou a encher o saco, dizendo que Brasileiro não é Gauchão e que tu não és tão brilhante quanto parece. Haja saco, Aguirre, haja saco.

Na quarta, vamos de Ernando pela esquerda, não? Colocar o Alex ali pode ser perigoso, considerando que o Atlético tem Luan e Marcos Rocha no setor. Já sei que JH vai jogar para aumentar nossa marcação no meio. Boa sorte pra nós!

Gremista por um dia: sim, me aconteceu

Gremista por um dia: sim, me aconteceu
O vô Manuel
O vô Manuel

Eu era muito pequeno, tinha uns 4 anos. Meu avô faleceu quando eu tinha cinco. Eu adorava o velho Manuel que, hoje sei, não podia ser mais típico. Era chamado Manuel, dono de uma padaria chamada Lisboa, na Av. Azenha. Ele só seria mais típico se tivesse ficado no Rio de Janeiro. Chegara da região de Aveiro, fora primeiro estivador no porto, era brincalhão, tinha inesgotável paciência comigo e habitava um lugar cheio daquelas maravilhas às quais meus pais dificultavam o acesso — balas, refrigerantes, doces, sonhos e pães, os pães que amo até hoje.

Hoje sei o que significa a palavra que minha mãe dizia a respeito dele, a palavra terrível. Ele era mulherengo. Com enorme sucesso, fazia graça para as moças atrás do balcão. A mãe dizia que minha vó Maria era uma santa para aguentar tudo aquilo do marido.

Um dia cheguei com meu pai à padaria e ele pediu para que eu contasse a última novidade para meu avô.

— Vô, sou gremista!

Ele ficou imediatamente sério e tudo o que eu não queria era deixá-lo assim. Devia ter uns 4 anos de idade e era assustador decepcionar o velho. Logo pensei: toda nossa família é colorada, será que é muito errado ser gremista?

— Milton Luiz — eu era Milton Luiz e meu pai, Milton –, sinto-me no dever de fazer-te ver a verdade.

E, cada vez mais sério, seguiu:

— Ser do Inter em Porto Alegre e do Benfica em Lisboa é estar perto da verdade, do absoluto. O Grêmio é uma mentira.

— Mas meus amigos são gremistas fanáticos e o Grêmio ganha tudo!

Estávamos nos anos 60 e, realmente, a superioridade do Grêmio era o que nunca foi depois.

— Saltar do Inter para o Grêmio é como ir de Eça de Queiróz para Cardoso Filho.

Cardoso Filho era um parente nosso que era escritor no Rio de Janeiro. Escrevia uns livros melodramáticos, xaroposos mesmo. Meu pai saiu da padaria, rindo. Não entendi. Como meu avô parecesse cada vez mais contrafeito, eu estava em pânico, confuso, louco para correr atrás do pai, mas não ousava.

— Mas eu gosto…

— OLHA LÁ RAPAZINHO, TU NÃO SABES TER UMA CONVERSA SEM PÔR A PATA NA POÇA? Além do mais, associado ao nome Internacional, há coisas sagradas, coisas da vida, da política! O vermelho é o povo, o vermelho é a cor de quem está do nosso lado!

Era grave mesmo. Melhor recuar. Comecei a chorar. Onde estava o pai? Acontece que no dia anterior, a família do meu melhor amigo, João Batista, tinha me convencido a aderir ao Grêmio. Eram vencedores, triunfantes. Mas não podia viver como um proscrito, detestado pela própria família. E virei a casaca pela segunda vez em dois dias.

***

Com este tipo de pressão, acabei herdando do velho Manuel o amor pelo Inter e pelo Benfica. Alguns dias depois, ele me disse que havia uma coisa que unia os clubes de forma umbilical:

— A tendência à tragicomédia.

Como aquele assunto o deixava brabo e ele parava de brincar, achei melhor fingir que tinha entendido. Repetia para mim mesmo suas últimas expressões: “Somos radicalmente tragicômicos”.

Por favor, que não o sejamos hoje!

Com implacável pragmatismo, Inter humilha União Frederiquense

Com implacável pragmatismo, Inter humilha União Frederiquense
Paulão e a bola: uma relação difícil
Paulão e a bola: uma relação conturbada

Após vencer os perigosos Veranópolis e Avenida pelo elástico placar de 1 a 0, o Inter repetiu a façanha contra a terrível União Frederiquense no Estádio Ecológico Vermelhão da Colina. Todos os adversários que o Inter humilhou — vencendo-os sem jogar futebol, só para lhes mostrar quão ruins são — estão ou na zona de rebaixamento ou quase lá. Testemunhas do excelente e pragmático futebol apresentado pelo Inter, as árvores e os pássaros do outro lado das câmeras de TV não falaram a nossos repórteres.

O Inter tem colecionado um ramalhete de lesões musculares neste ano de 2015. Até agora foram Cláudio Winck (2 vezes), D`Alessandro, Nilmar, Bertotto, Alisson, Aránguiz, Juan, Anderson e Taiberson. (Lisandro López e Léo sofreram problemas articulares). Pois agora, para este jogo avassalador de Frederico Westphalen, Diego Aguirre ganhou mais uma rosa vermelha para seu buquê: as fibras rompidas dos músculos de Alan Costa.

Esta é nossa preparação para a Libertadores. Entrar em detalhes do jogo de ontem? Para quê?

O jogo não existiu. O Inter apenas demonstrou novamente como se vence sem jogar. Os destaques do antifutebol foram os craques Luque e Paulão. Luque demonstrou todo o seu desprezo e asco ao adversário ao escolher não jogar. Já Paulão, brindou-nos com uma colorida coleção de roscas, maus passes e hesitações. Não obstante, saímos de lá com os três pontos.

Fiel ao novo estilo colorado, Aránguiz não fez nada contra o Brasil, em Londres.

Parabéns, Diego Aguirre.

https://youtu.be/jr4qAWDB40o

A defesa masca coca e o The Strongest faz 3 x 1 na estreia do Inter na Lib 2015 (veja os gols)

A defesa masca coca e o The Strongest faz 3 x 1 na estreia do Inter na Lib 2015 (veja os gols)

Neste momento em que escrevo, o Inter já está de volta à Porto Alegre. A logística de ida e volta até La Paz foi perfeita. Se o time tivesse lembrado de marcar o The Strongest, principalmente naqueles primeiros minutos, tudo teria saído às mil maravilhas. Diego Aguirre colocou seu time em campo para fazer o que segue:

— MARCAR a partir da sua intermediária,
— ter a posse de bola,
— deixar a correria para o adversário e
— apostar em contra-ataques.

Só que todo o plano foi abortado pelo fato do primeiro item não ter sido, digamos, contemplado.

É claro que é difícil analisar um time que joga na altitude da capital boliviana e que estava preparado para o fiasco desde o anúncio da presença do The Strongest em sua chave. O presidente Píffero lamentou-se tanto que parecia que os caras eram o Real Madrid. Nossos jogadores estavam há uma semana respirando mal. Lá em La Paz, houve problemas reais. Anderson sentiu-se mal, por exemplo. Mas, a partir de agora, vou tentar mostrar que o pior foi a falta de marcação em função do excesso de zelo com a altitude.

Começamos bem o jogo: aos 4 minutos, Nilmar recebeu de D`Alessandro, partiu em velocidade para cima da defesa boliviana, deixou dois marcadores para trás e ficou cara a cara com o goleiro Vaca, mas concluiu mal.

Algumas luzes e uma explusão injustificada
Algumas luzes e uma expulsão injustificada

Depois, o que se viu foi a liberdade total dos pupilos de Evo Morales em nosso campo. Nossa defesa ficava mascando coca. O primeiro gol foi uma piada. Aos 10 minutos, o centroavante Ramallo recebeu na área, fez o pivô para Cristaldo, livre, enfiar uma bomba, Alisson conseguiu impedir o gol, mas no rebote, havia mais um jogador abandonado pela marcação, Chumacero. 1 a 0. Aos 14, Pablo Escobar recebeu na boca da área — não se sabe onde estavam os três volantes de Aguirre — chutou e deu uma rosca, só que a rosca acabou nos pés de Ramallo, novamente livre, na cara de Alisson, 2 a 0.

Então Anderson sentiu-se mal e saiu. Já no banco, a TV mostrava ele e Paulão usando máscaras de oxigênio. Aliás, Paulão deveria ficar sempre assim em todos os jogos — no banco, com uma máscara de oxigênio. Vitinho entrou melhor e nós conseguimos levar o jogo em 2 a 0 até o final do primeiro tempo.

No intervalo, Aguirre trabalhou bem. O Inter dedicou-se a marcar e poderia ter empatado ou até virado o jogo em 15 minutos. Aos 2, Nilton cabeceou um escanteio cobrado pela direita e um zagueiro do Strongest abriu os braços, tocando na bola com a mão. Pênalti. D’Alessandro foi lá e fez, chutando no seu canto preferido, só que alto. 2 a 1.

Com o gol, começamos a criar chances em sequência. Aos 7, Nilmar arrancou em velocidade pela direita e cruzou para Fabrício na frente do gol, só que este, apertado pela marcação, não conseguiu concluir. Três minutos depois, D’Alessandro cobrou escanteio e Alan Costa mandou bala com a testa, Vaca fez boa defesa. Aos 23, Vitinho quase empatou. Sasha fez o cruzamento e o ex-botafoguense se antecipou à defesa. A bola explodiu no travessão.

Escrevo tudo isso para mostrar como poderíamos ter saído de La Paz com um bom resultado e que nossos problemas são também de estratégia e obediência tática. Outra coisa: jogadores de primeira linha decidem. Nilmar foi brilhante na primeira situação de gol da partida, mas deu um chutinho. O que há?

No final, um espetacular lançamento de Pablo Escobar encontrou Chumacero na cara de Alisson. Foi um belo gol dos bolivianos. Mas bem no finalzinho, para piorar nossa vida, Nilmar resolveu solar um zagueiro e acabou expulso. Não entendi, Nilmar nunca foi de disso.

Bem, agora o Inter tem que pensar sobre seus erros e sobre o próximo adversário. Temos que ganhar em casa para não comprometer toda a Lib 2015. Esperemos um bom trabalho de Aguirre e que o Píffero cale a boca.

P.S. — Temos um goleiraço, não?

http://youtu.be/Y94yiP0mHWQ

Bolívar no Beira-Rio

Bolívar no Beira-Rio

BolivarBolívar esteve presente nas duas Copas Libertadores da América vencidas pelo Inter, em 2006 e 2010. Até marcou o gol da vitória na virada contra o Chivas Guadalajara no primeiro jogo da final de 2010, após passe de cabeça de Índio. Esteve no Inter entre 2003 (era lateral direito) e 2006. Retornou em 2008, ficando até 2012. Creio que Abel tornou-o zagueiro lá por 2005. E Bolívar foi um grande zagueiro, um grande vencedor, mas fez duas temporadas lamentáveis em 2011 e 2012, tendo sido negociado com o Botafogo no início de 2013, onde não foi muito mais feliz, tanto que em 2014 participou do time que caiu para a segunda divisão. No Inter, conquistou tanta coisa que ninguém tinha peito de deixá-lo na reserva, apesar das más atuações.

Eu fui um dos que mais criticaram Bolívar ao final de sua segunda passagem no Inter. Mas hoje acho que a torcida colorada deve lembrar não de seus últimos tempos no Inter e sim como aquele zagueiro veloz e vigoroso que dava botes exatos e que sabia sair jogando. Por muito tempo foi capitão do nosso time.

Hoje, Bolívar reaparecerá no Beira-Rio jogando pelo Novo Hamburgo. Tem 34 anos, uma de enorme saldo positivo e a vida certamente feita. Não estarei no estádio às 17h. Espero que a torcida colorada o aplauda muito. Chega de queimar ídolos.

Bom dia, Abel Braga (com os melhores lances de SP 1 x 1 Inter)

Bom dia, Abel Braga (com os melhores lances de SP 1 x 1 Inter)
O único lúcido de um time siderado
Alex (fot0) e Alisson: os únicos lúcidos em um time siderado

O jogo de ontem foi um claro retrato do atual futebol brasileiro: uma péssima administração — representada pelo “árbitro” Héber Roberto Lopes –, um time cansado pelo calendário absurdo (São Paulo) e outro de níveis técnico e tático rasteiros (Internacional).

O Inter teve sorte. Tu entraste com um retrancão de três zagueiros e dois volantes, Abel, e o SP teve dificuldades para chegar próximo de nosso gol. Então, no meio daquela coisa de centenas de passes errados, rebatidas e tentativas de futebol, ganhamos um gol de presente. Paulão estava impedidíssimo ao marcar o 1 x 0. Foi constrangedor. Nem comemorei, apenas ri. Acho que o bandeira não viu o desvio de cabeça do Bertotto.

Nosso time estava desfalcado e tua opção pela retranca foi compreendida por este que te escreve. Alisson esteve genial. Nosso goleiro pegou bolas incríveis ontem, como meus sete leitores e tu podem ver no vídeo abaixo. E tem só 22 anos! Boa sacada tua a de tirar o Dida para colocar o rapaz. Acho melhor te tratar bem neste período crepuscular de tua gestão. Só não repita que vais deixar um legado! Legado o caralho!

Voltando a ontem: o gol do Luís Fabiano foi uma piada. Os caras levantam uma bola na área lá do outro lado e o cara aparece livre no meio de três zagueiros!

Bem, não sei como conseguiremos os nove pontos que nos faltam em quatro jogos para chegar à Libertadores, mas é o único jeito. E já vamos sem Fabrício para o próximo jogo… Que idiotice do Héber. Foi a mais comum das faltas. Aliás, talvez nem tenha sido falta, mas ele tocou o cara na rua com o segundo cartão.

Precisamos fazer retornar o D`Alessandro, seguir colando os cacos e torcer para o glorioso Alan Ruschel reencontre o futebol que deixou no vestiário da Arena Tricolor. Dê companhia para o Nilmar, Abel. O coitado está muito sozinho e vai acabar deprimido.

Até domingo contra o Goiás no Beira-Rio. Estarei lá sofrendo. Boa sorte.

http://youtu.be/yMGWQpgEq9k